Sonetos e outros poemas
()
Sobre este e-book
A ordem apresentada, sobretudo nos sonetos, não é cronológica em relação à produção dos textos e não segue uma organização temática. No máximo, percebe-se uma graduação partindo de versos que seriam relacionados ao encanto em direção aos versos de desencanto. Esse movimento, de alguma forma, sugere um tom de maior otimismo, que seria mais característico da infância e adolescência, seguindo em direção à vida adulta e à velhice, que seriam mais tristes e melancólicos, retornando, no final, ao tema da exaltação à vida.
Relacionado a Sonetos e outros poemas
Ebooks relacionados
Verdade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasInspiração Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDo açúcar ao fel: fragmentos do meu eu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHumano Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCelebrar O Amor Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO enigma da Rosa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMenino de mim Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPropondo Versos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Centésimos do presente Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO sol em si Nota: 0 de 5 estrelas0 notasExperimento poético N˚2 Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAgridoce Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO H não é mudo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoesias Facebookeanas ! Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoemas E Ensaios ! Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAngústia e Existência Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA cor cinza Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOdes Líquidas e outros poemas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEntre rosas e espinhos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSendo Eu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVoz e Luz Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBalaio De Emoções Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSonhe! Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Que A Rosa Não Fala Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPalavras que adoçam a alma Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMinhas Histórias, Nossas Memórias... Nota: 0 de 5 estrelas0 notasElla Nota: 0 de 5 estrelas0 notasE por falar poesias... Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoesias do Catuaba Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTempo De Solidão Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Poesia para você
Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5Eu tenho sérios poemas mentais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Tudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Se você me entende, por favor me explica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Alguma poesia Nota: 4 de 5 estrelas4/5o que o sol faz com as flores Nota: 4 de 5 estrelas4/5meu corpo minha casa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Tudo Nela Brilha E Queima Nota: 4 de 5 estrelas4/5Todas as flores que não te enviei Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sonetos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSede de me beber inteira: Poemas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Poesias para me sentir viva Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Profeta Nota: 5 de 5 estrelas5/5Desculpe o exagero, mas não sei sentir pouco Nota: 5 de 5 estrelas5/5Marília De Dirceu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs palavras voam Nota: 5 de 5 estrelas5/5Reunião de poesia: 150 poemas selecionados Nota: 4 de 5 estrelas4/5Para não desistir do amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Jamais peço desculpas por me derramar Nota: 4 de 5 estrelas4/5Bukowski essencial: poesia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Melhores Poemas Cecília Meireles (Pocket) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasWALT WHITMAN - Poemas Escolhidos Nota: 3 de 5 estrelas3/5Coisas que guardei pra mim Nota: 4 de 5 estrelas4/5Laços Nota: 5 de 5 estrelas5/5Os Lusíadas (Anotado): Edição Especial de 450 Anos de Publicação Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAristóteles: Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Odisseia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTodas as dores de que me libertei. E sobrevivi. Nota: 4 de 5 estrelas4/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Sonetos e outros poemas
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Sonetos e outros poemas - Fernando Antônio Belino
Parte I.
Sonetos de Encantos
e Desencantos
Dom de poesia
No Reino da Poesia, adentro com respeito,
olhar aceso, aberto às coisas que virão.
Caminho levemente, atento o coração,
buscando, na harmonia, o cântico perfeito.
Não tenho pretensão de ser senhor/sujeito
do traço que brotar da pena em minha mão,
pois antecede ao mundo, o verbo, em criação.
O canto a ser forjado há tempo estando feito.
A sensibilidade é apenas instrumento,
no Reino da Palavra, está tudo acertado.
A cada qual, papel, em pleno arranjamento.
Aceito, humildemente, o dom que me foi dado!
Escuto, com cuidado, a voz de encantamento
da Musa que me inspira e atendo ao seu chamado!
Ora, direis!
Fazer soneto! Ora, direis! E eu digo
que, muitas vezes, a escrever me ponho,
por longas horas, meu prezado amigo,
em rijos versos, vou moldando um sonho.
E, a noite inteira, sem nenhum perigo
de se tornar o meu lavor medonho,
na inspiração da escrita, encontro abrigo,
nas formas do soneto que componho.
Direis, agora, cheio de surpresa,
qual vida vale tanto esforço insano
de forjar versos dessa natureza?
Direi a vós, amigo, que escrevê-los
é minha forma de, sem dor ou dano,
mudar em sonho velhos pesadelos...
R
eminiscências
Parece que foi ontem, lembro agora,
aquelas tardes cheias de alegria!
Na praça, alvissareira, hoje vazia,
a meninada em festa, a qualquer hora.
Foi todo mundo, de repente, embora!
Cadê meus companheiros? Que agonia!
Tão boa aquela vida e eu nem sabia...
Perdeu-se o encantamento, estrada afora.
Tristonho, vou vivendo, tão sem graça,
que a vida adulta é sempre aborrecida...
Queria estar de novo lá na praça...
Correr, brincar, sonhar, curtir a vida.
Matando essa saudade, que não passa,
da minha infância, há tempos, já perdida...
Sede de luz
Estou à espera de que o Sol desponte*,
pois vou beber-lhe o brilho magistral!
Vou abraçá-lo, ao seu menor sinal,
assim que surja intenso no horizonte!
Exausto estou da escuridão total,
que cobre o rio turvo, além da ponte.
E deixa escuro o verdejante monte,
prendendo a vida em negro lamaçal.
No corpo, trago um gélido arrepio,
e espero pela luz, ansiosamente,
no afã de que o calor me espante o frio!
Olhar atento e firme, permanente,
espero o sol que vem, corcel bravio,
incendiar a estrada a minha frente!
*Augusto dos Anjos
P
assar pela vida
Viver na superfície deste mundo,
sem danos, sem surpresas, sem espantos
ou submergir, buscar o mais profundo,
correr perigos, desvendar encantos.
A plenitude está nos entretantos!
Quem teme