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Primórdio De Lua
Primórdio De Lua
Primórdio De Lua
E-book74 páginas25 minutos

Primórdio De Lua

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Sobre este e-book

Vento do crepúsculo...teu sangue é como uma vida implorando vida teu rosto está tingido de paródias...tuas histórias são vastas e delirantes... teu talo é pequeno e enraizado. Nada o move do momento que apontas... o único momento em que apareces encharcado de verbos... o momento do anoitecer, quando a lua é um primórdio tímido estufando melodias... a melancolia... o desarranjo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento18 de dez. de 2013
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    Primórdio De Lua - Felipe Cabañas Da Silva

    Ficha Técnica

    Primórdio de lua

    Felipe Cabañas da Silva

    ISBN: 978-85-916658-0-8

    Ilustração de capa: Felipe Cabañas da Silva

    Edição do Autor

    Ler, antes de tudo, é uma atividade posterior à de escrever:

    mais resignada, mais civil, mais intelectual.

    Jorge Luís Borges

    História Universal da Infâmia

    O que eu escrevi não conta.

    O que desejei é tudo.

    Carlos Drummond de Andrade

    A rosa do povo 

    Quem sou

    Não vejo em mim o que me vejo

    Vejo o que os outros veem através de mim como me vejo

    Sou todas as coisas sementes

    não-ego intraduzível de tingir

    todo o mundo de mim comigo

    Sou a saia transversa da menina morena

    Sou o desespero tímido de sua boca doce

    e de seus olhos trágicos

    Tudo está em mim e eu para todo o mundo! 

    Promessa de sangue

    Nunca mais lhe deixarei, poesia,

    como a mulher traída e devota.

    Aqui, entre as palavras de Neruda,

    lhe faço esta promessa

    como um voto de silêncio eterno:

    Jamais lhe deixarei nua e sozinha,

    a esperar promessas,

    rosas murchas,

    entre lágrimas.

    Primórdio de lua

    Distinta cai a lua para dentro do mundo -

    sua chama ainda é branda e coteja a chama do dia

    Fim de tarde quase morto, princípio de noite quase vivo,

    e o ar tem uma confusão metálica

    forças de aves pairam sobre o corpo das ruas,

    confusos metais brilham, luzes se anunciam tímidas e mortíferas,

    e o barulho parece cego, depravado...

    mulheres banham-se em tristezas... e o rebanho de automóveis

    corre longe...

    Eu estou perto... perto mas escondido como um corvo

    sentindo tiritar o que só eu mesmo sinto -

    a agressão do mundo, a palidez da alegria instituída,

    a força corrosiva de tudo que progride...

    Minhas mãos...apenas minhas mãos...como pele de fauna santa

    trabalham martirizando-me, mostrando-me como tudo

    tem de ser... sereno e amargo... doloroso e grande

    como a lua que se mostra fibrosa e distante

    Vento do crepúsculo...teu sangue é

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