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Entenda as falhas nos estudos favoráveis à homeopatia
Entenda as falhas nos estudos favoráveis à homeopatia
notas:
Duração:
25 minutos
Lançados:
16 de mar. de 2022
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
Na pandemia de Covid, a população se habituou a termos como "estudos clínicos" e "percentuais de eficácia", especialmente de vacinas. O debate sobre as evidências científicas relacionadas a medicamentos que poderiam ou não ser usados para tratar da doença também ganharam força. Mas até que os cientistas encontrassem respostas sobre produtos como a cloroquina e tantos outros foram necessários estudos, com padrões internacionalmente definidos. O mesmo acontece em relação a todo tipo de fármaco, cujas pesquisas são registradas, submetidas aos pares e publicadas em revistas científicas. Nessa semana, pesquisadores da Universidade Danúbio, na Áustria, divulgaram os resultados de levantamento sobre a qualidade dos critérios usados em pesquisas sobre a homeopatia. E informam que boa parte desses trabalhos têm problemas éticos e metodológicos.
O estudo foi publicado ontem na revista BMJ Evidence-based Medicine, do grupo British Medical Journal. Os cientistas analisaram os ensaios clínicos realizados entre 2000 e 2013, e constataram que 38% daqueles que foram registrados antes da execução não publicaram resultados depois, uma exigência ética padrão hoje. Entre os testes cujo resultado foi publicado, 53% não haviam sido registrados. E os problemas metodológicos também foram mais frequentes em pesquisas favoráveis à homeopatia. No Ao Ponto desta quarta-feira, o repórter Rafael Garcia conta os principais achados do levantamento. A microbiologista Natália Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência, explica o que é a homeopática e analisa as razões para que essa prática esteja cada vez mais dissociada da chamada medicina baseada em evidências.
O estudo foi publicado ontem na revista BMJ Evidence-based Medicine, do grupo British Medical Journal. Os cientistas analisaram os ensaios clínicos realizados entre 2000 e 2013, e constataram que 38% daqueles que foram registrados antes da execução não publicaram resultados depois, uma exigência ética padrão hoje. Entre os testes cujo resultado foi publicado, 53% não haviam sido registrados. E os problemas metodológicos também foram mais frequentes em pesquisas favoráveis à homeopatia. No Ao Ponto desta quarta-feira, o repórter Rafael Garcia conta os principais achados do levantamento. A microbiologista Natália Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência, explica o que é a homeopática e analisa as razões para que essa prática esteja cada vez mais dissociada da chamada medicina baseada em evidências.
Lançados:
16 de mar. de 2022
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Episódio de podcast
Títulos nesta série (100)
Vacina da Pfizer: a autópsia de um atraso de 216 dias: Em seu depoimento à CPI da Covid no Senado, na quinta-feira, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, confirmou que não faltaram oportunidades para que o Brasil tivesse à disposição a vacina desenvolvida pela farmacêutica americana. Não por generosidade da empresa, mas por duas razões: o país é maior mercado do laboratório em toda a região e brasileiros participaram dos testes clínicos do imunizante, o que daria preferência em comparação com outros potenciais clientes. Por isso, o Brasil foi o 6º país em todo o planeta a receber uma oferta para compra de doses da chamada vacina de RNA mensageiro. Só em agosto de 2020, foram três ofertas, nos dias 14, 18 e 26 daquele mês. A empresa sempre oferecia opções que variavam entre 30 milhões e 70 milhões de doses. No entanto, todas as propostas foram ignoradas pelo governo federal. Posteriormente, a Pfizer fez ainda outras duas ações junto ao governo de Jair Bolsonaro, e de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)