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Efeitos agudos do álcool em universitários, considerando o fracionamento de funções executivas
Efeitos agudos do álcool em universitários, considerando o fracionamento de funções executivas
Efeitos agudos do álcool em universitários, considerando o fracionamento de funções executivas
E-book56 páginas30 minutos

Efeitos agudos do álcool em universitários, considerando o fracionamento de funções executivas

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Sobre este e-book

Introdução: O álcool elicia prejuízo em habilidades cognitivas, tais como as funções executivas (FE), que incluem constructos distinguíveis. O conhecimento dos efeitos agudos dessa substância sobre os constructos das FE é necessário para caracterizar os potenciais efeitos cognitivos. Objetivo: verificar os efeitos agudos do álcool no desempenho de 6 constructos eleitos das FE (alternância, atualização, inibição, eficiência do acesso à memória de longo prazo, planejamento e dupla tarefa) em jovens saudáveis. Método: foram recrutados 45 indivíduos do sexo masculino, bebedores sociais, com idades entre 18 e 30 anos. Foram alocados aleatoriamente em 3 grupos de 15 participantes: um grupo cuja dose de álcool foi de 0,6 g/kg de peso; outro de 1,0 g/kg de peso; e o grupo placebo. Os 6 constructos foram avaliados através dos testes específicos: geração aleatória de números, tarefa de mais ou menos, paradigma de dupla tarefa, tarefa do zoológico e fluência verbal. Resultados: não foram detectadas diferenças entre grupos em nenhum dos testes executivos. Discussão: os constructos das FE estudados são pouco afetados pelas doses utilizadas. Foram determinados os tamanhos de amostras necessários para a observação de efeitos de álcool nessa população, que foram em geral bastante elevados. Conclusão: O presente estudo foi pioneiro no Brasil no âmbito proposto e encontrou magnitudes de efeito clinicamente relevantes para os constructos alternância, fluência semântica, inibição e atualização.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de mai. de 2023
ISBN9786525285771
Efeitos agudos do álcool em universitários, considerando o fracionamento de funções executivas

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    Efeitos agudos do álcool em universitários, considerando o fracionamento de funções executivas - Mayara da Mata

    1. INTRODUÇÃO

    O uso de substâncias psicoativas está presente em quase todas as culturas ao longo da história da humanidade com diversas finalidades: recreativas, farmacológicas e/ou religiosas¹. Dentro do contexto de afecção da cognição pelo álcool, temos as funções executivas (FE), envolvidas no controle consciente do pensamento e na coordenação do comportamento²,³, além de estarem envolvidas na integração temporal de informações durante a evocação de memórias para a solução de problemas⁴.

    Fatores extrínsecos, como drogas, podem afetar as FE em seres humanos⁵. Dentre esses fatores, o consumo de etanol (doravante denominado álcool), em função de sua alta prevalência e grande permissividade social, merece um papel de destaque, uma vez que está associado à modificação em vários aspectos da função psicológica, incluindo mudanças nos estados de humor e sentimentos subjetivos de intoxicação, bem como no prejuízo do desempenho psicomotor e em processos cognitivos, como na memória, na atenção e nas próprias FE⁶.

    Atualmente, conhece-se melhor os efeitos crônicos do álcool sobre o lobo frontal, como o prejuízo sobre as FE, por exemplo, verificado através da dificuldade na resolução de problemas, que está ligada à dependência e à tolerância com relação à substância⁷. A escolha da investigação dos efeitos da substância sobre as FE a partir de uma dose aguda se deu por refletir a realidade, como por exemplo, o fato de pessoas se julgarem aptas para dirigir após o consumo de álcool (estado subjetivo de intoxicação), uma vez que a maior parte dos usuários não são dependentes desta substância e os efeitos agudos do álcool nestes indivíduos, em especial os jovens adultos, merece investigação.

    A faixa etária que mais consome bebidas alcoólicas é a de jovens adultos. Ainda assim, cerca de 60% dos jovens são apenas consumidores sociais, não configurando dependência⁸.

    Quando dizemos consumidores sociais significa que não são considerados bebedores pesados (consomem 15 ou mais doses/semana para homens e 10 ou mais doses/semana para mulheres) tampouco binge drinkers (ou bebedores pesados episódicos; aqueles em que o comportamento de consumir altas doses de bebidas alcoólicas ocorre em única ocasião, cuja quantidade que define essa prática é de cinco ou mais doses de bebidas alcoólicas em uma única ocasião para homens e quatro ou mais para mulheres, independentemente da frequência de consumo), levando em consideração que o valor equivalente a uma dose é cerca de 350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 40 ml de quaisquer bebidas destiladas⁹.

    Estudos demonstraram que indivíduos com o comportamento binge drinking e bebedores pesados são executivamente prejudicados, até mesmo sem estar sob efeito agudo da substância⁸. Por este motivo, no presente estudo foi avaliado o efeito do álcool em

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