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Roteiro Da Ação Psicopedagógica: O Que Fazer?
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Roteiro Da Ação Psicopedagógica: O Que Fazer?
E-book317 páginas1 hora

Roteiro Da Ação Psicopedagógica: O Que Fazer?

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Sobre este e-book

A psicopedagogia se ocupa da aprendizagem humana. Como se preocupa com o problema da aprendizagem, deve ocupar-se inicialmente dos processos de aprendizagem. E se preocupa como se aprende, como esta aprendizagem varia evolutivamente e está condicionada por vários fatores, como se produzem as alterações na aprendizagem, como reconhecê-las, tratá-las e preveni-las. Adquire características específicas a depender do trabalho clínico e preventivo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de jun. de 2018
Roteiro Da Ação Psicopedagógica: O Que Fazer?

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    Roteiro Da Ação Psicopedagógica - Salete Anderle

    Psicopedagogia Clínica, por Salete Anderle

    AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA PSICOPEDAGÓGICA CLÍNICA

    A psicopedagogia se ocupa da aprendizagem humana. Como se preocupa com

    o problema da aprendizagem, deve ocupar-se inicialmente dos processos de aprendizagem. E se

    preocupa como se aprende, como esta aprendizagem varia evolutivamente e está

    condicionada por vários fatores, como se produzem as alterações na aprendizagem, como

    reconhecê-las, tratá-las e preveni-las. Adquire características específicas a depender do

    trabalho clínico e preventivo.

    O diagnóstico Psicopedagógico possui especificidade própria que permite, diante de

    uma queixa motivo de dificuldades de aprendizagem, fazer uma leitura dinâmica de

    forma global, envolvendo o sujeito, a família e o processo de escolarização, como

    resultado de um conjunto de inter-relações complexas. Para tanto se faz necessária a

    escolha de referências teóricas que dêem respaldo aos instrumentos usados na avaliação

    e aos resultados obtidos na mesma.

    Devido à complexidade de seu objeto de estudo, são importantes à psicopedagogia

    conhecimentos específicos de diversas outras teorias, as quais incidem sobre os

    conhecimentos específicos de diversas outras teorias. Por exemplo:

     A Psicanálise encarrega-se do mundo inconsciente, das representações

    profundas, operantes através da dinâmica psíquica que se expressa por sintomas e

    símbolos, permitindo-nos levar em conta a face desejada do homem;

     A Psicologia Social encarrega-se da constituição dos sujeitos, que responde a

    reações familiares, grupais e institucionais, em condições socioculturais e econômicas

    específicas e que contextuam toda a aprendizagem;

     A Epistemologia e a Psicologia Genética se encarregam de analisar e

    descrever o processo construtivo do sujeito em interações com outros e com objetivos;

     A Lingüística traz a compreensão da linguagem como um dos meios que o

    caracterizam tipicamente humano e culturais: a língua enquanto código disponível a todos

    os membros da sociedade e a fala como fenômeno subjetivo, evolutivo e historiado de

    acesso a toda estrutura simbólica;

     A Pedagogia contribui com as diversas abordagens do processo ensino-

    aprendizagem, analisando-o do ponto de vista de quem ensina;

     Os fundamentos na Neuropsicológica possibilitando a compreensão dos

    mecanismos cerebrais que subjazem ao aprimoramento das atividades mentais, indicando-

    nos a que correspondem do ponto de vista orgânico, todas as evoluções ocorridas.

    Surgiram decorrentes da diversidade de campos teóricos, diversas possibilidades

    de atuação e caminhos a serem trilhados, que embasam a ação psicopedagógica.

    6

    Psicopedagogia Clínica, por Salete Anderle

    ALGUNS CAMINHOS

    1. E.F.E.S.

    1. Anamnese (história de caso)

    2. Entrevista de Anamnese

    2. Testagem de provas pedagógicas

    3. Sessões

    lúdicas

    centradas

    na 3. Laudo (síntese das conclusões e

    aprendizagem

    prognóstico)

    4. Complementação com provas e testes

    4. Devolução (verbalização do laudo) ao

    5.

    paciente e/ou aos pais

    Síntese diagnóstica – Prognóstica

    6.

    Entrevista

    de

    devolução

    e

    encaminhamento

    (Transtorno da clínica psicológica – segue o

    modelo médico)

    (Maria Lúcia Weiss)

    1. E.O.C.A. (levantamento do 1º sistema de 1. Entrevista com a Família:

    hipóteses, definições das linhas de 1.1 Contatos anteriores a consulta

    investigação, escolha de instrumentos)

    1.2 Escuta do motivo da consulta

    2. Testes (levantamento do 2º sistema de

    hipótese e investigação)

    1.3 História vital ou anamnese

    3. (Anamnese – verificação e decantação do

    2º sistema de hipóteses, formulação do 2 Entrevista com o sujeito:

    3º sistema de hipóteses)

    2.1 Escuta do motivo da consulta

    4. Elaboração do informe Psicopedagógico. 2.2 Instrumentos

    escolhidos

    pelo

    psicopedagogo

    com

    base

    nas

    (Jorge Visca)

    necessidades

    2.3 Devolutiva ao sujeito

    3 Contato com a escola (Prévio ao

    finalizar)

    4 Contato com outros técnicos

    5 Devolutiva e encaminhamento

    (Edith Rubinstein)

    7

    Psicopedagogia Clínica, por Salete Anderle

    MATRIZ DIAGNÓSTICA

    O diagnóstico do aprendizado ou psicopedagógico se diferencia dos

    psicodiagnósticos em geral e ao da criança em particular, a partir das particularidades do

    objeto de estudo e se conjuga na matriz do pensamento e processos diagnósticos.

    O objeto de estudo adota distintos estados: normais e patológicos, para serem

    reconhecida conta com a matriz do pensamento diagnóstico (instrumento conceitual, que

    embasa a ação e apresenta os estados do objeto sem que o mesmo perca a unicidade)

    apresentada pela epistemologia convergente apóiam-se em princípios interacionistas,

    construtivistas e estruturalistas. A matriz está organizada em três partes: diagnóstico

    propriamente dito, prognóstico e indicações.

    Diagnóstico

    Refere-se à caracterização do sujeito e do meio onde se manifesta o sintoma no

    momento do diagnóstico, fundado no pressuposto que o sintoma é o emergente da

    interação do subsistema, personalidade como o sistema social e seus mediadores. Análise

    do contexto em que se desenvolve o processo de aprendizagem; leitura de sintomas que

    emergem na interação social voltada para o sujeito que aprende; explicação de causas que

    coexistem temporalmente com o sistema; explicação da origem desta causa; análise do

    distanciamento do fenômeno em relação aos parâmetros considerados aceitáveis.

    Podem ser observados aspectos como: as características da instituição

    educacional (aprendizagem sistemática), comunidade (aprendizagem assistemática), como

    as condutas exigidas que ajudem na manifestação ou não das dificuldades em outro campo.

    Dentro da caracterização interessa: sexo, idade, meio cultural..., que permitem a

    compreensão de se a conduta é ou não sintomática.

    Prognóstico

    Levantamento de hipóteses sobre a configuração futura do fenômeno atual, na

    presença e na ausência dos processos corretores.

    Terapia no campo do aprendizado sistemático (alexia, dislexia, TDAH...), e

    assistemático (sem nomenclatura) podem ou não ser acompanhados de sintomas,

    expectativas.

    Indicações

    Indicações gerais que incluem outras disciplinas, assim como indicações

    específicas, inerentes a atuação psicopedagógica.

    Análise das causas internas do sujeito contemporâneas ao sintoma e suas

    interações são de extrema relevância para a orientação, também, das indicações e

    recomendações.

    As causas que podem provocar o aparecimento de sintomas são três:

    1. A afetividade (predomina os oponentes energéticos da aprendizagem)

    2. As funcionais

    8

    Psicopedagogia Clínica, por Salete Anderle

    3. O estágio de pensamento (cognitivo)

    Origem e evolução são causas históricas e dos sintomas, mediante o

    estacionamento das cadeias casuais, pois as funções e o estágio de pensamento podem

    sofrer alterações orgânicas, emocionais ou mistas e o grau de reversibilidade varia de

    acordo com o inter-relacionamento destes.

    9

    Psicopedagogia Clínica, por Salete Anderle

    ROTEIRO DA AVALIALÇÃO DIAGNÓSTICA

    PSICOPEDAGÓGICA

    Tomando por referência principal a Epistemologia Convergente, do autor Jorge

    Visca, nossa opção de avaliação propõe os seguintes instrumentos.

    1. QUEIXA

    2. E.O.C.A. e/ou OBSERVAÇÃO LÚDICA

    (levantamento dos primeiros sistemas de hipóteses, definição da linha de

    investigação, escolha dos instrumentos).

    3. PLANEJAMENTO E APLICAÇÃO DAS PROVAS

    4. INSTRUMENTOS FORMAIS

    Área cognitiva;

    Provas Piagetianas;

    Provas projetivas psicopedagógicas;

    Provas psicrométricas (uso exclusivo do psicólogo);

    Área Afetiva

    Provas projetivas psicopedagógicas

    Provas projetivas psicológicas (uso exclusivo do

    psicólogo);

    Área Funcional

    Aspectos psicomotores;

    Linguagem;

    Sensorial;

    Conceitos básicos;

    Habilidades acadêmicas: leitura, escrita, matemática

    (levantamento do 2º sistema de hipóteses e investigação)

    5. HISTÓRIA DE VIDA - ANAMNESE

    6. LEVANTAMENTO DE DADOS ESCOLARES

    Entrevista com os profissionais da escola;

    Análise do material escolar;

    10

    Psicopedagogia Clínica, por Salete Anderle

    7. PROVAS E TESTES COMPLEMENTARES (desempenho da análise das

    provas anteriores; exames clínicos complementares; análise da expressão

    plástica; análise de tarefas; outros)

    8. ANÁLISE DOS RESULTADOS E CONCLUSÃO DA HIPÓTESE

    DIAGNÓSTICA (verificação e decantação do 2º sistema de hipóteses,

    formulação do 3º sistema de hipóteses)

    9. INFORME PSICOPEDAGOGO

    10. DEVOLUTIVA

    11. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

    11

    Psicopedagogia Clínica, por Salete Anderle

    A QUEIXA

    ENTREVISTA PARA ESCLARECER O MOTIVO DA CONSULTA

    OBJETIVO:

     Estabelecer hipóteses sobre aspectos importantes para o diagnóstico de

    aprendizagem.

     COM OS PAIS (representantes da família) observar:

    - Significação do sintoma na família ou, com maior precisão, articulação funcional do problema de

    aprendizagem;

    - Significado do sintoma para a família, isto é, as reações comportamentais

    de seus membros ao assumir a presença do problema; relacionam-se os valores da família

    com o respeito ao não aprender;

    - Fantasias de enfermidade e cura e expectativas acerca de sua intervenção

    no processo diagnóstico e de tratamento; sentindo o que a família espera a respeito de seu

    trabalho, modalidade de comunicação do casal e função do terceiro, observarem a relação

    dos pais entre si, os valores da família, a comunicação entre os pais e você.

     COM A ESCOLA (PROFESSOR ORIENTADOR) observar:

    - Significação do sintoma na escola;

    - Significação do sintoma para o professor, reações dos membros da escola

    ao assumirem o problema;

    - Significado do sintoma, no sentido do que a escola espera a respeito de

    sua intervenção (confirmação do não aprender, como: tirar da responsabilidade da escola o

    fracasso, uma possibilidade de auxilio para o sucesso, uma ameaça externa);

    - Observar os valores da escola, a comunicação entre seus profissionais e

    entre profissionais e aluno;

     COM O SUJEITO observar:

    - Visão do sintoma para o sujeito;

    - Significação do problema para o sujeito;

    - Sentido do que o sujeito espera de sua intervenção

    - Observar as modalidades de comunicação do sujeito (pode ser obtida na

    entrevista realizada com o sujeito no primeiro encontro – antes do E.O.C.A.).

    12

    Psicopedagogia Clínica, por Salete Anderle

    ENTREVISTA COM O SUJEITO

    Nome:

    Data de nascimento:

    Idade:

    Série:

    Período:

    Escola Atual:

    Nome do Professor:

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