Minha Alma Conta o Pequeno Príncipe
De Dora Eli
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Minha Alma Conta o Pequeno Príncipe - Dora Eli
Minha alma conta
o Pequeno Príncipe
Editora Appris Ltda.
1ª Edição - Copyright© 2022 da autora
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Elaborado por: Josefina A. S. Guedes
Bibliotecária CRB 9/870
Livro de acordo com a normalização técnica da ABNT
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Av. Manoel Ribas, 2265 – Mercês
Curitiba/PR – CEP: 80810-002
Tel. (41) 3156 - 4731
www.editoraappris.com.br
Printed in Brazil
Impresso no Brasil
Dora Eli
Minha alma conta
o Pequeno Príncipe
À minha mãe (in memoriam)
Às minhas eternas crianças: Rafael, Mariana, Daniel, Júlia e André
AGRADECIMENTOS
Meu muito obrigada:
À minha família, que esteve comigo nesta trajetória.
Ao meu pai, pelo retorno.
À minha orientadora, Claudia Moretti Gadotti, pela atenção e valiosas recomendações.
À minha confraria, cuja amizade e presença dão alma à vida: Ana Luísa Ribeiro, Ana Maria Cordeiro, Elaine Franzini e Giselda Lima.
À minha turma de formação, companheiras de jornada: Beatriz Vero, Beatriz Vidigal Barbosa de Almeida, Christina Marcondes Morgan, Maria Cristina Gurgel Marrey, Deusa Rita Tardelli Robles, Isabel Cristina Ramos de Araújo, Fernanda Moreira, Luana Morelli de Luccia, Luísa Oliveira, Maria Marta Bandeira de Mello Burti e Simone Castilho.
À Maria Zélia de Alvarenga, minha atenta mestra e amiga.
Aos amigos, pelo apoio e pelo carinho, manifestados em todas as fases deste livro.
À Célia Brandão, pela caminhada de alma.
Aos meus pacientes, pelas dádivas no processo analítico.
À Marinete Veloso, por sua dedicação, pela leitura atenta e sugestões.
À Ana Maria Cordeiro, fiel interlocutora nas reflexões de gestação e no parir desta obra.
SÍMBOLOS PLENOS DE LIRISMO
O Pequeno Príncipe é um patrimônio da humanidade. Um conto conhecido mundialmente, que se mantém entre as obras mais vendidas e lidas desde que foi publicado, em 1943.
A força de sua narrativa inspirou-me a desenvolver uma monografia que apresentei à Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica para obtenção do título de Analista Junguiana. Atingido o objetivo, a etapa seguinte foi transformá-la neste livro, em que tomei a liberdade de fazer algumas modificações e atualizações em relação à tese original, de maneira a adaptá-la a este formato. Aqui estão minhas leituras dos símbolos emergentes da fábula, bem como de cada encontro do príncipe em sua jornada.
Nele, faço uma abordagem da gesta heroica dos protagonistas, das demandas da anima, da criança divina e do processo de individuação. Acima de tudo, procurei preservar a poesia do livro, pois minha alma se alegra com a doçura e o lirismo nele existentes.
A autora
PREFÁCIO
– Por favor, desenha-me um carneiro!
Assim começa o diálogo entre o piloto e o menino na fábula O Pequeno Príncipe. Esse pedido soa estranho, o piloto resiste, mas o menino está inflexível; atender ao mistério do encontro se mostra inevitável.
Da mesma forma misteriosa e inflexível, Dora anuncia que sua monografia de conclusão da formação como analista junguiana na Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica (SBPA) é a leitura simbólica do livro O Pequeno Príncipe. Em um primeiro momento, sua escolha foi questionada e, em certo sentido, até desmerecida, já que esse livro, para alguns desavisados, é uma obra menor, leitura de miss
, e outros preconceitos.
Mas ela não desistiu e mergulhou de coração no trabalho de compreender essa fábula e o fascínio exercido por ela.
Dora procurou conhecer ao máximo a biografia do autor na tentativa de entender a criatura criada por ele. Saint-Exupéry, o piloto poeta, teve uma vida intensa, sofreu vários golpes tanto no seu corpo quanto em sua alma. Lutou para ser aviador, lutou na Segunda Guerra, foi pioneiro do correio aéreo. Um aventureiro por definição, ao mesmo tempo audaz, delicado e sensível.
No entanto, tentar entender o Pequeno Príncipe apenas como resultado das experiências do autor seria mutilar a universalidade da obra. Uma personagem com tal penetração e representatividade no mundo fala com e para todos os homens.
O poeta, nesse caso, foi o veículo, atendendo a demandas pessoais e coletivas. E deu vida a uma fábula que conquistou o mundo, traduzida em 80 idiomas e tornando-se a obra de ficção mais vendida até o momento.
Os personagens centrais da narrativa são dois: o piloto e o príncipe. Todo o enredo refere-se ao encontro deles, tendo o deserto como pano de fundo. O deserto é um dos personagens da fábula, que situa os amigos e permite a experiência única da presença dos extremos. Vida e morte caminhando integralmente unidas. No deserto tudo é extremo, no deserto o outro é inegavelmente vivível. No deserto eles conversam e passam por transformações profundas.
O menino conta suas aventuras. Explica que saiu de seu pequeno planeta por conta da aparição de uma flor – a Rosa. Passa por vários planetas e em cada um encontra uma personagem emblemática.
Chega à Terra procurando por homens ou, mais especificamente, procurando um amigo. Não os encontra, vê-se sozinho, mas persiste em seu intento. Conhece a Serpente, com quem faz um pacto de morte. Conhece a raposa, com quem aprende coisas importantes sobre vínculo, essência e relacionamento.
Dora mergulhou fundo em cada uma dessas passagens, não deixou de fora nenhuma imagem, uma vez que nada na fábula lhe parece aleatório.
Por fim, os dois amigos estão juntos, no deserto, sem água. Encontram um poço que lhes devolve a vida, mas que marca também o início do fim da jornada.
O diálogo final do homem e do menino é belo, intenso e melancólico. Cheio da tristeza que percorre as despedidas e assinala a presença de um grande amor. O menino se vai e deixa com o piloto a leveza e o brilho da criança que fora outrora.
Assim como o Pequeno Príncipe percorreu uma trajetória heroica que o transformou imensamente, Dora percorreu um longo caminho até a conclusão deste livro.
Dora Eli andou pela fábula com delicadeza e profundidade.
Costurou com maestria a poesia e a teoria junguiana.
Produziu um texto com alma e para a alma.
Ana Maria Cordeiro
Psicóloga,
analista junguiana pela Sociedade
Brasileira de Psicologia Analítica (SBPA)
e membro da Internacional
Association for Analytical Psychology (IAAP).
APRESENTAÇÃO
Há momentos em que nós todos, de um modo ou de outro, temos de ir a um lugar aonde nunca fomos e de fazer o que nunca fizemos. O mito trata do desconhecido; fala a respeito de algo para o que inicialmente não temos palavras. Portanto, o mito contempla o âmago de um imenso silêncio.
Karen Armstrong¹
Sempre fui fascinada pela história do livro O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry. As personagens e suas falas me encantaram na infância e me encantam até hoje, a ponto de eu ter estabelecido com o texto uma relação de sentimento, principalmente em frases sobre amizade e vínculos. Na verdade, fui tocada pelas metáforas nele contidas. Quando li pela primeira vez a frase O essencial é invisível para os olhos
, veio-me a dúvida sobre se eu sabia realmente o que ela significava.
A inocência e sua perda, a solidão, a busca de respostas, a perplexidade