A Quase Inconsistência
De Mário Bruno
()
Sobre este e-book
Relacionado a A Quase Inconsistência
Ebooks relacionados
Cinzas de Sonhos Desabam sobre Mim Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDiário do Intermúndio (e outras estórias de banzo) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoemas Para Celebrar A Vida Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSurrealidade Púrpura Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVestígios Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTempo De Solidão Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFantasmas não andam de montanha russa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoesias Dos Instintos E Sentidos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasJanelas Acorrentadas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Léxico Das Mariposas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEncontro Das Letras Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Construção do Silêncio Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTodas as mulheres em mim Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRecantos Da Mente Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSeminal Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEntre as maos e o sonho Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDoce-amargo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLírico, urbano & provisório Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMetamorfose Poética Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPáginas do Tempo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEcos De Um Coração Murmurante Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCartas Ao Silêncio Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAbstrata mente Nota: 0 de 5 estrelas0 notasImaginário desejo do Outro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFragmentos Das Horas Ocas Na Janela Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSaudade como Vocativo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoesia & Outras Poesias Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSão Paulo Por Onde Andas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDescaminhos Traçados Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMonólogos e Molduras Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Filosofia para você
Sobre a brevidade da vida Nota: 4 de 5 estrelas4/5Minutos de Sabedoria Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Príncipe: Texto Integral Nota: 4 de 5 estrelas4/5Em Busca Da Tranquilidade Interior Nota: 5 de 5 estrelas5/5Tesão de viver: Sobre alegria, esperança & morte Nota: 4 de 5 estrelas4/5Viver, a que se destina? Nota: 4 de 5 estrelas4/5A ARTE DE TER RAZÃO: 38 Estratégias para vencer qualquer debate Nota: 5 de 5 estrelas5/5PLATÃO: O Mito da Caverna Nota: 5 de 5 estrelas5/5Entre a ordem e o caos: compreendendo Jordan Peterson Nota: 5 de 5 estrelas5/5A voz do silêncio Nota: 5 de 5 estrelas5/5Aprendendo a Viver Nota: 4 de 5 estrelas4/5Além do Bem e do Mal Nota: 5 de 5 estrelas5/5Você é ansioso? Nota: 4 de 5 estrelas4/5Aristóteles: Retórica Nota: 4 de 5 estrelas4/5Política: Para não ser idiota Nota: 4 de 5 estrelas4/5Baralho Cigano Nota: 3 de 5 estrelas3/5O Livro Proibido Dos Bruxos Nota: 3 de 5 estrelas3/5Platão: A República Nota: 4 de 5 estrelas4/5Schopenhauer, seus provérbios e pensamentos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Tudo Depende de Como Você Vê: É no olhar que tudo começa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sociedades Secretas E Magia Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Arte de Escrever Nota: 4 de 5 estrelas4/5Disciplina: Auto Disciplina, Confiança, Autoestima e Desenvolvimento Pessoal Nota: 5 de 5 estrelas5/5A lógica e a inteligência da vida: Reflexões filosóficas para começar bem o seu dia Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Categorias relacionadas
Avaliações de A Quase Inconsistência
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
A Quase Inconsistência - Mário Bruno
ALGUÉM É E SE TORNA
Quando me perguntarem
o que eu sou,
direi que sou poeta.
Talvez fale sobre as ruas,
sobre a paz dos lampiões acessos,
sobre as antigas manhãs do mundo.
Quem sabe tudo isso
possa parecer poético.
Ser poeta
é sonhar na noite imensa
aquilo que não é sonho
e se molhar
na umidade apagada
de pequenos instantes.
Fazer poesia?
Os poetas não fazem poesia,
as palavras
é que se tornam poéticas
para serem mais
sensíveis do que os homens.
A QUASE INCONSISTÊNCIA
Insensíveis
aos caprichos do tempo,
desmemoriados diante
de tudo que passa.
Resistindo
aos momentos perdidos,
ainda somos passado e futuro.
Assim, podemos escolher
entre o silêncio e a palavra,
entre os pressentimentos e
os murmúrios.
Ainda diviso
o mover sereno
de minha imagem,
de tua imagem,
de tua presença em mim
por ti esquecida.
Minhas sílabas
oscilam ausentes,
mas cheias de mundo,
nessa cisão
do que há em nós.
E neste fragmento
de ti ou de mim,
espaçoso em tua sombra,
tudo é continuamente frágil.
Em ti,
e no abismo
de teus movimentos,
seguir entre o não existido
e a indagação
do que em mim existiu.
Queria guardar
este silêncio
como os segredos
de tudo que pude
olhar sozinho;
como quem
segura o relógio,
acreditando retrair o tempo.
Mas as palavras
são rumos insubmissos.
Talvez nunca mais
te olhe assim,
por não te olhar de