Recortes da produção de conhecimento na área de educação física: uma abordagem revisionista
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Recortes da produção de conhecimento na área de educação física - Juliano de Souza
Recortes da produção
de conhecimento na área
de educação física
uma abordagem revisionista
Editora Appris Ltda.
1.ª Edição - Copyright© 2022 dos autores.
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores. Foi realizado o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nos 10.994, de 14/12/2004, e 12.192, de 14/01/2010.O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001Catalogação na Fonte
Elaborado por: Josefina A. S. Guedes
Bibliotecária CRB 9/870
Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT.
Editora e Livraria Appris Ltda.
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Curitiba/PR – CEP: 80810-002
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www.editoraappris.com.br
Printed in Brazil
Impresso no Brasil
Marcos Roberto Brasil
Vinicius Machado de Oliveira
Juliano de Souza
(org.)
Recortes da produção
de conhecimento na área
de educação física
uma abordagem revisionista
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, os autores agradecem às instituições de ensino Centro Universitário UNIGUAIRACÁ, Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e Universidade Estadual de Maringá (UEM), espaços onde os trabalhos do presente livro foram desenvolvidos. Nessa esteira, a autoria estende seus comprimentos a todos os colaboradores desta proposta, desde os discentes até os docentes que produziram e auxiliaram na confecção deste material.
Direciona-se também um agradecimento especial a coordenação e ao conselho acadêmico do Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física UEM/UEL que acolheram o projeto e aprovaram o financiamento para a publicação desta coletânea a partir do apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (Capes)*. Nessa direção, ressalta-se o suporte financeiro da Capes cujo apoio foi central para a socialização deste material.
Por fim, a autoria agradece a participação e colaboração de todos os membros do Observatório de Educação Física e Esporte (OEFE), que auxiliaram na lapidação do material que aqui se apresenta.
Sumário
INTRODUÇÃO
A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE JOGOS ELETRÔNICOS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Vinicius de Lima
Vinicius Machado de Oliveira
Saulo Fernandes Ferrari
Rafael Augusto Marques dos Reis
Marcos Roberto Brasil
A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO SOBRE VOLEIBOL EM PERIÓDICOS CIENTÍFICOS DA ÁREA DE EDUCAÇÃO FÍSICA BRASILEIRA
Lucas Fernandes da Silva
Veronica Volski Mattes
Marcus Peikriszwili Tartaruga
Pedro Henrique Iglesiaz Menegaldo
Marcos Roberto Brasil
A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO SOBRE O BASQUETEBOL EM PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU DA ÁREA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Társus Augusto Costa
Luiz Fernando Badaró
Saulo Fernandes Ferrari
Vinicius Machado de Oliveira
Rafael Augusto Marques dos Reis
A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE CAPOEIRA EM PERIÓDICOS CIENTÍFICOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA REVISÃO Bibliométrica
Andriely Gonçalves
Pedro Henrique Iglesiaz Menegaldo
Neidiana Braga da Silva Souza
Vinicius Machado de Oliveira
Rafael Augusto Marques dos Reis
Marcos Roberto Brasil
SÍNDROME DE DOWN E ATIVIDADE FÍSICA: UM MAPEAMENTO SISTEMÁTICO EM PERIÓDICOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Verônica Volski Mattes
Ana Carolina Paludo
Maria Gisele Kosmo
Neidiana Braga da Silva Souza
Marcos Roberto Brasil
A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE O HIGH-INTENSITY INTERVAL TRAINING(HIIT): UMA REVISÃO EXPLORATÓRIA.
Robson de Lima
Saulo Fernandes Ferrari
Luiz Fernando Badaró
Veronica Volski Mattes
Marcos Roberto Brasil
AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DAS FASES DO CICLO MENSTRUAL NO GANHO DE FORÇA E HIPERTROFIA PARA MULHERES: UMA REVISÃO EXPLORATÓRIA
Fernanda Boiko
Neidiana Braga da Silva Souza
Pedro Henrique Iglesiaz Menegaldo
Luiz Fernando Badaró
Luiz Augusto Silva
SOBRE OS AUTORES
INTRODUÇÃO
Como se sabe, há milhares de anos, os seres humanos vêm realizando várias descobertas e compartilhando conhecimentos uns com os outros. Tais conhecimentos, por seu turno, não só se intensificaram com o desenvolvimento de uma linguagem, como também foram se materializando em um diversificado sistema de escrita modificável (ELIAS, 1994). Em síntese, foi por meio dessa capacidade de conservação e transmissão simbólica do conhecimento que novas gerações puderam continuar o processo de desenvolvimento social e civilizador da humanidade (ELIAS, 1994, 2011).
É verdade que durante esse percurso, houve percalços e muitos conhecimentos se perderam pelo caminho, como o caso paradigmático da Biblioteca de Alexandria que teve uma quantidade imensurável de documentos consumida por um incêndio (SAGAN, 2017). Em linhas gerais, como a história nos conta, ali existia uma ampla produção científica e cultural, produzida por uma grande comunidade de intelectuais do velho mundo. Essa condição não só fazia a Biblioteca de Alexandria ser a casa de grandes eruditos, como também lhe alocava como [...] o local onde seres humanos colheram pela primeira vez, de maneira séria e sistemática, o conhecimento do mundo
(SAGAN, 2017 p. 37). Se a humanidade, hoje, estaria mais avançada com os conhecimentos de Alexandria, isso não é possível determinar, porém, fato é que, com a retomada do conhecimento científico, sobretudo no contexto do Renascimento, muitos avanços e saltos tecnológicos puderam ser atingidos no decorrer dos séculos até a consolidação da ciência moderna.
Desde então, o conhecimento científico tem sido fortemente propalado no tecido social, mobilizando não só a universidade, mas também uma série de outras esferas sociais. Não por acaso, como diria Beck (2011), um dos ápices das civilizações hodiernas é justamente essa profusão de um conhecimento que não fica restrito apenas aos pares da academia, mas também aos agentes sociais que residem fora do terreno acadêmico, os quais anseiam por informações na busca por conduzir narrativas autobiográficas mais satisfatórias. Cabe salientar que não se trata de um consumo passivo da ciência. Longe disso, as pessoas munidas por amplas doses de reflexividade (GIDDENS; LASH; BECK, 2012), não só buscam capital cultural (BOURDIEU, 2011), como igualmente participam das dinâmicas do mundo científico na medida em que experimentam e confrontam os saberes que lhes são fornecidos (SOUZA, 2019).
Se essa capacidade de testar, revisar e confrontar o conhecimento já é uma característica intrínseca à comunidade mais ampla, é evidente que na academia essa condição não estaria ausente, vide que não se trata somente de uma atribuição metodológica face às premissas da ciência, mas, sobretudo, de uma necessidade diante das novas dinâmicas sociais prementes da contemporaneidade. Dito de uma outra forma, isso quer dizer que o conhecimento científico não é socializado sem nenhum um tipo de filtro. Há contestações e esforços revisionistas que procuram não somente avaliar a produção do conhecimento ao modo popperiano, como também inventariar, mapear, organizar, descrever esse conhecimento lançado no campo acadêmico. Em suma, foi por via dessa capacidade revisionista aliada a um sentimento de ceticismo e criatividade que o campo acadêmico-científico pôde chegar a importantes descobertas e a grandes revoluções científicas.
Nesses termos, o hábito de revisar o conhecimento é sem dúvida uma das principais ferramentas da ciência, pois, como se sabe, ninguém produz conhecimento sem antes ter se deparado com saberes anteriores, ou melhor, parafraseando Newton, ninguém vai ou vê mais longe, sem ter estado nos ombros dos gigantes. Isso quer dizer que muito dificilmente é possível chegar a uma descoberta ou uma refutação sem antes ter testado, assimilado e revisto determinado conhecimento. É justamente nesse prisma que se insere, uma das ferramentas ou técnicas metodológicas mais essenciais de toda a ciência, a saber, a revisão científica ou a revisão de literatura sobre determinado objeto ou assunto.
Nesse contexto, quando mencionamos o conceito de revisão de literatura, não estamos nos referindo somente ao tipo de estudo ou técnica subjacente a esse tipo de pesquisa. Mais do que isso, a revisão do conhecimento é a base da produção de qualquer novo empreendimento científico. Isto é, mesmo em estudos que não possuem esse perfil revisionista do saber, ainda há a partilha desse percurso metodológico na medida em que precisam dialogar com a literatura (GIL, 2008). Em resumo, para além do discurso das supostas fragilidades dessa perspectiva de pesquisa, é necessário saber que todo estudo científico é subsidiado por algum conhecimento que foi produzido precedentemente (MARCONI; LAKATOS, 2003). Por isso, não faz sentido imputar qualquer tipo de juízo valorativo acerca das pesquisas de cariz revisionista, pois além de auxiliarem na discussão de um objeto, podem também apresentar um panorama do que tem sido estudado, bem como identificar e traçar possíveis regularidades de um determinado fenômeno em investigação (GIL, 2008; FLICK, 2012; SEVERINO, 2013).
Há, portanto, inúmeras prerrogativas associadas ao universo das pesquisas bibliográficas e, tal por isso, elas são motivo de investigação em diferentes campos científicos. No campo da Educação Física não poderia ser diferente. Com o crescimento da área tanto na esfera acadêmica quanto de intervenção, o campo científico foi municiado de uma larga produção socializada nos mais diferentes sítios de divulgação científica. Essa produção materializada em livros, artigos, monografias, dissertações, teses, dentre outros, não apenas foi alvo de leitura dos pares, mais de investimento descritivo e analítico por uma ampla comunidade acadêmica. É nesse espectro, que se insere os estudos de revisão da literatura.
Conforme já dito, os estudos de revisão bibliográfica, nada mais são que, digressões científicas voltadas para a análise da produção do conhecimento de determinado objeto ou fenômeno (VOLPATO, 2013). Nessa esteira, dentro dos estudos de revisão de literatura, como é sabido, existe uma gama de gêneros associadas a essa técnica de pesquisa, tais como as revisões narrativas, exploratórias, bibliométricas, integrativas, sistemáticas, dentre outras (GRANT; BOOTH, 2009). Para além das claras diferenças, todos os métodos de revisão buscam realizar uma síntese do escopo investigado. No entanto, revisar