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Amor/Moira
Amor/Moira
Amor/Moira
E-book86 páginas23 minutos

Amor/Moira

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Sobre este e-book

das grandes desgraças,faço pequenos poemase entrego-os às traças

das grandes desgraças,faço pequenos poemase entrego-os às traças

das grandes desgraças,faço pequenos poemase entrego-os às traças

das grandes desgraças,faço pequenos poemase entrego-os às traças
IdiomaPortuguês
Data de lançamento19 de jan. de 2024
ISBN9789893750179
Amor/Moira

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    Amor/Moira - Rafael Tubone Magdaleno

    desafia-me a poesia

    dizer as coisas sérias do mundo

    numa página vazia

    Μοῖρα

    Louvou-me a vida já gasta,

    O drama eivado em papel.

    A farsa travestida em fel?

    Tal Medéia, tal Jocasta.

    Saudou-me a vida que emplastra,

    Agarrando a carcaça ao leito.

    Lembrança é o pior defeito,

    Feitiço da Moira canastra.

    Lumia, vadia, sem luto,

    Fatal, o vital escorbuto

    Travessa do rio Esquecer.

    Lembrou-me a glória a perder

    O deus que brincava com os seus

    Ao homem querendo ser Deus.

    Não serei poeta de multidões,

    Nem farei multidões de versos.

    Nem marginal com meus botões,

    Menos ainda serei o anverso.

    Fortuna crítica, não a terei,

    Nem a desejo, sou disto avesso,

    Cansei-me cedo de toda lei,

    Se logo a vejo, me enfureço.

    Contar a ti meus sentimentos

    Com um sofrimento tão anormal,

    Forçando tanto um ornamento

    Pr'uma emoção tola, trivial?

    Não! quero estar nas ruas, nos muros, favelas,

    dos banheiros na porta, guardanapos e telas.

    (Misturo Ovídio com Jean d'Ormesson,

    Riso prazeroso em uma bela oração...

    Creio em profetas, mas eu os matei,

    Bem sei, no primórdio, primeira era a Lei)

    E quando me lerem os calças de flanela

    Murmurem impropérios, que isto me chancela!

    Durante muito tempo, deitava-me cedo

    Tão cedo quanto não me levanto,

    Pois envolvido me via no encanto,

    De amor, prazer, que adormecer era degredo,

    Deitava-me cedo, pensando em coisas mil,

    No amor de Delfina por Adolfo,

    Dessabor, que aumenta, é balofo,

    Lembrando o passado, persistente, coisa vil.

    Vivia em mil recantos, pois literato

    Somente é homem; deixo pra alguém

    desse meu conto viver do que canto,

    Se sobrevivo lendo, se não vivi ,

    Vivo sabendo que apenas sei bem

    O desvairar que atrevi .

    Elle

    Sujet indéfinissable

    Murmures prononcés par des cons;

    Qu'est-ce qu'une poésie? Imprévoyable,

    Elle est ce que les poètes font.

    Herança (Ou Erato)

    Amo-te, meu amor, como um infante

    Vive perdido amor, tolo e ardente;

    Amo-te tanto, como amou a Dante

    Beatrice, dele, amiga e confidente.

    Amo-te em sanha, em muitos rincões

    Onde embrenhei

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