A Lesão Corporal Na Lei Maria Da Penha
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A Lesão Corporal Na Lei Maria Da Penha - Simone Queiroz
Simone Queiroz
1
A QUESTÃO DO CRIME DE LESÃO CORPORAL NA
LEI MARIA DA PENHA
Dedico este Trabalho a minha filha Giulia que está a caminho em meu ventre e a meus pais familiares, os quais, sempre me apoiaram e me deram forças para prosseguir nesta caminhada, esta conquista também e de vocês!
A Lesão Corporal na Lei Maria da Penha
2
AGRADECIMENTOS
Acima de tudo a Hashem, pai misericordioso
que sempre está ao meu lado e por me privilegiar de exercer uma profissão magnífica.
Aos meus familiares, que me deram toda a
estrutura para que me tornasse a pessoa que sou hoje. A Drª Nazuia Rabelo minha mãe pela confiança e pelo amor que me fortalece todos os dias, dando apoio que necessitava nos momentos
difíceis, todo carinho, respeito, por ter me aturado nos momentos de estresse, e por tornar minha vida cada dia mais feliz.
Aos meus amigos que, ao longo desses anos
de estudo me apoiaram.
Aos meus professores que, estando sempre
presentes, esclarecendo minhas dúvidas, tendo muita paciência, competência, confiança,
conhecimentos e principalmente a amizade, me fizeram ir adiante.
Agradeço aos que acreditaram no meu
trabalho e me ajudaram no que foi preciso.
Enfim, agradeço a todos que de alguma maneira ajudaram para esta realização.
Simone Queiroz
3
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................
.............05
1. A HISTÓRIA DA
VIOLÊNCIA..................................... 09
A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E VIOLÊNCIA CONTRA A
MULHER..... 14
FORMAS DE
VIOLÊNCIA................................................ 19
DELITOS
INVISÍVEIS....................................................
..22
O SURGIR DA LEI MARIA DA
PENHA................................. 26
A IMPORTÂNCIA DA LEI MARIA DA
PENHA.........................53
2. O CRIME DE LESÕES
CORPORAIS........................... 57
A Lesão Corporal na Lei Maria da Penha
4
CÓDIGO PENAL X MINISTÉRIO
PÚBLICO.............................64
O AGRESSOR - SUJEITO
ATIVO. ........................................ 67
A VÍTIMA - SUJEITO
PASSIVO......................................... 68
A LEI 11.340/06 E A QUESTÃO DA
HOMOAFETIVIDADE...... 72
LEI MARIA DA PENHA E SUA
INOVAÇÃO........................... 79
TIPIFICAÇÃO DOS
CRIMES............................................. . 91
O RECONHECIMENTO DA VIOLÊNCIA
DOMÉSTICA................. 94
LESÕES
CORPORAIS...................................................
..97
Simone Queiroz
5
3. EFICÁCIA DA LEI MARIA DA
PENHA....................... 102
INSTRUMENTOS LEGAIS E O AMPARO DA MULHER
QUE SOFRE COM A
VIOLÊNCIA....................................................
.102
PROGRAMAS DE ATENDIMENTO À MULHER EM
SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NO ESTADO DO
PARANÁ/CURITIBA..................................................
... 107
ESTATÍSTICAS DA VIOLÊNCIA NO
PARANÁ.......................... 125
EM
CURITIBA......................................................... . .13
4
EFICÁCIA X
SILÊNCIO..................................................138
O OUTRO LADO DA MOEDA: MAU USO DA LEI PELAS
MULHERES....................................................
.......... 147
A Lesão Corporal na Lei Maria da Penha
6
CONCLUSÃO.................................................
........... .155
REFERÊNCIAS.........................................................
158
Simone Queiroz
7
INTRODUÇÃO
estudo da questão do Crime de Lesão
Corporal na Lei Maria da Penha surgiu O com a intenção de trazer uma
compreensão aguçada aos profissionais da área do Direito sobre a Violência Doméstica nas relações familiares em razão da luta pessoal de Maria da Penha, uma vítima de lesão corporal, pela modificação da legislação, no sentido de erradicar a sensação de impunidade do agressor.
São
muitas
as
consequências
experimentadas pelas vítimas, tanto físicas, quanto psíquicas, e, na maioria das vezes, muito mais graves que a ação legal arcada pelo agressor.
Não se pode esquecer que as sequelas experimentadas pelas vítimas, muitas vezes são por elas suportadas pelo resto da vida. Maria da Penha cedeu seu nome à lei por ter se tornado um símbolo desta causa social.
A Lesão Corporal na Lei Maria da Penha
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A Lei é conhecida pelo seu rigorismo nas relações intrafamiliares e serve para coibir a violência doméstica. Com acertado rigor, alterou o Código Penal, permitindo inclusive a decretação da prisão dos agressores.
Houve sucessivas modificações, porquanto
outras providências foram inseridas no
ordenamento jurídico com a finalidade de
amparar a mulher-vítima, resguardando sua vida e integridades física e mental.
A Lei Maria da Penha prescreve medidas protetivas de urgência, dentre elas a saída do agressor de casa.
Para tanto, este se atém ao crime de lesão
corporal no âmbito das relações familiares contra a mulher, descrito no parágrafo 9º do artigo 129 do Código Penal, buscando demonstrar que a violência é hoje um fenômeno multicausal, que implica num problema de saúde pública,
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expressivo no sistema social contemporâneo, refletindo em seus subsistemas, quais sejam, família, escola, comunidades, bem como
demonstrar a diferença de tratamento jurídico dispensado ao crime de lesões leves no âmbito familiar, instituído pela Lei Maria da Penha, suas modalidades no ordenamento jurídico, o art. 88 da Lei nº 9.099/1995 e a não aplicabilidade no âmbito de relações familiares de violência contra a mulher.
Os referidos objetivos deste estudo
justificam-se ainda por analisar através de referencial bibliográfico que, a família é, certamente, o primeiro vínculo do indivíduo e assim sendo, o primeiro espaço para
aprendizagem.
Não há, ainda, políticas públicas voltadas à
educação familiar, muito menos um estatuto da família que direcione à organização adequada de funções vitais no seio familiar.
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CAPÍTULO 1
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1
A HISTÓRIA DA VIOLÊNCIA
que marca constitutivamente a violência é
O uma tendência à destruição do outro, ao
desrespeito e à negação do outro, podendo a ação situar-se no plano físico, psicológico ou ético.
No âmbito da sociedade brasileira como um
todo, é cada vez maior o número de vítimas da violência, a destacar a violência doméstica.
Já em oito de março de 1857, operárias de
uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve.
Ocuparam a fábrica e começaram a
reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de
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trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um
terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho1.
A manifestação foi reprimida com total violência, as mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada e aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Então, no ano de 1910, durante uma
conferência na Dinamarca, ficou decidido que o oito de março passaria a ser o Dia Internacional da Mulher
, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857, mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas), no intuito de tentar diminuir e, quem sabe 1 História do Dia Internacional da Mulher. Disponível em.
www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm. Acesso abril/2014.
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um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher.
Ainda, fato conhecido de violência foi a história de Norma Jeane Mortenson ou Marilyn Monroe como um nome de palco por vários anos, tendo sofrido abusos sexuais desde pequena, a pós-morte do pai e internamento da mãe em clínica psiquiátrica, em 1956, ela realizou uma mudança estranha, mas simbólica.
Marilyn Monroe mudou legalmente seu
nome e a mudança reflete muitas verdades tristes sobre sua vida pessoal: Em termos de controle mental, a mudança de nome representa a supressão de sua " persona núcleo", a fim de permitir que apenas sua alter persona programada existisse e Marilyn era só o que eles
queriam que ela fosse2.
A violência engloba uma grande influência da
2 A vida oculta de Marilyn Monroe, uma escrava monarca de Hollywood original. Disponível em Marilyn Monroe Acesso abril/2014.
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violência verbal e/ou física contra a mulher, trazendo consequências na vida da vítima principalmente num sofrimento psicológico.
Um dos fatos que levam a mulher que sofre
violência, é não procurar ajuda, é justamente estar presa ao preconceito imposto por uma sociedade
que rotula e cria um estereótipo relacionado ao sexo feminino, ainda do período da sociedade patriarcal e assim a mulher quando acredita não sente-se segura no campo familiar e judicial.
Assim,