Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Diário Pandemônico
Diário Pandemônico
Diário Pandemônico
E-book298 páginas3 horas

Diário Pandemônico

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Este Diário Intimo da Pandemia é escrito pela dupla de risco Polaco & Madame por termos mais de 70 anos de Ida, aliás, bem vívida. Ele mostra o que acontece com a gente nos meses de março, abril e maio deste ano do Rato, 2020, enquanto confinados em Berlim. Na verdade, conta um pouco do tanto da nossa insegurança e inquietude em cima do infindo porvir cheio de pânico e incerto medo, certo? Justo em Berlim, nosso pouso rotineiro nos últimos tempos, a capital do Ano Zero, pelo número de quedas de quatro em sua História. Que a leitura sirva de comparo de comportamento na batalha entre alemães e o adotado pelos vizinhos latinos que nem nós ladinos. Eduardo Mamcasz & Cleide de Oliveira sobrevivemos em união instável desde 1980 e já passamos juntos pelo mundo por mil e um riscos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de jun. de 2020
Diário Pandemônico

Relacionado a Diário Pandemônico

Ebooks relacionados

Autoajuda para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de Diário Pandemônico

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Diário Pandemônico - Eduardo Mamcasz E Cleide De Oliveira

    DIÁRIO PANDEMÔNICO

    BERLIM ANO ZERO

    Eduardo Mamcasz

    &

    Cleide de Oliveira

    2   0  2  0

    Ano do Rato

    Dedicatória

    Nossos agradecimentos permanentes a todas as pessoas queridas que nos desejam uma boa vinda de Berlim e uma boa chegada de volta a Brasília.

    Importante a confiança em nós depositada, mesmo que se sentindo em dúvida quanto ao nosso proceder num momento tão delicado deste Planeta Terra.

    São pessoas amigas que se manifestam nestes três meses querendo notícias e muitas  exigindo que a gente se cuide até mesmo além do que seja possível.

    As atenções não cabem nesta página, vieram do Brasil, Alemanha, Estados Unidos, Portugal, Espanha, Inglaterra, Polônia e estão em nossos corações.

    Vocês todas pessoas amigas merecem receber um exemplar deste livro, na forma impressa ou na internética mas isto não é possível por causa dos custos.

    Quanto ao autógrafo, considerem-se grafados porque estamos inseridos de vez neste  mundo distante um do outro, apenas fisicamente porque estamos juntos.

    Com mil beijos desta dupla de risco

    Polaco & Madame

    Para ouvir no pé da orelha

    Este Diário Intimo da Pandemia é escrito pela dupla de risco Polaco & Madame por termos mais de 70 anos de Ida, aliás, bem vívida.

    Ele mostra o que acontece com a gente nos meses de março, abril e maio deste ano do Rato, 2020, enquanto confinados em Berlim.

    Na verdade, conta um pouco do tanto da nossa insegurança e inquietude em cima do infindo porvir cheio de pânico e incerto medo, certo?

    Justo em Berlim, nosso pouso rotineiro nos últimos tempos, a capital do Ano Zero, pelo número de quedas de quatro em sua História.

    Que a leitura sirva de comparo de comportamento na  batalha entre alemães e o adotado pelos vizinhos latinos que nem  nós ladinos.

    Eduardo Mamcasz & Cleide de Oliveira sobrevivemos  em união instável desde 1980 e já passamos juntos  pelo  mundo por mil  e um riscos.

    No começo, despencamos de carro na cachoeira do rio das Almas, interior de Goiás, numa madrugada de lua cheia, o que lembramos.

    Quando explode a usina nuclear de Chernobyl, na Rússia ainda comuna, a dupla de risco está a  quilômetros da fumaça ativa que se avizinha.

    No barco de quinta categoria no interior da China somos os únicos brancos quando é  derrubado o  avião espião e morto o piloto ianque.

    A pé, no meio da noite, na travessia da ponte que fronteiriça Guatemala ao México  com  os sentinelas ávidos por um dólar e outro tanto.

    Ultrapassamos sete meses longe de Brasília para apenas vagar sem destino From Alaska to Jerusalem  pena que o tempo passa rápido.

    De bote no rio Ganges em Varanasi,  Índia, no beber a água dita sagrada enquanto o cadáver passa por entre os dedos amarrado nos bambus.

    Então siga nosso relato por vezes  mórbido e cruento  desses Dias de Ira em que relatamos  a nossa insegurança e inquietude do por vir.

    Fomos a Berlim em março e voltamos a Brasília em junho fazendo tudo  na hora errada porque voltamos  do Piso e chegamos  no Pico.

    Boa leitura a todos os nós confinados ou vós serviçais  alheios ao poder desse vírus lazarento, morfético, filho da puta que  mata  nosso medo.

    Tschuss, inté e axé.

    Obrigado pela companhia amiga se sempre.

    Indice Pandemônico

    - Dedicatória

    - Introito

    - Sobre nosso virótico ser

    - A Berlim deste Diário

    - Primeiros dias pandemônicos

    Nossa Coroa em Berlim

    12/03/2020 - Rio ou choro?

    13/03/2020 - No show da vida

    14/03/2020 - Viajando com o Coronavirus

    15/03/2020 - Quarentona predileta

    16/03/2020 - Comunista fecha igreja

    17/03/2020 - Elogio da Loucura

    18/03/2020 - Embaixada lacrada

    19/03/2020 - Um viva ao papel higiênico

    Diário Pandemônico

    21/03/2020 - Solidarizar sem sociabilizar

    22/03/2020 - Domingo de sol  confinados em casa

    23/03/2020 - Dia 13 da Correntena de 15

    24/03/2020 - Tempo de distanciamento básico

    25/03/2020 - de manhã - A flor rebelde

    25/03/2020 - de tarde - A corrente quebrada

    25/03/2020 - meio  da noite – Nós não estamos loucos

    26/03/2020 - Corra Coroa Nunca Morra

    27/03/2020 - Primeira caminhada  quase livre

    28/03/2020 - Banho de sol na prisão domiciliar

    29/03/2020 - Domingo  lamacento

    30/03/2020 - Incômodo sinal de vida

    31/03/2020 – Olha o Vírus aqui em casa gente

    01/04/2020 - No projeto NaNoWriMo

    03/04/2020 - Mudança do primeiro para o sétimo céu

    04/04/2020 - Com-vivência  e com-corona  e com-virus

    05/04/2020 - Todo cagado mas ainda sem cheiro

    06/04/2020 - Alemão segue a lei ao pé da letra

    07/04/2020 - Cada qual  merece o isolamento que tem

    08/04/2020 - Deprimências momentâneas assustam

    09/04/2020 - Corona and The Collapse of the System

    10/04/2020 - De volta para a casa pode não estar melhor

    11/04/2020 - Mensagem da Páscoa do Amanhã

    12/94/2020 - Nenhum ressuscitado nesta Páscoa

    13/04/2020 - Excertos diversos em tempos incertos

    14/04/2020 - Pandemia de medo assola mundo imundo

    15/04/2020 - Exílio inconfidente que não acaba nunca

    16/04/2020 - Prisioneiros sem serviçais

    17/04/2020 - A graça de brincar com as palavras

    18/04/2020 - Se a praça  é do povo é minha tão bem

    19/04/2020 - Concerto solidário mas solitário

    20/04/2020 - Não estamos  loucos porque é pouco

    21/04/2020 - Já pode mas de olho no chinês

    22/04/2020 - O anúncio do libera quase geral

    23/04/2020 - Ai que saudades da nossa Berlim

    24/04/2020 - Desejos mais esperados em Berllim

    25/04/2020 - Certeza que estamos  malucos

    30/03/2020 - (03) - Abertura lenta,  gradual e segura

    06/05/2020 - (04) - Abertura lenta é coisa de alemão

    07/05/2020 - (05) - A Poesia Liberta

    10/05/2020 - (06) - Avião  sobe de 500 a 2.500 euros

    14-05-2020 - (07) - Meio preso ou  meio liberto

    18/05/2020 - (08) - Brasileiros querem que ilegais morram

    19/05/2020 - (09) - Praga por praga mais  a Paris do Leste

    20/05/2020 - (10) – Brsileira sonha casar  com alemão

    21/05/2020 -  (11) - Não  estamos sentindo mais nada

    23/05/2020 - (12) -  Confessamos doença mental

    28/05/2020 - (13) -  Re-volta voadora (01) Berlim

    28/05/2020 - (14) -  Re-volta voadora (02) Frankfurt

    29/05/2020 - (15) -  Re-volta voadora (03) São Paulo

    29/05/2020 - (16) -  This is the End - Brasília

    Introito

    Esta nossa undécima vinda à capital da milenar Germânia tem a ver com a conclusão do livro Berlin Stund Null - Berlim Ano Zero,  cidade de  tantas eras de trevas e de luzes. Tudo tem seu começo nos anos 800 com o imperador do Sacro Império Romano da Nação Germânica, Carlos Magno, filho de Pepino, o Breve. Ele dá uma surra tão grande nos Saxões que estes precisam criar asas nos pés para fugir mais depressa.

    Stund Null  é definido como sendo o ano de 1950 mas me recuso a aceitar.  É  quando os alemães ocidentais resolvem acabar com os julgamentos dos  nazistas que, a partir de então, participam  da reconstrução das ruínas, inclusive da mente, pelo até hoje escamoteado complexo de culpa pelas barbáries infindas cometidas  como um todo, entenda-se o povo,  entre os anos 1930-1945, período nazista no mando.

    Eis que nos vemos no imprevisto gerado, concebido e nascido na China, nesta pandemônica crise, ora globalizada, do Coronavirus.  Outra vez a Nação Germânica é colocada de quatro. Começa o confinamento dito quarentena que nos recorda, infelizmente, a concentração nos campos de extermínio de milhões de  judeus, ciganos, gays e outros menos dotados da essência da dita raça ariana hoje no maior cagaço.

    O quase livro Stund Null - Berlim Ano Zero se funde  a este relato da incerteza  do cotidiano do povo multifacetado de Berlim. Ele ainda conserva o Muro dentro da cabeça cidadã. Chegamos  de Brasília no dia 11 de março, no finando aeroporto Tegel.  Esticamos este diário  imprevisto  em princípio até  3 de junho deste apocalíptico 2020, maldito Ano do Rato, justo o que mais resiste aos históricos declínios da Humanidade.

    Nossa escolha,  tão logo declarada a Pandemia, quatro dias depois da chegada, é a de restarmos em Berlim. Tem a ver com o nosso conhecimento local desde os tempos em que o Muro reina soberano por cima do povo alemão, ocupado militarmente, de 1945 a 1995, pelas tropas americanas, inglesas, francesas e soviéticas. Nação dividida em duas, ao Leste, a outrora comunista,  e ao Oeste, a eternamente capitalista.

    Concluindo nossa apresentação,  escrita em forma de diário a partir de uma prisão domicialiar no bairro ocidental de Wilmersdorf, pois então, esta nossa escolha de continuarmos concentrados aqui em Berlim, mesmo que em situação indefinida,embora burocratimente legal,  está  consciente dos riscos  aqui  relatados a partir desta página inicial, com o sentimento exato do que de fato estiver nos acontecendo.

    As observações do que acontece no Coronavirus aqui em Berlim são contadas, neste livro, na medida em que elas surgem e, portanto, não temos a menor idéia de como as páginas  são preenchidas, esta é a nossa sensação neste momento, num  apartamento de primeiro andar, varanda de frente para a rua,  linha U3. No dia primeiro de abril, tem a  passagem para outro,  sétimo andar,  próximo daqui. Mudança vigiada.

    Para aquecimento inercial, adicionamos o nosso filme no  Youtube antigo, o ano é 2008, sobre as coisas de Berlim. Tem que ver no site porque é mistura de música com fotos. Pouco texto. Quase nada. Mas se você está na versão e-book,  clique aqui. Se no impresso, copie, cole, clique, aperte e curta a nossa Berlim ainda não anestesiada por uma situação virótica totalmente inacreditável porque muda a cara da urbe cantante.

    https://www.youtube.com/watch?v=X279madStHQ

    NaNoWriMo

    Título

    Pandemic diary in Berlin

    Introitus

    We inform that only in this Introito we put our thinking in this colonial english language. So, now let's start. On the other days, there is so much automatic online translator.  But now,  what a pity about Noah's Ark.  Ai que pena que temos  da Arca do Noé.

    Ah. Here, Berlin.  April-2020. Pandemic times.

    And so,  let’s go:

    Our  first pandemic day in Berlin

    In fact, our eleventh visit to the capital of Etern Germania has to do with the completion of the book Berlin Stund Null - Berlin Year Zero, with the historical restart after the destruction, since the 800s, when a German emperor decide to build a castle on the island of the River Spree, making Berlin the capital of the Empire that, in fact, rest longer than the Thousand and One Years dreamed by Adolfo Hitler.

    The Stund Null is accepted as the one from 1950, which we refuse to accept, just when the Germans decide to end the judgments of the still remaining Nazis who, from then on, actually participate in the reconstruction of the ruins, including the mind , due to the concealed guilt until today for the endless barbarism committed by the Germans, as a whole, understand the people, between the years 1930-1945.

    Behold, if we put ourself, in the unexpected hidden in the beginning, in distant China, of the pandemonic crisis, although worldwide, of the Coronavirus that, once again, puts the German Nation on all fours, kneeling on the ground, even with the already adopted Curfew , in a piece of Bavaria, combined with the confinement of the quarantine, which unfortunately reminds  of the concentration in the extermination camps of millions of unwanted people.

    Therefore, the book Stund Null - Berlin Year Zero merges with this one, an account of the uncertainty and observation of the daily life of this multifaceted people of Berlin, whose people still retain the Wall within each citizen head. Get here, this time, straight from Brasilia, passing through Lisbon on March 11, at Tegel Airport, and we intend to keep this account of the fact until June 3, all in this apocalyptic year of 2020.

    Our choice, mine and my life and travel companion since the times when the Berlin Wall reigned sovereign over the militarily occupied German people, from 1945 to 1990, by American, English, French and Soviet troops, because so, our choice to remain focused on the city, even in this undefined situation, is being aware of the probable risks that will be reported here.

    The facts, opinions and observations of everything that is happening at this stage of the Coronavirus here in Berlin will be counted, in this book, as they are happening and, therefore, I have no idea how the following pages will be filled, least have this feeling at this moment, 19h49m of this day March 19, 2020, in a small apartment rented in the Airbnb scheme.

    Sobre nosso virótico ser

    Hallo, chucrute azedo!

    Preste atenção  neste polaquinho docinho.  Olhe  bem aqui para o meu beicinho.  Esta  eu não deixo passar.

    - Me siga, cunhado.

    - Mein polaquinho!

    - Quié, Madame?

    - Prossiga, mas olha lá, você sabe que eu adoro um alemão.

    Aqui em Berlim, em tudo que é canto, tem a propaganda de  cerveja aberta na mão de uma alemã que vou te contar. Pois conto. Alemão adora uma cerveja. Já o polaco aqui, não abre mão das duas, da mulher e da cerveja,  ainda mais numa quarentena. Está nos seguindo?

    Pois adendo meu tempo de piá no Paraná, polaquinho no meio das italianinhas, alemãzinhas, turquinhas e moreninhas, por isso até hoje eu me acho meio polaco-baiano no eterno pode ser que sim, pode ser que não. Sei lá. Quer dizer.

    - Ainda está aí, abelhuda pessoa pretendente a seguir este nosso Diário Pandemônico aqui em Berlim?

    - Escreva logo, polaco! Vai!

    - Pressa por causa do quê, mas continue aí porque achamos que vale a pena. Temos a menor idéia do que  acontece na sequência. Ou não é  possível de ser contado. Ou sim. Então, puxe um banco.  Completamos rapidinho porque temos que sair. Mentira. Estamos presos. Seguinte. Imagina só  o olho  do alemão na mão do mulherão com a garrafa de cerveja. Na mão. Que coisa.  Pois reforço  sem a Madame agora por perto:

    - Eu, polaco, continuo de olho,  mesmo aqui na distância, sim, mas na lembrança do meu beiço na boca molhada da tia gostosa.

    - Está falando com quem, polaquinho?

    - Nada, nada, Madame.

    - Então me traga outra cerveja  Berliner. No ponto.

    - Antes eu ganho um beijinho da moreninha que eu roubo do italianinho?

    - E por causa do quê?

    - Para sentir na boca o  gosto da  alemã, mein lieben Madame.

    - Pois venha aqui, Florzinha.

    Vou. Até me esqueço do alemão chucrute azedo. Da cerveja na boca da alemã, não. Muito menos da alemãzinha da minha infância lá no estrangeirado Sul do Brasil.  Isto, jamais. Nem da italianinha. Muito menos da moreninha. Pena que vou cedo para o seminário  estudar para um dia ser padre, frei, capuchinho, vestido marrom, votos de pobreza, obediência e, catzo,  castidade!!!

    - Florzinha!!!

    - Quié, Madame???

    - Não quer mais o beijo com sabor de cerveja alemã, não, mein polaquinho?

    - Quero sim

    - Então, venha.

    - Vou.

    - Pois volte já para o teu teclado e trate de continuar o nosso Diário Pandemônico aqui  em Berlim. E não se esqueça de falar de mim. Em voz alta!!!

    Depois continuo. Já me apresento, quer dizer, já nos apresentamos. Somos a dupla de risco, acima dos 70, Polaco & Madame. Jornalista e poeta quase zen. Eu. Enquanto isto, ela, a Madame, produtora e psicóloga mandante. Pronto. Já voltamos. Antes, tenho uns beijos.

    - Tschuss.

    - Na boca!!!

    - Inté e axé.

    A Berlim deste Diário

    Nascida no ano de 1415 para ser a capital do Sacro Império Romano-Germânico, na cabeça a tribo dos Hohenzollern, em parto  sangrento, o que se repete ao longo de um história de subidas ao cimo e quedas ao abismo. A mão pesada de Frederico II provoca então a primeira das futuras rebeliões sangrentas, esta conhecida por Berliner Unwillen-Berlim Indignada.

    De carona no dorso da águia germânica tão decantada, pulamos rápido para este ano de 2020, dominado pelo Sino-Viro-Pandemônico, o tal de Cor-19. Daí a prisão domiciliar desta dupla de risco, Polaco & Madame, em meio a milhares de infectados e mortos. Na verdade, se comparado,  não são muitos mas  ouço a cada  segundo o demônio ao meu ouvido: e se o próximo é  você?

    Outra coisa. Berlim destruída, população dizimada, historicamente não é novidade alguma. Pelo contrário. Esse sobe-desce parece fazer parte da normalidade. Por exemplo. Em três grandes pestes viróticas, em cada uma mais da metade da população de Berlim vai para as covas rasas coletivas. Isto acontece nos anos de 1576, 1598 e 1699. A gripe espanhola vai mais longe ainda, quer dizer, mais perto da gente.

    Berlim quase é dizimada, ou seja, Stund Null,  Ano Zero, várias vezes neste mais que  Milênio de Capital da Grande Germânia. Na Guerra dos Trinta Anos, entre católicos e protestantes, um a cada três berlinenses acaba na cova rasa coletiva. Tem ainda as tropas do Napoleão, a derrota na primeira e, finalmente, a Alemanha de joelhos na Segunda Guerra Mundial, quando Berlim sucumbe:

    1 - Só no último mês da guerra, 1945,  os aviões aliados (ianques

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1