São José O Justo
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São José O Justo - Saluar Antonio Magni
1
SUMÁRIO PG
INTRODUÇÃO 5
CAPÍTULO 1 QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DE SÃO
JOSÉ 8
CAPÍTULO 2 QUAL A GENEALOGIA E A PROFISSÃO
DE SÃO JOSÉ 18
CAPÍTULO 3 O NASCIMENTO DE JESUS 26
CAPÍTULO 4 SÃO JOSÉ E MARIA CUMPRIRAM AS
APRESENTAÇÕES
DE
JESUS
NO
TEMPLO
CONFORME A LEI JUDAICA 38
CAPÍTULO 5 JOSÉ, MARIA E JESUS FORAM PARA O
EGITO OU PARA NAZARÉ DEPOIS QUE JESUS
NASCEU? 48
CAPÍTULO 6 A VIDA DE JOSÉ, MARIA E JESUS EM
NAZARÉ 53
CAPÍTULO 7 COMO ACONTECEU O MATRIMÔNIO
DE JOSÉ E MARIA 63
CAPÍTULO 8 O QUE SIGNIFICA A PALAVRA PAI EM
HEBRAICO E QUAIS ERAM SUAS FUNÇÕES 73
CAPÍTULO 9 AS DÚVIDAS NA IDADE DE JOSÉ
QUANDO SE CASOU COM MARIA 81
CAPÍTULO 10 COMO ERA A SOCIEDADE NO TEMPO
DE JESUS 84
CAPÍTULO 11 JESUS DESCE A MANSÃO DOS MORTOS
E RESGATA SEU PAI JOSÉ E A IGREJA LHE DÁ O
CULTO DE SUMA DULIA, OU PROTODULIA 103
CAPÍTULO 12 JOSÉ O SANTO PADROEIRO DA
MORTE FELIZ
. 119
CAPÍTULO 13 SÃO JOSÉ E OS PAPAS 125
CAPÍTULO 14 CONTEMPLANDO A SAGRADA
FAMÍLIA DE NAZARÉ 139
CAPÍTULO 15 UMA PROFUNDA EXPERIÊNCIA DE
ENCONTRO
COM
DEUS
EM
EXERCÍCIOS
ESPIRITUAIS DE SANTO INÁCIO DE LOYOLA 162
CAPÍTULO 16 QUEM FOI INÁCIO DE LOYOLA, CRIADOR DOS EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS? 165
2
CAPÍTULO 17 NOSSO CAMINHO DE CONVERSÃO
NACIANO 172
CAPÍTULO 18 COMO DISCERNIR OS NOSSOS
SENTIMENTOS
NO
CAMINHO
PARA
A
ETERNIDADE? 188
CAPÍTULO 19 CONTEMPLANDO A VIDA DE JESUS, MARIA E JOSÉ 236
CAPÍTULO 20 ESCUTAR O CHAMADO DE JESUS PARA A VOCAÇÃO FUNDAMENTAL COM MARIA E JOSÉ
INTERCEDENDO 279
3
AGRADECIMENTO
Agradeço de maneira toda especial à minha esposa Teka, pelo incentivo e toda retaguarda necessária para que eu pudesse ter tempo, paz e tranquilidade para contemplar e meditar os assuntos abordados neste livro. Agradeço de maneira toda especial à minha esposa Teka, pelo incentivo e toda retaguarda necessária para que eu pudesse ter tempo, paz e tranquilidade para contemplar e meditar os assuntos abordados neste livro. Ao padre Geraldo de almeida Sampaio, nosso professor na especialização em mariologia e São José, que fizemos aqui na arquidiocese de aparecida. E a todo o pessoal do CEI, Centro de Espiritualidade Inaciana de Itaici, que me proporcionaram todo conhecimento intelectual, e especialmente afetivo, da metodologia Inaciana. E onde tive a oportunidade de realizar uma especialização sobre orientação e acompanhamento espiritual, coordenado pela FAGE de Belo Horizonte.
Oh! Verdade! Oh! Beleza infinitamente amável de Deus! Quão tarde vos amei! Quão tarde vos conheci! e quão infeliz foi o tempo em que não vos amei nem vos conheci! Meus delitos me têm envilecido; minhas culpas me têm afetado; minhas iniquidades têm sobrepujado, como as ondas do mar, por cima de minha cabeça. Quem me dera Deus meu, um amor infinito para amar-vos, e uma dor infinita para arrepender-me do tempo em que não vos ame como devia! Mas, em fim, vos amo e vos conheço, Bem sumo e Verdade suma, e com a luz que Vós me dais me conheço e me aborreço, pois eu tenho sido o principio e a causa de todos os meus males. Que eu Vós conheça, Deus meu, de modo que vos ame e não vos perda! Conheças a mim, de sorte que consiga arrepender-me e não me busque em coisa alguma minha felicidade a não ser em Vós, Senhor meu! (Santo Agostinho)
Se queres chegar ao conhecimento de Deus, trata de antes te conheceres a ti mesmo.
(Abade Evágrio Pôntico).
Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no
(Jo 24, 31).
4
INTRODUÇÃO
Sim, que eu vos conheça Senhor e me conheça cada vez mais para que eu possa me tornar uma pessoa melhor e possa te servir como Tu queres!
Quero iniciar este livro sobre São José o Justo
Contemplando o lírio nas Mãos são José, de Cristo e da luz em suas cabeças que representa o Espírito Santo. À primeira vista a Bíblia dá muito pouco destaque a José, o esposo de Maria. Nos Evangelhos
seu
nome
aparece dezesseis vezes, e
algumas vezes fala-se apenas
do
Carpinteiro
.
Três
passagens, porém, destacam-
no acima de todos: "José era
um homem justo" (Mt 1,19),
"desposada a um homem
chamado José (Lc 1,27),
a
ele darás o nome de Jesus"
(Mt 1,21).
José era um homem
justo. Não se pode dizer mais
do que isso para mostrar sua
grandeza: fiel a Deus e bom.
Preparado por Deus para ser
o esposo de Maria, que ela
pudesse
amar
como
nenhuma outra mulher
jamais amou. E que fosse
capaz de amá-la com o amor
maior de todos. Escolhido
para ser o homem que acolhesse o Filho de Deus na humanidade, ensinando-lhe nosso jeito de ser, inserindo-o na cultura e na história de um povo, dando-lhe um nome.
O calendário cristão celebra São José dia 19 de março.
Esposo de Maria, ele foi o pai adotivo de Jesus. O evangelho de Mateus deixa claro que a gravidez de Maria na geração de Jesus não veio do marido, mas diretamente do Espírito Santo. No trabalho 5
de carpinteiro José sustentou a Sagrada Família e por isso é chamado de ‘pai nutrício’ de Jesus. Em 1870 foi declarado o patrono da Igreja católica em todos os povos. E em 1955 o Papa Pio XII honrou o Dia do Trabalho (1º de maio) anexando-lhe a invocação: São José, operário. Rezamos ainda a ele como padroeiro da boa morte e intercessor nas causas difíceis. A devoção a São José sempre existiu. Já o culto litúrgico veio mais tarde lá no fim do século XV. É um dos santos cristãos mais populares e ainda hoje no mundo moderno o nome José é dado com muita frequência às crianças. (José, Josefa, Josefina…). Capelas, igrejas, praças e cidades honram a sua memória pelo mundo. Minha comunidade aqui em Guaratinguetá, bairro residencial Mirante, é comunidade dedicada a São José, esposo de Maria, comemoramos sua festa no dia 19 de março com tríduo e festa popular.
No Evangelho José é o homem justo. A palavra bíblica resume o sentido da pessoa de José em relação à vinda do Salvador, o Messias descendente do rei Davi. A presença de José na genealogia do rei Davi garante a Jesus a linhagem real segundo o relato de Mateus: Jacó foi pai de José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo.
(Mt.1,16). Os evangelhos são sóbrios nas informações históricas sobre quem era José. Mas, deixam explícito seu papel ao lado de Maria em função de Jesus.
Unido a Mariano matrimônio dá aparência legal humana à gravidez divina dela. Providencia a viagem até Belém por motivo do recenseamento ordenado pelo Império Romano. Está presente no nascimento de Jesus na gruta. Mesmo não sendo o pai carnal é ele quem impõe o nome ao menino no ato da circuncisão. Mais tarde protege a esposa e o menino na fuga para o Egito. Participa de toda a vida civil religiosa dos judeus. Sofre ao lado de Maria a incompreensão quanto a Jesus perdido em Jerusalém no Templo por três dias. Depois disso Lucas resume numa frase a vida da Sagrada Família em Nazaré: Jesus lhes era submisso e ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.
Enfim, José tem o perfil do homem justo, isto é, fiel a Deus em tudo e amante do trabalho humilde e honesto.
Leia o texto: Mateus 1,18-24. Medite ou contemple conforme seu estilo de oração, mais para frente iremos propor um 6
aprendizado de oração nos exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola.
Desde o início os cristãos viveram nessa fé: Cristo Jesus, o salvador-messias, é o Filho de Deus nascido só de mãe humana. O
texto de Mateus fala desse fato miraculoso: Jesus nasceu de uma virgem! Maria era solteira e noiva de José. Segundo o costume legal os noivos assumiam perante duas testemunhas a promessa de se casarem. Somente no final de um ano o noivado dava a eles o direito de coabitarem. A gravidez imprevista de Maria surpreendeu José que resolveu intimamente abandona-la. Tinha ele a certeza da honestidade da noiva e sem saber o que pensar não quis denunciá-la por adultério. Diz-nos Mateus: José era justo
(v.19). Por isso o texto bíblico assume expressamente a situação pré-matrimonial dos noivos Maria e José de acordo com a lei judaica. Ela lhe estava prometida em casamento
e ele era já seu marido sem coabitarem na mesma casa
. Mas, inspirado por Deus no seu íntimo, José foi certificado do que estava acontecendo. Do sentido de tudo. E da função que ele deveria representar em relação a Jesus e Maria. Foi chamado a colaborar com a ação libertadora de Deus em favor dos homens.
O texto lido nos sugere: Deus faz coisas novas – vida nova - onde sua iniciativa é acolhida com a boa vontade das pessoas justas, caso de Maria e José. São Mateus explica a origem humana de Jesus também através da profecia de Isaías. O profeta antevê o Messias como Emanuel
, palavra que significa: Deus está conosco
. Está de modo tão solidário a ponto de se revestir de nossa própria carne. Maria, virgem que se torna mãe sem o ato sexual, representa em sua virgindade toda a humanidade disposta a receber a maravilhosa intervenção divina dando-nos uma nova vida. Graças à cooperação de Maria a realidade de Deus desceu até nós em Jesus. A liturgia católica celebra hoje em tom solene a lembrança, o exemplo de vida, a intercessão daquele que está na passagem do Antigo para o Novo Testamento. José, tão grande, mas tão próximo de nós que quase nem lhe damos atenção. É pena.
Bem caro Leitor/a, no próximo capítulo vamos começar a conhecer melhor e mais profundamente o nosso querido São José o Justo.
7
CAPÍTULO 1 QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DE
SÃO JOSÉ
Qual é o modelo de santidade que ele representa para os cristãos? Estas são interrogações, entre muitas outras, que temos o direito de fazer.
Não é sem razão que a Igreja, no meio da Quaresma, tira o roxo no dia 19 de março e coloca o branco na liturgia, para celebrar a festa de São José, esposo da Virgem Maria. Entre todos os homens do seu tempo, Deus escolheu o glorioso São José para ser pai adotivo de seu Filho divino e humanado. E Jesus lhe era submisso, como mostra São Lucas. Santo Gertrudes (1256-1302), um grande místico da Saxônia, afirmou que viu os Anjos inclinarem a cabeça quando no céu pronunciavam o nome de São José
. Santa Teresa de Ávila (1515-1582), a primeira doutora da Igreja, a reformadora do Carmelo, disse: Quem não achar mestre que lhe ensine a orar, tome São José por mestre e não errará o caminho
. E declarava que em todas as suas festas lhe fazia um pedido e que nunca deixou de ser atendida. Ensinava ainda que cada santo nos socorre em uma determinada necessidade, mas que São José nos socorre em todas.
O Evangelho fala pouco de sua vida, mas o exalta por ter vivido segundo a obediência da fé
(cf. Rm 1,5). Deus nos dá a graça para viver pela fé (cf. Rm, 5,1.2; Hb 10,38) em todas as circunstâncias. São José, um homem humilde e justo, viveu pela fé
, sem a qual é impossível agradar a Deus
(cf. Hab 2,3; Rm 1,17; Hb 11,6). Aliás, diante desta personalidade rica e ao mesmo tempo poliédrica percebemos que, quanto mais descobrimos, mais temos para encontrar.
O grande doutor da Igreja Santo Agostinho compara os outros santos às estrelas, e São José ele o compara ao Sol. A esse grande santo Deus confiou Suas riquezas: Jesus e a Virgem Maria.
Por isso, o Papa Pio IX, em 1870, declarou São José Padroeiro da Igreja Universal com o decreto Quemadmodum Deus
. Leão XIII, na Encíclica Quanquam Pluries
, propôs que ele fosse tido como advogado dos lares cristãos
. Pio XII o declarou como
exemplo para todos os trabalhadores
e fixou o dia 1º de maio 8
como festa ao José Trabalhador. São José foi pai verdadeiro de Jesus, não pela carne, mas pelo coração; protegeu o Menino das mãos assassinas de Herodes o Grande, e ensinou-lhe o caminho do trabalho. O Senhor não se envergonhou de ser chamado filho do carpinteiro
. Naquela rude carpintaria de Nazaré Ele trabalhou até iniciar Sua vida pública, mostrando-nos que o trabalho é redentor.
Na história da salvação coube a São José dar a Jesus um nome, fazendo-O descendente da linhagem de Davi, como era necessário para cumprir as promessas divinas. A José coube a honra e a glória de dar o nome a Jesus na Sua circuncisão. O Anjo disse-lhe: Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados
(Mt 1,21).
A vida exemplar desse grande santo da Igreja é exemplo para todos nós. Num tempo de crise de autoridade paterna, na qual os pais já não conseguem conquistar seus filhos
e fazerem-se obedecer, o exemplo do Menino Jesus submisso a seu pai torna-se urgente. Isso mostra-nos a enorme importância do pai na vida dos filhos. Se o Filho de Deus quis ter um pai, ao menos adotivo, neste mundo, o que dizer de muitos filhos que crescem sem o genitor?
O que dizer de tantos filhos órfãos de pais vivos
que existem no Brasil, como nos disse aqui mesmo em 1997 o Papa João Paulo II?
São José é o modelo de pai presente e atencioso, de esposo amoroso e fiel.
Celebrar a festa de São José é lembrar que a família é fundamental para a sociedade e que não pode ser destruída pelas falsas noções de família, caricaturas de família
, que nada têm a ver com o que Deus quer. É lutar para resgatar a família segundo a vontade e o coração de Deus. Em todos os tempos difíceis os Papas pediram aos fiéis que recorressem a São José; hoje, mais do que nunca é preciso clamar: São José, valei-nos!
Ao falar desse santo, o Papa João Paulo II, na exortação apostólica Redemptoris Custos
(o protetor do Redentor), de 15 de agosto de 1989, declarou: Assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo Místico, a Igreja
(nº1). "Hoje ainda temos motivos que perduram, para recomendar todos e cada um dos 9
homens a São José. Celebrar a festa de São José é celebrar a vitória da fé e da obediência sobre a rebeldia e a descrença que hoje invadem os lares, a sociedade e até a Igreja. O homem moderno quer liberdade; é proibido proibir!
; e, nesta loucura lança a humanidade no caos.
De São José, na verdade, sabemos muito pouco. O seu nome é citado nos evangelhos apenas quatorze vezes, e os evangelistas lhe dedicam apenas vinte e seis versículos, mas não mencionam nenhuma palavra dele. Claro que isso não nos deve parecer estranho, pois os evangelistas estavam preocupados em narrar a vida de Jesus e o seu ministério. Não possuímos nem mesmo referências sobre o ano nem sobre o lugar onde nasceu.
Não sabemos o nome da sua mãe e existem controvérsias a respeito do nome do seu pai (Para os que pensam que a genealogia de Lucas (3,23) dá a linhagem de Maria, e a de Mateus (1,16), dá a de José, Jacó seria o pai de José e Heli o seu sogro. O uso da palavra
pai
no hebraico e no grego, permitiriam que esta fosse usada no lugar de sogro. Para os que pensam que ambas as genealogias dão a linhagem de José, Jacó e Heli seriam irmãos, e segundo o costume, quando Heli morreu, Jacó teria tomado a sua viúva como esposa, e José seria filho de Jacó no sentido literal, e de Heli no sentido legal. Segundo a lei dos Judeus ( Dt 25,5), o irmão deveria continuar a descendência de um irmão morto casando-se com a viúva deste. É possível que José tenha sido filho de Jacó por nascimento, mas filho de Heli por adoção. José entrou em cena quase desapercebidamente. Não há nenhuma menção sobre a sua vida nem sobre a sua morte, e esse silêncio permanecerá por muitos séculos. Entretanto, foi a ele que Jesus submeteu-se como filho, e foi com ele e nele que Maria encontrou um grande amor e força para desempenhar com perfeição a sua missão sublime.
Na verdade, o mistério de São José está na expressão do seu silêncio e no primado do seu amor, sendo assim, a imagem terrestre da bondade de Deus. O seu silêncio é impressionante. Ele é o mais escondido de todos os santos. Talvez por isso tenha exercido e continue exercendo um fascínio na alma de incontáveis devotos. O seu abandono aos desígnios de Deus é total, não pede explicações, não contesta e, mesmo quando entra em cena, aparece 10
quase que de modo obscuro. Se é verdade que, ao referir-se a ele, os evangelhos não usam muitas palavras, é indiscutível que a sua pessoa está envolvida por um esplendor de luz tão cristalino, que resume a essência do que ele representava, quando afirmam que
era um homem justo
(Mt 1.9). Era justo com Deus, depositando nele a mais profunda confiança em toda a sua vida. Era justo com o próximo, pois vivia com Jesus e Maria na mais perfeita caridade.
Era justo consigo mesmo, pois foi sempre fiel à vocação que recebeu. A justiça de Deus é diferente da justiça humana. De acordo com a Bíblia, sem Deus ninguém consegue ser justo.
Como está escrito: Não há nenhum justo, nem um sequer.
(Romanos 3.10)
Somos como o impuro — todos nós! Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo. Murchamos como folhas, e como o vento as nossas iniquidades nos levam para longe.
(Isaías 64.6). O que fazer para se tornar justo?
A Palavra diz que fomos justificados gratuitamente por sua graça
e por meio da redenção que há em Jesus Cristo
(Romanos 3.24). Isso é justificação. Algo que o ser humano não consegue sozinho. Nós precisamos de um justificador. Então, significa que somente pela fé em Cristo alcançamos o título de
justo
. Os justos herdarão a terra e nela habitarão para sempre.
(Salmos 37.29)
São José é um santo no sentido mais amplo da palavra, afirmava um grande devoto josefino. Foi um homem à parte, reservado, retirado, separado. Um homem em quem se diria que tudo é interior. Um homem de Deus, todo de Deus, todo em Deus.
Admirado com a extrema simplicidade e os traços de santidade com que José se apresenta, outro grande devoto do nosso santo, Olier, assim se expressou em suas considerações sobre ele: José
foi dado à humanidade para exprimir visivelmente as adoráveis perfeições do Pai, para ser a sua imagem aos olhos do Filho de Deus
. Então como deve ser excelsa a sua santidade, a beleza desse grande santo que Deus Pai criou com suas mãos para representar a si mesmo ao Filho unigênito.
11
São José é, no dizer do Papa Paulo VI, a luz que difunde os seus raios benéficos na casa de Deus que é a Igreja: preenche-a com profundas e inefáveis recordações da vida à cena deste mundo do Verbo de Deus, feito homem por nós e para nós, e que viveu sob a proteção, a guia e a autoridade do artesão pobre de Nazaré
(Paulo VI, Alocução de 19 de março de 1966). Deus, para realizar o seu grande desígnio de amor, quis servir-se de suas criaturas, entre as quais escolheu duas de seu especial agrado, Maria e José, como testemunhas conscientes e agentes livres e responsáveis. Por isso a participação desses dois astros de
primeira grandeza na história da
salvação os coloca no centro da história
do mundo.
"Ser cristão não é apenas
receber a fé, confessar a fé, mas
proteger a vida, a própria vida, a vida dos outros, a vida da Igreja", disse Francisco na Audiência Geral.
"São José, padroeiro da Igreja
Universal" foi o tema da última
catequese do Papa Francisco sobre São
José, na Audiência Geral desta quarta-
feira (16/02), realizada na Sala Paulo VI.
Segundo o Papa, estas catequeses são complementares à Carta apostólica Patris corde, escrita por ocasião dos 150 anos da proclamação de São José como Padroeiro da Igreja católica pelo Beato Pio IX
. Mas o que significa este título? O que significa que São José é padroeiro da Igreja?
, perguntou Francisco.
No final de cada história em que José é o protagonista, o Evangelho observa que ele toma consigo o Menino e a sua mãe e faz o que Deus lhe ordenou. A tarefa de José é proteger Jesus e Maria. Jesus, Maria e José são o núcleo primordial da Igreja.
Citando ainda a Patris Corde, o Papa disse que «sempre nos devemos interrogar se estamos protegendo com todas as nossas forças Jesus e Maria, que misteriosamente estão confiados à nossa responsabilidade, à nossa guarda». Aqui há "um traço muito bonito da vocação cristã: proteger. Proteger a vida, proteger o 12
desenvolvimento humano, proteger a mente humana, proteger o coração humano, proteger o trabalho humano… O cristão é –
podemos dizer – como São José: ele deve proteger. Ser cristão não é apenas receber a fé, confessar a fé, mas proteger a vida, a própria vida, a vida dos outros, a vida da Igreja".
O Filho do Altíssimo veio ao mundo numa condição de grande fragilidade. Ele quis precisar ser defendido, protegido e cuidado
, frisou Francisco, acrescentando:
Deus confiou em José, como fez Maria, que encontrou nele o esposo que a amava e respeitava e sempre cuidou dela e do Menino. «Neste sentido, São José não pode deixar de ser o Guardião da Igreja, porque a Igreja é o prolongamento do Corpo de Cristo na história e ao mesmo tempo, na maternidade da Igreja, espelha-se a maternidade de Maria. José, continuando a proteger a Igreja, continua a proteger o Menino e sua mãe; e também nós, amando a Igreja, continuamos a amar o Menino e sua mãe.
Segundo o Papa, "nós devemos aprender com José a
guardar
estes bens. Pois, hoje é comum todos os dias criticar a Igreja, para apontar as suas incoerências, os seus pecados, que na realidade são as nossas incoerências, os nossos pecados, porque a Igreja sempre foi um povo de pecadores que encontra a misericórdia de Deus. Perguntemo-nos se, no fundo do coração, amamos a Igreja. De fato, só o amor nos torna capazes de falar plenamente a verdade, de uma forma não partidária; de dizer o que está errado, mas também de reconhecer toda a bondade e santidade que estão presentes na Igreja, começando precisamente por Jesus e Maria. Amar a Igreja, proteger a Igreja e caminhar com a Igreja.
Mas a Igreja não é aquele pequeno grupo que está perto do padre e manda em todos, não. A Igreja somos todos, todos nós a caminho. Guardar um ao outro, guardar reciprocamente. Esta é uma boa pergunta: quando tenho um problema com alguém, tento protegê-lo ou condená-lo imediatamente, falo mal dele, o destruo?
Proteger. Proteger: amar o Menino e a sua mãe; amar os sacramentos e o povo de Deus; amar os pobres e a nossa paróquia.
Cada uma destas realidades é sempre o Menino e a sua mãe".
O Papa encorajou os fiéis a pedirem a intercessão de São José nos momentos mais difíceis de suas vidas e de suas 13
comunidades. Onde os nossos erros se tornam um escândalo, peçamos a São José que nos dê coragem para dizer a verdade, pedir perdão e recomeçar humildemente
.
Onde a perseguição impede que o Evangelho seja proclamado, peçamos a São José a força e a paciência para suportar abusos e sofrimentos por amor ao Evangelho. Onde quer que os meios materiais e humanos sejam escassos e nos façam experimentar a pobreza, especialmente quando somos chamados a servir os últimos, os indefesos, os órfãos, os doentes, os descartados da sociedade, rezemos a São José para que seja Providência para nós.
Deus procurou, em todas as gerações, quem pudesse ser escolhido e dado como companheiro àquela que escolhera como mãe do seu Filho eterno. Considerou a fé inabalável de Abraão, a pureza de alma de Isaac, a infatigável paciência e resignação de Jacó, a mansidão e a santidade de Davi, mas o seu olhar divino não repousou em nenhum deles. Foi além, pois só em José encontrou o homem que procurava, e sobre ele recai a sua escolha. "O Senhor encontrou José segundo o seu coração e lhe confiou com plena segurança o mais misterioso e sagrado segredo do seu coração.
Desvendou a ele a obscuridade e os segredos da sua sabedoria, concedendo-lhe que conhecesse o mistério desconhecido de todos os príncipes deste mundo.
São dele os pesos, as responsabilidades, os riscos e as fadigas da pequena e singular família. É dele o serviço, o trabalho, e o sacrifício, na penumbra do quadro evangélico, no qual é agradável contemplá-lo
( Paulo VI)
Portanto,
ninguém
pode
ignorar o lugar que São José ocupa na
hierarquia dos Santos. Ele só está
abaixo de Maria na hierarquia dos
santos! Se aprofundarmos a sua vida
perceberemos que imitá-lo nos
parecerá fácil, pois está muito perto de
nós. Ele conheceu a luta do dia-a-dia.
E a amargura, sendo igual a nós. A
amável e singular serenidade que se
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irradia deste simples leigo com uma grande missão aos olhos de Deus, nos convida afetivamente a nos aproximarmos dele com mais familiaridade, para conhecer e seguir o seu ensinamento, que nos foi transmitido com tanta discrição. Por isso, nós, católicos, tributamos aos nossos santos um culto de veneração, considerando sempre a dignidade que lhes foi concedida por Deus e os seus exemplos que edificam a nossa vida.
São José fala pouco, mas vive intensamente aquilo que faz, não se subtraindo de nenhuma responsabilidade que a vontade do Senhor lhe impõe. Por isso ele nos oferece um exemplo de atraente disponibilidade à vontade de Deus, exemplo de calma em cada acontecimento, de confiança encharcada de sobre-humana fé e caridade, assim como do grande meio da oração (João XXIII, Felicitações apresentadas ao Sacro Colégio em 17 de março de 1963). Por ter sido escolhido como esposo de Maria e pai de Jesus, e devida à abundância de graças que recebeu de Deus, a Igreja sempre lhe tributou um culto especial.
Esse é o motivo porque São
José vive na alma do nosso povo, pois
o povo o conhece como o carpinteiro
de Nazaré, de mãos calejadas por
causa do manejo do martelo e do
serrote. Mediante os quais tirava o
sustento para si com o suor do seu
rosto. E ainda ensinava a profissão a
Jesus criança. Ele é um santo que não
se encontra na grande galeria dos
doutores da Igreja, nem dos sábios, nem mesmo entre aqueles que se revestiram do poder de conduzir a nossa Igreja. Nos céus não o colocamos entre os querubins e os exércitos celestes. Com seu estilo silencioso e humilde de vida, quase desconhecido, ele se assemelha muito ao nosso povo.
Portanto, os dados dos evangelistas sobre São José são estes: era justo, filho de Davi, esposo de Maria, pai de Jesus e carpinteiro. São poucas informações, mas de importância fundamental, como todas as da Sagrada Escritura, pois são como sementes cheias de vitalidade e de conteúdos inexauríveis.
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Todos nós cristãos, de qualquer estado ou ordem, somos chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade.
Todos são chamados à santidade: «Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5, 48). Para alcançar esta perfeição, empreguem os fiéis as forças recebidas segundo a medida em que Cristo as dá, a fim de que [...] obedecendo em tudo à vontade do Pai, se consagrem com toda a alma à glória do Senhor e ao serviço do próximo. Assim crescerá em frutos abundantes a santidade do povo de Deus, como patentemente se manifesta na história da Igreja, com a vida de tantos santos».
Para seguirmos esse propósito de Deus, nada melhor do que termos um sinal de que é possível viver esse chamado. Isso acontece quando meditamos a vida de São José. Por isso, vamos conferir 8 virtudes que todos nós deveriamos seguir!
1- Intimidade com Deus
São José teve uma grande responsabilidade de ser pai adotivo de Jesus, um chamado tão sublime que só pela graça de Deus conseguimos adentrar. Nesse chamado, percebemos a intimidade de Deus com José e vice-versa. Deus chama os que estão perto de ti, para ser sinal de amor e misericórdia no mundo.
2- Pureza
São José viveu o que mais tarde Jesus vai pregar como as bem-aventuranças: Felizes os de coração puro, porque verão a Deus.
(Mt 5,8)
A pureza de São José é uma virtude que se destaca. Ao ser escolhido por Deus para ser esposo da Virgem Maria e compreendendo a Santidade que pairava em Nossa Senhora, a respeitou, cuidou, amou verdadeiramente e não teve relação sexual com ela, pois, entendia que ela era separada, destinada apenas a Deus. 3- Fé
A Fé de São José foi tão fecunda que acreditava profundamente em como Deus se comunicava com ele, através dos sonhos. (Mt 2,19)
4- Justiça
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São José foi justo e quando não entendeu o que se passava com Maria, não a julgou, mas a deixou em segredo para que ela não fosse prejudicada. (Mt 1,19)
5- Caridade
São José entregou toda sua vida ao próximo, à virgem Maria e Jesus dedicou até seu último suspiro parar amar, proteger e cuidar dos dois.
6- Fortaleza
Essa é uma das quatro virtudes cardeais e é a base para enfrentarmos grandes adversidades. Através dela nos preparamos para enfrentar os desafios da vida, desafios esses que São José com coragem encarou como a gestação de Maria, a fuga para uma terra desconhecida.
7- Fidelidade
São José não abandonou os planos de Deus pelo caminho, foi fiel a eles, à Maria, a Jesus, à sua vocação.
8- Obediência
Mesmo sem entender, seguir as orientações de Deus. Um desafio, né? Desafio esse que São José cumpriu admiravelmente.
No próximo capítulo vamos meditar qual a genealogia e a profissão de são josé. A tradicional tradução da expressão grega tektōn por carpinteiro se deve ao fato de que os Padres da Igreja e a própria Vulgata de São Jerônimo versavam-na para o nominativo latino făbĕr, fabri: termo que denota o artesão. Veremos no próximo capítulo!
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CAPÍTULO 2 QUAL A GENEALOGIA E A PROFISSÃO DE SÃO JOSÉ
A profissão de José é mencionada pelo evangelista Mateus quando afirma, no capítulo 13 e versículo 55 de seu Evangelho, que Jesus era filho de um tektōn (τέκτων): termo grego que costuma receber várias interpretações. Ainda que a tradição lhe atribua estritamente a profissão de carpinteiro, o fato é que o título grego é genérico, sendo usado para designar os trabalhadores envolvidos em atividades econômicas ligadas à construção civil. Outras vertentes costumam considerar José como sendo um canteiro, ou seja, um operário que talhava artisticamente blocos de rocha bruta.
Os evangelhos reivindicam que Jesus, antes de iniciar sua vida pública, desempenhou a profissão do pai. O primeiro evangelista que atribui-lhe o título é São Marcos, que refere-se a Jesus como o Carpinteiro
, no capítulo VI, versículo 3 da sua narrativa sinótica que relata uma sua visita a Nazaré na qual seus compatriotas chamavam-no ironicamente pela profissão para desqualificá-lo como pregador. Mateus, por sua vez, retoma o mesmo episódio na sua versão do evangelho, mas com uma variante: «Não é o filho do carpinteiro? Não se chama a mãe dele Maria e os seus irmãos Tiago, José, Judas e Simão?» (Mateus 13:55)
A tradicional tradução da expressão grega tektōn por carpinteiro se deve ao fato de que os Padres da Igreja e a própria Vulgata de São Jerônimo versavam-na para o nominativo latino făbĕr, fabri: termo que denota o artesão. O mistério da revelação de Deus em Jesus Cristo está intimamente unido ao mistério da encarnação que se desenvolveu dentro da família de José e em contato direto com a realidade diária do seu trabalho. Sabemos que Jesus recebeu de José a descendência davídica, mas além deste título indispensável para que ele fosse reconhecido como Messias, recebeu também o estado civil, a categoria social, a condição econômica, a experiência profissional, o ambiente familiar e a educação humana, conforme nos ensina o Papa Paulo VI. Desta maneira, assim como Jesus herdou de José o título de Filho de Davi
, recebeu também o título de Filho de Carpinteiro
(Mt 18
13,55); de fato, a gente de sua terra se maravilhava das palavras que saíram de sua boca e diziam: Não é o filho de José?
(Lc 4,22).
Não é ele o filho do carpinteiro?
(Mt 13,55). Sendo filho de José, com ele trabalhou na oficina de Nazaré, tornado-se assim solidário com a humanidade em tudo também no trabalho. Por isso a Igreja ensina que Com a encarnação o Filho de Deus se uniu de um certo modo a cada homem. Trabalhou com mãos do homem, amou com coração humano, agiu com a vontade do homem...
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(Gaudium et Spes 1,22). Ninguém com exceção de Maria esteve tão próximo às mãos, à mente, à vontade e ao coração de Jesus, como São José. Nele, de maneira particular, penetrou o espírito do evangelho e nenhum trabalhador foi tão perfeitamente e profundamente compenetrado quanto o pai putativo de Jesus, que viveu com ele na mais perfeita intimidade e comunhão de família e de trabalho
, disse papa Pio XII, e por isso o mesmo papa ensina:
Se quiserem estar próximos de Cristo,
ite ad Joseph", ide a José.
Pois, o humilde artesão não apenas representa junto de Deus e da Santa Igreja a dignidade do trabalhador, mas também é o vosso próvido protetor de vossas famílias". Junto a oficina de Nazaré estava presente a Sagrada Família e nesta o protagonista era o próprio José, homem justo, enquanto sobre ele pesava as responsabilidades das decisões, o cuidado de Maria e a defesa de Jesus.
Nesta Sagrada Família, os três viviam uma vida serena, mas não privada de dificuldades em razão da presença do próprio Jesus. Dificuldades estas que não perturbavam a vida familiar, mas que exigiam todavia atenções particulares pela formação de Jesus.
Nesta Sagrada Família, São José todos os dias, seja em casa, seja em sua pobre oficina, tinha os olhos voltados para Jesus, protegendo-o dos perigos da infância, guiando-o para o seu crescimento.
Nesta Sagrada Família, São José exercitou sua tarefa primária de Pai, educando Jesus. Ali ele era o Pai de Jesus e Deus consequentemente não lhe deixava faltar os meios e iluminações para desenvolver sua altíssima tarefa. Nesta Sagrada Família, São José não apenas forneceu a formação religiosa e o conhecimento das Sagradas Escrituras para Jesus, mas também foi preocupado 19
com sua formação moral e com sua formação profissional, ensinando-lhe a arte da carpintaria. Tudo isso foi efetivamente vivenciado na presença de Deus, no mútuo amor familiar, o que fez-lhe merecer o título de Glória da vida doméstica
. Suas ricas e boas qualidades compartilhadas no âmbito familiar, explicam a sua missão e porque é o modelo mais digno de todos quanto são responsáveis de famílias. É inevitável, portanto que sua missão e guarda de Jesus, sua tarefa pedagógica no núcleo doméstico da Sagrada Família, conferem a São José uma atração especial para nossa admiração e um fundamento particular para nossa confiança no seu patrocínio.
O exemplo que nos dá a Sagrada Família leva-nos a concluir que as mudanças sociais e culturais do mundo moderno não devem exonerar cada família de sua missão natural e cristã; devem sim lembrar as suas tarefas indispensáveis na pedagogia, na afetividade, nos deveres morais e espirituais, na vivência do amor e da unidade. A Sagrada Família nos ensina que analisar o modo de seu conceber e de organizar uma família que seja boa, unida e alegre, é um dos prementes deveres de nossa época.
Não temos referência sobre o ano nem sobre o lugar do nascimento de São José, não sabemos o nome da sua mãe. E
existem controvérsias a respeito do nome do seu pai. Os evangelistas Mateus e Lucas o apresentam como descendente do rei Davi (Mt 1, 1-16,20. Lc 1, 27; 2, 4 ; 3,23-31).