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Quem conta um conto...
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E-book32 páginas17 minutos

Quem conta um conto...

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Sobre este e-book

Qual a origem da fofoca contada por Luís da Costa sobre a sobrinha do major Gouveia, supostamente envolvida na fuga com um alferes? O enredo do conto "Quem conta um conto", de Machado de Assis, tem ares rocambolescos. A cada passo que o major Gouveia dá para chegar ao início da história, que ela quer pôr em pratos limpos para preservar a honra da sobrinha, a história "perde um ponto". Um final surpreendente é reservado ao leitor!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de mar. de 2023
ISBN9786550700843
Autor

Machado de Assis

Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) foi um escritor brasileiro, considerado por muitos críticos, estudiosos, escritores e leitores o maior nome da literatura brasileira.

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    Quem conta um conto... - Machado de Assis

    I

    Eu compreendo que um homem goste de ver brigar galos ou de tomar rapé. O rapé dizem os tomistas que alivia o cérebro. A briga de galos é o jockey club dos pobres. O que eu não compreendo é o gosto de dar notícias.

    E todavia quantas pessoas não conhecerá o leitor com essa singular vocação? O noveleiro não é tipo muito vulgar, mas também não é muito raro. Há família numerosa deles. Alguns são mais peritos e originais que outros. Não é noveleiro quem quer. É ofício que exige certas qualidades de bom cunho, quero dizer as mesmas que se exigem do homem de Estado. O noveleiro deve saber quando lhe convém dar uma notícia abruptamente, ou quando o efeito lhe pede certos preparativos: deve esperar a ocasião e adaptar-lhe os meios.

    Não compreendo, como disse, o ofício de noveleiro. É coisa muito natural que um homem diga o que sabe a respeito de algum objeto; mas que tire satisfação disso, lá me custa a entender. Mais de uma vez tenho querido fazer indagações a este respeito; mas a certeza de que nenhum noveleiro confessa que o é tem impedido a realização deste meu desejo. Não é só desejo, é também necessidade; ganha-se sempre em conhecer os caprichos do espírito humano.

    O caso de que vou falar aos leitores tem por origem um noveleiro. Lê-se depressa, porque não é grande.

    II

    Há coisa de sete anos vivia nesta boa cidade um homem

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