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Recortes da produção de conhecimento na área de educação física: uma abordagem revisionista
Recortes da produção de conhecimento na área de educação física: uma abordagem revisionista
Recortes da produção de conhecimento na área de educação física: uma abordagem revisionista
E-book208 páginas2 horas

Recortes da produção de conhecimento na área de educação física: uma abordagem revisionista

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Sobre este e-book

O livro Recortes da produção de conhecimento na área de Educação Física – uma abordagem revisionista lança um olhar sobre a produção do conhecimento em Educação Física. O conhecimento científico disponibilizado no campo acadêmico não é simplesmente socializado sem nenhum um tipo de filtro, há contestações e esforços revisionistas que procuram não só refutar a produção, como também inventariar, mapear, organizar, descrever esse conhecimento disponibilizado na literatura. Por sinal, foi por via dessa capacidade revisionista aliada a um sentimento de ceticismo e criatividade, que o campo acadêmico-científico pôde chegar a importantes descobertas e a grandes revoluções científicas. Portanto, o hábito de revisar o conhecimento é sem dúvida uma das principais ferramentas da ciência. Pois, como se sabe, ninguém produz conhecimento sem antes ter se deparado com saberes anteriores. Com o crescimento da Educação Física tanto na esfera interventiva como acadêmica, o campo científico foi abastecido com uma larga produção socializada nos mais diferentes sítios de divulgação científica. Essa produção materializada em livros, artigos, monografias, dissertações, teses, dentre outros, não apenas foi alvo de leitura dos pares, como também de investimento descritivo e analítico por uma ampla comunidade acadêmica. Dessa forma, é por conta dessa aproximação com o campo da Epistemologia da Educação Física que esperamos auxiliar, não exclusivamente, mas principalmente, alunos em processo de formação na área da Educação Física, não só no que se refere às temáticas abordadas, mas também no processo metodológico que está por de trás dos estudos de revisão. Assim sendo, almeja-se que esta coletânea com artigos de revisão, de alguma forma, possa assinalar o significado de estudos de revisão de literatura, bem como aspirar jovens pesquisadores a se aventurar no mundo da pesquisa científica, que muitas das vezes ingressam no universo da ciência a partir da leitura e análise de estudos já socializados no campo acadêmico.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de jan. de 2023
ISBN9786525035499
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    Pré-visualização do livro

    Recortes da produção de conhecimento na área de educação física - Juliano de Souza

    0015166_Vinicius_Machado_de_Oliveira_capa_16x23-01.jpg

    Recortes da produção

    de conhecimento na área

    de educação física

    uma abordagem revisionista

    Editora Appris Ltda.

    1.ª Edição - Copyright© 2022 dos autores.

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98. Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores. Foi realizado o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nos 10.994, de 14/12/2004, e 12.192, de 14/01/2010.O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001Catalogação na Fonte

    Elaborado por: Josefina A. S. Guedes

    Bibliotecária CRB 9/870

    Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT.

    Editora e Livraria Appris Ltda.

    Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês

    Curitiba/PR – CEP: 80810-002

    Tel. (41) 3156 - 4731

    www.editoraappris.com.br

    Printed in Brazil

    Impresso no Brasil

    Marcos Roberto Brasil

    Vinicius Machado de Oliveira

    Juliano de Souza

    (org.)

    Recortes da produção

    de conhecimento na área

    de educação física

    uma abordagem revisionista

    AGRADECIMENTOS

    Em primeiro lugar, os autores agradecem às instituições de ensino Centro Universitário UNIGUAIRACÁ, Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e Universidade Estadual de Maringá (UEM), espaços onde os trabalhos do presente livro foram desenvolvidos. Nessa esteira, a autoria estende seus comprimentos a todos os colaboradores desta proposta, desde os discentes até os docentes que produziram e auxiliaram na confecção deste material.

    Direciona-se também um agradecimento especial a coordenação e ao conselho acadêmico do Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física UEM/UEL que acolheram o projeto e aprovaram o financiamento para a publicação desta coletânea a partir do apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (Capes)*. Nessa direção, ressalta-se o suporte financeiro da Capes cujo apoio foi central para a socialização deste material.

    Por fim, a autoria agradece a participação e colaboração de todos os membros do Observatório de Educação Física e Esporte (OEFE), que auxiliaram na lapidação do material que aqui se apresenta.

    Sumário

    INTRODUÇÃO

    A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE JOGOS ELETRÔNICOS NO CAMPO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

    Vinicius de Lima

    Vinicius Machado de Oliveira

    Saulo Fernandes Ferrari

    Rafael Augusto Marques dos Reis

    Marcos Roberto Brasil

    A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO SOBRE VOLEIBOL EM PERIÓDICOS CIENTÍFICOS DA ÁREA DE EDUCAÇÃO FÍSICA BRASILEIRA

    Lucas Fernandes da Silva

    Veronica Volski Mattes

    Marcus Peikriszwili Tartaruga

    Pedro Henrique Iglesiaz Menegaldo

    Marcos Roberto Brasil

    A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO SOBRE O BASQUETEBOL EM PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU DA ÁREA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

    Társus Augusto Costa

    Luiz Fernando Badaró

    Saulo Fernandes Ferrari

    Vinicius Machado de Oliveira

    Rafael Augusto Marques dos Reis

    A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE CAPOEIRA EM PERIÓDICOS CIENTÍFICOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA REVISÃO Bibliométrica

    Andriely Gonçalves

    Pedro Henrique Iglesiaz Menegaldo

    Neidiana Braga da Silva Souza

    Vinicius Machado de Oliveira

    Rafael Augusto Marques dos Reis

    Marcos Roberto Brasil

    SÍNDROME DE DOWN E ATIVIDADE FÍSICA: UM MAPEAMENTO SISTEMÁTICO EM PERIÓDICOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA

    Verônica Volski Mattes

    Ana Carolina Paludo

    Maria Gisele Kosmo

    Neidiana Braga da Silva Souza

    Marcos Roberto Brasil

    A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOBRE O HIGH-INTENSITY INTERVAL TRAINING(HIIT): UMA REVISÃO EXPLORATÓRIA.

    Robson de Lima

    Saulo Fernandes Ferrari

    Luiz Fernando Badaró

    Veronica Volski Mattes

    Marcos Roberto Brasil

    AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DAS FASES DO CICLO MENSTRUAL NO GANHO DE FORÇA E HIPERTROFIA PARA MULHERES: UMA REVISÃO EXPLORATÓRIA

    Fernanda Boiko

    Neidiana Braga da Silva Souza

    Pedro Henrique Iglesiaz Menegaldo

    Luiz Fernando Badaró

    Luiz Augusto Silva

    SOBRE OS AUTORES

    INTRODUÇÃO

    Como se sabe, há milhares de anos, os seres humanos vêm realizando várias descobertas e compartilhando conhecimentos uns com os outros. Tais conhecimentos, por seu turno, não só se intensificaram com o desenvolvimento de uma linguagem, como também foram se materializando em um diversificado sistema de escrita modificável (ELIAS, 1994). Em síntese, foi por meio dessa capacidade de conservação e transmissão simbólica do conhecimento que novas gerações puderam continuar o processo de desenvolvimento social e civilizador da humanidade (ELIAS, 1994, 2011).

    É verdade que durante esse percurso, houve percalços e muitos conhecimentos se perderam pelo caminho, como o caso paradigmático da Biblioteca de Alexandria que teve uma quantidade imensurável de documentos consumida por um incêndio (SAGAN, 2017). Em linhas gerais, como a história nos conta, ali existia uma ampla produção científica e cultural, produzida por uma grande comunidade de intelectuais do velho mundo. Essa condição não só fazia a Biblioteca de Alexandria ser a casa de grandes eruditos, como também lhe alocava como [...] o local onde seres humanos colheram pela primeira vez, de maneira séria e sistemática, o conhecimento do mundo (SAGAN, 2017 p. 37). Se a humanidade, hoje, estaria mais avançada com os conhecimentos de Alexandria, isso não é possível determinar, porém, fato é que, com a retomada do conhecimento científico, sobretudo no contexto do Renascimento, muitos avanços e saltos tecnológicos puderam ser atingidos no decorrer dos séculos até a consolidação da ciência moderna.

    Desde então, o conhecimento científico tem sido fortemente propalado no tecido social, mobilizando não só a universidade, mas também uma série de outras esferas sociais. Não por acaso, como diria Beck (2011), um dos ápices das civilizações hodiernas é justamente essa profusão de um conhecimento que não fica restrito apenas aos pares da academia, mas também aos agentes sociais que residem fora do terreno acadêmico, os quais anseiam por informações na busca por conduzir narrativas autobiográficas mais satisfatórias. Cabe salientar que não se trata de um consumo passivo da ciência. Longe disso, as pessoas munidas por amplas doses de reflexividade (GIDDENS; LASH; BECK, 2012), não só buscam capital cultural (BOURDIEU, 2011), como igualmente participam das dinâmicas do mundo científico na medida em que experimentam e confrontam os saberes que lhes são fornecidos (SOUZA, 2019).

    Se essa capacidade de testar, revisar e confrontar o conhecimento já é uma característica intrínseca à comunidade mais ampla, é evidente que na academia essa condição não estaria ausente, vide que não se trata somente de uma atribuição metodológica face às premissas da ciência, mas, sobretudo, de uma necessidade diante das novas dinâmicas sociais prementes da contemporaneidade. Dito de uma outra forma, isso quer dizer que o conhecimento científico não é socializado sem nenhum um tipo de filtro. Há contestações e esforços revisionistas que procuram não somente avaliar a produção do conhecimento ao modo popperiano, como também inventariar, mapear, organizar, descrever esse conhecimento lançado no campo acadêmico. Em suma, foi por via dessa capacidade revisionista aliada a um sentimento de ceticismo e criatividade que o campo acadêmico-científico pôde chegar a importantes descobertas e a grandes revoluções científicas.

    Nesses termos, o hábito de revisar o conhecimento é sem dúvida uma das principais ferramentas da ciência, pois, como se sabe, ninguém produz conhecimento sem antes ter se deparado com saberes anteriores, ou melhor, parafraseando Newton, ninguém vai ou vê mais longe, sem ter estado nos ombros dos gigantes. Isso quer dizer que muito dificilmente é possível chegar a uma descoberta ou uma refutação sem antes ter testado, assimilado e revisto determinado conhecimento. É justamente nesse prisma que se insere, uma das ferramentas ou técnicas metodológicas mais essenciais de toda a ciência, a saber, a revisão científica ou a revisão de literatura sobre determinado objeto ou assunto.

    Nesse contexto, quando mencionamos o conceito de revisão de literatura, não estamos nos referindo somente ao tipo de estudo ou técnica subjacente a esse tipo de pesquisa. Mais do que isso, a revisão do conhecimento é a base da produção de qualquer novo empreendimento científico. Isto é, mesmo em estudos que não possuem esse perfil revisionista do saber, ainda há a partilha desse percurso metodológico na medida em que precisam dialogar com a literatura (GIL, 2008). Em resumo, para além do discurso das supostas fragilidades dessa perspectiva de pesquisa, é necessário saber que todo estudo científico é subsidiado por algum conhecimento que foi produzido precedentemente (MARCONI; LAKATOS, 2003). Por isso, não faz sentido imputar qualquer tipo de juízo valorativo acerca das pesquisas de cariz revisionista, pois além de auxiliarem na discussão de um objeto, podem também apresentar um panorama do que tem sido estudado, bem como identificar e traçar possíveis regularidades de um determinado fenômeno em investigação (GIL, 2008; FLICK, 2012; SEVERINO, 2013).

    Há, portanto, inúmeras prerrogativas associadas ao universo das pesquisas bibliográficas e, tal por isso, elas são motivo de investigação em diferentes campos científicos. No campo da Educação Física não poderia ser diferente. Com o crescimento da área tanto na esfera acadêmica quanto de intervenção, o campo científico foi municiado de uma larga produção socializada nos mais diferentes sítios de divulgação científica. Essa produção materializada em livros, artigos, monografias, dissertações, teses, dentre outros, não apenas foi alvo de leitura dos pares, mais de investimento descritivo e analítico por uma ampla comunidade acadêmica. É nesse espectro, que se insere os estudos de revisão da literatura.

    Conforme já dito, os estudos de revisão bibliográfica, nada mais são que, digressões científicas voltadas para a análise da produção do conhecimento de determinado objeto ou fenômeno (VOLPATO, 2013). Nessa esteira, dentro dos estudos de revisão de literatura, como é sabido, existe uma gama de gêneros associadas a essa técnica de pesquisa, tais como as revisões narrativas, exploratórias, bibliométricas, integrativas, sistemáticas, dentre outras (GRANT; BOOTH, 2009). Para além das claras diferenças, todos os métodos de revisão buscam realizar uma síntese do escopo investigado. No entanto, revisar

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