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NOVA YORK - Coleção Aventuras pelo Mundo
NOVA YORK - Coleção Aventuras pelo Mundo
NOVA YORK - Coleção Aventuras pelo Mundo
E-book164 páginas1 hora

NOVA YORK - Coleção Aventuras pelo Mundo

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Sobre este e-book

Nova York - a cidade que nunca dorme - é destino cobiçado por grande parte dos brasileiros. E foi na Big Apple que Airton Ortiz decidiu passar mais uma temporada de suas Aventuras pelo mundo. Aqui ele mostra não apenas a Nova York dos turistas - com a Estátua da Liberdade, a Broadway e o Central Park -, mas também a Nova York de seus moradores, tanto os ricaços do Upper East Side como os descolados do Greenwich Village. Fuja do lugar comum e vá com ele aos restaurantes não tão glamurosos, mas que servem comidas deliciosas e a preços acessíveis. Enfim, Nova York como só ela é. Este livro não é um guia de viagens, mas suas dicas lhe proporcionarão dias memoráveis na cidade eternizada por Sinatra. Com ele em mãos, você percorrerá Nova York como se fosse um morador local. Have a nice trip!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de mar. de 2023
ISBN9788582402634
NOVA YORK - Coleção Aventuras pelo Mundo

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    NOVA YORK - Coleção Aventuras pelo Mundo - JOSE AIRTON MACHADO ORTIZ

    Rua Henrique Schaumann, 270

    Pinheiros – São Paulo – SP – CEP: 05413-010

    PABX (11) 3613-3000

    ISBN 978-85-8240-263-4

    DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)

    ANGÉLICA ILACQUA CRB-8/7057

    Ortiz, Airton

    Nova York / Airton Ortiz. – São Paulo : Saraiva, 2015.

    208 p.

    ISBN 978-85-8240-263-4

    1. Nova Iorque (Estados Unidos) – Descrições e viagens 2. Crônicas I. Título

    Índice para catálogo sistemático:

    1. Nova Iorque (Estados Unidos) – Descrições e viagens

    Copyright © Airton Ortiz, 2015

    Todos os direitos reservados à Benvirá,

    um selo da Saraiva Educação.

    www.benvira.com.br

    1a edição, 2015

    Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização da Editora Saraiva. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na lei no 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.

    545.523.001.001

    Dedico estas crônicas à diversidade,

    principal característica de Nova York.

    Agradecimentos

    Meus agradecimentos ao Grupo Zaffari, cujo patrocínio viabilizou a viagem que deu origem a este livro.

    Sumário

    1 | Bowling Green

    2 | Broadway

    3 | 5 th Avenue

    4 | Wall Street

    5 | Estátua da Liberdade

    6 | Lower Manhattan

    7 | Fraunces Tavern Museum

    8 | Trinity Church & St Paul’s Cathedral

    9 | 9/11 Memorial

    10 | Chinatown

    11 | Little Italy

    12 | Tribeca

    13 | Brandy Library

    14 | SoHo

    15 | Lower East Side

    16 | Katz’s Delicatessen

    17 | East Village

    18 | Saint Marks Place

    19 | Greenwich Village

    20 | Blue Notes

    21 | Grace Church

    22 | West Village

    23 | Chelsea

    24 | Chelsea Highline Hotel

    25 | Union Square

    26 | Flatiron Building

    27 | Midtown East

    28 | Empire State Building

    29 | Edifício Chrysler

    30 | Grand Central Terminal

    31 | Midtown West

    32 | Carnegie Hall & Radio City Music Hall

    33 | Times Square

    34 | Theater District

    35 | Little Brazil

    36 | Upper West Side

    37 | Jazz on the Park Hostel

    38 | Absolute Bagels & Dead Poet

    39 | Central Park

    40 | Upper East Side

    1

    Bowling Green

    Tudo começou aqui.

    E o começo não poderia ser mais american way of life.

    Nova York é a capital dos arranha-céus, mas também das áreas verdes. Parece contradição. Parece, mas não é. A cidade cresce para cima, e onde sobra um espaço no chão os caras plantam uma árvore. Uma não, muitas.

    Também escrevem livros e fazem filhos, mas isso não é tão importante. Copiamos tanta coisa dos gringos, poderíamos copiar isso também. Me refiro às árvores. Árvores e mais árvores por todo lado, em meio aos condomínios; esses que mais parecem casas de marimbondo.

    No início da Broadway está o Bowling Green, o mais antigo parque da cidade. Foi onde Peter Minuit, representante da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, governador da então Nova Amsterdã, comprou dos indígenas a ilha de Manhattan. Sério. Essa história de tomar as terras dos índios veio depois. Nesse aspecto, americanos e brasileiros foram os maiorais.

    Índio bom era índio morto.

    Mudou pouco.

    O colonizador pagou aos índios lenapes 60 florins, o equivalente hoje a 24 dólares, mais algumas contas de vidro. Sob estas árvores do Bowling Green foi realizada a transação. Estas não, outras. Muitas outras, pois naquela época havia ainda mais árvores. Os imigrantes primeiro as derrubaram, e só depois replantaram. Quando plantar árvores, e não derrubá-las, passou a ser um bom negócio.

    Sentado neste banco, posso imaginar os peles-vermelhas contando o dinheiro. Iniciava-se o capitalismo selvagem no Novo Mundo. Mas o holandês não foi de todo mau, ele também fez coisas boas: criou a primeira cervejaria pública da América. Era a civilização europeia chegando às terras bárbaras.

    Não sabemos o que os índios fizeram com o dinheiro, mas o vidro foi de grande utilidade. A ilha não passava de um brejo, e terra era o que eles mais tinham. Os povos nativos não eram bobos. Apenas tinham outros valores.

    Diferentes dos valores dos brancos.

    Estes, medidos em dinheiro.

    Complexo de culpa ou não, a catarse veio em formato de museu. Como sempre. Destrói-se um povo e depois se ergue um monumento em sua homenagem. E assim foi. No lado sul do Bowling Green está o National Museum of the American Indian, o mais importante das artes indígenas do país.

    Dedicado aos povos nativos das três Américas, verdadeiras relíquias estão abrigadas no edifício em estilo beaux arts mais refinado de Nova York. Mesmo quem não gosta de índio deve visitar a antiga alfândega pela beleza do prédio. Nesse caso, basta olhar por fora ou conhecer o bonito saguão, uma enorme rotunda elíptica iluminada por magníficos vitrais. Índio gosta de vidro, como sabemos.

    Um belíssimo cocar retirado da Amazônia enfeita uma das salas dedicadas aos indígenas brasileiros. Ao lado, a foto de uma mulher usando o krokrokti numa cerimônia festiva contextualiza a peça feita com milhares de penas coloridas. Não sei por quanto o cocar foi comprado dos nativos.

    Se é que foi comprado.

    Mas deve ter custado bem caro ao museu.

    A construção é mais simbólica ainda. Daniel Chester French, criador da estátua de Abraham Lincoln no Lincoln Memorial, em Washington, esculpiu para o prédio de Nova York imagens de quatro mulheres gigantes, representando como os americanos viam o mundo no início do século passado.

    Expostas no lado externo, da esquerda para a direita, estão a Ásia amarrada pelas religiões, a América jovem e viril, a Europa sábia, porém decadente e a África adormecida e bárbara. Bem ali, registrado, para ninguém negar.

    Acho que a América a que ele se referia era apenas a do Norte. Ou melhor: os Estados Unidos. Mas deixa pra lá.

    Os negócios insólitos no parque triangular não se encerraram com a expulsão dos holandeses pelo rei Carlos II, que renomeou a colônia em homenagem ao irmão, duque de York. Um século depois de comprado dos indígenas, o próprio Bowling Green foi vendido à cidade de Nova York pela Coroa Britânica pelo simbólico preço de um grão de pimenta por habitante. Uma pechincha.

    Ou um bom negócio.

    Depende de que lado você está.

    Na saída norte do Bowling Green – que, mesmo sendo pequeno, é todo cercado e com os portões que se fecham ao anoitecer –, no início da Broadway, deparo com a escultura Charging bull, uma peça de três toneladas feita em bronze por Arturo Di Modica. Quem diria? Um touro no centro da cidade.

    A estátua do animal em posição de defesa foi transferida para esse local após ser encontrada em frente à Bolsa de Valores, aqui perto, dois anos depois da crise de 1989. Até hoje não se sabe quem foi o autor do enigmático presente. Seria a representação do mercado sob controle? Ou apenas arte pela arte?

    Seja como for, deve ser a imagem mais fotografada de Downtown. As pessoas adoram tirar fotos agarradas aos enormes chifres. Cada um com seu objeto de desejo. Nova York tem disso. Um charme especial, sem motivo aparente. Mas não dá para negar: a cidade nasceu para o mundo das artes.

    E dos negócios.

    2

    Broadway

    Há um traço de rebeldia na Broadway.

    Um certo desalinhamento.

    Sempre que vou a Nova York, e vou a Nova York quase sempre – é a encruzilhada mais movimentada do planeta –, dedico pelo menos um dia a caminhar pela Broadway. Cansa, sim; doem as pernas, sim; formiga a sola do pé, sim; mas vale a pena.

    Muito.

    Da próxima vez, experimente. Não custa nada. Caminhar ainda é uma das poucas coisas grátis que temos no mundo. Em especial nos Estados Unidos. Trata-se da única avenida que não segue um traçado reto, pois se formou a partir de um caminho indígena que cortava a ilha de Manhattan de norte a sul – ou de sul a norte, se preferirem; hoje em dia, tudo é relativo.

    Fora da linha, numa cidade onde tudo anda na linha.

    Isso me atrai.

    Ao longo dessa trilha indígena, encontramos o que há de mais diversificado no planeta, em especial as figuras humanas. Cada tribo! Basta um rápido olhar para sabermos a que povo cada um pertence; gente de todas as partes da grande aldeia global.

    Na Broadway deparamos com as melhores – e as piores – coisas de Nova York. O que faz dela, sem dúvida, uma síntese deste mundo tão complexo. A caminhada é um passeio pelo tal Ocidente. Não o físico, mas o cultural.

    Quer ver?

    Siga-me nesta rápida expedição urbana.

    Partindo do Battery Park, no extremo sul de Lower Manhattan, e seguindo para o norte pela Broadway até a Columbia University, em Upper Manhattan, percorrerei 13 quilômetros, passando por alguns dos principais ícones nova-iorquinos; um desenrolar de histórias pra lá de interessantes.

    Um pouco acima do Bowling Green, na esquina com a Wall Street, passo pela seminal Trinity Church, que merece uma visita exclusiva em outro dia. Duas quadras adiante, chego ao Liberty Park, onde há uma infinidade dos tais food trucks.

    Food truck.

    A nova moda em Manhattan.

    A mania do americano de comer na rua enquanto vai ou volta para o trabalho – ou mesmo ao meio-dia, pois assim sobra mais tempo

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