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Para Sempre Minha
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E-book362 páginas6 horas

Para Sempre Minha

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Sobre este e-book

Aos 17 anos de idade a vida de  de Sarah está de cabeça para baixo quando sua mãe solteira é mandada para a cadeia. Ela é forçada a se mudar, deixando para trás tudo o que ela já conheceu, incluindo seu melhor amiga Sydney. Perdida e amargurada em uma nova escola, seu único objetivo é economizar dinheiro e voltar para casa. Então ela conhece Angel Moreno. Enigmático mas lindo, Angel é quase bom demais para ser verdade. Exceto por uma coisa, sua crença arcaica de que garotos e garotas nunca podem ser “apenas amigos”. O problema? O melhor amigo de Sarah, Sydney, não é uma garota. Com seu romance inesperado se intensificando de uma forma que eles nunca experimentaram, por quanto tempo Sarah pode manter Angel sem saber sobre o cara esperando por ela em casa?
IdiomaPortuguês
Data de lançamento13 de abr. de 2020
ISBN9781071533055
Para Sempre Minha

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    Para Sempre Minha - Elizabeth Reyes

    PARA SEMPRE MINHA

    Elizabeth Reyes

    Tradução Carolina Lopes Falcão

    PRÓLOGO

    Sarah ficou paralisada. Isso não poderia estar acontecendo. Ela agarrou o telefone, os nós dos dedos ficando brancos. O nó na garganta era insuportável.

    Sarah, você ainda está aí?

    Em um gemido quase inaudível, Sarah respondeu: Aham.

    "Eu sei que isso é difícil, querida, mas não é o fim do mundo. Já falamos sobre isso e você sabia que era uma possibilidade. Eu tentei, Sarah. Eu realmente tentei, mas não tem como contornar isso. Analisamos todas as outras opções, mas qualquer outra coisa é muito arriscada. É o melhor a se fazer.

    Mas, o último ano da escola ... Sarah sentiu a raiva aumentando e as lágrimas queimando em seus olhos. Sentiu-se prestes a explodir - atacar. Então ouviu novamente sua mãe. Sua voz também embargada.

    "Eu sei querida. Eu sinto muito. Eu realmente estraguei tudo desta vez.

    Sua mãe respirou fundo, tremendo e isso partia o coração de Sarah. Ela queria estar com ela para abraçá-la e confortá-la.

    Tudo bem, mãe. Eu vou ficar bem.

    A mãe limpou a garganta e baixou a voz. Parecendo muito determinada, ela falou novamente: "Eu vou compensá-la. Eu prometo, ok?

    OK.

    "Eu já chamei a tia Norma. Ela e o tio Alfred estarão aqui neste fim de semana. Eles querem nos ajudar a fazer as malas, para que você e eu possamos passar um tempo juntas. E aí tenho que estar no tribunal segunda-feira.

    Sarah ofegou. Segunda-feira?

    Sim, querida, segunda-feira.

    Sarah cobriu metade do rosto com a mão livre e sacudiu a cabeça. Não querendo que sua mãe se sentisse pior, ela sufocou um soluço.

    Tudo bem, mãe, ela sussurrou.

    Eu vou estar aqui por um tempo, querida, então não espere por mim. Nós falaremos mais sobre isso amanhã.

    Ela desligou e olhou para seu melhor amigo Sydney, que estava sentado na cama ao lado dela o tempo todo. Sydney olhou para ela ansiosamente.

    "Ela está se declarando culpada e vai cumprir pelo menos três anos. Eu tenho que ir morar com minha tia Norma na Califórnia. Sydney manteve-se aparentemente calmo, mas Sarah caiu em seus braços chorando.

    CAPÍTULO 1

    UM MÊS DEPOIS

    La Jolla High School, Califórnia

    Mesmo quando ela estava em pleno corredor movimentado com estudantes barulhentos correndo, Sarah se sentiu completamente sozinha. Um mês não foi suficiente para prepará-la para uma nova escola, novos amigos - uma nova vida.

    Deus, como ela sentia falta de Sydney. Isso não era como ela imaginara que seu primeiro dia como aluna veterana do ensino médio seria. Ela tinha tantos planos em sua antiga escola, e agora ela estava ali completamente perdida.

    Apertando a mochila na mão, ela saiu em nenhuma direção particular. Ela queria sair do meio do engarrafamento humano. Onde diabos estava sua prima, Valerie? Ela tinha dito o hall de entrada principal do lado de fora do escritório do conselheiro, não é?

    Elas foram deixadas juntas pela tia, mas Sarah teve que ir ao escritório do conselheiro. Como ela se matriculou mais tarde, seus horários não chegaram pelo correio como os de Valerie. Ainda antes de entrarem na escola, Valerie começou a socializar, prometendo que estaria lá quando voltasse do escritório.

    O sinal tocou e Sarah tentou não entrar em pânico. Ela olhou para seus horários, mas não tinha ideia de onde era sua primeira aula. Ela recuou lentamente até suas costas estarem contra a parede. Valerie realmente a abandonara? Não, ela não faria isso. Ela observou alguns dos rostos ao seu redor e se perguntou se deveria informações a alguém sobre sua primeira aula.

    Um grito estridente chamou sua atenção, e ela se virou para a entrada da frente para encontrar uma garota que tinha os braços em volta de um dos caras que acabava de entrar. Sarah revirou os olhos. Ela sempre odiou esse tipo de garota. O cara era obviamente um atleta porque ele usava uma jaqueta de time e seus  dois amigos também.

    Decidindo que estava sozinha, ela caminhou de volta para o escritório e franziu a testa quando percebeu que um mapa da escola estivera ali o tempo todo. Havia alguns adolescentes, examinando seus horários e em seguida olhando para o mapa. Aparentemente, ela não era a única novata naquela escola - não que isso servisse de consolo. Sarah procurou por Valerie, sentindo-se mais do que um pouco irritada.

    O riso masculino explodiu logo atrás dela, e ela se virou para encontrar os mesmos atletas que tinha visto entrar mais cedo e mais alguns caras correndo. O alto que havia sido recebido na porta pela garota que gritava estava sorrindo quando seus olhos se encontraram. O sorriso em seu rosto pareceu se dissolver lentamente. Ela ficou ali congelada, os lábios ligeiramente abertos. Por um momento, ela pensou que ele poderia dizer alguma coisa, e então ela ouviu Valerie.

    Aí está você!

    Sarah saiu do seu torpor e viu Valerie, que já tinha os horários  de Sarah, sorrindo maliciosamente. Temos duas aulas juntas!

    O que devemos fazer? Sarah ainda sentia sua face rubra, mas rapidamente caminhou ao lado de Valerie, incrivelmente grata por seu timing.

    Valerie falou sobre as aulas apenas até que elas estivessem suficientemente longe e na esquina do prédio. Oh, meu Deus, Sarah, você sabe quem estava olhando para você?

    Surpresa e sem sabe exatamente porque Sarah fingiu não entender. Quem?

    Valerie ofegou. "Aquele era Angel Moreno! Você não se lembra? Eu já falei sobre ele e seus irmãos.

    Não, Sarah mentiu. É claro que ela lembrava isso era parte do porquê ela mal podia respirar quando o reconheceu.

    O sinal tocou novamente.

    Oh, merda, Valerie olhou para o relógio. Vamos nos atrasar no primeiro dia.

    Ela pegou Sarah pelo braço e partiram correndo para a primeira aula.

    DUAS SEMANAS DEPOIS

    Angel deu passos longos e rápidos ao redor do prédio da ciência. Seu estômago ficou tenso quando a campainha tocou. Ele estava atrasado para o treino novamente, e ele sabia que seu treinador não ficaria feliz. Foi a segunda vez nesta semana, mas ele teve que ficar depois da aula para obter créditos extras. Ele estava reprovando em Espanhol II, novamente. Espanhol! Seus pais possuíam um restaurante mexicano, pelo amor de Deus. A única razão pela qual ele escolheu  isso foi porque ele precisava de dois anos de uma língua estrangeira para ao menos ter uma chance de entrar em uma faculdade de quatro anos. E agora isso poderia custar-lhe tempo em campo.

    Aparentemente, ele era bom apenas com os palavrões, e o professor chamava seu espanhol de espanglês. No entanto, era um beco sem saída, se ele não ficasse até mais tarde para receber as tarefas extras, ele não conseguiria compensar suas das péssimas notas nos questionários. Se ele não fizesse as tarefas, atingiria as notas para jogar no time. Não conseguir as notas também significava ficar depois da escola para aulas particulares. Apenas idéia já o fez gemer.

    Ele chegou à sala de musculação quando estavam começando o aquecimento. O treinador mal olhou para ele e apontou para as arquibancadas do lado de fora sob o sol quente.

    Vinte, disse ele. E seja rápido.

    Correr nas arquibancadas era o pior. Quando ele começou a correr em direção a elas, ouviu Dana chamá-lo da pista onde as líderes de torcida estavam se aquecendo.

    Arquibancadas de novo, Angel?

    Ele assentiu, mal olhando em sua direção. Algumas das outras garotas riram e se juntaram ao grupo. As covinhas dele apareciam como sempre, embora seu sorriso não fosse nada genuíno. Os assobios  já não o deixavam sem graça fazia muito tempo, ainda mais vindas desse grupo de garotas.

    Aos dezessete anos, Angel já era tinha impressionantes 1,88m. Ele estava seguindo, e muito, os passos de seus dois irmãos mais velhos. Embora tenha sido bom ter a admiração instantânea logo que começou o ensino médio, houve momentos em que se ressentiu de ter que viver de acordo com o legado dos irmãos. Ele tinha a aparência, o porte, a popularidade, mas, infelizmente, não as notas.

    Ele franziu a testa ao pensar que seus dois irmãos mais velhos estavam em bolsas de estudos esportivas na faculdade, e aqui estava ele lutando para permanecer elegível para jogar futebol no ensino médio. Era embaraçoso, mas ele não desistiria. Como seu pai e, ultimamente, seu irmão mais velho, Sal, sempre diziam: O fracasso não é uma opção.

    Perdido em seus pensamentos, e ainda aborrecido consigo mesmo, Angel correu devagar e pensativo pelas arquibancadas pela quarta ou quinta vez; perdeu a conta. Suor escorria pelo seu rosto, e ele lutou para manter a respiração firme. Geralmente conseguia um bom ritmo, mas hoje não. Alguém passou direto por ele um pouco perto demais. Assustado, ele quase perdeu o equilíbrio. Conteve-se e estava prestes a dar uma bronca no cara quando o ouviu pedir desculpas e percebeu que ele era ela.

    Eu sinto muito, eu esbarrei em você?

    Não, eu estou bem. Angel se inclinou com as mãos nos joelhos, tentando recuperar o fôlego.

    Tem certeza de que você está bem? Ela perguntou novamente.

    Ele olhou para ela pela primeira vez, ainda respirando com dificuldade. O sol estava diretamente atrás dela. Angel olhou para uma pequena silhueta. Ela se mexeu um pouco, bloqueando o sol por um momento. A primeira coisa que ele notou foram seus olhos. Eles eram um verde claro incrível. Um contraste surpreendente com suas feições morenas. Ela também ficou ali parada, olhando para ele, ofegante.

    Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo, exceto por algumas mechas umedecidas pelo suor que grudavam nos lados do rosto e na testa. Angel se surpreendeu por não reconhecê-la de nenhum lugar. Ele achava que conhecia todos na escola. Mas havia algo familiar nela; algo que ele simplesmente não conseguia definir.

    Estou bem, disse ele.

    Que bom. Ela começou a desembaraçar o fio do fone de ouvido. Aparentemente, ela o tirou quando parou para ver se estava tudo bem. Ela não sorriu de volta ou perguntou qualquer outra coisa, mas parecia ansiosa para seguir seu caminho. Ele viu quando ela ajustou os fones de volta nos ouvidos e se preparava para voltar a correr.

    Com o coração acelerado e as palmas das mãos suando, ele gaguejou: Então, você gosta de correr?

    Estúpido, estúpido, idiota.

    Ela se virou e olhou para ele sem responder. Talvez ela não tivesse ouvido - ele esperava.

    Eu sou Angel. Qual o seu nome?

    Sarah.

    Tudo o que ele conseguiu foi dar um sorriso enquanto assimilava o nome dela.

    Bem, tenha um bom dia, ela disse e saiu correndo.

    Ele viu quando ela correu e atravessou as arquibancadas. De longe, ela parecia muito pequena, com pouca ou nenhuma curva. Então ele se deu conta – a garota perdida - desde o primeiro dia de aula. Foi quando ele viu aqueles olhos. Reparou neles naquela hora. Lembrava de ter sido atingido, mas ele não a via desde aquele e quase se esquecera disso. Quase.

    Recomeçou correr na arquibancada, e seus pensamentos voltaram para suas notas. Ele realmente precisaria de aulas particulares? Balançou a cabeça desgostoso e acelerou o passo.

    ***

    Sarah correu, concentrando-se fortemente. Ela tinha a sensação de que ele ainda estava olhando e morreria se ela caísse ou tropeçasse. As borboletas em seu estômago estavam fora de controle. Como ela pôde quase derrubá-lo? De todas as pessoas, tinha que ser ele. Ela deveria ter falado mais com  ele, mas estava perdida nas palavras, pensamentos - como no primeiro dia de aula quando ele a pegou olhando para ele como uma idiota. Desde então, ela evitou ficar cara a cara com ele novamente. Toda vez que sequer imaginava tê-lo visto, ela corria na direção oposta.

    Suas pernas quase desistiram quando ela percebeu em quem ela tinha batido. Maldito seja ele e seu sorriso. Certa como estava de que ele sequer lembraria dela, ela não queria fazer papel de boba novamente.

    Sarah sabia tudo sobre os grandes irmãos Moreno. Valerie vivera ali toda a sua vida e passou pelo ensino fundamental e médio com eles. Como Valerie tinha uma grande paixão pelo irmão mais velho de Angel, Alex, ela contava a Sarah sobre eles o tempo todo.

    Sarah pensou na primeira vez que viu Angel dois verões atrás. Ela e a mãe tinham saído para visitar a irmã de sua mãe, a madrasta de Valerie, tia Norma. Valerie a levara para uma festa na praia

    Foi uma festa que durou todo o dia, mas Valerie, tendo consciência sobre seu próprio corpo, decidiu que elas apareceriam tarde, depois todos já tiessem tomado banho de mar. Elas chegaram quando todos estavam apenas em volta das fogueiras ouvindo música. Sarah nunca havia realmente compreendido tudo o que Valerie havia dito sobre Angel e seus irmãos. Ela os imaginava como estrelas de cinema - lindos demais. Valerie a cutucou quando ele e seus amigos chegaram. "Ali está ele. Esse é o irmãozinho de Alex.

    Sarah olhou para cima a tempo de vê-lo em toda a sua glória. Ele era tudo menos inho, já naquela época. Ele e seus amigos pareciam se mover em câmera lenta na direção de um grupo de garotas. As garotas esperavam, com enormes sorrisos ansiosos. Ele usava shorts jeans e uma blusa que mostrava seus músculos. Sarah nunca tinha visto um sorriso mais bonito. Suas covinhas eram incríveis. Ela viu quando uma das garotas praticamente pulou em seus braços, abraçando-o, e então olhou em volta casualmente para se certificar de que todos estavam assistindo.

    Aquela é a namorada dele?, Ela perguntou a Valerie.

    Valerie imediatamente bufou: - Bem que ela queria.. Essa é Dana, a que eu te falei. Ela está sempre se jogando para ele e tenta convencer qualquer um que escute que os dois são um casal. Todo mundo sabe que ele nunca teve uma namorada. E por que teria se pode ter todas as garotas que ele quiser, quando ele quiser?

    Sarah lembrou-se de observá-lo e fantasiar sobre ele naquele dia. Era tudo que ela podia fazer. As garotas com quem ele andava pareciam tão experientes e legais ao redor dele e de seus amigos. Elas riam, às vezes um pouco exageradamente, mas ainda assim, pelo menos, podiam manter uma conversa com ele. Ela mal conseguira respirar no primeiro dia de aula quando ele olhou para ela. E agora ela quase o derrubara. Se ele se lembrava dela como o idiota do primeiro dia, ele agora tinha outra memória estúpida dela. Ela estava perdida.

    Nada disso importava de qualquer maneira. Fazer amigos não estava em seus planos. Ela não planejava ficar tempo suficiente para isso.

    Ela tomou velocidade e tentou tirá-lo de sua mente. Lembrou do aniversário de Sydney. Fora neste fim de semana, e ela fez questão de ter certeza que enviara o presente por e-mail. Colocara uma apresentação de slides com fotos dos bons momentos que viveram, junto com todas as músicas que tinham significado especial apenas para os dois. Ela sabia que Sydney apreciaria muito mais do que qualquer presente comprado em loja.

    Se não fosse por Sydney, ela não sabia como teria aguentado o ano passado, e queria mostrar sua gratidão. Sydney significava o mundo para ela. Eles passaram por tanta coisa ao longo dos anos, no ano passado, especialmente quando o pesadelo com sua mãe começara.

    Quando Sarah foi forçada a mudar para a Califórnia com sua tia, ela e Sydney fizeram um pacto para sempre manter contato. Até agora, eles haviam trocarado e-mails e, como os pais de Sydney se ofereceram para comprar um telefone celular que tinha minutos ilimitados, eles podiam conversar todos os dias. Não importa o quão longe, Sarah estava determinada a manter Sydney e sua família em sua vida para sempre.

    Tia Norma não sabia sobre os planos de Sarah. Ela teria dezoito anos em janeiro, e uma vez que fizesse aniversário, ninguém, nem mesmo sua mãe, seria capaz de impedi-la de voltar para o Arizona. Ela economizaria dinheiro suficiente para poder pagar os pais de Sydney para deixá-la ficar com eles. Ela já tinha vários horários como babá agendados. Entre isso e a escola, não havia espaço para uma vida social.

    Sarah mal podia esperar. Apenas a idéia já a fez sorrir. No próximo semestre ela estaria correndo para sua equipe em Flagstaff High, onde ela devia estar, e sua vida voltaria a ser como deveria ser.

    Ela levantou os olhos quando desceu as arquibancadas e viu Jesse Strickland esperando por ela no fundo, de braços cruzados, sorrindo de orelha a orelha. Ai Deus, e agora? Ela lutou contra o impulso de revirar os olhos. Quando chegou ao fundo, Jesse ficou na frente dela, deliberadamente bloqueando seu caminho. Ele estendeu a mão para puxar um fone de ouvido da orelha dela, mas ela impediu que sua mão se aproximasse e fez isso ela mesma.

    Você sabe que dia é hoje?, Ele perguntou, sorrindo.

    Não.

    Ele olhou para ela, incrédulo. Valerie não te contou?

    Sarah sacudiu a cabeça, nem um pouco interessada. Ela estava ficando mais quente e ela já estava suando. Ela sabia que logo estaria encharcada se não voltasse a correr.

    Isso vai levar o dia todo? Ela disse. Estou no meio da minha corrida aqui.

    É meu aniversário. Ele abriu os braços. Estou aqui para coletar.

    Sarah estreitou os olhos e recuou. Coletar o quê?

    Ele deu um passo para frente sorrindo largamente. Bem, considerando que estamos na escola agora. Vou aceitar apenas um abraço. Ele se inclinou e começou a colocar os braços em volta de sua cintura.

    Sarah fez uma careta, empurrando-o para longe. Eu não te devo nada!

    Obviamente  se divertindo, ele ergueu uma sobrancelha e avançou para forçar um abraço. Oh, vamos lá, Sarah, já fizemos muito mais que isso antes, o que é um abraço agora?

    Isso foi há muito tempo e um erro, então supere isso! Ela se esforçou para desfazer as mãos que estavam em volta de sua cintura. Ela sentiu o peso dele sobre si, pesado a princípio, empurrando-a contra a cerca. E então, do nada, o peso foi embora. Levou um momento para ela entender o que havia acontecido. Então ela percebeu que alguém o havia puxado para longe dela e viu Jesse bater contra o lado das arquibancadas

    Suas pernas ficaram bambas. Ela segurou a cerca de apoio com uma mão; a outra estava sobre o peito, sentindo o coração bater rápido dentro dele. Era Angel.

    CAPÍTULO 2

    Você tem um problema, babaca? Angel perguntou, seu rosto a centímetros de Jesse, seu antebraço no pescoço dele.

    O rosto de Jesse se avermelhou enquanto ele lutava para soltar as palavras. Eu-eu estou só brincando com ela.

    Angel se virou para encarar Sarah, sem aaliviar para Jesse. Ela ficou lá com os olhos arregalados, uma mão sobre o peito. Você está bem?

    Sarah assentiu. Sim.

    Angel voltou-se para Jesse, que a essa altura tinha um belo tom de vermelho profundo. Ele o empurrou mais uma vez contra a arquibancada, batendo sua cabeça contra o revestimento de madeira.

    Tenha alguma merda de educação, ele rosnou.

    Solto, Jesse caiu de joelhos, tossindo e puxando ar. Mais uma vez, Angel se virou para olhar para Sarah. Ele deu alguns passos em sua direção. Ainda mantinha a mão no peito e os olhos em Jesse que, agora de pé, continuava a tossir. Ela finalmente olhou para Angel, com aqueles olhos que começavam a assombrá-lo.

    Ele estava determinado a não ficar calado de novo. Você tem certeza que está bem? Ele lutou contra o desejo de puxar uma mecha de cabelo para longe de seu rosto. Ela sorriu para ele pela primeira vez.

    Sim, obrigado, ela respondeu. Você não precisava fazer isso. Ele estava apenas sendo um pouco agressivo. Eu poderia ter lidado com isso. Ela se endireitou, colocando a mão na cintura.

    Sim, talvez você pudesse. Eu simplesmente não tenho paciência com idiotas.

    Algumas pessoas notaram a briga e diminuíram o passo, mas não o suficiente para chamar a atenção de qualquer um dos professores.

    Mais uma vez, ela se virou para ver Jesse bufando, constrangido, ainda tossindo e esfregando a garganta.

    Ele vai ficar bem.

    Sarah deu de ombros e eles andaram devagar em direção ao ginásio.

    Andando tão perto, lado a lado, Angel estava distraído quando suas mãos tocaram por apenas um segundo. Ele voltou  sua atenção para sua reação ao ver Jesse se forçar contra ela. Era típico dele querer ajudar, mas ele tinha ido um pouco longe demais. Ele poderia simplesmente ter empurrado ele. Em vez disso, ele realmente queria ver Jesse ferido.

    Ele olhou para ela agora, estreitando os olhos. Ele é seu amigo?

    Sarah olhou para o lado, mas se virou rapidamente. Eu não chamaria disso.

    Angel apertou a mandíbula e olhou para frente. O que isso significa?

    Ela se concentrou nas líderes de torcida, que agora estavam olhando para eles, especialmente Dana. Angel estava alheio a elas, seus olhos fixos em Sarah agora.

    Ela finalmente olhou para ele. Nós saimos uma vez há muito tempo.

    Saíram? Você namorou ele?

    Não exatamente.

    Ela nunca o olhava nos olhos, e a frustração estava ficando mais difícil de aguentar. Jesse era um dos maiores idiotas que ele conhecia. Ele não podia imaginá-la estando envolvida com ele de qualquer maneira.

    Eles chegaram ao ginásio antes que ele pudesse continuar, e ela olhou para ele. Ela colocou a mão em seu braço e cada pelo do seu corpo arrepiou.

    Obrigada de novo pelo que você fez lá atrás.

    Angel não pôde deixar de olhar nos olhos dela.

    Vejo você por aí. Ela tirou a mão do braço dele e começou a se afastar.

    O que? É só isso? De jeito nenhum ele a deixava fugir tão rápido. Ele agarrou a mão dela quando ela se virou. A mão dela era macia e pequeno contrastando com sua grande mão musculosa. Seu coração disparou.

    Ela se virou para olhá-lo. Ele tentou se concentrar em algo diferente de seus olhos, mas era impossível.

    Você vai ao jogo na sexta-feira?

    Ela o estudou por um momento e depois limpou a garganta. Eu não posso. Estou trabalhando.

    Alguns caras viraram a esquina e caminharam na direção deles. Ela puxou a mão, mas ele segurou firme. Olhou para os caras e de volta para ela.

    "Trabalho, hein? Até que horas?

    Não tenho certeza ainda, estou de babá, por isso depende da hora que os pais chegarem em casa.

    Ela puxou a mão novamente, desta vez apenas o suficiente para que Angel a soltasse, e ela começou a se afastar novamente.

    Angel franziu a testa. "Bem, há uma festa depois. Talvez você possa ir até lá, se eles chegarem em casa cedo?

    Ela estava na entrada do vestiário quando se virou para encará-lo.

    Talvez. Ela acenou e desapareceu atrás da porta.

    Angel ficou ali, olhando para a porta do vestiário. Isso foi ridículo. Por que ele estava tão mal com isso de repente? Então ocorreu a ele. Ele nunca convidou uma garota para sair. A ironia o fez rir. Ele sempre ficava com alguém em uma festa ou baile e acabava com ela em algum estacionamento. Mesmo com todas as garotas com quem esteve, ele nunca convidou nenhuma delas para sair. E agora que estava tentando, ele era péssimo.

    ***

    Sarah se sentou na cama, olhando para o telefone. Já estava em casa há algumas horas e não tinha contado a ninguém sobre o que tinha acontecido. Ela não podia esperar para falar com Sydney. Ela já tinha deixado duas mensagens para ele, e ele ainda não tinha ligado de volta. Sarah olhou para o relógio. Ela esperava que ele ligasse antes das sete. Era quando a mãe dela ligava às quartas-feiras e elas tinham apenas quinze miseráveis minutos para conversar. Sarah deu um pulo quando o telefone tocou. Ela pegou e atendeu.

    Ei.

    Lynni? Sydney sempre a chamava pelo seu nome do meio - dizia que ela simplesmente não cara de Sarah.

    Sim, sou eu.

    Você parece diferente, disse ele.

    Não, apenas feliz em ouvir você. Ela estava quase tonta. "Escute, eu estou morrendo de vontade de falar com você. Você nunca vai adivinhar o que aconteceu hoje.

    Mesmo? Conta tudo então.

    Bom e velho Sydney, ele parecia tão excitado quanto ela se sentia.

    Ela se acomodou na cama. Ok, lembra que eu te falei sobre Angel?

    "Você quer dizer, o Angel?"

    Ela ansiosamente o atualizou sobre sua tarde. Quando ela mencionou a festa, Sydney perguntou: Você vai?

    Não, eu não posso. Vou trabalhar.

    "Você está brincando comigo, Lynni? Esta é sua chance de se divertir. Você não pode deicar de ir!

    Eu já me comprometi, disse ela. "E os Salcidos pagam muito bem. Além disso, eu não conhecia ninguém, exceto Valerie.

    E Angel, Sydney lembrou a ela.

    Sarah sorriu. Deus, ela desejou que Syd estivesse aqui. Se ele fosse com ela, tudo seria tão perfeito. Você não entende. Eu vi as garotas com quem ele sai. Elas são tão sofisticadas, populares e ricas.

    Ela levantou-se com o telefone contra a orelha, então ficou na frente do espelho. Ela colocou a mão na cintura e sorriu, batendo os cílios como as meninas que tinha visto ao redor de Angel, imediatamente se sentiu estúpida. Seus seios haviam crescido um pouco, fazendo-a se sentir um pouco mais sexy, mas ela não se sentia tão atraente quanto as outras garotas. Ela olhou para as roupas sem graça e estremeceu. De jeito nenhum Angel está interessado nisso.

    "Quem se importa? Deixe-me dizer uma coisa, Lynni. Me espanta que você ainda tenha uma ideai tão ruim de si mesma. Eu posso garantir que esse cara morreria por uma chance com você. Então, ele é o Sr. Popular, Sr. jogador de futebol, quem dá a mínima? Você se olhou no espelho ultimamente?

    Sim! Estou olhando agora mesmo. Eu só queria que você pudesse estar aqui para ver o tipo de garotas que ele normalmente namora. Então você saberia do que estou falando.

    "Eu não tenho que vê-las. Eu vi você.

    Sarah suspirou e se sentou em sua cama. O que importa mesmo assim? Não é como se eu fosse ficar aqui por muito tempo. Lembrar?

    Você está fazendo aquilo de novo. Ela podia ouvir o aborrecimento na voz de Sydney.

    Fazendo o quê? Mas ela sabia exatamente do que ele estava falando.

    Antes

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