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Como Descobrir Minha Verdadeira Personalidade
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Como Descobrir Minha Verdadeira Personalidade
E-book964 páginas6 horas

Como Descobrir Minha Verdadeira Personalidade

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Sobre este e-book

Este livro tem a finalidade de ajudar o Leitor/a a melhorar seus sentimentos, emoções e sua personalidade, com base na nossa experiência e a experiência de minha esposa, que nossos erros e acertos ajudem a cada um de vocês leitores amigos, a buscarem uma vida feliz e cheia de sentido e que a cura interior seja alcançada através do conhecimento de quem somos, qual nossa personalidade, nossa máscara e como podemos ser o que realmente somos: nossa verdadeira personalidade. Com certeza, através de estudos, exercícios, testes, oração, meditações e contemplações, buscaremos fazer uma construção pessoal que vem decorrendo ao longo da nossa vida, e uma elaboração da nossa história, da forma que sentimos e interiorizamos as nossas experiências, acompanhando e refletindo a maturação psicológica, na busca de vivermos nossa verdadeira personalidade, até nos conformarmos à pessoa de Jesus Cristo, nosso Mestre e Senhor. Ter um encontro com deus, princípio e fundamento da vida. Experienciar a importância do silêncio no encontro com o criador, um encontro com a criação de deus pai: deus está em tudo! a ruptura com o plano de deus: o pecado a misericórdia e o perdão de deus são maiores que nossos pecados, dependências e vícios uma vida guiada pelo amor e misericórdia de deus falta de paz e alegria. por quê? o que nos atrapalha? conhecer jesus cristo na intimidade para melhor segui-lo transformando as minhas atitudes pela contemplação da vida de jesus. Contemplar jesus que se doa até a morte e morte de cruz jesus vence e resgata o sentido da vida: ressuscita para nos dar vida e nos ajuda fazermos um projeto de vida para amar e ser amados.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento30 de jun. de 2020
Como Descobrir Minha Verdadeira Personalidade

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    Pré-visualização do livro

    Como Descobrir Minha Verdadeira Personalidade - Saluar Antonio Magni

    1

    SUMÁRIO PG

    CAPÍTULO 1: COMO CONHECER OS NOSSOS

    SENTIMENTOS E A NOSSA PERSONALIDADE 10

    CAPÍTULO 2: TEMPERAMENTOS: NOSSA MANEIRA

    DE SER 15

    CAPÍTULO 3: AS DIVERSAS TIPOLOGIAS SOBRE AS

    PERSONALIDADES 52

    CAPÍTULO 4: OS NOVE VÍCIOS CAPITAIS QUE

    DEFINEM AS PERSONALIDADES DO ENEAGRAMA 73

    CAPÍTULO 5: COMO FOI SE FORMANDO NOSSO

    VÍCIO CAPITAL? 157

    CAPÍTULO 6: COMO DEUS PAI PODE NOS AJUDAR

    EM NOSSA BUSCA DE CURA INTERIOR? 185

    CAPÍTULO 7: O SER HUMANO É INSATISFEITO, SÓ

    DEUS PODE COMPLETÁ-LO! 192

    CAPÍTULO 8: UM ENCONTRO COM DEUS,

    PRINCÍPIO E FUNDAMENTO DA VIDA 202

    CAPÍTULO 9: A IMPORTÂNCIA DO SILÊNCIO NO

    ENCONTRO COM O CRIADOR 206

    CAPÍTULO 10: UM ROTEIRO SEGURO PARA O

    ENCONTRO COM DEUS 208

    CAPÍTULO 11: UM ENCONTRO COM A CRIAÇÃO DE

    DEUS PAI: DEUS ESTÁ EM TUDO! 213

    CAPÍTULO 12: A NECESSIDADE DE CONTÍNUO

    DISCERNIMENTO DA VONTADE DE DEUS EM

    NOSSA VIDA 220

    CAPÍTULO 13: A RUPTURA COM O PLANO DE DEUS:

    O PECADO 234

    CAPÍTULO 14: A MISERICÓRDIA E O PERDÃO DE

    DEUS SÃO MAIORES QUE NOSSOS PECADOS 250

    CAPÍTULO 15: UMA VIDA GUIADA PELO AMOR E

    MISERICÓRDIA DE DEUS 257

    2

    CAPÍTULO 16: MUITAS VEZES VIVEMOS A VIDA CRISTÃ COM FALTA DE PAZ E ALEGRIA. POR QUÊ?

    O QUE NOS ATRAPALHA? 263

    CAPÍTULO 17: CONHECER JESUS CRISTO NA

    INTIMIDADE PARA MELHOR SEGUI-LO: SER

    DISCÍPULO! 272

    CAPÍTULO

    18:

    TRANSFORMAR

    AS

    MINHAS

    ATITUDES PELA CONTEMPLAÇÃO DA VIDA DE

    JESUS: SER MISSIONÁRIO! 280

    CAPÍTULO 19: CONTEMPLANDO O ENCONTRO DE

    DUAS MÃES: A DO PRECURSOR E A DO MESSIAS 285

    CAPÍTULO 20: CONTEMPLANDO O NASCIMENTO

    DO

    SALVADOR:

    SERMOS

    DISCÍPULOS

    E

    MISSIONÁRIOS POBRES E HUMILDES 288

    CAPÍTULO 21: O SALVADOR É PERSEGUIDO E SEUS

    PAIS FOGEM PARA O EGITO: DIFICULDADE DE

    SERMOS DISCÍPULOS 291

    CAPÍTULO 22: EXERCÍCIO PARA VERIFICAR O

    NOSSO SEGUIMENTO DE JESUS CRISTO: SER

    DISCÍPULO E MISSIONÁRIO! 299

    CAPÍTULO 23: A VIDA DE JESUS EM NAZARÉ:

    CRESCIA EM SABEDORIA E GRAÇA 307

    CAPÍTULO 24: QUAL É A VONTADE DE DEUS PARA

    MINHA VIDA: COMO VOU SERVIR A DEUS? 314

    CAPÍTULO 25: A TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS NOS

    MOSTRA

    O

    QUE

    DEVEMOS

    SER:

    BEM-

    AVENTURADOS 329

    CAPÍTULO 26: A EXPERIÊNCIA DO DOAR-SE E

    PERDER-SE ATÉ A MORTE 336

    CAPÍTULO 27: JESUS VENCE E RESGATA O SENTIDO

    DA VIDA RESSUSCITA PARA NOS DAR VIDA NOVA 348

    CAPÍTULO 28: A ASCENSÃO DE JESUS E A VINDA DO

    ESPÍRITO SANTO SOBRE OS DISCÍPULOS 355

    CAPÍTULO 29: CONTEMPLAR O AMOR EM TODOS OS

    MOMENTOS DE NOSSA VIDA 363

    CAPÍTULO 30: UM PROJETO DE VIDA PARA AMAR E

    SER AMADO 372

    3

    EPÍLOGO 383

    BIBLIOGRAFIA 392

    LIVROS PUBLICADOS PELO AUTOR NO CLUBE DOS

    AUTORES; PÁGINA: 393

    https://clubedeautores.com.br/search?utf8=%E2%9C%93&whe

    re=books&what=saluar+antonio+magni&sort=&topic_id=

    4

    AGRADECIMENTO

    Agradeço de maneira toda especial à minha esposa Teka, pelo incentivo e toda retaguarda necessária para que eu pudesse ter tempo, paz e tranquilidade para contemplar e meditar os assuntos abordados neste livro. Agradeço também ao Padre Adroaldo, orientador do CEI, que me orientou nos exercícios espirituais, e me ajudou a construir toda experiência dos retiros, contemplações, meditações e estudos, obtidos durante os Exercícios Espirituais em etapas, que realizamos eu e minha querida esposa, em Itaici. À

    Márcia, minha acompanhante nos exercícios, pelas suas inspiradas orientações, à Irmã Fátima que orientou nosso grupo de oração e discernimento e me orientou na busca de conhecer a minha personalidade através das tipologias e em especial o eneagrama.

    Irmã Zenaide, psicóloga que acompanhou o nosso grupo de partilha e melhoria da personalidade. E a todo o pessoal do CEI, Centro de Espiritualidade Inaciana de Itaici, que me proporcionaram todo conhecimento intelectual, e especialmente afetivo, da metodologia Inaciana. E onde tive a oportunidade de realizar uma especialização sobre orientação e acompanhamento espiritual, coordenado pela FAGE de Belo Horizonte. Ao Movimento de Cursilho de Cristandade, especialmente à Escola Vivencial, onde durante mais de 30 anos tenho recebido e compartilhado com amigos e irmãos de fé, a minha vida de cristão comprometido, procurando vivenciar o tripé: oração, formação e ação evangelizadora. Em especial à Canção Nova, especialmente ao Padre Léo, que já vive na eternidade, pelos ensinamentos e orientações nos muitos seminários de cura interior que tive oportunidade e a felicidade de participar, sob a orientação do nosso querido e cheio da Graça de Deus, Monsenhor Jonas Abib, fundador da Canção Nova, hoje a maior e mais efetiva comunidade de evangelização do mundo católico.

    Oh! Verdade! Oh! Beleza infinitamente amável de Deus! Quão tarde vos amei! Quão tarde vos conheci! e quão infeliz foi o tempo em que não vos amei nem vos conheci! Meus delitos me têm envilecido; minhas culpas me têm afetado; minhas iniquidades têm sobrepujado, como as ondas do mar, por cima 5

    de minha cabeça. Quem me dera Deus meu, um amor infinito para amar-vos, e uma dor infinita para arrepender-me do tempo em que não vos ame como devia! Mas, em fim, vos amo e vos conheço, Bem sumo e Verdade suma, e com a luz que Vós me dais me conheço e me aborreço, pois eu tenho sido o principio e a causa de todos os meus males. Que eu Vós conheça, Deus meu, de modo que vos ame e não vos perda! Conheças a mim, de sorte que consiga arrepender-me e não me busque em coisa alguma minha felicidade a não ser em Vós, Senhor meu! (Santo Agostinho)

    Se queres chegar ao conhecimento de Deus, trata de antes te conheceres a ti mesmo. (Abade Evágrio Pôntico).

    Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no (Jo 24, 31).

    6

    INTRODUÇÃO

    Sim, que eu vos conheça Senhor e me conheça cada vez mais para que eu possa me tornar uma pessoa melhor e possa te servir como Tu queres!

    Quero iniciar este livro de busca do conhecimento de quem eu sou e quem posso ser, como pessoa nova e equilibrada neste mundo de hoje! Claro que teremos oração, contemplação e meditação, e especialmente de cura interior.

    Um dia destes um amigo me perguntou porque eu estava escrevendo, o que havia me motivado a escrever. Na hora fiquei um pouco chateado pela pergunta, mas logo veio a resposta em meu coração: estou escrevendo para levar os outros a não errarem como eu errei até hoje!

    Minha vida profissional na Força Aérea e na indústria, como um profissional de engenharia de manutenção e segurança de voo e de segurança no trabalho, me fizeram aprender uma regra: existem duas maneiras de aprender: errando ou vendo os outros errarem, isso é aprendendo com o erro dos outros. Quando acontece um problema, um desacerto pessoal ou familiar, ou mesmo um acidente, a resposta que muitas vezes escutamos, ou até damos é: o que eu tenho com isso! É amigo, talvez esta seja sua resposta. Por causa de uma resposta como esta, já aconteceram muitos problemas e acidentes, muitas vidas foram perdidas e com certeza enormes foram os prejuízos. As pessoas ainda reagem ao termo segurança, associando-o com palavras de sentido negativista ou restritivo, tais como: não entre n’água você pode afogar-se, pare, fique quieto, não faça isso, é muito perigoso, e tantas outras.

    Todas essas imposições são limitações que se tornam inaceitáveis por serem contrárias ao natural desejo do homem, causando traumas ou fortes reações de oposição. Mas veja bem amigo, há sempre uma perspectiva adequada para realizar-se uma tarefa ou tomarmos uma atitude de forma mais segura e eficiente.

    Podemos correr, subir e nadar, falar e agir sob condições de menor riscos, traumas, atitudes ou perigos. A conscientização de como somos limitados, de características, tipos de personalidade e temperamentos diferentes, certamente ajudará a que você tome decisões seguras e sensatas, evitando, ou ajudando a evitar 7

    problemas, situações difíceis, tanto pessoais, como familiares e até acidentes.

    Nestes anos tenho aprendido que nós somos responsáveis por tudo que acontece à nossa volta. Através dos nossos pensamentos, emoções e palavras, criamos situações ao longo de nossas vidas que poderão ser destrutivas ou construtivas. Todos os acontecimentos em nossas vidas até o momento em que nos encontramos foram criados por nossos pensamentos e crenças que tivemos no passado, pensamentos estes que usamos ontem, na semana passada, no mês passado, no ano passado e durante toda nossa vida. O que passou não pode ser modificado, mas, o importante é o que estamos escolhendo pensar agora, porque o pensamento sim pode ser modificado, pois todos os estados mentais negativos atuam como obstáculos à nossa felicidade.

    Muitos vivem irados, com raiva, e essa atitude é um dos maiores empecilhos para atingirmos o estado de liberdade interior, que é onde reside a felicidade. A raiva é tida como a mais hedionda das emoções, ela perturba nosso discernimento, nos causa desconforto e consegue devastar nossos relacionamentos pessoais com a força de um furacão, que põe abaixo ou pelos ares tudo que se interpõe à sua passagem. Estudos comprovam que a raiva, a fúria e a hostilidade são prejudiciais ao sistema cardiovascular, causando aumento de colesterol, de pressão alta e até de mortes prematuras.

    Muitas pessoas têm ânimo instável e atuam

    impulsivamente, duvidando de sua identidade e sofrendo explosões de violência contra ela mesma e contra os demais. Essas pessoas padecem de um transtorno que conduz ao abatimento e desesperança, caracterizada pela instabilidade emocional. Sem conseguir se controlar contra o abandono, ataques de ira, sensação de vazio interior e impetuosidade. Suas relações, seu sentido de si mesmo e o seu ânimo, se tornam muito instáveis. Muitos têm impulsos de gastar, ter relações sexuais abusivas e descontroladas, abusar de substâncias e comidas ou dirigir de forma temerária e incontrolável. Suas possibilidades de continuar estudando, ter um emprego ou estabelecer uma relação sentimental, casamento ou namoro se tornam difíceis. Essas pessoas tendem a experimentar 8

    longos períodos de abatimento e desilusão, interrompidos às vezes por breves episódios de irritabilidade, atos de autodestruição e cólera impulsiva. Estes estados de ânimo costumam ser imprevisível e parecem ser desencadeados menos por fatos externos do que por fatores internos da pessoa

    Fique certo caro amigo, pois estes sentimentos destrutivos quando brotam dentro de nós, acabam nos dominando de tal forma que destroem nossa paz mental e por isso são corretamente considerados como os nossos inimigos internos. Esses nossos inimigos internos só têm uma função, a de nos destruir e muitas vezes envolver também quem está a nossa volta, especialmente nossos familiares e amigos, exatamente os que mais amamos ou que deveríamos amar. Nossa presença de espírito e nossa sabedoria desaparecem, sentimos uma ansiedade que nos sufoca. Acabamos perdendo a capacidade de distinguir o que é certo ou errado, e aí, somos lançados num estado de confusão tamanha que agrava ainda mais nossos problemas e dificuldades. Você já deve ter percebido que quando isto acontece nossa tensão tende a aumentar, nosso nervosismo e nossa fisionomia também se transformam, e emanamos, desprendemos uma vibração tão hostil que todos se afastam. Até os nossos animais de estimação, como o gato ou cachorro, podendo mesmo nos transformar em autores ou vitimas de crimes hediondos contra pessoas próximas, ou mesmo contra nosso próprio ser.

    Quantos suicídios e vidas autodestruídas eu tenho visto nestes últimos anos. Quantas tristezas geram! Casais se separam de uma união que deveria ser indissolúvel, filhos matam pais, pais matam filhos, amigos se distanciam, pessoas perdem o emprego.

    Quanta angústia e desolação!

    A ira, a raiva, a depressão, o mau humor constante, a indolência e muitos outros problemas. São todos inimigos tão poderosos, que podem ficar atuando somente por instantes ou passar de geração para geração. Em alguns casos temos até raiva de pessoas que já faleceram há muito tempo, e assim o inimigo interno continua ativo com toda a sua força. Em outros casos mantemos raiva por desastres financeiros ou relacionamentos que já acabou há muito tempo.

    9

    Francamente caros amigos, eu já passei por muito disso, e ainda hoje luto contra minhas instabilidades, temperamento difícil, impaciência e intolerância. Porém tenho descoberto, juntamente com minha querida esposa, que todos estes sentimentos podem ser construtivos, quando os utilizamos para detectar o que está dentro de nós como inimigos e com isso enxergar nossos egoísmos, nossas críticas, nossas lamentações, nossa falta de fé, ou sentimentos de culpar os outros por nossas mazelas, etc.

    Por mais de 20 anos fui instrutor e chefe de ensino na maior escola de aeronáutica da américa latina: a escola de Especialistas da Aeronáutica, como engenheiro de voo dava instrução de voo e controle de manutenção aeronáutica e segurança de voo, como já falei anteriormente, pois sempre fui agente do CENIPA, que é o Centro Nacional de Segurança de Voo. Mas como era uma Escola tinha as funções de planejamento e avaliação que me obrigaram, além da engenharia, administração e economia, entender de psicopedagogia. Para poder chefiar a área de psicopedagogia tive de fazer um curso de pedagogia, na Universidade da Força Aérea, com ênfase na psicopedagogia, para poder ajudar os alunos a escolherem suas profissões, nas 28

    especialidades que a escola oferecia. Além de ajudá-los nos problemas ligados a aprendizado e dificuldades de aprendizado.

    Nesta época, também minha filha resolveu fazer a faculdade de psicologia e eu estudava com ela todos os livros nesta área, o que me ajudou a conhecer um pouco do que iremos discutir e refletir neste livro.

    Temos aprendido que devemos usar a força das nossas emoções para destruir os maus sentimentos que habitam em nossa alma e impedem que nossa vida, e a de todos aqueles que dela participam desfrutem de alegria, paz e amor. Para conseguirmos dominar esses inimigos internos, temos descoberto algumas ferramentas que são acessíveis a cada um de nós, basta força de vontade e perseverança em aplicá-los e transformarmos para melhor, nossas vidas e a vida daqueles com os quais convivemos.

    É destas ferramentas que iremos desenvolver nossos estudos e reflexões

    10

    Esse é o grande motivo pelo qual escrevo este livro: que minha experiência e a experiência de minha esposa, nossos erros e acertos, ajudem a cada um de vocês leitores amigos, a buscarem uma vida feliz e cheia de sentido e que a cura interior seja alcançada através do conhecimento de quem somos, qual nossa personalidade, nossa máscara e como podemos ser o que realmente somos: nossa verdadeira personalidade. Para que isto aconteça teremos estudos, exercícios, testes, oração, meditações e contemplações, na busca de nos conformarmos à pessoa de Jesus Cristo, nosso Mestre e Senhor.

    No próximo capítulo iremos ver que a personalidade é uma construção pessoal que decorre ao longo da nossa vida, e uma elaboração da nossa história, da forma que sentimos e interiorizamos as nossas experiências, acompanha e reflete a maturação psicológica. Em suma, a personalidade é um processo ativo e que intervém em diferentes fatores.

    11

    CAPÍTULO 1: COMO CONHECER OS NOSSOS

    SENTIMENTOS E A NOSSA PERSONALIDADE

    Caros amigos leitores leitor como estamos refletindo, nossos sentimentos são complexos e difíceis de tratar, por muitas vezes cometemos loucuras por causa dos nossos sentimentos, isso somente se dá por que ele nos domina inteiramente e quase nunca temos a capacidade de contrariá-los.

    Vamos imaginar uma casa, onde o proprietário dessa casa se encontra amordaçado, amarrado e sem poder ver a luz do dia; onde o mordomo se encontra totalmente alcoolizado, e incapaz de se manter em pé; e ainda existe uma empregada, que se comporta como uma usuária de drogas, e na qual tem todo o controle da casa, podendo fazer tudo o que bem entende. Vocês devem estar achando isso um absurdo! Mas o que me diriam se vocês soubessem que essa casa é você, que o dono da casa é sua consciência, que o mordomo é a sua razão, e que a empregada são seus sentimentos e emoções.

    Mas essa é a mais pura verdade! Por diversas vezes agimos impulsionados por algum sentimento seja ele o amor, o ódio, a paixão, a cobiça, a inveja; e por aí vão todos os sentimentos que podemos ter. Então devemos expulsar nossos sentimentos, medos, culpas, vergonhas, ansiedades, etc. de dentro de nós? É lógico que não! Mas nossos sentimentos precisam ser controlados, pois necessitamos saber exatamente o que estamos fazendo. Precisamos nos conhecer. Conhecer os nossos sentimentos, nossas emoções.

    Quantas vezes você diz que fará isso ou aquilo, e de repente esta fazendo totalmente o oposto. Isso é o que acontece quando nossos sentimentos tomam o controle de nosso corpo, agimos sem pensar, algumas vezes isso é bom; mas me diga você está sempre preparado para o que seus sentimentos decidem?

    Por muitas vezes nos frustramos, exatamente por esperarmos que determinado evento ocorra, mas não estamos preparados para o fato dele não ocorrer ou ocorrer de maneira diversa daquela que esperamos, e por que isso ocorre? Ocorre justamente por que foi uma decisão exclusiva de nossos sentimentos aflorados, e não uma ação conjunta entre a razão e os sentimentos, o que nos daria plena consciência de tudo o que 12

    podemos esperar. Agir pelos sentimentos não é errado, ou ruim; mas com certeza é muito melhor quando nossos sentimentos, emoções e razão entram em um acordo de como agir; onde os dois possam beneficiar a nossa consciência.

    Como podemos melhorar no controle de nossas emoções?

    A melhor maneira de melhorar é deixar a sua razão se mostrar, deixar que aos poucos ela se mostre útil, e colabore para o controle de seus sentimentos, deixando que eles façam loucuras, quando realmente for necessário.

    Bem caro amigo, na busca de melhorar o controle dos meus sentimentos, minhas angústias e especialmente o meu temperamento impulsivo, fui em busca de me conhecer. Neste caminho que escolhi, fui me defrontando com uma séria de estudos das personalidades, das características do nosso eu interior, enfim de que tipo de ser humano eu tenho sido. Fui descobrindo conhecimentos da psicologia e de culturas milenares que me impressionaram e tem me proporcionado ser mais feliz, e ter mais controle de minhas emoções e sentimentos. E nesse caminho, a minha esposa esteve sempre junto, buscando também a sua cura interior. Enfim, continuamos a cura interior de nosso casamento, de nossa relação. E tem sido bom, pois vamos completar 48 anos de casados e estamos felizes e nos completamos bem em tudo, e temos temperamentos e personalidades completamente diversos, como vocês verão à frente!

    Que tipo de ser humano somos nós? Inicialmente vamos buscar o conhecimento de nossas características pessoais através do estudo da personalidade. Muitas são as maneiras de buscarmos conhecer os nossos comportamentos, muitas são as tipologias existentes.

    Chamamos de tipologias a simplificação do comportamento humano, compartimentando-o a um limitado número de tipos similares. Todas as tipologias têm a desvantagem de, aparentemente, desconsiderar a originalidade, as peculiaridades e as nuances de cada indivíduo. Por isso muitos psicólogos lhes fazem grandes e compreensíveis restrições. É grande o perigo de definir uma pessoa (ou definir-se) como pertencente a um determinado tipo de personalidade ou signo zodiacal e aí deixá-la 13

    acomodada. A utilização das regularidades no comportamento humano, só tem sentido quando existe possibilidade de mudança, de cura interior de melhorarmos, sermos pessoas novas, seres humanos melhores! De qualquer maneira, talvez todos usemos tipologias no cotidiano, no nosso dia-a-dia.

    Tenho procurado utilizar a máxima do conhece-te a ti mesmo. Saber a verdade de cada um de nós é um princípio de sabedoria. Ensina-nos, sobretudo, a aceitar-nos como somos, e a construir sobre esse homem velho, ou velha mulher, a obra-prima que cada ser humano é chamado a ser, no reino de Deus. Esse material, o nosso ser total, que não é igual a nenhum outro, embora composto de muitos elementos idênticos, é o resultado de muitos fatores: hereditariedade, educação, circunstâncias de vida, especialmente nos primeiros anos de nossas vidas; a nossa fisiologia, qualidades naturais, ambientais, etc, etc. Mas tudo é aperfeiçoável, e não irreversível, com a graça de Deus podemos ser um homem novo, uma mulher nova.

    O conhecer-se a si mesmo é uma arte e uma graça.

    Nenhum ser humano se conhece perfeitamente. Para isso, seria preciso ver-se como o próximo o vê, e isso apenas lhe daria um conhecimento imperfeito, pois que o outro nunca está em condições de julgar. Seria preciso, antes, ver-se como Deus o vê.

    Só ele sabe o que há no homem (Jo 2, 25); só ele pode dar o devido valor, o devido mérito, a devida desculpa ou a devida condenação, a cada pensamento e ato humano.

    Esse conhecimento, das características pessoais, ensinando-nos o porquê de muita coisa que se passa em nós, é um poderoso agente da nossa saúde mental, espiritual e física. A compreensão, a aceitação, ou a não-aceitação, no caso da necessária mudança de vida ou conversão, do esforço para cura interior, enquanto depende de nós. Essa compreensão é meio caminho andado para o equilíbrio interior e para a perfeição integral do homem: mens sana in corpore sano.

    Essa máxima helênica exprime uma realidade que não podemos salientar por demais: a inter-relação e mútua influência do composto humano, tridimensional: matéria, espírito e divindade.

    14

    Como já falamos, o conhece-te a ti mesmo, é um princípio de profunda sabedoria. Ninguém se conhece perfeitamente. Embora sejamos todos da raça humana, cada um de nós é o resultado de muitos fatores, como já mencionamos: hereditariedade, raça, sexo, educação, circunstâncias de vida, fisiologia, qualidades naturais, além do ambiente em que vivemos e nos criamos, e muitos outros fatores.

    O conhecer-se é um poderoso agente da nossa saúde mental, física e espiritual. Para chegar ao autoconhecimento é importante conhecer o próprio temperamento. Ele é a chave para conhecermos as reações de diferentes comportamentos, qualidades e defeitos e especialmente, nossas emoções.

    Durante minhas meditações e estudos, fui descobrindo que todos os temperamentos têm um lado maravilhoso de qualidades e tendências especiais, mas também de dificuldades a serem superadas, nas fraquezas que nos são peculiares. Nenhum temperamento, aliás, exclui completamente traços dos outros.

    Trata-se apenas de predominância. Temos em nós, características de todos os temperamentos, mas algumas predominam. Veremos isto, com detalhes, mais à frente.

    Várias são as tipologias, ou maneiras de caracterizar o ser humano, em seus diferentes modos de reagir, nas diversas situações do nosso dia a dia. Nenhuma delas é universal e nenhuma delas detém, se existir, a verdade exclusiva. Cada uma delas pode ser comparada a um mapa que visa facilitar a visão geral do reino do espírito humano. Como os mapas podem ser geológicos, políticos, viários, etc. As tipologias têm interesses peculiares e, portanto, podemos ter diferentes preferências na utilização delas.

    Além disso, cada uma dessas tipologias foi desenvolvida e organizada por uma ou várias pessoas, assim, elas estão, provavelmente embebidas da percepção que essas pessoas tiveram ou têm da vida.

    Nossa própria percepção da ferramenta que chamamos de mapa vai alterar-se após cada visita ao nosso território interior, ao território de nossos sentimentos e emoções. É como acontece, após explorarmos um território e depois voltar a olhar para o mapa 15

    dele, já não será mais o mesmo mapa, pois reconhecemos melhor o terreno e suas nuances.

    No próximo capítulo iremos iniciar o estudo dos nossos temperamentos e personalidade, que nos ajudarão a nos conhecermos melhor e melhorarmos o nosso relacionamento conosco mesmo e com os outros. Num primeiro momento, refletiremos sobre as características gerais dos nossos temperamentos e personalidade, e após, iremos refletir sobre como, realmente, podemos controlar o nosso temperamento e características pessoais, com a finalidade de colocarmos a nossa vida no caminho do essencial divino, rumo à eternidade, com qualidade de vida, e guiados pelo Espírito Santo. Só assim, caros amigos, poderemos atingir o máximo de nossa capacidade humano-divina, com nossas características e temperamentos que recebemos por hereditariedade, bem como com a personalidade que desenvolvemos no nosso viver até os dias de hoje.

    16

    CAPÍTULO 2: TEMPERAMENTOS: NOSSA MANEIRA DE SER

    A Psicologia tem estudado o comportamento humano e tentado compreendê-lo. Há diferença entre personalidade e temperamento, são coisas diferentes por conceito e por evolução dos estudos da Psicologia. Quando nós falamos em personalidade, cada autor da Psicologia a define de uma forma.

    Temperamento se dá como uma reação mais instintiva, biológica. Lá no começo desse estudo, quando pouca coisa se sabia das pessoas, começou-se a perguntar qual era a reação daquele indivíduo frente a determinadas características. Foi quando chegamos ao estudo do que melancólico, colérico, fleumático ou sanguíneo. Já na personalidade, temos um conjunto mais amplo de fatores que fala não só do jeito da pessoa ser, mas de uma série de definições de reação, característica e comportamento. É um conceito mais amplo do que o temperamento.

    O que realmente significa personalidade forte?

    Há traços nas pessoas que ficam mais evidentes. Um exemplo é quando falamos no colérico (vou usar a expressão do temperamento de novo): o que marca uma pessoa que tem esse temperamento? É alguém mais enraivecido, que reage de forma mais agressiva. Geralmente, a isso chamamos personalidade difícil. No entanto, a popularização desse termo é um erro de conceito. Hoje é aceito o conceito de que há uma parte da personalidade humana que é genética, ou seja, já nasce conosco e outra parte é moldada a partir de nossa interação com o meio em que vivemos, por meio de nossas experiências de vida, relacionamentos e traumas. O temperamento dá ao ser humano, forças e fraquezas. A teoria dos temperamentos trata da parte genética da nossa personalidade, de como é difícil entender o outro, e a nós mesmos. Portanto, temperamento é o conjunto básico de nosso ser; é a combinação de diferentes características, transmitidas geneticamente, as quais inconscientemente, controlam nosso procedimento. Devido à diferença dos temperamentos, as pessoas poderão ter reações ou comportamentos diferentes perante a mesma situação. Já ouvi 17

    várias vezes a seguinte máxima : nas melhores pessoas encontramos os maiores defeitos e nas piores pessoas, as maiores virtudes.

    Na Bíblia está escrito: Façamos o Homem a nossa imagem e semelhança (Gn 1, 26). Imagem e Semelhança de Deus, isto de fato o somos, gostamos de comentar sobre isto, mas sabemos que muitos fatores contribuem para que essa imagem e semelhança fique deturpada, manchada por várias razões: pecado, consciência do mesmo, marcas, traumas e entre outros: o nosso temperamento, as nossas características de personalidade, em fim o nosso eu

    essencial.

    Várias vezes eu tenho me perguntado: Por que é que não consigo me controlar? Tenho rezado tento, sei o que é certo e o que é errado, mas às vezes sou incapaz de conseguir o controle necessário. Tenho escutado este apelo angustiado de mim mesmo e de muitos outros.

    São Paulo em sua carta aos Romanos, nos elucida um pouco este fato, quando disse em Rm 7, 18-20: capaz eu sou de querer o bem, mas não de colocá-lo em prática. O bem que deveria praticar, não pratico; mas o mal que não deveria, pratico. Se o que faço é o que não deveria fazer, já não sou mais eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim .

    Podemos observar que Paulo estabelecia uma diferença entre ele próprio e a força incontrolável dentro de si ao dizer Não sou mais eu quem o faz, mas sim o pecado que habita em mim. O eu é o ego, a carne, a pessoa de Paulo, a alma, a vontade, e a mente humana.

    O pecado capital que habitava nele, era a fraqueza natural, seu temperamento colérico que ele, como todos os seres humanos, herdara de seus parentes, especialmente dos avós. Alguns psicólogos afirmam que herdamos mais características genéticas,

    gens, dos nossos avós, nossos nonos, do que

    de nossos pais. A formação do distintivo do temperamento é tão aleatória quanto a cor dos

    olhos, dos cabelos, ou o tamanho do corpo. Esse

    distintivo que herdamos, são distribuídos e

    coordenados de acordo com a genética, com

    base na nacionalidade, raça, sexo e outros fatores hereditários. Podemos afirmar, com base nesses fatores, que o temperamento é a combinação de características congênitas que 18

    subconscientemente afetam os nossos procedimentos. Eu tenho sentido isso na prática, no relacionamento, especialmente com meus irmãos, que somos descendentes de italianos, todos

    esquentados, mas com características individuais diferentes.

    Conhecer nosso próprio temperamento é fundamental para que possamos buscar um encaminhamento positivo de nossas atitudes temperamentais, bem como o fortalecimento das nossas qualidades.

    Todos nós temos dificuldades de relacionamentos com a outra pessoa, por medo de enfrentarmos a nós mesmos e enfrentarmos a verdade do nosso modo de ser. E por que o medo?

    Primeiro por covardia, isto é, será doloroso mexermos nas feridas, melhor é ignorá-las. Que fiquem como estão. Segundo, por falta de tempo, pois temos outras coisas a fazer, é sempre melhor adiar.

    Terceiro, por não reconhecermos, que muitas vezes somos nós o próprio problema. Como já afirmava o Padre Léo, já na presença de Deus, nos aguardando na eternidade; que em suas palestras nos seminários de cura interior na Canção Nova: cura interior não é fácil, temos de buscá-la com autoconhecimento, oração e mudança de vida. E é claro, contando com a Graça e a ajuda de Deus.

    Necessitamos tomar conhecimento do que somos, como somos, enfrentarmos as feridas, para podermos curá-las. Por que às vezes, temos atitudes desprezíveis contra os irmãos e as pessoas que amamos? A causa principal é o pecado, e sobre o pecado iremos refletir mais à frente, de uma maneira pessoal, pois é o mal da humanidade e a sua morte. É o nosso não ao plano de Deus.

    Neste capítulo vamos tratar de um mal que afeta os relacionamentos diários entre pessoas, entre homem e mulher, entre marido e esposa, namorados e entre amigos.

    Somos todos chamados por Deus, capacitados no amor, por Ele, mas temos atitudes agressivas demais, ou passivas demais; outras vezes temos medos, ansiedades, etc. Porque será? Como já refletimos, trazemos sinais espirituais, e isto nós podemos meditar no livro de Baruc, capítulo 3, como herança de nossos antepassados. Medite um pouco na Bíblia este texto.

    Trazemos também, e isto é mais visível, sinais físicos e doenças, como herança de nossos pais e avós.

    19

    Trazemos também heranças genéticas, nossos temperamentos, que alteram nossa conduta e ficamos lutando conosco a vida toda sem, no entanto, conhecer profundamente como nós somos.

    Hipócrates há 2400 anos, em conclusão de suas cuidadosas observações dos diferentes comportamentos humanos, formulou uma teoria para explicá-los. Apesar de achar que o temperamento era proveniente do resultado de fluidos humanos (sangue, bílis colérica, bílis melancólica e fleuma), sugerindo as características temperamentais, respectivamente: jovial, enérgico, desanimado e fleumático. A concepção de que os temperamentos sejam determinados por fluidos orgânicos, não é mais aceita, mas ainda hoje, muitos estudiosos falam em hormônios e outras substâncias bioquímicas que podem induzir ou

    afetar o comportamento humano.

    Foi mantida a classificação dada

    por Hipócrates, na qual dividia em

    quatro os Temperamentos que afetam e

    até dominam o ser humano, quais

    sejam: a) Sanguíneo: palavra que

    significa sangue, vida. (sanguis)

    b) Melancólico: bílis amarela

    (Kolé = bílis), palavra que vem de

    melancolia ou tristeza.

    c) Fleumático: fleuma ou falta de emoção, passividade.

    d) Colérico: bílis negra (Melas = negro / Kolé = bílis), vem de cólera, ira, explosão (pavio curto).

    Devemos observar, antes de refletir sobre cada um dos temperamentos acima descritos: ninguém deve julgar o outro pelo que é, mas antes conhecê-lo. Ninguém gosta de ser rotulado. A ironia das tipologias é que nos mostram os rótulos, títulos que já nos envolveram. É verdade que os rótulos e os números podem limitar nossa percepção. É quase um problema de substantivos.

    Dizer que, ele é um Colérico, é um Realizador ou um Artista, é bem diferente de dizer que um Colérico é uma pessoa que tem necessidade interior de realizar e atuar. Daí nascem afirmações 20

    como: Não marco encontros com Sanguíneos porque eles sempre atrasam!, Não aguento os melancólicos, eles cobram muito!. O

    alerta é: perceba a pessoa antes, verifique de onde afloram os comportamentos e, só então, a compulsão do Ego. Goste ou não, procure sempre observar sem julgamento!

    Assim como podemos rotular os outros, podemos nos rotular e criar uma espécie de permissão para assumirmos uma nova e mais conhecida identidade. Como sou um sanguíneo, eu naturalmente elogio as pessoas!. Naturalmente coisa nenhuma! O

    ego está defendendo aquele comportamento

    compulsivo que não deixa escolhas. Alerta: trabalhar com as tipologias requer honestidade ao longo de todo o caminho. Essas reflexões são exclusivamente para você se 21

    conhecer e se auto ajudar, analisar e conhecer os outros, sem titulá-los!

    Um outro ponto importante é que, por termos características de quatro avós, e de nossos pais, somos pessoas diferentes umas das outras. Pode nos parecer que temos um pouco de cada temperamento, uma pessoa pode ser 60 % Colérica e 40

    % de Sanguínea; 30 % melancólica e 20 % fleumática e assim por diante, mas uma característica sempre é dominante. No caso o temperamento desta pessoa é colérico, pois é a característica que mais domina esta pessoa.

    Refletindo

    nestas

    características,

    perceberemos então que é este o meu

    Temperamento. Observe ainda com muita atenção

    as suas qualidades e nunca fique parado nas fraquezas. Uma vez encontradas qualidades, procure também encontrar os defeitos correspondentes.

    Vamos estudar as características principais de cada um, iniciando pelo Temperamento Sanguíneo.

    1 –Sanguíneo: é um tipo de pessoa calorosa, amável, simpática, que atrai as pessoas como se fosse um imã. É uma pessoa de boa prosa, otimista, despreocupada. Para este tipo de pessoa, a vida é uma festa. Por outro lado é emocionalmente, explosiva, e irrequieta.

    Quase nunca fica quieta, é insegura e temerosa. Este tipo de pessoa tem dificuldades de seguir detalhes e instruções.

    Os sanguíneos são, geralmente, bons vendedores, oradores, atores e não raros se tornam líderes.

    Em geral, os Sanguíneos são pessoas comunicativas, destacadas, entusiastas, afáveis, simpáticas, crédulas, eufóricas, cordiais e boas companheiras. Possuem o tipo de natureza apaixonada, emotiva, espontânea, bondosa e compreensiva, pois consegue sentir, verdadeiramente, as alegrias e tristezas dos indivíduos com quem convive. Comunicativo, pois gosta do convívio social. É a vida do grupo, pelo seu jeito alegre e folgazão.

    Possui um repertório inesgotável de casos interessantes os quais narra com muita dramaticidade. Fala antes de pensar, mas por ser franco e sincero, desarma as pessoas que se relaciona, fazendo com que reajam com a mesma disposição de espírito. É amável, amistoso e compassivo. Como pontos fracos a serem melhorados: 22

    é pessoa medrosa e exagerada em tudo que faz; barulhenta até no falar. É também o tipo de pessoa insegura, impulsiva e indisciplinada. Gosta muito de falar de si mesmo. Arrepende-se muitas vezes pela mesma coisa. É desorganizada consigo mesma e inquieta. Começa muita coisa e não acaba. Desanima-se facilmente, e tem muita dificuldade de se concentrar na Palavra de Deus.

    As pessoas sanguíneas enriquecem o mundo. São bons vendedores, funcionários de hospitais, professores, conferencistas,

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