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Punição
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E-book198 páginas2 horas

Punição

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Sobre este e-book

É sempre questionável a humanidade, seja nos registros de sua história ou em suas deduções. Pensando nestes motivos, questiono: Por quê os humanos precisam de punição? Por quê a humanidade resolveu punir o outro? Nestes termos, foi necessário caminhar em sua história, comportamento e principalmente comparar os primordiais com os primitivos e finalmente compará-los com os pós-modernos, aplicando a teoria de Radcliffe-Brown, para alcançar a lógica da punição. Sendo um complemento da Lógica da Servidão, com a intenção de aproximar o pensamento em relação as guerras e ao tema: O que é ser militar?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento28 de abr. de 2023
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    Punição - Mário Wilson

    No capítulo I é apresentado a teoria da aprendizagem, em que a evolução do conhecimento evoluiu e aumenta a percepção dos humanos diante de sua realidade.

    No capítulo II é apresentada a bios-fisiessidade do sono em que é discorrido sobre seus efeitos e atividades no corpo, na mente e em seu ambiente.

    No capítulo III a sobrevivência, momento em que os humanos lutam para sobreviver e proteger a sua prole.

    No capítulo IV os sonhos, questões sobre a forma e influência que os humanos sofrem e refletem sua realidade abstrata em sua realidade real.

    Capítulo V, territorialidade e agressão, os humanos lutam por seu espaço, modificando seu habitat e expandindo seu alcance para produção e reprodução, seja deles ou de sua alimentação.

    Capítulo VI, vingança, o conjunto de sentimentos que os humanos possuem, seja por religião, por ações, em que aplicam em seus semelhantes e pares.

    Capítulo VII, proteção. Ate que ponto pode ser entendido esta ação humana-animal?

    Capítulo VIII, o medo, um sentimento que os animais e humanos possuem e refletem com ação de implantação de normas e regras, de um lado os animais repelem os diferentes e do outro os humanos criam o entendimento de cidadão.

    Capítulo IX, awĩlum, o cidadão, aquele que faz parte, o que está inserido. Contudo até que ponto ele continua sendo mais um inserido em um Estado?

    Capítulo X, hábitos registrados nos códigos, todas as ações externas a vontade individual e afeta ao coletivo os humanos nominaram de direito, leis, normas a partir do princípio: quem desobedece à lei, desobedece Deus.

    Com a intenção de evoluir o pensamento, devemos aqui, lembrar que o texto que virá, é um desenvolvimento em escada e dissertaremos em uma evolução, nestes termos, é necessário que o leitor tenha uma boa atenção, para que não confunda o conteúdo, sempre pautado em uma compreensão evolutiva, perpassando por atos biológicos, naturais e aprendizagem, dos quais, cada um tem uma função diversa. Devendo o leitor, caminhar de forma atenciosa em cada momento que o conteúdo se desenrola.

    Ao nos pautarmos nas palavras de Skinner:

    (…)  "a espécie humana é um produto da seleção natural e cada um de seus membros é um organismo extremamente complexo, um sistema vivo, o objeto da anatomia e da fisiologia. Campos como: a respiração, a digestão, a circulação e a imunização, foram isolados para estudo especial e, entre eles, está a área que chamamos de comportamento".

    Abrindo caminho nas palavras behavioristas de Skinner, das quais, sintetizam exatamente com as de Desmond, que não trata diretamente dos efeitos da psicologia, em que pese, nos faz entender a combinação da psique e os efeitos sobre o sujeito, dos quais são distintos e caminham por estradas diferentes do conhecimento.

    Skinner nos diz que o comportamento envolve comumente o ambiente. O recém-nascido é constituído de forma a ingerir ar, comida e a expelir resíduos, caso venhamos nos pautar apenas no desenvolvimento animal, além daquelas ações, os humanos pequenos mamam, urinam e evacuam. Ao apontar a anatomia, chegamos bem próximos do que foi relatado no livro anterior a esta obra, das quais nomeamos de bios-fisiessidades.

    Ao nos aproximarmos mais do efeito na mente humana, que o acompanhará por toda a vida, em que lhe ajuda ou atrapalha, promovendo nele, ações que podem ser diferentes dos demais, de acordo com a evolução da espécie, na qual, se desenvolve de forma silenciosa, em que poucos sujeitos à percebem e têm novos olhos a cada novo nascimento.

    Os humanos, possuem: braços, pernas, pés com dedos, mãos com dedos, cabeça, tronco, órgãos internos, cérebro e são classificados como machos e fêmeas, no entanto, possui o poder da fala, seja por gestos ou palavras, tendo ainda o poder de ver, interpretar e modificar seu ambiente e construir a sua fauna.

    Algo que os diferencia, está em algumas características externas, como sua aparência, seus traços facial e corporal que podem ser facilmente detectados. Sua altura, formato de seu rosto, olhos e até cor de pele. Sua inteligência, mesmo que todos os seres vivos do planeta Terra a possuam, o animal que a externa com a maior facilidade, são os humanos que, além de aprender, podem construir coisas, independente da região que tenham nascido.

    Nos estudos behavioristas ou skinnerianas, podemos dizer que a externalização da inteligência é pautada no viver e conviver. Levantando o ponto, que o viver sozinho deve ser considerado um conviver, porque, mesmo que esteja em um ambiente sozinho, não estará só, mesmo sabendo que somos animais sociáveis, pois sempre estará inserido em uma espécie de fauna, haverão duas coisas que o influencia: sua mente e o ambiente, que estão mesclados.

    Em sua mente estará sua formação moral e simbiose de seus pais, sejam eles quais forem, mesmo que possa ter sido criado por animais selvagens ou por humanos, de qualquer forma, as impressões estarão em sua formação mental, que obrigatoriamente serão refletidas em seu comportamento, seja na tenra idade ou em sua adultez. Sua fauna, será o local que o desenvolvimento e o amadurecimento se manifestarão.

    Ao darmos mais um passo, perceberemos que o aprender acompanha todos os seres, principalmente, aos humanos, que além de interpretar, desenvolve, amadurece e se aperfeiçoa.

    Elevando a pista do aprender, podemos dizer que existem três ações diferentes: inatas – que estão atreladas a bios-fisiessidades; ambientais – que estão localizadas em sua fauna; e a natural – em que o sujeito aprende sozinho sem auxílio.

    Ausubel e suas formulações, explica que a aprendizagem é o mecanismo humano, por excelência e tem como propósito adquirir e armazenar ideias e informações representadas em qualquer campo. A aprendizagem ocorre quando uma nova informação é repassada e essa adquire significados para o aprendiz através de uma espécie de ancoragem em aspectos relevantes da estrutura cognitiva já existente no indivíduo. Esses ancoradouros (conceitos, ideias, proposições) que existem em sua estrutura ou de significado, possuem determinado grau de clareza, estabilidade e diferenciação.

    Seguindo os autores da aprendizagem, podemos deixar postos, três palavras que podem nos acompanhar, como: raciocínio, acomodação e assimilação.

    Raciocínio é a forma que o sujeito recebe a informação e a processa em seu cérebro, ao qual está em constante processo de amadurecimento, oferecendo ao sujeito percepção da realidade. A acomodação é um processo que os humanos fazem de forma inconsciente, do qual é descarregado em forma de sonhos, visões e em constante processamento e é transformado em apresentação e em comportamento, direcionando-o para ações naturais ou de bios-fisiessidade, podemos dizer que permeiam nos livros quatro e cinco de Freud que tratam dos sonhos. Nesta etapa, o sujeito aprende, seja de forma natural ou de forma forçada. A fauna força o sujeito a aprender, a conviver e criar técnicas de sobrevivência, com isso, a aplicação ou a materialização do conhecimento, pode ser de grande valia para determinar sua sobrevivência, sendo que, a aplicação de seu raciocínio, pode auxiliá-lo nas atividades que o cercam e o uso de seus membros inferiores e superiores, em que a assimilação entra em ação.

    A assimilação é um conjunto localizado entre o raciocínio e a acomodação, sendo também um processo e, cada humano, passa por ele. Podemos dizer, que é a afirmação diante da realidade que lhe é apresentada, com isso, ele reagirá de acordo com o que aprendeu e aprende. Relembrando, que o subsunçor (ancoradouro) é um mecanismo que está no cérebro do humano, que lhe proporciona identificar e dar significado às coisas das quais ele enxerga e interpreta como real, promovendo pensamento e cria um link, entre o que vê e ao que dá significado. Para os psicólogos, é chamado de associação. Podemos exemplificar dizendo, que uma mesa só será uma mesa, caso haja um significado (palavra) e um significante (a mesa), pois as características observadas, os olhos farão uma conexão entre o que vê e o que conhece, com este efeito, o humano nomeará aquele objeto com o que mais lhe aprouver e isso se tornará seu significante em relação ao significado.

    Nas três ações, o sujeito é influenciado e transformado e, além disso, transforma seu ambiente de acordo com o que aprende desde sua tenra idade. Como já falamos, independente da forma e por quem foi acolhido.

    Os humanos são dotados de raciocínio, mesmo que seja abandonado à própria sorte, pode transformar e construir sua fala, mesmo que não possua um repertório, a sua cognição pode ser apresentada nas idades: infantil, média, adulta e velha.

    Ao nos pautarmos em uma hipótese, tornando-a possível, é o momento que afirmamos: "a cada nascimento de um novo humano, é sinal que a espécie passa por uma nova evolução, não só biológica, mas cultural". Esse avanço, está pautado na aprendizagem, onde o sujeito, ao passar pelo processo de acomodação de seus sinais sinápticos e em conjunto ao seu amadurecimento, é influenciado, não somente pelo ambiente, mas por seus criadores que aplicarão o efeito semiótico, com ensinamentos familiares, sendo o princípio do conviver em sociedade, pensando que qualquer humano, mesmo que não seja na presença seus pais biológicos, aprenderá.

    Os sinais semióticos, para seu desenvolvimento, necessitam de processos de aprendizagem, dos quais são transmitidos de pais para os filhos. Ao subirmos os degraus, nos voltamos para a ontogenia, abrimos a hipótese biológica somada à aprendizagem, entretanto, devemos expandir o marco.

    Ao quebrarmos a cadeia direcionado aos pais biológicos, frisamos que é impossível ou difícil, não associar que a fêmea humana transporta o feto ou sua prole, sendo que a fêmea é aquela que promove proteção, uma vez que seu útero é o ninho, não esquecendo, é claro, que a fêmea humana, geralmente, origina um único embrião, pois são pouquíssimos casos, que fêmeas humanas, originam mais de três a quatro embriões por gestação, normalmente é apenas um, no entanto, não descartamos outras possibilidades, das quais não convém entrar no mérito, sendo considerado o processo da ontogênese.

    No nascimento de um feto, podemos dizer que o instinto materno aparece. Porém, existem algumas divergências entre estudos, que insistem em dizer que o instinto materno não existe. Contudo, a externalização do ninho, que é a ação de nascimento de um novo humano e, em confronto, afirmamos não existir nenhum mecanismo artificial que venha promover uma construção fetal fora da fêmea ou no ventre de um humano macho. Para não suscitar dúvidas, podemos dizer, que o conjunto biológico humano revela sua existência. A partir de uma linha de pensamento, até que ponto pode ser possível determinar a externação do ninho materno?

    Em uma análise de laboratório na universidade de Harvard, apresentado por Daniel Gilbert, do departamento de psicologia e reportado pelo canal de televisão norte-americano, BBC Ltda, reuniram alguns voluntários para realizar testes, para tratar da proteção. Nos testes, foram verificados nas fêmeas, após o parto, um descarregamento de oxitocina, um hormônio, que auxilia a produção do leite materno, contrações musculares – vulgarmente conhecido como o hormônio do amor. Esta descarga, produz um sentimento de amor incondicional em relação a sua prole, que a acompanhará por toda a sua vida.

    O macho humano, que também tem uma espécie de hormônio do amor, que é a vasopressin (vasopressina), uma espécie de hormônio produzido que dá uma sensação de prazer contínuo ao estar próximo de sua companheira e sua prole. Com este efeito, ambos sentem uma maior aproximação de um ao outro.

    É necessário abrir um caminho sobre estes dois hormônios, oxitocina/ocitocina e vasopressina, segundo Garrido e Figueiredo, ambos médicos, em seu artigo, com o título: Vasopressina, uma nova perspectiva para o manejo do choque séptico, informam que ele é um hormônio com efeito antidiurético e vasoconstrictor. Eles apontam que o uso dele pode ser uma possível solução para aplicação em paradas cardíacas.

    Avançando no entendimento sobre a ação daqueles hormônios, que são estudos da neurociência. Em alguns deles, europeus, feito por Zeki, da University College do Departamento de Anatomia de Gower Street, Londres, em 2007. Afirma que: "o amor romântico e maternal são experiências altamente gratificantes. Ambos estão ligados à perpetuação das espécies e, portanto, têm uma função biológica intimamente ligada de crucial importância evolutiva".

    E avança:

    A capacidade recém-desenvolvida de estudar os correlatos neurais dos estados mentais subjetivos, com técnicas de imagem cerebral, permitiu que os neurobiólogos aprendessem algo sobre as bases neurais do amor romântico e materno. Ambos os tipos de ligação ativam regiões específicas de cada um, bem como regiões sobrepostas no sistema de recompensa do cérebro que coincidem com áreas ricas em receptores de ocitocina e vasopressina. Ambos desativam um conjunto comum de regiões associadas a emoções negativas, julgamento social e ‘mentalização’, ou seja, a avaliação das intenções e emoções de outras pessoas. O apego humano parece, portanto, empregar um mecanismo push-pull (empurrar e puxar) que supera a distância social desativando redes usadas para avaliação social crítica e emoções negativas, enquanto une os indivíduos por meio do envolvimento do circuito de recompensa, explicando o poder do amor para motivar e estimular.

    Para Sari Van Anders e Peter B. Gray, ambos PhDs e professores-assistentes. Um do Departamento de Ciências Psicológicas e do Cérebro da Universidade de Indiana, Bloomington e o outro do Departamento de Antropologia e Estudos Étnicos da Universidade de Nevada, Las Vegas, respectivamente. Em um artigo com o título: Hormônios e Parceria Humana, também publicado em 2007. Ao relatar ponto a ponto e nominando as ações da circulação dos hormônios, vão detalhando a trilha e quais são ativados e o controle de uns sobre os outros e bem a frente em seu artigo afirmam:

    "Os sistemas de oxitocina e vasopressina mostram algum dimorfismo sexual, com a ocitocina exibindo potencialmente maior organização funcional da fisiologia e comportamento feminino e a vasopressina fazendo isso nos masculinos. Esse padrão reflete em parte as ligações com esteroides gonadais. O estrogênio potencializa a função da ocitocina, aumentando seus níveis e a expressão do receptor, a testosterona (T) faz o mesmo com a vasopressina".

    Em outro momento, eles fazem uma observação em relação ao avanço dos estudos, nesse sentido:

    Por mais convincentes que sejam essas descobertas, elas não devem ser extrapoladas cegamente para os humanos. Embora o sistema endócrino exiba considerável conservação entre táxons, roedores e primatas mostram diferenças, inclusive no papel fundamental do estradiol na diferenciação sexual do cérebro dos roedores, mas não nos primatas e nos efeitos de feedback do estrogênio sobre o hormônio luteinizante. Outras diferenças taxonômicas, como pro/receptividade sexual estendida, maior controle cortical do comportamento e expectativa de vida estendida em humanos,

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