Sobre Dinheiro

De John Land Carth

DINHEIRO E ESPIRITUALIDADE, SIM, É POSSÍVEL. Existe ainda muito preconceito com o dinheiro no mundo, uma boa parte deste preconceito se dá pela má formação religiosa, tanto é que os países e povos que não tiveram essa formação desde sua origem, nem a adotaram como regra de sobrevivência, são os povos que em melhor situação econômica vivem, incluem-se aí os povos judeus e os muçulmanos. Ora, desde sempre a pobreza foi cultuada como uma virtude santificante e podemos concordar com isso desde que seja uma profissão de fé e não uma imposição implantada pela cultura do medo, da ociosidade e manipulação do mais fraco. Assim, compreendemos que qualquer um pode fazer um voto de pobreza, como pode fazer voto de castidade, de silêncio, de abstemia. Porque se trata de uma atitude beatífica que visa enobrecer as faculdades espirituais não dando margem a que o corpo ou os vícios possam atrapalhar um comprometimento religioso/místico. Pobreza como missão autoimposta é diferente de pobreza por preconceito com o trabalho, com o dinheiro, com o desenvolvimento da inteligência para tirar os melhores resultados da vivência neste mundo físico. Então, neste livro vamos demonstrar que o preconceito com o dinheiro nada tem a ver com valores defendidos pelo mundo espiritual e sim com a imoralidade, falta de ética e avareza própria do ser humano encarnado. Para demonstrar isso vamos estudar um livro de um dos mais considerados religiosos do Brasil e maior médium conhecido, onde ele trata do tema dinheiro, por meio do seu grande mentor espiritual Emmanuel, Chico Xavier. Chico, com diversos mentores espirituais escreveu extensa obra composta de mais de quinhentos livros versando sobre todos os assuntos. Apenas por preconceito religioso e acadêmico ele não teve o nome na Academia Brasileira de Letras e recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Sua obra literária poderia tê-lo colocado como um dos homens mais ricos do Brasil já nos primeiros anos de suas produções, todavia, Chico tinha o espiritismo, o cristianismo como profissão de fé, como missão e a Missão é mais importante do que o missionário. Para não diminuir a exemplificação do amor, do trabalho árduo, da caridade e da veracidade do mundo espiritual foi necessário que Chico se mantivesse no estado de fenômeno que sempre o caracterizou: fenômeno de resistência, persistência, coerência, fé e trabalho.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 4 de jan. de 2022

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APRESENTAÇÃO

Existe ainda muito preconceito com o dinheiro no mundo, uma boa parte deste preconceito se dá pela má formação religiosa, tanto é que os países e povos que não tiveram essa formação desde sua origem, nem a adotaram como regra de sobrevivência, são os povos que em melhor situação econômica vivem, incluem-se aí os povos judeus e os muçulmanos.

Ora, desde sempre a pobreza foi cultuada como uma virtude santificante e podemos concordar com isso desde que seja uma profissão de fé e não uma imposição implantada pela cultura do medo, da ociosidade e manipulação do mais fraco.

Assim, compreendemos que qualquer um pode fazer um voto de pobreza, como pode fazer voto de castidade, de silêncio, de abstemia. Porque se trata de uma atitude beatífica que visa enobrecer as faculdades espirituais não dando margem a que o corpo ou os vícios possam atrapalhar um comprometimento religioso/místico.

Pobreza como missão autoimposta é diferente de pobreza por preconceito com o trabalho, com o dinheiro, com o desenvolvimento da inteligência para tirar os melhores resultados da vivência neste mundo físico.

Então, neste livro vamos demonstrar que o preconceito com o dinheiro nada tem a ver com  valores defendidos pelo mundo espiritual e sim com a imoralidade, falta de ética e avareza própria do ser humano encarnado.

Para demonstrar isso vamos estudar um livro de um dos mais considerados religiosos do Brasil e maior médium conhecido, onde ele trata do tema dinheiro, por meio do seu grande mentor espiritual Emmanuel, Chico Xavier.

Chico, com diversos mentores espirituais escreveu extensa obra composta de mais de quinhentos livros versando sobre todos os assuntos. Apenas por preconceito religioso e acadêmico ele não teve o nome na Academia Brasileira de Letras e recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Sua obra literária poderia tê-lo colocado como um dos homens mais ricos do Brasil já nos primeiros anos de suas produções, todavia, Chico tinha o espiritismo, o cristianismo como profissão de fé, como missão e a Missão é mais importante do que o missionário. Para não diminuir a exemplificação do amor, do trabalho árduo, da caridade e da veracidade do mundo espiritual foi necessário que Chico se mantivesse no estado de fenômeno que sempre o caracterizou: fenômeno de resistência, persistência, coerência, fé e trabalho.

CHICO XAVIER ERA CONTRA O DINHEIRO?

Quem é contra o dinheiro não se entrega ao trabalho. Todos os livros de Chico Xavier foram produzidos para serem vendidos e popularizados. Apenas que os direitos autorais dos livros foram doados para instituições de divulgação e de trabalho espíritas e de atendimentos aos mais pobres. Visavam lucro, mas um lucro com a intenção de combater a pobreza e promover o bem comum. Assim, Chico Xavier foi um filantropo inigualável que não usou de sua fortuna e função de si mesmo.

Todos nós sabemos que não é possível viver apenas de escambo tendo em vista que o mundo moderno é de enorme intercâmbio de materiais, produções industrializadas e mesmo os alimentos precisam percorrer enormes distâncias entre o lugar onde foram produzidas até as mesas das pessoas, sem falar nos empacotamentos, beneficiamentos etc. Ou seja, a vida atual pensada apenas no regime de trocas de mercadorias é uma visão simplista que não acompanha o processo intrincado onde cada um depende cada vez mais de uma malha super interligada de produção, beneficiamento e distribuição que somente o mecanismo de monetização faz com que seja possível.

Geraldo Lemos Neto, espírita que conviveu com Chico Xavier desde a adolescência, em uma live do Canal Saber Espiritismo no YouTube, explicou sobre o pensamento espírita sobre dinheiro e economia, sua fala é bastante interessante.

Ele explica que devemos entender a Parábola dos Talentos de Jesus e que o dinheiro é considerado o sangue que percorre e ativa a sociedade humana com o desenvolvimento dos talentos de cada um. O link do vídeo contará no rodapé desta página¹.

Geraldo Lemos explicando a Parábola dos Talentos², mostra que Deus dá à cada um segundo suas habilidades, cada um segundo suas capacidades ou experiência, por isso o Senhor distribui os talentos de forma desigual porque nem todos temos a mesma competência. Logo, Deus dá os talentos para que o ser humano saiba administrar para que os talentos se multipliquem. Vemos então, a clara demonstração de Deus é de abundância e de multiplicação e não de estagnação e ócio. Os dois primeiros multiplicam segundo suas capacidades e o último, representa aquele que não quer produzir, que não sabe administrar e não se esforça. Veja-se que Deus, pela Parábola mostra que estamos na Terra para produzir e distribuir e que nosso sofrimento está por nossos medos de desenvolver o que ganhamos do alto.

A Parábola dos Talentos

14 E também será como um homem que, ao sair de viagem, chamou seus servos e confiou-lhes os seus bens. 15 A um deu cinco talentos[a], a outro dois, e a outro um; a cada um de acordo com a sua capacidade. Em seguida partiu de viagem. 16 O que havia recebido cinco talentos saiu imediatamente, aplicou-os, e ganhou mais cinco. 17 Também o que tinha dois talentos ganhou mais dois. 18 Mas o que tinha recebido um talento saiu, cavou um buraco no chão e escondeu o dinheiro do seu senhor. 19 Depois de muito tempo o senhor daqueles servos voltou e acertou contas com eles. 20 O que tinha recebido cinco talentos trouxe os outros cinco e disse: ‘O senhor me confiou cinco talentos; veja, eu ganhei mais cinco’. 21 O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!’ 22 Veio também o que tinha recebido dois talentos e disse: ‘O senhor me confiou dois talentos; veja, eu ganhei mais dois’. 23 "O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o