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A Lesão Corporal Na Lei Maria Da Penha
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A Lesão Corporal Na Lei Maria Da Penha
E-book172 páginas1 hora

A Lesão Corporal Na Lei Maria Da Penha

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Sobre este e-book

O estudo da questão do Crime de Lesão Corporal na Lei Maria da Penha surgiu com a intenção de trazer uma compreensão aguçada aos profissionais da área do Direito sobre a Violência Doméstica nas relações familiares em razão da luta pessoal da própria Maria da Penha, uma vítima de lesão corporal, pela modificação da legislação, no sentido de erradicar a sensação de impunidade do agressor.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento17 de mar. de 2015
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    A Lesão Corporal Na Lei Maria Da Penha - Simone Queiroz

    Simone Queiroz

    1

    A QUESTÃO DO CRIME DE LESÃO CORPORAL NA

    LEI MARIA DA PENHA

    Dedico este Trabalho a minha filha Giulia que está a caminho em meu ventre e a meus pais familiares, os quais, sempre me apoiaram e me deram forças para prosseguir nesta caminhada, esta conquista também e de vocês!

    A Lesão Corporal na Lei Maria da Penha

    2

    AGRADECIMENTOS

    Acima de tudo a Hashem, pai misericordioso

    que sempre está ao meu lado e por me privilegiar de exercer uma profissão magnífica.

    Aos meus familiares, que me deram toda a

    estrutura para que me tornasse a pessoa que sou hoje. A Drª Nazuia Rabelo minha mãe pela confiança e pelo amor que me fortalece todos os dias, dando apoio que necessitava nos momentos

    difíceis, todo carinho, respeito, por ter me aturado nos momentos de estresse, e por tornar minha vida cada dia mais feliz.

    Aos meus amigos que, ao longo desses anos

    de estudo me apoiaram.

    Aos meus professores que, estando sempre

    presentes, esclarecendo minhas dúvidas, tendo muita paciência, competência, confiança,

    conhecimentos e principalmente a amizade, me fizeram ir adiante.

    Agradeço aos que acreditaram no meu

    trabalho e me ajudaram no que foi preciso.

    Enfim, agradeço a todos que de alguma maneira ajudaram para esta realização.

    Simone Queiroz

    3

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO................................................

    .............05

    1. A HISTÓRIA DA

    VIOLÊNCIA..................................... 09

    A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E VIOLÊNCIA CONTRA A

    MULHER..... 14

    FORMAS DE

    VIOLÊNCIA................................................ 19

    DELITOS

    INVISÍVEIS....................................................

    ..22

    O SURGIR DA LEI MARIA DA

    PENHA................................. 26

    A IMPORTÂNCIA DA LEI MARIA DA

    PENHA.........................53

    2. O CRIME DE LESÕES

    CORPORAIS........................... 57

    A Lesão Corporal na Lei Maria da Penha

    4

    CÓDIGO PENAL X MINISTÉRIO

    PÚBLICO.............................64

    O AGRESSOR - SUJEITO

    ATIVO. ........................................ 67

    A VÍTIMA - SUJEITO

    PASSIVO......................................... 68

    A LEI 11.340/06 E A QUESTÃO DA

    HOMOAFETIVIDADE...... 72

    LEI MARIA DA PENHA E SUA

    INOVAÇÃO........................... 79

    TIPIFICAÇÃO DOS

    CRIMES............................................. . 91

    O RECONHECIMENTO DA VIOLÊNCIA

    DOMÉSTICA................. 94

    LESÕES

    CORPORAIS...................................................

    ..97

    Simone Queiroz

    5

    3. EFICÁCIA DA LEI MARIA DA

    PENHA....................... 102

    INSTRUMENTOS LEGAIS E O AMPARO DA MULHER

    QUE SOFRE COM A

    VIOLÊNCIA....................................................

    .102

    PROGRAMAS DE ATENDIMENTO À MULHER EM

    SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO ESTADO DO

    PARANÁ/CURITIBA..................................................

    ... 107

    ESTATÍSTICAS DA VIOLÊNCIA NO

    PARANÁ.......................... 125

    EM

    CURITIBA......................................................... . .13

    4

    EFICÁCIA X

    SILÊNCIO..................................................138

    O OUTRO LADO DA MOEDA: MAU USO DA LEI PELAS

    MULHERES....................................................

    .......... 147

    A Lesão Corporal na Lei Maria da Penha

    6

    CONCLUSÃO.................................................

    ........... .155

    REFERÊNCIAS.........................................................

    158

    Simone Queiroz

    7

    INTRODUÇÃO

    estudo da questão do Crime de Lesão

    Corporal na Lei Maria da Penha surgiu O com a intenção de trazer uma

    compreensão aguçada aos profissionais da área do Direito sobre a Violência Doméstica nas relações familiares em razão da luta pessoal de Maria da Penha, uma vítima de lesão corporal, pela modificação da legislação, no sentido de erradicar a sensação de impunidade do agressor.

    São

    muitas

    as

    consequências

    experimentadas pelas vítimas, tanto físicas, quanto psíquicas, e, na maioria das vezes, muito mais graves que a ação legal arcada pelo agressor.

    Não se pode esquecer que as sequelas experimentadas pelas vítimas, muitas vezes são por elas suportadas pelo resto da vida. Maria da Penha cedeu seu nome à lei por ter se tornado um símbolo desta causa social.

    A Lesão Corporal na Lei Maria da Penha

    8

    A Lei é conhecida pelo seu rigorismo nas relações intrafamiliares e serve para coibir a violência doméstica. Com acertado rigor, alterou o Código Penal, permitindo inclusive a decretação da prisão dos agressores.

    Houve sucessivas modificações, porquanto

    outras providências foram inseridas no

    ordenamento jurídico com a finalidade de

    amparar a mulher-vítima, resguardando sua vida e integridades física e mental.

    A Lei Maria da Penha prescreve medidas protetivas de urgência, dentre elas a saída do agressor de casa.

    Para tanto, este se atém ao crime de lesão

    corporal no âmbito das relações familiares contra a mulher, descrito no parágrafo 9º do artigo 129 do Código Penal, buscando demonstrar que a violência é hoje um fenômeno multicausal, que implica num problema de saúde pública,

    Simone Queiroz

    9

    expressivo no sistema social contemporâneo, refletindo em seus subsistemas, quais sejam, família, escola, comunidades, bem como

    demonstrar a diferença de tratamento jurídico dispensado ao crime de lesões leves no âmbito familiar, instituído pela Lei Maria da Penha, suas modalidades no ordenamento jurídico, o art. 88 da Lei nº 9.099/1995 e a não aplicabilidade no âmbito de relações familiares de violência contra a mulher.

    Os referidos objetivos deste estudo

    justificam-se ainda por analisar através de referencial bibliográfico que, a família é, certamente, o primeiro vínculo do indivíduo e assim sendo, o primeiro espaço para

    aprendizagem.

    Não há, ainda, políticas públicas voltadas à

    educação familiar, muito menos um estatuto da família que direcione à organização adequada de funções vitais no seio familiar.

    A Lesão Corporal na Lei Maria da Penha

    10

    CAPÍTULO 1

    Simone Queiroz

    11

    1

    A HISTÓRIA DA VIOLÊNCIA

    que marca constitutivamente a violência é

    O uma tendência à destruição do outro, ao

    desrespeito e à negação do outro, podendo a ação situar-se no plano físico, psicológico ou ético.

    No âmbito da sociedade brasileira como um

    todo, é cada vez maior o número de vítimas da violência, a destacar a violência doméstica.

    Já em oito de março de 1857, operárias de

    uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve.

    Ocuparam a fábrica e começaram a

    reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de

    A Lesão Corporal na Lei Maria da Penha

    12

    trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um

    terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho1.

    A manifestação foi reprimida com total violência, as mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada e aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

    Então, no ano de 1910, durante uma

    conferência na Dinamarca, ficou decidido que o oito de março passaria a ser o Dia Internacional da Mulher, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857, mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas), no intuito de tentar diminuir e, quem sabe 1 História do Dia Internacional da Mulher. Disponível em.

    www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm. Acesso abril/2014.

    Simone Queiroz

    13

    um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher.

    Ainda, fato conhecido de violência foi a história de Norma Jeane Mortenson ou Marilyn Monroe como um nome de palco por vários anos, tendo sofrido abusos sexuais desde pequena, a pós-morte do pai e internamento da mãe em clínica psiquiátrica, em 1956, ela realizou uma mudança estranha, mas simbólica.

    Marilyn Monroe mudou legalmente seu

    nome e a mudança reflete muitas verdades tristes sobre sua vida pessoal: Em termos de controle mental, a mudança de nome representa a supressão de sua " persona núcleo", a fim de permitir que apenas sua alter persona programada existisse e Marilyn era só o que eles queriam que ela fosse2.

    A violência engloba uma grande influência da

    2 A vida oculta de Marilyn Monroe, uma escrava monarca de Hollywood original. Disponível em Marilyn Monroe Acesso abril/2014.

    A Lesão Corporal na Lei Maria da Penha

    14

    violência verbal e/ou física contra a mulher, trazendo consequências na vida da vítima principalmente num sofrimento psicológico.

    Um dos fatos que levam a mulher que sofre

    violência, é não procurar ajuda, é justamente estar presa ao preconceito imposto por uma sociedade

    que rotula e cria um estereótipo relacionado ao sexo feminino, ainda do período da sociedade patriarcal e assim a mulher quando acredita não sente-se segura no campo familiar e judicial.

    Assim,

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