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Self O Mundo Sombrio
Self O Mundo Sombrio
Self O Mundo Sombrio
E-book168 páginas2 horas

Self O Mundo Sombrio

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Sobre este e-book

Self – O mundo Sombrio é um livro que trata do processo de individuação de Carl Gustav Jung. A busca do EU interior, sempre foi e continua sendo objeto de estudo e pesquisa no mundo todo por estudiosos da área da psicologia. O livro descreve essa jornada através de Agabo, que do Latim quer dizer: “aquele que não conhece”. A saga vivida pelo personagem galga a busca do Self. Uma estória medieval, emocionante, permeada por demônios e cheia de mistérios e contratempos. O processo de individuação é narrado de forma peculiar, a leitura tem que ser feita minuciosamente e de forma subjetiva. A meta é que o leitor possa, através das passagens vividas pelo protagonista, achar seu próprio caminho na busca do autoconhecimento.Assim como Agabo, todos buscamos o equilíbrio interno através das nossas ações, motivações e atitudes, mesmo que isso se dê de forma inconsciente. Nosso corpo, mente, emoções e espírito, juntos, formam um todo no mundo, não temos como dilacera-los. A união dessas vertentes em harmonia nos remete ao conhecimento mais profundo da nossa existência.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento8 de nov. de 2017
Self O Mundo Sombrio

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    Self O Mundo Sombrio - Flávio L. Barbosa

    FLÁVIO L. BARBOSA

    SELF - O MUNDO SOMBRIO

    São Paulo, 2015

    AlphaGraphics

    Rua Guararapes, 1855 – 3º andar

    Brooklin – São Paulo – SP – CEP: 04561-003

    REVISÃO Erineuda de Oliveira Araújo

    DESIGN DE CAPA & DIAGRAMAÇÃO Flávio L. Barbosa

    SELF – O MUNDO SOMBRIO

    BARBOSA, Flávio L

    1º Edição

    Novembro de 2015

    Todos os direitos reservados.

    É proibida a reprodução deste livro com fins comerciais

    sem prévia autorização do autor.

    AGRADECIMENTOS

    Ofereço este livro para:

    Minha esposa

    Minha mãe, que não está mais comigo.

    Meu pai, cujo a morte o levou.

    Minha filha, que morreu de forma precoce.

    Formas de amar

    Por Flávio L. Barbosa

    São duas as formas de amar:

    A primeira é amor que nasce de dentro

    que brota como sentimento

    e se expande para fora.

    Já a segunda, é o amor que veio de fora

    e ficou estampado do lado de dentro,

    é o que reprime os sentimentos, mas que

    apesar da diferença,

    ainda continua sendo amor.

    O primeiro, é considerado o amor verdadeiro,

    o amor correspondido, duplicado,

    já o segundo, é o amor do sofrimento,

    ficou reprimido, o amor solitário, mas que apesar do contratempo,

    ainda continua sendo amor.

    Se não quiser sofrer,

    que seja o amor compartilhado,

    o amor interagido,

    que é compreendido e que a morte não tocou.

    Agora, se não der tempo,

    que seja o amor estampado, padecido,

    considerado o mais sofrido, cheio de lágrimas e dor,

    mas que apesar do toque da morte,

    ainda continua sendo amor.

    Obrigado por tudo

    Quod verum est occultatum

    A verdade está escondida

    Sumário

    INTRODUÇÃO

    PRÓLOGO

    Capítulo I - A procura do vale negro

    1.1 Persona

    Capítulo II – Anima

    2.1 As profundezas

    Capítulo III – Animus

    3.1 Caminhos na escuridão

    Capítulo IV – A sombra

    4.1 Além da escuridão

    Capítulo V – A liberdade

    5.1 Processo de renovação

    Reflexão final

    INTRODUÇÃO

    S

    elf – O mundo Sombrio é um livro que aborda o processo de individuação de Carl Gustav Jung de forma peculiar. A busca do EU interior, sempre foi e continua sendo objeto de estudo e pesquisa no mundo todo por estudiosos no campo da psicologia. O livro descreve essa jornada através de Agabo, que do latim quer dizer: aquele que não conhece. A saga vivida pelo personagem galga a busca do Self. Uma estória medieval, emocionante, permeada por demônios e cheia de mistérios e contratempos. O processo de individuação é narrado de forma subliminar, a leitura tem que ser feita minuciosamente e de forma subjetiva.

    A meta é que o leitor possa, através das passagens vividas pelo protagonista, achar seu próprio caminho na busca do autoconhecimento. Assim como Agabo, todos buscamos o equilíbrio interno através das nossas ações, motivações e atitudes, mesmo que isso se dê de forma inconsciente. Nosso corpo, mente, emoções e espírito, juntos, formam um todo no mundo, não temos como separá-los. A união dessas vertentes em harmonia, nos remete ao conhecimento mais profundo da nossa existência.

    PRÓLOGO

    Do diário de Agabo;

    N

    unca imaginei a dor e o desamparo que sentiria após decidir a minha busca. Essa procura tem sido permeada por desilusão e medo. Hoje sozinho e perdido nesse mundo sombrio, tento achar um fio de esperança de um dia chegar ao meu destino. Minhas forças estão sendo minadas pelo desconhecido, estou tendo que enfrentar criaturas que estão muito além da minha compreensão. O caminho é longo e tortuoso, compreendo que terei que me embrenhar mais ainda por esses vales sombrios.

    Ao descansar meu corpo surrado em uma pedra, devaneei que havia morrido no caminho, a sudorese tomou conta de mim, meu coração começou a bater tão forte que tive a sensação que ele saltaria a qualquer momento pela boca. Graças a Deus foi simplesmente um sonho, espero completar minha jornada e retornar um novo homem. Antes da minha partida tive a oportunidade de ler nos pergaminhos da salvação que, se obtiver sucesso, a recompensa pela minha busca será gratificante.

    Capítulo I - A procura do vale negro

    1.1 Persona

    Minha vida é a história de um inconsciente que se realizou. Tudo o que nele repousa aspira a tornar-se acontecimento, e a personalidade, por seu lado, quer evoluir a partir de suas condições inconscientes e experimentar-se como totalidade.

    Carl Gustav Jung

    A

    Sua tomada de decisão foi difícil, ele teria que abrir mão das facilidades da sua vida, do conforto do seu lar, para enfrentar uma busca com teor desconhecido, realmente não era tarefa para qualquer um. No momento da sua partida, várias pessoas o aconselharam a ficar:

    -Agabo por que pretendes partir e sair do conforto do seu lar?

    -Que vantagem há em enfrentar o desconhecido, um mundo totalmente estranho e hostil?

    Ao ouvir estas palavras, deixou que elas se dissipassem no vento, fez como um flautista, que ignora qualquer som alheio ao seu instrumento musical, já havia tomado sua decisão, absolutamente nada iria atrapalhar sua jornada. Convicto de sua partida, contava com: um cavalo, acolchoado para descansar, um pouco de ração para a viagem além de uma rapier, presente do seu avô, um dos mais bravos cavaleiros que existiu na sua região, morreu depois de passar por uma emboscada, quando saia para caçar. Começou sua jornada em busca do vale negro naquela manhã. O caminho estava tranquilo, sol a pino, fazia muito calor, decidiu dar uma parada para tomar um pouco d’água em um riacho junto a um declive. Quando se aproximou, notou manchas de sangue na água, e escondido em meio a alguns arbustos o corpo de um homem ainda vivo, que mal conseguia abrir os olhos.

    -Senhor!!! Está me ouvindo?

    Ao dar uma batida de leve em seu rosto, o homem acordou meio delirante.

    -Onde estou... O que aconteceu comigo?

    Ele notou que aquele homem havia sido ferido por uma espada, isso por que tinha um corte em sua barriga.

    -Encontrei o senhor aqui desacordado, está com ferimento no corpo.

    O homem sem forças até para falar, pediu um pouco de água, Agabo sacou o cantil e levou até a boca do ferido, restabelecido, falou sobre o que tinha acontecido.

    -Alguns ladrões da estrada me assaltaram, levaram meus pertences e quase me mataram.

    Ele não tinha como carregar aquele homem, isso iria atrapalhar sua missão, todavia não poderia largá-lo ali, daquele jeito, isso não seria correto, decidiu levá-lo até a cidade mais próxima. Colocou-o no dorso do seu cavalo e seguiu viagem. Agabo julgou não sentir um desejo profundo naquela tomada de decisão, sua atitude se baseou no compromisso pessoal com ele mesmo, seguiu seu instinto. Ele sentia-se preso a algo que não conseguia explicar, talvez por conta dessa falta de explicação dos seus conflitos, estava decidido a continuar sua busca incerta. Para ele, demonstrar para os outros o que ele não era se tornou uma constante, no mundo em que vivia, todos representavam papeis. Tamanha era a hipocrisia, estava cansado daquilo tudo. À medida que foi ganhando a estrada carregando aquele estranho, procurava ouvir a natureza que era composta pelo som de fundo do trote do seu cavalo, um animal bonito, preto com algumas manchas brancas, vinha de uma boa ninhada, foi presente dos seus pais.

    Após muitas horas de cavalgada, finalmente chegaram a um vilarejo que ficava ao sul de Valmorel. Era um lugar pequeno, apenas uma rua separava o comércio local dos pequenos hotéis. O som do martelo do ferreiro ecoava e se misturava com o trote dos cavalos que passavam de um lado para outro. Vez ou outra, ele se deparava com o olhar de alguma pessoa, cuja feição era vazia, sem vida. Parou em frente de um estábulo e desceu do cavalo. Um senhor calvo de pele clara e nariz bexiguento acompanhava meus movimentos, então ele perguntou:

    -O Senhor sabe onde posso encontrar um médico, meu amigo aqui está muito ferido e precisa de ajuda.

    O homem respondeu:

    -Médico? aqui é difícil! Quando precisamos, contamos com a ajuda de um boticário, vai encontrá-lo mais à frente.

    Ele agradeceu a informação e levou o seu acompanhante ferido puxando seu cavalo pelo arreio. O sol já estava se pondo, ele estava com fome e cansado. Andou cinquenta metros e chegou em frente ao boticário. Foi recepcionado por um homem baixinho, rosto trigueiro, barba comprida, trajava um avental branco e um par de óculos fundo de garrafa, quando o viu, o homem foi logo perguntando:

    -Em que posso ajudar?

    -Meu amigo aqui está com um ferimento de espada na barriga, não está sangrando, mas ele precisa urgentemente de ajuda.

    -Coloque seu amigo aqui sobre o balcão para que eu dê uma olhada.

    Com muita dificuldade, colocou o ferido no local indicado. Na verdade, aquele homem não tinha nada de amigo, Agabo nem sabia o nome dele. Após examiná-lo o boticário falou:

    -O ferimento atingiu o fígado, o corte foi superficial, mas precisa de cuidados. Ele não pode viajar, deverá ficar acamado até melhorar. Aqui no vilarejo tem uma boa pousada, hospeda-o lá que eu o visitarei periodicamente para cuidar do seu estado de saúde.

    Ele levou o homem até o hotel que ficava menos de quinze metros dali e o hospedou, aproveitou também para fazer sua estada, estava esgotado, precisava descansar. Decidiu passar a noite ali mesmo, e partir no dia seguinte juntamente com o nascer do sol. Depois de tomar um banho, foi até à única taberna da cidade, precisava molhar a garganta e relaxar um pouco. O recinto estava cercado por viajantes e moradores, todos buscavam um pouco de diversão. Sentou-se junto a uma mesa e gritou ao taberneiro para que lhe servisse uma caneca de cerveja. Enquanto tomava sua bebida, notou em meio a toda aquela gente, um senhor de chapéu pontudo e vestes longas, o homem não tirava os olhos de Agabo. Curioso, Agabo decidiu ir até sua mesa e perguntou:

    -O amigo me conhece de algum lugar?

    Ouve um silêncio. O homem não respondeu nada, então Agabo decidiu mudar o tom de voz:

    -POR UM ACASO O AMIGO É SURDO??? NÃO ME OUVIU PERGUNTAR???

    Todos que estavam ali pararam diante do grito, foi então que naquele momento, o homem excêntrico respondeu com voz rouca e baixa:

    -Seu futuro é incerto, vejo que sua jornada será muito longa e difícil. Muitos tentaram e morreram, outros desistiram e somente um concluiu a jornada, mas acabou enlouquecendo.

    Após estas palavras, o velho se levantou e saiu do bar apoiado em seu cajado, Agabo tentou alcançá-lo, mas não conseguiu, ele havia sumido como num passe de mágica em meio à névoa. Aquelas palavras ditas por aquele ancião deixaram Agabo atônito, como ele poderia saber das suas intenções. Durante o tempo em que esteve ali, além da sua família, não chegou a comentar nada com ninguém, procurou achar uma razão para aquilo que havia ocorrido. Na manhã seguinte, acordou atormentado, o suor descia-lhe por todo o corpo, havia tido um pesadelo horrível, sonhou que havia se deparado com uma criatura, um demônio, e através de uma luta intensa, a criatura conseguiu arrancar-lhe seus braços e pernas.

    Tomou um café e decidiu continuar sua jornada. As palavras daquele ancião não lhe saiam da mente. O mais estranho era que ninguém naquele vilarejo conhecia o velho. Ele saiu perguntando a todos, mas ninguém soube dar informações, aquele homem havia sumido como um som que dissipa no ar. O dia estava nublado, enquanto selava o cavalo, seus pensamentos estavam ligados na grande jornada que teria pela frente. Por alguns segundos, pensou nas pessoas daquela cidade, a dez metros dali dois meninos brincavam de esconder, um deles era franzino, o outro mais robusto, uma mulher estendia

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