Coisa de Preto: Brevidades Poéticas
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Sobre este e-book
Neste livro, Diogo de Andrade, percorrendo uma trilha filosófico-religiosa, demonstra seu contínuo entre-lugar de ser e estar, mas não em uma perspectiva apenas individualista. Seus versos ganham caráter universal ao tratar de feridas ainda abertas pela sociedade e nunca devidamente tratadas, reparadas ou, sequer, humanizadas.
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Coisa de Preto - Diogo de Andrade
Prefácio
Recebi do professor, militante do quilombismo urbano e poeta, Diogo de Andrade, o honroso e sagrado convite para prefaciar o seu maravilhoso e potente livro de poesia intitulado Coisa de preto: brevidades poéticas. Sem dúvida, a referida obra, nos termos de Conceição Evaristo, situa-se no marco literário da escrevivência e, por essa razão, traz consigo vozes coletivas da gente preta, que a colonialidade racista e genocida não conseguiu silenciar.
Cada poema de Diogo, gestado no passado do mundo, chega até nós mediante os poros abertos da pele preta do autor. Escrever, nesse horizonte, é, sim, um ato de fidelidade ao corpo aberto, corpo pensante, corpo falante, corpo dançante, corpo-terreiro. O escrito é o incorporado!
A poética preta de Diogo de Andrade segue enraizada em memórias que atravessaram o atlântico em corpos-arquivos.
A potência da palavra (falada, escrita ou cantada) traz o encante decolonial do verbo.
A boca preta de Diogo, tal como a boca coletiva do Orixá Exu, em insubmissos dizeres poéticos, reinventa mundos em liberdade cognitiva.
Matrizes africanas se entrecruzam ao catolicismo aberto, inclusivo e crítico do autor.
No poema Pretencostal
, por exemplo, o poeta interroga a Mãe Preta: Ave Maria, gratia plena
, porque, em tantas aparições
, a preocupação sempre foi o branco europeu, "Mas nunca um olhar
Uma palavra
Um alento
Contra os horrores cometidos
Pela branquitude eclesiástica
Pelos reis de cara larga
Aliados dos aliados
Amigos dos amigos
Pelo comando branco
Que deixava vermelho o chão a nossa volta".
Tudo em Diogo é para ser lido, inclusive o não dito.
Os poemas do autor são pensamentos. Estamos, pois, falando de Letras inteligentes, sutis e abusadas que, poeticamente, arrebatam os grilhões da colonialidade do saber.
Na companhia do poeta Diogo de Andrade, nas letras pretas que fervilham, como as larvas de Xangô, em seu corpo-texto-navalha, acessamos e reencontramos a potência atualíssima de nosso falar antigo.
Numa brevíssima confissão pessoal, os poemas de Diogo atingiram as encruzilhadas mais empretecidas do meu ser – Coisa de preto
!
Deixo, com uma espécie de amostra grátis da agência poética afrocentrada do autor, suas próprias palavras extraídas do poema Lugar de fala
, contido na presente e recomendada obra:
"(...) Existe lugar-de-poetizar?
Se sim ou não
Deixo minhas impressões digitais
Como vestígio de um crime