Poemas Amazônicos
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Sobre este e-book
Neste livro há um manancial de diversidades poéticas em cada poema nascidos do desejo voluntário do ser-poético iluminado pela luz do sol e de outros sóis: As estrelas vibrantes no universo imensurável da atividade de significar além da sua própria luz. Cada palavra tem uma origem e uma aura magnífica de outras palavras que no entorno dela impulsionam o poeta a desfrutar dela nela e por ela a beleza de uma nova vida no poema poético.
Drummond nos diz: "Eterna é a flor que se fana se soube florir." Sim. Cada poema é uma flor que o ser poético a eterniza com amor no imaginário de cada leitor.
Rui Barata nos canta: "Este rio é minha rua minha e tua mururé." Sim. Cada poema é um rio ondeando nas palavras o seu jeito de ser e de ir e vir. No mururé a gaivota passeia no rio de lá pra cá esperando o momento certo de pescar.
O poeta Geraldo Vandré canta a terra. Dele faço uma paráfrase intertextual: "Prepare
o seu coração para os poemas que vou cantar." Este cantar é de emoção viajante que
nos incita ao imaginar no ser da escritura o que não está escrito. Nas mãos do leitor
o poema é dele que livremente pode interpretá-lo conforme suas convicções
imaginativas.
Quando o Rio Amazonas penetra no Rio Pará e adiante o Rio Pará se mistura ao Rio
Tocantins nasce a Costa Marapatá dos Abaetés e uma piracema infinita de flores.
Outra piracema de Yaras de Icamiabas e de navegadores como nos diz o poeta João
de Jesus Paes Loureiro.
"A vela leva a canoa.
A canoa leva a vela.
É como a ave que voa
Nas penas que voam nela."
Engalana-se a samaumeira nossa Rainha da Floresta Amazônica que lança nos
ventos as suas flores que são painas de paz e fantasia. Do mesmo modo o poema
lança no ar suas painas de poesia.
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Poemas Amazônicos - Garibaldi Nicola Parente
14 BIS
Quatorze vezes sonhei
sonho de pássaro amante.
Quatorze vezes eu fiz
quatorze vezes quatorze
tantas vezes aprendiz.
Penando asas para voar
não cansei de repetir
até alcançar o céu.
Meter-me em nuvens:
teu véu.
Descobri o teu segredo
de como me aparelhar.
Depois de tantos croquis
engendrei asas para voar
como as do 14 BIS.
20 POEMETOS GARIBALDINOS (1)
A sombra não me assombra em véu
na galáxia do coração.
Aqui jaz um poeta
que soube em vida
viver a eternidade
na imortal comunhão.
***
Rima pobre rima rica
não há pobreza na cica.
Sonoro silêncio do mar
sonho augusto do que fica.
***
Paralelas sentinelas
em jogos não simulados.
O vento impulsa as velas
sonhos de amor bem versados.
***
Faço um poema atento ao leitor
no vento deixo o que não escrevi.
Em cada nota um novo fervor
o cio não termina. É sem fim.
***
A crônica é crônica
nasceu para viver.
Além do além muito mais
sobe ao céu sem morrer.
O que foi rés ao chão
vive entre nós e as estrelas.
Presente de rei
presente do coração.
***
Todo dia o sol
se renova em cada aurora.
Vai e volta pertinaz
vive a luz da sua história.
***
Lágrima é água
com o sal do mar.
Não chores, meu bem!
Vamos navegar.
***
Oceano Atlântico
do Atlas romântico
nas velas do Cabral.
Um Novo Mundo
mimo quântico
nas ondas do gazal.
***
Zem
Ohaió Gozaimasu
sei bem o que faço.
No meu Sakurá
o Sol Nascente.
***
O tudo que é o nada
o nada que é o tudo.
Por dizer não fico mudo
entre Aurora e Alvorada.
***
Na minha mão há um traço
caminhos da ilusão.
Por onde anda a razão
de uma flor no espaço.
***
Meu coração é um rei
do mais vasto Império.
Do Cupido não sei
no Saara o mistério.
***
Anata wa kirei desu
desejo de ser.
Você é linda
de sutil viver.
***
Aprendi a falar Japonês
do Nihon Japão:
Boku wa kimitó ai shitai desu.
Fazer amor contigo
Sem o Harakiri no coração.
***
O vice não versa
vice-e-versa.
Vai conversa
conversa vem.
Mamar amar
no ramo do açafrem.
***
Início meio e fim
verso a verso.
Start de partida
rota do universo.
***
Piazza e plaza
prazer na praça.
Olhar o céu azul
parece sem graça.
***
Minha Madonna
gosto de Milão.
Vou a Firenze
ver Pigmalião.
***
Fiz-me estátua
eu dentro de mim.
Para ouvir o sabiá cantar
perto do meu manequim.
20 POEMETOS GARIBALDINOS (2)
O céu é mágico
magic sky.
Antropofágico
vai-não-vai fly.
*
Cose arma
cose fogo
cose cose
arma o jogo.
*
Peixe fato
peixe santo.
Peixe peixe
fato e tato.
*
Diz a lenda
que a fenda
tem língua.
Agenda
de renda
moringa.
*
A sereia
assobia
no escabeche.
Sem destino
o peixinho
mexe-mexe.
*
Sol e vinho
é excelso
o caminho.
No tonel
o donzelo
põe farnel.
*
Tanto tanto tanto
curto trampolim.
Acalanto
falar Mandarim
e Esperanto.
*
A treva em cena
é marginal.
Acena no escuro
na entrelinha
sobrecelestial.
*
Pus uma estrela
na mão.
Ela disse-me:
— Assim não posso ficar!
Então a pendurei num fio.
Ela se pôs a brilhar.
*
Alas e asas.
Alar e voar.
Asa com azo
dá azo.
Azo com asa
dá asa:
Azo do azar.
*
O mar sem fim é Português.
Mar da memória
indelével História.
Caravela do amanhã
de luz e lucidez.
*
Café no bule
arábico sabor.
Sumo telúrico
cálido vapor.
*
Maré de lanço
de lancear.
Voluto avanço
pescanço do amar.
*
Alma que morreu
de infinita ilusão.
Veste preto vê branco
Veste branco vê preto.
Hum!
Cacareja a saracura
corisca a razão.
*
Anabela Anabela
pesco de espinhel
a seiva da piraíba
na canoa à vela.
*
Canto cuíra
nas corredeiras
da piracema.
Seiva de alfazema.
Vibrações e ufania
de bendita agonia.
*
Maré de lua
lanço do luar.
O rio na rua
a lua a sonhar.
*
Arroz é Oriza
Phaseolus é feijão.
Manjericão satiriza
o condão de cordão.
*
Ara o ar Guajarino
ondazinhas de magia.
Mira o canhão do Forte
a Belém da nostalgia.
*
A nuvem
quando urge
chove.
A nuvem
quando lude
trova.
20 POEMETOS GARIBALDINOS (3)
Pirilampo acende a luz
sai a noite do piri.
Lampe lampe sem capuz
à procura de titi.