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Histórias Do Cegonha
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E-book233 páginas1 hora

Histórias Do Cegonha

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Sobre este e-book

Acaba de nascer uma nova personagem que transitará pelos contos, desde que não me falhe a inspiração recebida do universo. Esta personagem surgiu nesta dimensão com aproximadamente 28 anos de idade, tez clara, 1,75 de altura, 75 quilos, rosto afilado, nariz ligeiramente comprido, cabelos castanhos quase sempre revoltos. Seu nome : Péricles Penteado, mais conhecido como Péricles Cegonha , ou Cegonha . Curso básico, algum conhecimento de culinária e dedicado amor ao seu meio de transporte - uma bicicleta preta de origem britânica. Ele vive o presente. Suas atitudes ingênuas, nem sempre lhe propiciam momentos de alegria. Sem temer o amanhã, persiste na busca de seu lugar ao sol.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento26 de mar. de 2019
Histórias Do Cegonha

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    Histórias Do Cegonha - Benjur

    1

    BENJUR

    HI S T ÓR I A S DO

    C E GO N H A

    2

    DIREITOS RESERVADOS

    BENJUR

    2009

    3

    Prólogo

    É com grande prazer que levo ao conhecimento de meus amigos leitores, que acaba de nascer uma nova personagem que transitará livremente pelos contos que compõem este livreto, publicado no meu site: - www.benjur.com.br -

    Filho natural de Benjur, esta personagem surgiu nesta dimensão com aproximadamente 28 anos de idade, tez clara, 1,75 de altura, 75 quilos, rosto afilado, nariz ligeiramente comprido, cabelos castanhos quase sempre revoltos.

    No seu dia a dia usa camisas de mangas compridas dobradas até o cotovelo, calça do tipo bermudão alcançando suas canelas e sustentada por suspensórios de tiras do mesmo tecido da calça, que se cruzam em suas costas.

    Escondendo parcialmente seus cabelos, um chapéu cinza comum e surrado. Esta criatura foi registrada em nossos arquivos mentais com o nome de Péricles Penteado; mas tornar-se-á mais conhecida como Péricles Cegonha, ou simplesmente Cegonha, apelido que, sem o meu conhecimento, foi lhe imposto pelos seus amigos caminhoneiros.

    Com curso básico completo, algum conhecimento de culinária e dedicado amor ao seu importante meio de transporte - uma bicicleta preta de origem britânica - ele não teme o futuro e vive o presente como se somente o agora existisse.

    4

    Suas atitudes sinceras e até certo ponto ingênuas, nem sempre lhe proporcionam momentos de alegria e felicidade. Sem temer o amanhã, ele persiste na busca de um lugar ao sol.

    Muito obrigado

    Benjur

    5

    Í N D I C E

    1 – A grande praça................................................ 6

    2 – Segredos do confessionário............................15

    3 – O resgate da bicicleta..................................... 32

    4 – A carta............................................................ 39

    5 – Desempregado............................................... 44

    6 – O figurante..................................................... 47

    7 – A boneca de pano.......................................... 50

    8 – O gatinho....................................................... 55

    9 – Meu amigo Carrapicho................................... 58

    10- A chegada da cegonha.................................. 63

    11- O prisioneiro................................................. 67

    12- A vida é um sonho......................................... 71

    13-Os inocentes................................................. 75

    14-O roubo da bicicleta...................................... 79

    15-Relíquias....................................................... 84

    16-Bem-te-vi..................................................... 91

    6

    A GRANDE PRAÇA

    Cegonha era um vendedor ambulante que trabalhava com sua bicicleta, levando em seu bagageiro uma grande cesta de palha sempre cheia até as bordas com as mercadorias que vendia. Desde criança morou e trabalhou na pequena Vila de São Roque, onde foi criado por uma família humilde e sem perspectivas futuras. Nesta Vila, que ficava situada na distante periferia da grande Belo Horizonte, sempre foi considerado uma das pessoas mais importantes. Depois das opiniões das autoridades oficiais, a sua era a mais respeitada pelos moradores do local. Embora a Vila fosse muito pequena, quando Cegonha falava desse lugar aos seus amigos, mentia descaradamente; criava uma falsa impressão sobre sua importância e seu verdadeiro tamanho. Para descrevê- la com honestidade, bastaria fazer referência à sua única praça e algumas dezenas de velhas moradias pequenas, simples, antigas e malfeitas. Muitas delas eram construídas de pau a pique e ocupavam quase todo o entorno daquela praça, que se completava com a pequena Igreja de São Roque. Construída há mais de duzentos anos, a Igreja não se comunicava facilmente com os seus fiéis; ela não possuía um único sino em sua velha torre. A pequena e solitária praça era o centro e a periferia da Vila de São Roque, e tinha uma característica que a diferenciava de muitas outras. Todas as casas ali existentes foram construídas germinadas, fechando um quadrilátero, que ao mesmo tempo formava uma grande praça e uma pequena vila. Apenas um espaço vazio entre a lateral esquerda da igreja e a casa do

    7

    subprefeito era a única forma de entrar ou sair da área central, que na realidade era quase todo o povoado. Houve muitos conchavos políticos entre as autoridades locais, onde se destacavam como mais importantes o subdelegado e o subprefeito, com um figurão da capital, que naquele momento era o centro das atenções; pois era um sério candidato ao governo do Estado. Ficou acertado entre eles, como troca de favores políticos, que este candidato ofertaria à Vila, nada mais nada menos que um majestoso sino de bronze, para ser instalado na Igreja de São Roque; isto, de uma vez por todas, transformaria a casa daquele santo em uma verdadeira Igreja. O significado desta conquista provocou tamanha repercussão, que o Bispo da Diocese prometeu que, a partir do dia em que os fiéis ouvissem pela primeira vez o badalar daquele sino, a Igreja de São Roque receberia uma vez por semana um padre devidamente paramentado, com poderes para dirigir e executar todas as liturgias necessárias ao bom funcionamento daquela comunidade cristã. As pessoas mais influentes do lugar, inclusive o subdelegado, o subprefeito e o substituto do subprefeito convocaram uma reunião com todos os moradores, para traçarem as diretrizes de uma comemoração, como nunca havia ocorrido por ali. Depois de muita conversa jogada fora e muitos palpites errados, foi aprovada por unanimidade a ideia apresentada pelo Cegonha, sobre a forma de se proceder na data marcada para um dos maiores eventos já ocorridos naquela Vila. Ao tomar conhecimento da aceitação de sua proposta, Cegonha imediatamente pediu minha opinião. Disse- me ele: " - Benjur, você acha que essas autoridades estão sendo sinceras ao

    8

    apoiarem a minha ideia? – Tenho a impressão que eles querem me experimentar. "

    Ao vê-lo preocupado com o fato, encorajei-o bastante, a fim de que tivesse mais confiança em suas possibilidades. Terminado nosso diálogo, continuei presente nessa reunião; e foi aí então, que pude conhecer melhor essa minha criatura, figura que tanto me admirava e que era por demais querida pelos seus conterrâneos. Sempre pensei que seu apelido decorresse do fato de tornar-se amigo dos caminhoneiros que rodavam pelas estradas de nosso país; mas não era nada disso. Embora seu verdadeiro nome - Péricles - não fosse tão feio assim, o apelido carinhoso que lhe deram fora sugerido pela espetacular saliência de seu nariz, comprido e fino como o bico daquele pássaro. Tudo que Cegonha idealizou para a festa foi aprovado pelas autoridades e pelos moradores da vila, que colocaram à disposição de seus organizadores, verba suficiente para as despesas

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