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Morro Do Macaco
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E-book288 páginas4 horas

Morro Do Macaco

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Sobre este e-book

Fala a história de uma adolescente que fica grávida, após ter sido estuprada em um baile funk, e, acaba sendo assumida belo braço direito do dono do morro. Este tem um passado triste de como foi concebido, ele a assumi assim como a criança, principalmente depois dela ter sido expulsa por sua mãe de casa. Verônica não aceita bem a situação, principalmente após ter sido obrigada a matar o seu agressor em um julgamento, tenta de todas as formas se desfazer da criança, e este tenta a todo custo fazê-la aceitá-lo a todo o custo, e a situação que estava. Por várias vezes tenta demonstrar que não é só pelo peso na consciência que tem por não conseguir evitar o que ocorreu, e sim pelo que sente por esta. Bartholomeu ou Caveira como é conhecido a ama de todo o coração e depois do que aconteceu, não consegue se envolver com nenhuma mulher, mas também não tem coragem de tocá-la pelo remorso
IdiomaPortuguês
Data de lançamento19 de jul. de 2023
Morro Do Macaco

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    Morro Do Macaco - Carla De Oliveira Sampaio Sanches

    generatedtext

    Capítulo 1: O pior baile da vida.      8

    Capítulo 2: Consequências da desobediência      16

    Capitulo 3: Mentindo e faltando a aula      20

    Capítulo 4: O Julgamento      27

    Capítulo 5: Fugindo de Encarar uma Conversa.      34

    Capítulo 6: Sendo obrigada a conversar      40

    Capítulo 7: Descoberta de uma gravidez não desejada.      45

    Capítulo 8:      50

    Capítulo 9: Contando a mãe sobre a gravidez.      55

    Capítulo 10: Sendo expulsa de casa      60

    Capítulo 11: Indo Morar com Caveira      65

    Capítulo 12: Sentindo-se culpado pelo passado      69

    Capítulo 13: Encarando os sentimentos      74

    Capítulo 14: Passando a Noite em claro      78

    Capítulo 15: Sendo obrigada a ir a aula.      82

    Capítulo 16: Confissões a melhor amiga X Se tornando um homem de família.      87

    Capítulo 17: Tentando assassinar a um inocente, não nascido.      93

    Capítulo 18: Consequências de tentar machucar um inocente.      97

    Capítulo 19: Sendo descoberta por um tique nervoso.      102

    Capítulo 20: Encarando as consequências de uma mentira      107

    Capítulo 21: Uma conversa séria      113

    Capítulo 22: Drogado, e abusado.      118

    Capítulo 23: Fazendo um acordo para fugir das responsabilidades.      123

    Capítulo 24: Voltando a estudar.      129

    Capítulo 25: A falsa amiga.      136

    Capítulo 26: Consequências da mentira.      140

    Capítulo 27: Começando a confiar.      145

    Capítulo 28: Promessa de irmãos      150

    Capítulo 29: Voltando a estudar.      155

    Capítulo 30: Doce sono.      160

    Capítulo 31: Remoendo o passado.      166

    Capítulo 32: Aliviando o tesão.      171

    Capítulo 33: Inveja boa.      176

    Capítulo 34: Saudades Dolorosa.      183

    Capítulo 35: Brigando por uma amiga.      186

    Capítulo 36: Caveira furioso      192

    Capítulo 37: Uma Raposa dissimulada.      197

    Capítulo 38: Finalmente passando pela consulta pré-natal.      202

    Capítulo 39: Fugindo de casa      206

    Capítulo 40: Procurando o pai fujão      211

    Capítulo 41 : Dada de alta      216

    Capítulo 42: Tentando provar sua inocência.      221

    Capítulo 43: Uma conversa com a mãe      227

    Capítulo 44: Escondendo a Verdade.      232

    Capítulo 45: Passando por uma consulta, na marra para esconder uma mentira.      238

    Capítulo 46: Tendo a chance de saber a verdade e a negando.      243

    Capítulo 47: Um encontro inesperado      248

    Capítulo 48: Visitas inesperadas      253

    Capítulo 49: Revelando verdades do passado, guardados no coração      258

    Capítulo 50: Acidente inesperado      266

    Capítulo 51: Dando à Luz      272

    Capítulo 52: Registrando os gêmeos      277

    Capítulo 53: Saindo do hospital      283

    Capítulo 54: Despedida      288

    Capítulo 55: Gaveta dos tesouros de Caveira.      293

    Capítulo 56: Mudança de ares      298

    Capítulo 57: Decidindo o futuro      304

    Este Livro é dedicado ao meu falecido primo Luciano, que andou se metendo com coisa ilícitas, e quando se arrependeu já era tarde demais, e a última coisa que ele me disse quando o reencontrei um mês antes de sua morte é ...o único jeito de sair dessa vida é no caixão... essa frase ecoa na minha mente a 11 anos pedindo para ser escrita, e dizer um pouco sobre o que é o mundo do crime, apesar de não poder dizer muita coisa, pois não entendo muito sobre, porque quando meu primo  enveredou pro lado errado da vida, perdemos o contato, e só voltei a vê-lo um mês antes de sua morte, para perde-lo para sempre, mas agora pelo menos ele têm paz, espero que de alguma forma se ele se arrependeu de coração sincero de todo mal que causou, que Deus o perdoe, pois o que me resta é chorar a morte desse meu primo tão querido, e relembrar com saudades nossa infância, mas como ele disse para sair dessa vida só no caixão, neste livro escrevo uma história ficcia, mas que talvez pudesse ser real para alguém...

    O personagem é inspirado no meu primo, e em alguns relatos de pessoas que conheci via internet, ou que de alguma forma passaram em algum momento pela minha vida, e relatarão algo de suas vidas e da favela, então decidi compilar tudo, e colocar um pedacinho de cada história, foi a minha forma de homenagear a meu primo, pois a última vez que vi ele, vi arrependimento em seus olhos, e ciência que a vida ou melhor a morte cobraria todas as decisões erradas que tomou, e foi o que aconteceu, mas vamos a história, porque aqui eu escrevo só para deixar claro a existência dessa história, pois ela foi surgindo aos pouco em minha mente, e fui compilando algumas coisas das pessoas que conheci e cheguei a esse resultado, peço porém caro leitor, que não me julgue, pela imaturidade de alguns personagens, e nem pelas decisões que para alguns podem parecer tontas, mas a juventude nem sempre tem maturidade para resolver certos assuntos, e o amor nos torna tontos e nos faz agir bestamente, e muitas vezes nos faz ver caminhos errados que tomamos, caminhos muitas vezes sem volta...

    Capítulo 1: O pior baile da vida.

    Verônica acorda dolorida, jogada em uma rua escura cheia de lixo a sua volta, com sua roupa rasgadas, cheia de hematomas pelo corpo, sua maquiagem borrada, sem entender bem o que havia acontecido...

    Flashes do que havia ocorrido a noite passam por sua cabeça, lembra de ter bebido algo amargo e após beber, lembra haver sentido uma pequena tontura, mas não viu porque não beber, pois todos estavam bebendo e se divertindo...

    Alguns flashes da noite anterior, vem a sua cabeça, lembra de ter ido para a pista e ter dançando doidona, sem ter o controle sobre seu corpo e se sentido livre pela primeira vez na vida...

    Lembra de ter fumado um baseado que o Caveira estava fumando, e passou para que, desse um trago também, era a primeira vez dela fumando um baseado, lembra de ter engasgado e quase sufocado, e de todos rindo ao redor dela, mas não importa, estava se divertindo...

    Era sua primeira vez em um baile funk, apesar de morar na favela, seus pais procuravam controlar com quem andava, e para onde ia, para não se meter com pessoas erradas, e dificilmente conseguia sair à noite, tinha apenas 16 anos, enquanto suas amigas já saiam desde novas, dificilmente conseguia dar a volta em seus pais, mas desde que estes se separaram a dois meses atrás, pois seu pai trocou a família, por uma piriguete qualquer, e sumiu pelo mundo, sua mãe teve de começar a trabalhar em dois empregos para manter o barraco, no morro. Durante o dia fazia faxina em algumas casas em Copacabana, e a noite trabalhava em um hospital como auxiliar geral.

    Verônica queria trabalhar para ajudar a mãe, como muitas de suas amigas, porém sua mãe não deixava, dizia que tinha de estudar, para  poder ser alguém algum dia.

    Por sua mãe estar trabalhando, aproveitou a oportunidade aquela noite para ir escondida, se esta estivesse não conseguiria ir, sua mãe só retornaria pela tarde do outro dia, então era o melhor momento para sair para se divertir, pois sua mãe iria do trabalho no hospital, direto para a casa de uma bacana onde ia realizar uma faxina, então poderia aproveitar a vontade com suas amigas, e ir sossegada para o baile Funk que ia ter na comunidade, inclusive foi o Bartolomeu que foi buscá-la, estava com as amigas dela, que havia pego no caminho.

    O nome de guerra de Bartolomeu era Caveira, era assim que todos o chamavam na comunidade, tinha apenas 12 anos, quando começou a se envolver no mundo do crime, primeiro começou com assalto a mão armada, roubo de carro, trafego de drogas. Agora ele tinha 24 anos, e já havia sido preso inúmeras vezes, inclusive Verônica estava tendo contato com este, sem que sua mãe soubesse, mas este era tão interessante, tinha por volta de um metro e oitenta, queimado de sol, olhos meio puxado cor de mel, cabelo escuro e ondulado, os traços dele eram meio indígenas e diferente dos outros homens da favela, mas muito bonito, tinha um corpo que parecia esculpido pelos deuses, tinha uma tatuagem no peito de uma caveira com uma faca atravessada, era uma tatoo de matador de polícia, além de ter também um belíssimo dragão tatuado nas costas, e uma carpa na batata da perna.

    Aquela noite Caveira estava bem vestido com um boné novo, uma camisa branca aberta no peito o que mostrava a bela tatuagem do peito, uma corrente dourada, uma calça jeans escura, e um tênis preto, e veio dirigindo um carrão bacana que havia roubado do filho de um bacana em Copacabana, coma os amigos, haviam dado uma surra no rapaz e o largado em um beco qualquer da cidade, mas isso não importava, pois queria impressionar as meninas, principalmente Verônica, que já era uma moça bem bonita para a idade.  Ele já estava filmando ela a um tempo, e às vezes conseguia trocar uma ideia com esta quando estava voltando da escola, só que nunca conseguiu convencê-la a faltar, sua mãe antes de ser abandonada, sempre estava por perto, e indo à escola conversar para saber se estava frequentando a aula, mas desde que foi abandonada, dificilmente consegue acompanhar Verônica, não ia perder agora a oportunidade que  tinha de sair, com aquela garota de seios fartos, cinturinha de pilão, com um traseiro de tanajura, além de ter cabelos negros como uma noite sem luar, comprido pela cintura, e olhos verde-esmeralda, podia ser uma modelo fácil, de tão bonita que era, isso o deixa fascinado, além dela ter um sorriso travesso, de menina levada.

    Quando chegou com o carro:

    —  Nossa Caveira que carro lindo? —  disse Verônica impressionada, nunca imaginou andar em um carro tão lindo daqueles.

    —  Descolei, só para dar um rolé com você, e levá-las ao baile de hoje, quem tá tocando é um parça meu, o MC Di, entra aí —  diz ele abrindo a porta do Carona a seu lado, sem sair do carro, havia reservado aquele lugar especialmente para Verônica. —  Guardei este lugar para você princesa, pô tu tá mal gostosa nessa roupa.

    Verônica estava usando uma blusa de alcinha vermelha, sem sutiã, pois tinha os seios firmes e não precisava disso, e usava também uma micro saia, que havia pego emprestada com uma de suas amigas, pois sua mãe jamais a deixaria usar roupas, tão curtas daquele jeito.

    Ela entrou no carro, meio sem jeito, de receber um elogio de Caveira, gostava muito dele, desde seus 14 anos, mas só a pouco tempo, que este começou a ter olhos para ela. Então aquela noite estava decidida a dizer o quanto gostava dele, e até entrega sua virgindade se precisasse, para provar o quanto gostava dele.

    Demorou alguns minutos, mas chegaram no baile, estava a maior bagunça na entrada, pois MC Di era famoso, e todos queriam vê-lo, mas estar com Caveira garantiria a ela e suas amigas, entrada vip no local, pois ele era o braço direito do Dono do Morro.

    Ao entrarem ficou deslumbrada, com tanta gente se divertindo, também quis se soltar, então começou a dançar e se insinuar para o Caveira, onde estavam mesmo, este estava louco ao vê-la rebolando daquele jeito, e sorrindo, sentia seu membro latejando na calça, então a agarrou pela cintura, e encaixou sua perna nela de forma que ao dançarem ele pudesse sentir o corpo dela.

    Ela sente seu corpo ficando quente e o volume que havia se formado na calça de Caveira, eles dançam mais um pouco, e ela sente-se ficando molhada e quente, Verônica começa a ficar ofegante, e com a boca seca, ele se aproxima e fala no ouvido dela, o que a faz arrepiar enquanto Caveira lhe pergunta:

    —  Tu tá com sede princesa?

    —  Sim. —  responde ela meio zonza, de estar tão perto dele, e com o coração a mil

    Então ele a levou até o bar do local e pegou duas latas de cerveja e ofereceu a ela que bebeu sem nem perguntar o que era.

    —  Que p*&%%a amarga Caveira, achei que a cerveja tivesse um gosto melhor. —  diz Verônica.

    Caveira ri, ao ver aquela menina com corpo de mulher, fazer careta após beber cerveja, aquele corpo e ela ter se insinuado para ele o fez esquecer que ainda era uma menina.

    —  É cerva mina, você está em uma festa de adultos, aqui não tem suquinho. —  diz Caveira, debochando.

    —  Então tá bom, tomo esse troço amargo mesmo. —  responde Verônica, fazendo careta novamente, rindo meio tonta, pois havia bebido muito rápido o primeiro gole.

    —  Vocês ficam aqui, pois o dono da festa me encarregou de ver se as coisas estão ok, eu já volto, para ficar mais um tempo com você, minha gostosa —  diz Caveira, se dirigindo a Verônica, e dando um beijo na boca dela.

    Logo depois ele sai, e vai atrás do MC Di, para saber se o equipamento estava ok e se este não precisava de nada.

    Verônica, já estava começando a ficar zonza, pois era a primeira vez que bebia na vida, alguém lhe oferece outro copo:

    —  Tome este você vai gostar. —  disse alguém próximo a ela, lhe entregando um copo.

    Esta tomou sem pestanejar, na hora sentiu um gosto muito mais amargo, do que a cerveja, na boca, mas depois começou a se sentir leve, foi para a pista do local, se juntando a multidão que estava dançando, e começou a dançar desinibidamente, havia muitas garotas que estavam se amassando ali mesmo no meio da pista, então começa a ver várias luzes e se sente como se estivesse se movendo em câmera lenta, neste, momento Caveira chega, a pega pela cintura, por trás e a puxa para perto de seu corpo, e começa a dançar com ela, e esfregar seu corpo no dela, depois a vira de frente para ele que estava fumando um baseado, pega o baseado e põe na boca dela.

    Verônica dá um trago no baseado, mas como nunca havia fumando nem um cigarro na vida engasga, e se sente sufocar por um segundo, Caveira lhe dá uma tapinha nas costas:

    —  Calma princesa, não é para tanto é só fumaça. —  diz ele rindo, com as pessoas em volta, depois traga o baseado, soltando uma fumaça de leve no rosto dela. —  Isso é para te deixar mais relaxada.

    —  Eu... não... eu não tô... me sentindo muito bem… preciso ir ao banheiro. —  diz Verônica falando com dificuldade e enrolando a língua, e apresentando ânsia de vômito.

    —  Deixa que eu te levo. —  diz uma garota, que se encontrava ao lado deles.

    —  Eu vou com você, Verônica. – diz Caveira, preocupado, mas achando que ela apenas havia bebido demais.

    —  Não... não quero... que me veja nesse estado, vou e já volto. —  diz Verônica, ainda enrolando na fala.

    —  Tem certeza. —  diz Caveira preocupado, querendo acompanhá-la.

    —  Claro... não se preocupa. – diz a Verônica saindo com a outra garota, que a carregava pelo braço.

    Ela chega no banheiro com a ajuda da outra garota, mas enquanto vomitava a outra garota sumiu, então após terminar, lava o rosto, tentando se recompor, mas ainda estava muito mal, sentia a mente dela ficando embaralhada, os olhos ficando pesado, seu corpo se movimentando em câmera lenta e sentia que estava a ponto de apagar a qualquer momento, pois estava tudo girando, a seu redor, e seu corpo não estava respondendo mais, estava meio que no automático.

    Verônica sai do banheiro cambaleante, alguém a pega pela cintura, não conseguiu ver o rosto, imaginou que pudesse ser o Caveira.

    —  Vem comigo gostosa, vou te levar para casa. —  então a pessoa lhe dá um beijo, e a segura pela cintura.

    Ela tenta olhar o rosto da pessoa, mas não consegue discernir nem o rosto, nem a voz, estava com a mente muito confusa, e como estava se sentindo muito mal, aceita ser levada facilmente, e conforme andam começa a se sentir cada vez mais zonza, e sente um par de braços fortes a sustentando e pegando na suas coxa e a levantando no ar e a carregando para fora da festa no colo, depois apaga por completo.

    Capítulo 2: Consequências da desobediência

    Ao acorda do desmaio, já era de manhã, sua roupa estava toda rasgada, seu cabelo desgrenhado, o corpo cheio de hematomas e sentia uma dor horrível no corpo, principalmente na sua parte íntima que ardia como se tivesse em chamas, ao se levantar, se dá conta que estava sem calcinha, e sua saia estava manchada de sangue, então percebeu o que havia ocorrido.

    Agora, o que farei? Não posso ir para casa desse, jeito, se os vizinhos verem minha situação com certeza, minha mãe vai ficar sabendo e vai me dar uma surra, ou pior me expulsar de casa, por tê-la desobedecido —  pensou em pânico, chorando pela dor que sentia no corpo.

    Neste momento Caveira chega no beco, com alguns homens armados:

    —  Mina, o que aconteceu? —  diz ele correndo desesperado, ao vê-la toda desgrenhada, quando olha —  estou te procurando a noite toda, quem fez isso com você?

    —  Não sei, não lembro, só lembro de ter bebido além da cerveja, outra bebida muito mais amarga, ontem e alguns flashes dançando no salão, eu ficando muito enjoada e mais nada, o resto da noite de ontem sumiu... —  diz ela com as pernas falhando ao tentar se levantar, caindo de joelhos ao chão em prantos.

    —  Puxem nas câmeras da festa de show, e vejam quem saiu com ela da festa, vou caçar esse maldito até no inferno se for preciso e vou dar cabo dele.—  diz Caveira furioso, aos homens que o acompanhavam.

    Os homens se encontravam olhando o corpo de Verônica, até aquele momento, Caveira percebe, então ele tira sua camisa, gritando:

    — Quem ousar olhar para ela novamente, vou arrancar os olhos, e vai acordar com formiga na boca. —  diz furioso, colocando sua camisa em Verônica

    Os homens que se encontravam ali, desviam o olhar imediatamente.

    —  Verônica, sabe que horas sua mãe chega em casa, hoje? —  pergunta Caveira, com uma voz suave, porém preocupado.

    —  Ela só vai chegar à tarde, pois ela sai do hospital hoje direto para uma faxina em Copacabana.

    —  Certo, sua mãe não precisa saber do que aconteceu, nós iremos fazer justiça por você. —  diz Caveira. —  Vou te levar para casa, e você vai tomar um banho, e vamos dar um sumiço nessa roupa por você.

    —  Mas e os hematomas no meu corpo? —  pergunta ela chorando, e se abraçando a ele entre soluços.

    —  Você vai dizer que brigou na escola, vamos te cobrir. —  diz Caveira, sério. —  não sabemos como sua mãe irá reagir se souber que a desobedeceu.

    —  Obrigado. —  diz Verônica, ainda abraçada a ele.

    —  Você, é das nossas, e estava comigo na festa, a culpa é minha que vacilei, não devia ter te deixado sair de perto de mim, achei que você apenas havia bebido demais, não imaginei que alguém seria atrevido o suficiente para mexer com você, bem debaixo de meus olhos, e sabendo que estava comigo. —  diz Caveira, furioso consigo mesmo, depois do que ocorreu.

    Verônica já vestida com a camisa dele, é pega no colo por ele, que a leva para o carro da noite anterior, que estava ali próximo, depois seguem até a casa dela, que ao chegar, entra acompanhada de Caveira.

    —  Pode ficar tranquila, não vou fazer nada, com você. —  diz Caveira sério, entrando meio sem jeito, olhando a casa em volta, realmente estava sendo sincero, depois do que ocorreu, não conseguiria encostar nela para fazer nada, apesar que ainda se sentia muito atraído por ela.

    Verônica vai até o quarto e pega uma roupa para se trocar, estava arrasada, não conseguia nem olhar para o Caveira, pois não ia conseguir dizer o que sentia, depois do que aconteceu, só queria chorar naquele momento, não imaginou que aconteceria algo assim com ela.

    —  Está tudo bem aí, mina. —  pergunta Caveira.

    —  Está, sim, só estou pegando uma roupa para tomar banho. —  diz Verônica timidamente, após respirar fundo para tentar conter as lágrimas.

    Ela sai do quarto com uma muda de roupa enrolada e vai para o banheiro, toma um banho e se esfrega, tentando limpar as marcas do que havia acontecido aquela noite, se sentia imunda, não era para ter perdido a virgindade daquele jeito, era para ter sido entregue para o Caveira,  sentia sua parte baixa queimando de dor, e seu ventre doía muito, estava dolorida pelo corpo todo, mas não poderia envolver a polícia, as coisas da favela, são resolvidas pela favela, e seria até melhor, se fosse a delegacia denunciar, provavelmente pediriam a presença de sua mãe, e como não queria que a mãe soubesse do ocorrido, era melhor deixar, na mão do Caveira que resolveria isso.

    Após tomar banho, põe a roupa que

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