60 Anos Do Ctg Tarumã. Um Legado De História
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60 Anos Do Ctg Tarumã. Um Legado De História - Reinaldo Vieira Dias
PREFÁCIO
O gentil convite que recebi para prefaciar esta obra foi uma deferência do autor, cavalheiro e gentil que é para comigo.
Envaidecido por tão distinta deferência, não titubeei em aceitar, dada a importância cultural da mesma e de seu valor histórico.
Trata-se de um trabalho de acurado estudo e de profunda pesquisa, realizado pelo renomado professor de danças tradicionalistas, Reinaldo Vieira Dias.
Uma obra de fôlego, ricamente farta de fotos e de documentos, que nos remete, nas asas do tempo, ao surgimento, à evolução e ao glorioso passado do CTG Tarumã.
A cada página, a cada capítulo, um resgate de nossas mais caras tradições.
Li e reli os originais deste livro, com encantamento e natural emoção posto que fui, anos atrás, capataz de tão vitoriosa e festejada entidade.
O CTG Tarumã foi retratado nesta volumosa obra, de forma irretocável pelo autor, que se dedicou, diuturna e infatigavelmente, à consecução da mesma.
Não nos fala o autor tão somente no CTG Tarumã, mas dos seus feitos e das suas inúmeras conquistas, no Brasil e no exterior.
O universo tradicionalista de nossa terra fica mais rico com esta obra.
E o autor, pela sua dedicação e pelo seu emérito, incorpora-se àqueles que tão bem souberam difundir e enriquecer a nossa História.
Com meus desejos de sucesso pleno ao autor e amigo pessoal Reinaldo Vieira Dias, deixo aqui, meus agradecimentos por ter sido, fraterna e gentilmente, convidado a prefaciar o seu livro, através destas singelas palavras, que prazerosamente rabisquei.
José Antônio Macedo
(Dr. Poeta)
AGRADECIMENTOS
O primeiro agradecimento é ao Senhor nosso Deus, por nos ter permitido, pela sua graça e misericórdia, sonhar e realizar esta obra, poder falar e relatar os tempos passados dos acontecimentos, valorizar o presente e perpetuar para o futuro a História do nosso Rio Grande do Sul e, via de regra, não poderia ser diferente também a trajetória deste valoroso baluarte das Tradições Gaúchas: o CTG Tarumã.
Agradeço à minha esposa, Ilca Maria Azevedo Dias, aos meus filhos: Letícia (a qual colaborou de modo especial na organização deste livro), Patrícia, Clarissa e Fernando; da mesma forma, aos netos: Priscilla, Murillo, Maurício, João Vitor, Mateus, João Pedro, Bernardo, Fernando Junior, Jenifer e Davi, pelo apoio e paciência de não os atender como deveria, pois estava absorto nas pesquisas e elaboração desta obra.
Extensivos aos participantes deste Livro que, de uma forma ou de outra, contribuíram para este desfecho histórico.
HOMENAGEM PÓSTUMA
A nossa sincera homenagem àqueles que já partiram para o plano do nosso Criador, nosso Senhor Deus; a todos os Patrões, Peões e Prendas que desfilaram pelo palco e picadeiro do CTG Tarumã e que, de uma forma ou de outra, fizeram parte do crescimento e engrandecimento do Tradicionalismo, Cultura, História e Folclore deste Rio Grande Gaúcho dançando, tocando, animando e que, nas pistas de rodeios, sempre souberam honrar o nosso Lenço Amarelo, cerne do Tarumã.
OBJETIVOS
A intenção era muita clara: relatar, nesta obra, os serviços prestados à História, à Cultura ao Folclore do Tradicionalismo do Rio Grande do Sul por esta Entidade: CTG Tarumã. Com o passar do tempo, os participantes, peões e prendas que também submeteram seu tempo, sua história e seu nome em defesa da Tradição Gaúcha, assim como também demostraram o amor pelo Lenço Amarelo do Tarumã.
As pesquisas em Livros Atas e relatórios próprios de alguns participantes nos levaram ao não cumprimento de uma data prevista. O tempo foi adversário e, ao mesmo tempo, amigo, e nos permitiu que, a cada vez que digitássemos estas páginas, surgissem novas ideias e perspectivas de torná-lo não apenas um livro de História, mas, sim, uma obra didática da História do nosso pago: o Rio Grande do Sul.
Nasce o tradicionalismo
Rio-Grandense
00380013.jpgJoão Carlos Paixão Côrtes: o percussor do Tradicionalismo
O GRITO DE 1947
Os veículos de comunicação de massa mostravam-se saturados de estrangeirismos. Foi frente a esse impasse que se iniciou um movimento ginasiano de proselitismo de todas as camadas sociais, de todos os seguimentos étnicos, em favor das Tradições. É importante relembrar que esse movimento começou no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, no qual um grupo de jovens fundou o Departamento de Tradições Gaúchas junto ao Grêmio Estudantil.
A preocupação principal era preservar, desenvolver e proporcionar uma revitalização da cultura popular rio-grandense, interligando-a à nossa História, tornando-a mais valorizada no contexto da Cultura Brasileira.
Estes jovens buscavam uma trilha diante da perda da fisionomia regional que se processava. A descaracterização necessitava ser combatida: o Rio Grande precisava reagauchar-se. Eles procuravam a identidade da terra gaúcha.
Assim, no dia 05 de setembro de 1947, saíram às ruas, a cavalo e bem-pilchados, desfraldando sua Bandeira Tricolor Farrapa enquanto instituições estatais e o próprio governo estadual omitiam-se ou palidamente dispunham-se a colocá-la no mastro, ao lado do Pavilhão Brasileiro.
Esse então foi o Grito!
O DEPARTAMENTO DE TRADIÇÕES RESISTE E FINCA ESTEIO
João Carlos Paixão Côrtes, então estudante do Colégio Júlio de Castilhos, reunido com a diretoria do Grêmio Estudantil, apresentou uma proposta de ação fundamentada nos seguintes: a) Realização de bailes gauchescos com concursos de danças e de trajes; b) Concurso literário de prosa e poesia; c) Publicações de artigos do Jornal do Julinho
; d) Palestras culturais por intelectuais gaúchos; e) Assembleia; f) Provas campeiras, concurso de laço e boleadeiras; g) Concurso de fotografias e de desenho; h) Biblioteca e discoteca.
Então, em 1947, surgiu o Departamento de Tradições Gaúchas, que, na época: Destinava-se a estimular o desenvolvimento, por reuniões culturais, sociais e recreativas, da belíssima Tradição de nossos heróis do passado
.
NASCE A CHAMA E A RONDA CRIOULA
O Rio Grande estava em grandes preparativos para a Semana da Pátria de 1947, coordenada pela liga de Defesa Nacional. Seriam prestadas homenagens póstumas aos soldados brasileiros que perderam a vida lutando na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial, que acabara em 1945. O Departamento de Tradições do Julinho queria associar-se às homenagens aos pracinhas.
Paixão Côrtes, que dirigia este departamento, visitou o major do Exército, Darcy Vignoli, presidente da Liga de Defesa no Rio Grande do Sul e disse-lhe, de viva voz, do desejo de retirar, no final do dia 07 de setembro, uma centelha do Fogo Simbólico que vinha de Pistoia, do cemitério dos soldados brasileiros na Itália, e transportá-la até o Colégio Júlio de Castilhos. Neste local iria iluminar um candeeiro típico, representando um altar cívico, dentro das comemorações da 1ª Ronda Crioula desse educandário e que deu razão ao nascedouro das Rondas atuais do Tradicionalismo.
Tudo acertado e em concordância por parte da Liga, seu secretário, Dr. Fortunato Pimentel, solicitou ao Departamento de Tradições do Julinho
um piquete de gaúchos para montar guarda à urna mortuária com os restos mortais do Gen. David Canabarro, que seria transladado de Livramento para Porto Alegre.
Depois de múltiplas peripécias, reuniram-se oito gaúchos bem-pilchados com arreios autênticos e pingos de lei, cavalos especialmente cedidos pelo Regimento Osório. No dia 5 de setembro de 1947, estava formado o Piquete da Tradição que tomou parte nas referidas solenidades numa Cavalgada Cívica pelas artérias da nossa Capital, num cenário equestre inusitado para a época. Eram os estudantes do Julinho representando outros educandários.
As comemorações da 1ª Ronda Crioula do Julinho
foram antecipadas para esse dia. O Governador do Estado, autoridades militares, mundo diplomático, Assembleia Legislativa do Estado, escolas esportivas, Brigada Militar, Guarda Civil e o povo em geral prestigiaram as homenagens ao velho cabo de Guerra Farroupilha. O Piquete da Tradição acompanhou os despojos de Canabarro até sua última morada: o Panteão Rio-grandense.
NASCE A SEMANA FARROUPILHA
Era quase meia-noite do dia 7 de setembro de 1947. Na Avenida João Pessoa, festivamente iluminada, ardia a Pira. Uma multidão ansiosa esperava os atos de encerramento de mais uma Semana da Pátria.
João Carlos Paixão Côrtes, Cyro Ferreira e Fernando Vieira, embandeirados pelos símbolos do Rio Grande do Sul e do Colégio Júlio de Castilhos, aguardavam montados em seus pingos
as ordens da Comissão Central que dirigia a solenidade de extinção do Fogo Simbólico
.
Pouco antes do Fogo da Pátria ser extinto, veio o comunicado para que Paixão se aproximasse da Pira, o que fez subindo uma frágil escada de madeira. Sua ascensão ao topo da pira fez-se com alguma dificuldade, já que botas, esporas, mango, boleadeiras, chiripá e mais um improvisado archote (estopa embebida em querosene e presa à ponta de um cabo de vassoura) atrapalhavam, de certo modo, a sua locomoção na íngreme escada com cerca de seis metros de altura. Porém conseguiu persistir e alcançou o porte superior do monumento.
Diante de Paixão, estava a Chama da Pátria e, em um gesto solene, bradou: Está acesa a Primeira Chama Crioula!
Na descida desse pedestal, seus braços viram-se envolvidos pelas labaredas que os tostaram, mas continuou firme até o solo onde o esperava seu baio, Cabos Brancos. Estribou, montou e deu rédeas ao flete...
0082.jpgA Chama ficou mais esplendorosa, espalhando centelhas ao vento no meio da noite de nossa capital rio-grandense.
Paixão transportou a Chama Crioula em companhia de seus companheiros embandeirados, a galopito, até as dependências do Colégio Julinho, onde foram acender o Candeeiro Crioulo pioneiramente.
00830004.jpg00830002.jpgMomento histórico no Tradicionalismo: do seu surgimento, há mais de meio século, aos dias atuais. O candeeiro e seu luminar.
00830004.jpgE mais: o próprio Paixão repete o gesto inicial de 1947 junto à Pira da Pátria.
Foram muitas as vezes que este gesto repetiu-se dessa forma: através de um rústico archote feito de cabo de vassoura e uma maçaroca de pano à extremidade dessa haste. Acende ele a Chama Crioula
, que também criou, e que iria dar luz aos caminhos do Tradicionalismo que estava nascendo.
O grupo dos 8 do primeiro piquete de 1947:
Antônio de Sá de Siqueira, natural de Bagé;
Cilso Araújo Campos, natural de Alegrete;
Fernando Machado Vieira, natural de Porto Alegre;
Ciro Dias da Costa, natural de Pelotas;
João Carlos D’Ávila Paixão Côrtes, natural de Santana do Livramento;
João Machado Vieira, natural de Porto Alegre;
Cyro Dutra Ferreira, natural de Porto Alegre;
Orlando Jorge Degrazia, natural de Itaqui.
João Carlos D’Ávila Paixão Côrtes
Nascido a 12 de julho de 1927, na cidade de Santana do Livramento, fronteira do Estado do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Folclorista aplaudido e reconhecido nacional e internacionalmente, dividia sua vida entre atividades de engenheiro agrônomo (especializado em ovinotecnia), cursos sobre folclore, espetáculos, shows gauchescos e estudos publicações sobre as tradições rio-grandenses. Teve sua herança paterna e materna ligada à vida pastoril, passando sua infância em estâncias de familiares em sua terra natal, bem como em Uruguaiana, Júlio de Castilhos, Bagé, Cruz Alta e em outras querências.
Iniciou muito cedo suas pesquisas folclóricas. No transcorrer do tempo, viu-se obrigado a adquirir aparelhagem própria (gravadores, filmadoras, máquinas fotográficas, projetores etc.) para registrar a cultura popular gauchesca junto ao autóctone homem do campo por esses perdidos nos rincões do Rio Grande do Sul. Deste trabalho, nasceu um acervo com milhares de slides, fitas gravadas, filmes e vídeos sobre os costumes rio-grandenses – materiais reconhecidos e aprovados em vários congressos tradicionalistas. A Paixão Côrtes devem-se a documentação e a reconstituição de aproximadamente setenta Danças do Folclore Gaúcho.
Sua pesquisa se estendeu também a preciosos documentos e peças originais nos museus: Louvre e Les Invalides (Paris), Trajo (Lisboa), Militar do Prado (Madrid), Victoria and Albert (Londres), Militar (Escócia) e tantas outras fontes de pesquisas, não só da Europa como também da América do Sul.
CRIAÇÃO DO MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO
Em 1947, um grupo de jovens estudantes secundaristas do Colégio Estadual Júlio de Castilhos, de Porto Alegre, – entre os quais estavam João Carlos D’Ávila Paixão Côrtes e Barbosa Lessa, companheiros de causa de investigação, pesquisas e publicações de livros – deu início ao que veio designar-se como o atual Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG).
Neste campo, fundaram: o 35 Centro de Tradições Gaúchas, o pioneiro, em 1948, quando Paixão foi nomeado seu primeiro Patrão de Honra, que é, também, o criador dos símbolos da Chama Crioula, do Candeeiro Crioulo, da Ronda Crioula e inspirador do Desfile da Semana Farroupilha, hoje incorporada como comemoração oficial do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Pela primeira vez na história dos acontecimentos cívicos da Semana da Pátria, isto acontecia no Rio Grande do Sul: brilhava a centelha que iria iluminar o Movimento Tradicionalista, que estava crescendo e que hoje se espalha por todo o Brasil, pelo continente e pelo mundo, numa representatividade sociocultural de aproximadamente 5.000 entidades que congregam milhares de pessoas.
MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO - MTG
Em 01 de julho de 1954, iniciava-se o Primeiro Congresso Tradicionalista, no CTG Ponche Verde, em Santa Maria. Foram cinco dias de reuniões e debates a respeito das causas Tradicionalistas, com o tempero festivo de um fandango. Neste 1º Congresso, o jovem Luiz Carlos Barbosa Lessa apresentou e defendeu a tese O Sentido e o Valor do Tradicionalismo
para uma ampla popularização nas camadas sociais. Aconteceram mais quatro congressos em: Rio Grande, Ijuí, Alegrete e Caxias do Sul. Quando aconteceu, em 17 de dezembro de 1959, em Cachoeira do Sul, no CTG Tropeiros da Lealdade, criou-se o Primeiro Conselho Coordenador, elegendo, assim, o seu primeiro Presidente: o Tradicionalista Sálvio Rodrigues Proença.
Em 1961, no 7º Congresso Tradicionalista, em Taquara, foi aprovada a Carta de Princípios do Movimento Tradicionalista, da autoria do poeta Glaucus Saraiva.
Em 28 de outubro de 1966, no 12º Congresso Tradicionalista, na cidade de Tramandaí, foi fundado o Movimento Tradicionalista Gaúcho: MTG. Estava, assim, criado um organismo federativo, com papel aglutinador, sob filiações, coordenador de ações dos Centros de Tradições Gaúchas, Piquetes de Laçadores e Grupos Folclóricos ou de Arte Nativa e a Estância da Poesia Crioula e demais entidades do gênero.
O MTG ficou subdividido em 30 Regiões Tradicionalistas e realiza, anualmente, congressos tradicionalistas, convenções, concursos estaduais de prendas e peões, o ENART¹, na cidade de Santa Cruz.
Na data de 12 de abril de 2021, a atual Presidente era a Sra. Gilda Galeazzi, a primeira mulher a ser eleita como Presidente do MTG. Nestes mesmos dias, solicitou seu afastamento do cargo para tratamento de saúde, assumindo então, a Presidência, o administrador, músico e compositor, César Oliveira, nascido em Itaqui, cresceu na cidade de São Gabriel e formou uma Dupla com Rogério Medina Mello, hoje fazendo grande sucesso por este Brasil afora.
Carta de Princípios
Os objetivos do MTG são traçados a partir das decisões adotadas pelo Congresso Tradicionalista, que se reúne anualmente, e são consubstanciadas em documento denominado Carta de Princípios do Movimento Tradicionalista Gaúcho
. Esse documento, aprovado, somente poderá ser reformulado pelo próprio Congresso Tradicionalista, em conformidade com o disposto no Artigo 19, alínea F, do Estatuto do