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A Quase Inconsistência
A Quase Inconsistência
A Quase Inconsistência
E-book69 páginas17 minutos

A Quase Inconsistência

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Sobre este e-book

Primeiro livro de poesias do autor Mário Bruno. A quase inconsistência revela através das suas 39 poesias a alma jovem e apaixonada do autor Mário Bruno. Professor da UERJ e da UFF. Bacharel em Filosofia e em Letras pela UERJ. Doutor em Teoria Literária e em Teoria Psicanalítica pela UFRJ.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento11 de abr. de 2016
A Quase Inconsistência

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    A Quase Inconsistência - Mário Bruno

    ALGUÉM É E SE TORNA

    Quando me perguntarem

    o que eu sou,

    direi que sou poeta.

    Talvez fale sobre as ruas,

    sobre a paz dos lampiões acessos,

    sobre as antigas manhãs do mundo.

    Quem sabe tudo isso

    possa parecer poético.

    Ser poeta

    é sonhar na noite imensa

    aquilo que não é sonho

    e se molhar

    na umidade apagada

    de pequenos instantes.

    Fazer poesia?

    Os poetas não fazem poesia,

    as palavras

    é que se tornam poéticas

    para serem mais

    sensíveis do que os homens.

    A QUASE INCONSISTÊNCIA

    Insensíveis

    aos caprichos do tempo,

    desmemoriados diante

    de tudo que passa.

    Resistindo

    aos momentos perdidos,

    ainda somos passado e futuro.

    Assim, podemos escolher

    entre o silêncio e a palavra,

    entre os pressentimentos e

    os murmúrios.

    Ainda diviso

    o mover sereno

    de minha imagem,

    de tua imagem,

    de tua presença em mim

    por ti esquecida.

    Minhas sílabas

    oscilam ausentes,

    mas cheias de mundo,

    nessa cisão

    do que há em nós.

    E neste fragmento

    de ti ou de mim,

    espaçoso em tua sombra,

    tudo é continuamente frágil.

    Em ti,

    e no abismo

    de teus movimentos,

    seguir entre o não existido

    e a indagação

    do que em mim existiu.

    Queria guardar

    este silêncio

    como os segredos

    de tudo que pude

    olhar sozinho;

    como quem

    segura o relógio,

    acreditando retrair o tempo.

    Mas as palavras

    são rumos insubmissos.

    Talvez nunca mais

    te olhe assim,

    por não te olhar de

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