Ensino Superior & Mercado De Trabalho
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Pré-visualização do livro
Ensino Superior & Mercado De Trabalho - Roaldo Tonhon Filho
Adaptado para livro da dissertação de mestrado defendida em novembro de 2010 na universidade São Marcos de mesmo titulo e autor
ROALDO TONHON FILHO
ENSINO SUPERIOR E MERCADO DE TRABALHO PARA OS ENGENHEIROS NO BRASIL
1o Edição
São Paulo
Edição do Autor
2010
Índice
Prefacio.............................................................03
Epilogo...........................................................146
Prefacio
O atual estado do ensino superior no País é uma das questões complexas com que se debate a sociedade brasileira.
Este trabalho é uma adaptação de minha dissertação de mestrado e tem como objetivo a analise da questão que envolve o desenvolvimento tecnológico no Brasil, que tanto depende de profissionais competentes na área de Engenharia e sofre atrasos em vista da insaciável necessidade e falta dos mais diversos tipos de profissionais de Engenharia no mercado.
Isto devido ao fato dos cursos perderem o foco e a qualidade específica, de forma a não preencherem as necessidades de mercado, ou por não estar havendo uma expansão adequada de oferta de vagas e de novos cursos nas instituições de ensino superior.
Se caso as Engenharias tenham perdido de fato o seu foco-qualidade, a exemplo de diferentes áreas, com destaque para as administrativas não afins que absorvem engenheiros, estas necessitam ser urgentemente reformuladas.
Porém, se o problema estiver mesmo na tímida expansão da oferta de vagas e na necessidade de novos cursos, então há a necessidade de uma política nacional via Ministério da Educação e Cultura, que estimule a qualidade de ensino, e promova a criação de cursos novos que se adaptem às mudanças da demanda de mercado, isto em instituições públicas como particulares.
Nesta perspectiva, faremos uma analise referente em que medida os cursos de ensino de Engenharia sofreram impactos das reformas educacionais a partir dos anos 90, e se após tais reformas como eles atendem às necessidades de mercado, período da implantação da nova LDB.
Que permitiu a adequação nos currículos desses cursos, possibilitando uma especialização focada nas suas mais diversas modalidades.
E comprova a hipótese que essa flexibilização curricular incide de maneira acentuada e diversificada na formação técnica oferecida, gerando pontos positivos e negativos diferenciados entre as instituições, que no fim provoca uma inserção produtiva heterogênea de seus egressos no mercado de trabalho.
Contradições que evidenciam as reais condições da educação tecnológica de nível superior no Brasil, ante as necessidades do mercado de trabalho, foram fundamentais para a elaboração desta investigação.
A metodologia utilizada na elaboração do trabalho foi de cunho técnico em bases teóricas, e se baseou em literatura que aborda as questões relativas à investigação pretendida.
Observaram-se limitações no uso de informações por parte de gestores institucionais, pelo mercado de trabalho e entre profissionais de Engenharia, basicamente no que diz respeito às consequências das mudanças geradas pela nova Lei de Diretrizes e Bases, que foram determinantes em influências no planejamento futuro das instituições de ensino superior, em especial aquelas voltadas para o ensino tecnológico.
O foco principal envolve a problemática do ensino superior ante as mutações do meio envolvente, como o decréscimo de candidatos diante do acréscimo da concorrência, as crescentes restrições financeiras e o desajustamento entre a oferta de formação superior qualificada e a procura por essa formação pelo mercado de trabalho.
A mudança progressiva verificada ao longo dos últimos dez anos, na oferta de vagas do ensino superior privado, acrescida ao elevado índice de desistência, inadimplência, e ociosidade no preenchimento das vagas ofertadas, da intervenção do MEC através do CONAES com a cobrança na qualidade de ensino, torna inevitável a concorrência entre as instituições de ensino superior.
E sendo assim, tal como na generalidade de uma série de outros tipos de atividades, a orientação e a preparação para os públicos-alvo constituirão o percurso natural para as instituições que pretendam assegurar um posicionamento competitivo sustentável.
Nesse contexto tem-se que o futuro das instituições de ensino superior no Brasil dependerá enormemente da capacidade de se assumir estratégias competitivas, no sentido de se detectar segmentos e necessidades de mercado, procurando alternativas para as novas formas de relacionamento com a estrutura socioeconômica.
Revendo cursos existentes, criando novos cursos e promovendo eficazmente os serviços educacionais, de forma a se atrair sempre cada vez mais candidatos para as vagas disponíveis, e proporcionando a melhor seleção dos mesmos.
As IES devem ter como objetivo maior possibilitar-se a preparar profissionais que atendam com maior eficácia às necessidades do mercado de trabalho, sempre fortalecendo a imagem institucional de agente formador da cidadania e mão-de- obra de excelência ao suprir esse mercado.
Na verdade, as instituições de ensino superior precisam desenvolver soluções de forma e medida adequadas a fim de poderem enfrentar com sucesso os desafios com que se confrontam.
Na medida em que o avanço tecnológico requerer mudanças cada vez mais rápidas e constantes no processo produtivo e relações sociais, tornam-se imprescindíveis mecanismos que garantam tal transmissão de conhecimento viabilizem o emprego desta tecnologia avançada às quais são fatores de relevância perante o acirramento da competitividade global.
Vale o fato de evidências que comprovam que o planeta sofreu mais mudança nos últimos 30 anos do que em toda a história da humanidade, e para que o homem possa acompanhar toda essa mudança é necessário um crescente aumento na capacidade de absorção desses conhecimentos, inerentes às mudanças, para sua aplicação prática.
Porém, em virtude da limitação do tempo na vida humana, buscam-se os meios que possibilitem a diluição desses conhecimentos em ramificações das habilitações já existentes.
Por conseguinte, cabe considerar a importância das instituições em promover uma melhor preparação de seus alunos, transformando-os em profissionais qualificados nos mais variados ramos técnico-científicos, isto é, aqueles que possam contribuir de maneira efetiva na produção de conhecimento novo e lucrativo de forma a inserir-se produtivamente na sociedade.
E que estes em contrapartida fixem uma imagem positiva de confiabilidade na instituição de origem, reforçando positivamente sua marca no mercado.
Tem-se enfim, que o ensino de caráter técnico-científico superior, tido pelo senso comum como de máxima importância, quando relacionado a uma visão triunfalista e neutra da ciência, mantenha-se como um elemento precioso na constante e insaciável valorização do capital social.
Dessa forma, a graduação em Engenharia, em virtude de seu crescimento pela diversificação tecnológica, estará sempre sujeita às políticas educacionais inovadoras, e ao mesmo tempo sujeita a limitações e contradições em razão do amplo espectro de informações em que se envolve.
Partimos do pressuposto da importância atribuída a essa profissão em face a crescente necessidade de inovações tecnológicas, de um