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Dependência Química De A-z
Dependência Química De A-z
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E-book294 páginas6 horas

Dependência Química De A-z

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Sobre este e-book

Este livro tem como objetivo orientar as pessoas com relação a todos os problemas que estão relacionados com a dependência química e suas consequências. Foram dez os temas escolhidos: religião, loucura, o problema comportamental da doença, família, ansiedade, sociedade, sexualidade; recaída, percepção e as formas de tratamento da doença. Esses dez temas fazem a consolidação dos principais problemas enfrentados pelo dependente químico. A obra foi composta de forma que contemple não somente os dependentes, mas seus familiares, profissionais interessados e pessoas que tem o desejo de conhecer essa doença difícil de ser tratada devido sua complexidade. O assunto é muito polêmico, existem muitos mitos e equívocos a respeito da dependência química, a informação é o principal objetivo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de fev. de 2021
Dependência Química De A-z

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    Dependência Química De A-z - Flávio L. Barbosa

    INTRODUÇÃO

    E

    ste livro tem como objetivo orientar as pessoas com relação a todos os problemas relacionados com a dependência química e suas consequências. Foram dez os temas escolhidos: religião, loucura, a doença do comportamento, família, ansiedade, sociedade, sexualidade; recaída, percepção e as formas de tratamento da doença. Esses dez temas margeiam os principais problemas enfrentados pelo dependente químico.

    A obra foi composta de forma que contemple não somente os dependentes, mas seus familiares, profissionais interessados e pessoas que tem o desejo de conhecer essa doença difícil de ser tratada, devido sua complexidade. O assunto é polêmico, existem muitos mitos a respeito da dependência química. A informação é o principal objetivo, muito pouco se sabe dos principais motivos que estão por trás da DQ¹.Para se aprofundar nos temas, fica como sugestão que o leitor procure em fontes confiáveis mais informações a respeito dos assuntos aqui discutidos. No primeiro item será abordada a questão da religião, e seu importante papel na doença.

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    A ciência sem a religião é manca, a religião sem a ciência é cega

    Albert Einstein

    Capítulo 1 – Espiritualidade e dependência química

    1.Diferença entre religião e espiritualidade

    A

    Palavra religião vem do latim (religio – onis). Define-se como, um conjunto de crenças e questões culturais de determinado povo. Está relacionada com valores morais e também uma visão do mundo e suas consequências.  Uma das suas maiores preocupações e também demanda, é dar sentido a existência através de explicações sobre a origem do mundo, do ser humano e das coisas. Fatores como a moralidade e a ética, que existem entre as relações que estabelecemos com tudo e com todos, também estão atrelados a religião.

    A religião está intimamente ligada ao público. De forma geral ela se apropria da fé das pessoas, para se consolidar como instituição intermediária entre o divino e as coisas terrenas. Em sua maioria se organizam, criam determinada hierarquia e se agrupam em lugares onde, estipulam encontros constantes com hora marcada entre seus seguidores. As pessoas que frequentam esses lugares, acreditam que podem entrar em contato com divindades através da arquitetura do lugar, esculturas consideradas sagradas e até mesmo através das prédicas proferidas por seus líderes religiosos.

    Algumas religiões praticam em suas reuniões, algumas datas comemorativas de determinados santos ou líderes, sacrifícios, rituais que envolvem o transe das pessoas, festividades, atendimento funerário, casamento entre pessoas e também outras atividades ligadas a cultura. No decorrer dos tempos a religião se transformou, isso ocorreu devido as mais variadas culturas que surgiram. O foco de algumas é somente a crença, outras enfatizam a prática diária como fonte de salvação. Existem algumas religiões, que mantêm comunicação direta com a comunidade, elas acreditam que devam ajudar para serem ajudadas.

    Outras linhas privilegiam a subjetividade da pessoa, como fonte de sabedoria e mudança. Há aquelas cuja crença se baseia em suas leis e ensinamentos, e se consideram as mais eficazes para a salvação. Existem outras que selecionam um grupo específico de pessoas, essas funcionam como seitas e para se fazer parte delas, a pessoa que tem que preencher certos requisitos.  Embora se considere como única, a religião faz parte e atua diretamente na sociedade e no governo. Existem religiões que tem um papel apaziguador entre os países, como é o caso da religião católica.

    Atualmente três grandes linhas dividem as religiões em todo o mundo, são elas: as religiões consideradas mundiais, chamadas assim pela influência que exercem nas relações internacionais dos países de todo o globo terrestre, os cultos indígenas; grupo religioso específico, que mantém suas crenças de acordo com suas culturas e seguem um padrão hereditário, e finalmente a nova tendência religiosa; essa última se enquadra nas mais novas religiões que surgiram no mundo. Os estudiosos atuais definem a religião como, uma estrutura que estimula a construção social. Segundo eles, ela promove nas pessoas espiritualidade e prática dos valores aprendidos dentro das instituições religiosas. Todas as religiões ocidentais procuram seguir o padrão das religiões abraâmicas. Esse tipo de religião, tem como parâmetro definir orientações que consolidem a realidade das coisas, do mundo e também do próprio ser humano.

    Desde os tempos primórdios, no momento em que as civilizações começaram a criar regras morais, várias propostas de significado foram sugeridas para a palavra religião. Uma dessas propostas foi indicada por Cícero, em sua obra De natura deorum (45 a.C). Nela ele propõe o termo relegere que significa; o ato das pessoas prestarem demasiada atenção a tudo que se refere aos deuses. Lactâncio (século III e IV d.C), refuta a análise de Cícero com relação a religião, e afirma que o mais adequado é se referir a ela como religare, do latim religar. Com esse termo, ele argumentou que o papel da religião é ligar as pessoas a Deus.

    A palavra religião foi usada pelos europeus durante vários séculos. O cristianismo se apropriou do termo para consolidar seus rituais religiosos aos fiéis. Até o momento vimos o conceito de religião, mas onde a espiritualidade se encaixa nesse conceito, e como a definimos? Nos dicionários encontramos as seguintes definições para espiritualidade: qualidade do que é espiritual, característica ou qualidade que tem ou revela, intensa atividade religiosa ou mística; religiosidade, misticismo. Tudo o que tem por objeto a vida espiritual, elevação, transcendência, sublimidade. (Houaiss) Esse conceito é complexo, ele pode ser analisado por diversos ângulos e interpretações. Espiritualidade pode ser definida como, um elo com algo ou alguma coisa, que está além de nós e nos fornece sentido para nossa existência.

    Essa concepção é algo muito pessoal, algumas pessoas podem atribuir a espiritualidade às suas vivências espirituais, religiosas ou até mesmo transcendentais.  Nota-se a diferença sutil que existe entre religião e espiritualidade. Religião é algo imposto, dogmas sagrados que devem ser seguidos, já a espiritualidade é livre, não depende de um Deus específico ou rituais impostos, para que ela se concretize na mente das pessoas. A espiritualidade nos dá margem para que possamos, através das nossas próprias experiências de vida, nos ligarmos a algo que fará com que nossa fé cresça.

    Semelhanças e diferenças entre religião e espiritualidade

    Aparentemente os dois conceitos aparentam estar ligados, mas a espiritualidade pode ou não fazer parte da religião, tudo dependerá da própria pessoa. Esse paradoxo que está sendo discutido entre religião e espiritualidade, também se dá na questão da fé. A fé não está necessariamente atrelada a religião. Fé é um sentimento, ela faz parte da psicologia, pode ser usada no âmbito religioso. A espiritualidade se encaixa nesse mesmo padrão. Várias pessoas se utilizam da espiritualidade para viverem suas vidas religiosas, outras somente para potencializar seus valores pessoais.

    Embora exista a divergência entre religião e espiritualidade, ambas não são totalmente distintas, existe um ponto convergente, que liga esses dois conceitos na vida das pessoas. No campo da espiritualidade, existe o questionamento de valores pessoais, significado da vida e concepção espiritual. Na religião esses questionamentos também ocorrem, contudo, a diferença é que nela eles vêm regados de normas ligadas às instituições religiosas. Abaixo segue o pensamento de Carl Gustav Jung sobre o assunto, ele estudou a espiritualidade em praticamente toda sua obra:

    Como sou médico e especialista em doenças nervosas e mentais, não tomo como ponto de partida qualquer credo religioso, mas sim a psicologia do homo religiosus; do homem que conterá e observa cuidadosamente certos fatores que agem sobre ele e sobre seu estado geral. É fácil a tarefa de denominar e definir tais fatores segundo a tradição histórica ou o saber etnológico, mas é extremamente difícil fazê-lo do ponto de vista da Psicologia. Minha contribuição relativa ao problema religioso, provém exclusivamente da experiência prática com meus pacientes, e com as pessoas ditas normais. (Jung Psicologia e religião Ocidental § 11).

    Abaixo algumas considerações sobre as diferenças entre, religião e espiritualidade:

    -A religião é o alimento para nossa mente. Através dela, nossas mentes se atrelam a determinada religião ou seita e passamos a crer em dogmas.

    -A religião liga o indivíduo a determinada crença, cria determinada segregação. A espiritualidade deixa a pessoa livre, para que ela possa se ligar ao seu EU interior.

    -A religião se consolida em várias. Existem inúmeras delas se dividindo em várias crenças e cultos diferenciados. A espiritualidade está pautada em apenas um conceito, a individualidade.

    -A religião de certa forma, acaba assolando o livre arbítrio de cada um. Ela faz com que a pessoa deixe muitas vezes de pensar por si, para pensar no que está imposto como certo ou errado. A espiritualidade faz o oposto, ela deixa o indivíduo livre para que ele possa escolher o seu próprio caminho em busca da felicidade.

    -A religião se apropria de pessoas que sentem a necessidade de serem guiadas. A espiritualidade não se apropria da pessoa, ela faz com que a pessoa siga seus ímpetos.

    -A religião possui um conjunto de normas e dogmas, onde a pessoa é obrigada a se enquadrar e seguir. A espiritualidade prisma a razão, leva a pessoa ao questionamento sobre sua própria existência.

    -Muitas vezes a religião se mostra ameaçadora. A espiritualidade se apresenta livre, deixa a pessoa a vontade para tomar seu próprio caminho.

    -A religião aborda temas que são considerados pecaminosos e enfatiza a questão da culpa. A espiritualidade trabalha os sentimentos, faz isso para o crescimento e desenvolvimento pessoal.

    -A religião tem um perfil repressor. A espiritualidade é livre e verdadeira.

    -A religião impõe um tipo de Deus e praticamente obriga o fiel a segui-lo. A espiritualidade deixa essa questão aberta, possibilitando à pessoa escolher sua crença.

    -A religião segue princípios milenares. Muitas vezes esses princípios foram inventados, e são seguidos por muitas pessoas. A espiritualidade é um estado de ânimo aberto, voltado a descoberta do ser e de tudo o que envolve a existência humana.

    -A religião não permite a discussão de assuntos filosóficos que transcendam a própria crença. Assuntos como; a existência do ser humano ou a origem da vida, estão fora de questão. A espiritualidade cria campo para a filosofia geral.

    -A religião foi inventada pelos homens, assim como os tipos de crenças e cultos. A espiritualidade é da natureza humana, nasce com as pessoas e pode ser desenvolvida.

    -A religião divide opiniões, raças e culturas. O desenvolvimento da espiritualidade, tem como objetivo principal a união das diferenças.

    -A religião busca as pessoas para que elas façam parte de suas crenças. A espiritualidade tem que ser conquistada.

    -A religião baseia sua crença em textos considerados sagrados. A espiritualidade busca o conhecimento universal, e une; psicologia, antropologia, sociologia e filosofia, como base de aprimoramento interno.

    -A religião se apropria do medo para que as pessoas permaneçam fieis a ela. Na espiritualidade confiança e fé são os principais fundamentos que a pessoa trabalha.

    -A religião trabalha a instância do pensamento. A espiritualidade se aprofunda a nível de consciente e inconsciente.

    -A religião enfatiza seu foco no que as pessoas fazem. A espiritualidade se preocupa com o que as pessoas são.

    -A religião se ocupa do ego das pessoas para se elevar. A espiritualidade transcende, vai além de nós.

    -A religião trabalha com renúncias. A pessoa tem que abrir mão de suas convicções para que possa continuar a frequentá-la. A espiritualidade nos leva a vivermos nossas convicções, ela induz a pessoa a não renunciar seus objetivos e crenças.

    -Na religião as pessoas passam por rituais de adoração. Na espiritualidade a meditação é vivida de forma intensa.

    -A religião promete o paraíso, a espiritualidade faz a pessoa refletir a respeito da própria vida, viver tudo o que deve ser vivido no aqui e agora.

    -A religião se baseia nos acontecimentos futuros, para isso traz uma bagagem do passado. A espiritualidade trabalha o presente.

    -A religião nos faz esquecer dos erros, assola nosso passado. A espiritualidade nos faz entrar em contato com o passado através da autoanálise, faz isso para que possamos crescer como pessoas.

    -A religião nos faz acreditar na eternidade da vida após a morte. A espiritualidade nos torna conscientes de uma possível vida eterna.

    -A religião é pautada em promessas além-túmulo. A espiritualidade se concentra no aprimoramento das pessoas nessa existência e nos deixa livres para que, através das nossas crenças, possamos escolher o que acontecerá depois que deixarmos de viver.

    Espiritualidade e emocional

    Normalmente as pessoas procuram algum tipo de vida espiritual, quando adquirem algum problema na vida, seja ele físico, mental ou emocional.  É fato dizer, que as pessoas que buscam a espiritualidade como forma de equilíbrio e controle, têm êxito na solução dos seus problemas. Sempre que nos sentimos bem emocionalmente com apoio da espiritualidade, ficamos mais motivação para realizarmos as coisas, nos tornamos mais felizes e capazes, isso se torna uma coisa boa para nossa vivência. Esse processo de autoconhecimento através das nossas atitudes e ações, quando pautado nos valores da espiritualidade, nos fornece sentimentos positivos. Embora as emoções não estejam ligadas inteiramente a espiritualidade, a união das duas faz surgir o equilíbrio interno, e melhora nossa convivência intrapessoal e interpessoal.

    De acordo com a reflexão acima, a absorção das nossas energias passa por um desequilíbrio, fator esse que dificulta e muito nosso bem-estar interno e externo. Nosso modo de ser perante a vida através do nosso ego, é um quesito importante para que possamos nos manter em homeostase. Nos dias de hoje, nota-se muita carência por parte das pessoas, no que se refere a um bom equilíbrio emocional. O ser humano hoje em dia é bastante propício ao descontrole emocional. Isso de certa forma, também recai sobre o nível energético, o tônus vital de cada um, responsável em nos impulsionar para a vida, nossos ideais, nossas metas e vontade de viver bem.

    Esse descontrole emocional que atualmente abala as pessoas, pode estar relacionado com as mudanças que vêm acontecendo no mundo moderno, contudo, é pertinente citar, que os fatores emocionais estão intimamente ligados a questão da espiritualidade. Se a pessoas está mal emocionalmente, está mal espiritualmente. Essas mudanças que foram referenciadas, e que de certa forma acabam servindo como pretexto para um eventual descontrole emocional e espiritual, fazem parte de um esquema psicológico denominado como projeção. Eu projeto meus problemas em algo que já está com problemas, e dessa forma justifico minhas atitudes de acordo com minha vivência externa.

    Essa é uma tendência cada vez maior nos dias de hoje. O deslocamento das emoções negativas para os fatores externos, faz com que a pessoa se perca em sua própria existência. É muito mais fácil culpar o governo, as autoridades, ficar mal com a gestão dos municípios e estados, do que encarar o fato de que os únicos responsáveis somos nós mesmos. Como já foi discutido, é comum encontrarmos pessoas que buscam nas religiões, uma forma de fuga para seus próprios problemas. Dessa forma, mesmo que por um tempo limitado, a pessoa experimenta uma falsa sensação de bem-estar, a chamada fé cega. Se torna mais fácil atribuir os problemas para alguém, do que tentar resolvê-los. A mudança em busca de equilíbrio emocional e espiritual, tem que ser realizada interiormente.

    O descontrole emocional que não é devidamente trabalhado, produz insatisfação interna e vazio. Isso ocorre muito com o dependente químico no início da sua recuperação, principalmente aqueles que buscam na religião uma forma facilitada de bem-estar. Adiar os problemas emocionais, é transferir responsabilidades para nosso inconsciente de forma temporária. O grande risco que a pessoa corre em não tratar sua espiritualidade de forma adequada, é criar uma realidade paralela e superficial. Com certeza essa pessoa jamais será dona de si e nunca poderá desfrutar de sua vida por completo. Será refém de suas fantasias, jamais saberá quem realmente é, isso tudo faz com que perca sua originalidade.

    2.Relação do dependente químico com a religião

    Nos dias de hoje, religião e espiritualidade vêm sendo usadas como conceitos fundamentais no tratamento de pessoas que fazem uso de substâncias psicoativas. Ambas são consideradas sinônimos, entretanto a etimologia dos termos é discutida até hoje, e passa por algumas divergências. Quando o assunto se refere às drogas, as religiões se colocam a frente do problema, e procuram exercer um papel fundamental de recuperação através da fé. É fato que diversas pessoas deixam de usar drogas frequentando alguma religião. A prática religiosa se mostra eficaz em muitos casos. Cada religião carrega uma opinião diferenciada com relação ao problema. Há aquelas que têm um papel mais incisivo, outras mantém um padrão mais ameno, porém todas possuem uma visão negativa quanto ao uso das drogas e do álcool. Embora existam dependentes que se recuperam dentro das instituições religiosas, o que falar da dependência química como uma doença. A organização mundial da saúde através do CID10 (Classificação Internacional de Doenças), conceitua dependência química de forma geral da seguinte forma: Um conjunto de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos, nos quais o uso de uma substância, ou de uma classe de substâncias, torna-se prioritário para o indivíduo, em substituição a outros comportamentos que antes eram prioritários.

    A característica nuclear desta síndrome é o desejo (frequentemente forte e algumas vezes irresistível) de usar drogas (que podem ou não terem sido prescritas), álcool ou tabaco. (Dependência Química – A Doença da Negação, pág. 8). Notamos através desta conceituação a palavra comportamento.  Quando nos referimos a comportamentos, estamos nos referindo a fatores emocionais, físicos e mentais. Isso torna a dependência química uma doença mental, emocional e física. Antes de discutirmos essa questão com mais detalhes, pensemos na seguinte situação. Imagine uma pessoa que para resolver todos os problemas da sua vida, situações de ordem emocional, sentimental ou social, teve que fazer o uso de substâncias psicoativas.

    Esse ritual é constante na vida de um dependente químico que está em uso. Tudo o que ele sente é

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