Crianças e telas: problema ou solução?
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Sobre este e-book
Para quem observa esses pequenos seres humanos há 40 anos, chamou minha atenção a percepção da quietude ou, até mesmo, da revolta quando eram privados dos celulares e tablets. Quais os riscos embutidos no uso desses dispositivos eletrônicos? Eles seriam uma forma robotizada de cuidadores?
Neste livro, o leitor encontrará o resumo do resultado de vários estudos sobre as consequências do uso indiscriminado das telas, em bebês e crianças até 5 anos.
Todas as pesquisas citadas foram realizadas no período pré-pandêmico. É justo concluir que a inserção das telas, na vida dessas crianças, tornou-se mais acentuada em decorrência da necessidade dos pais em trabalhar em home office, uma vez que precisaram cuidar dos seus filhos sem nenhuma ajuda durante o período de isolamento.
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Crianças e telas - José Marques de Souza Junior
1. INTRODUÇÃO
Todos nós, ao entrarmos em um restaurante, já observamos crianças entretidas com aparelhos celulares (smartphones) ou com um tablet. Para mães e pais, essa é uma solução para ter alguns momentos de calma durante a refeição. Mas será isso um problema?
De outra monta, vemos genitores com esses aparelhos tentando acalmar seus filhos durante uma consulta pediátrica. Podemos entender isso como uma solução saudável para o medo e o choro durante um exame médico?
As telas são inovações tecnológicas que estão presentes no nosso meio há pouco tempo. A tecnologia dos smartphones foi desenvolvida a partir do ano de 1971, sendo que sua atual denominação surgiu em 1997 (SMARTPHONE). O tablet surgiu em 2002, porém só em 2010 passou a apresentar o formato e as utilidades que conhecemos hoje (TABLET).
A velocidade dos avanços tecnológicos ocorridos nas últimas décadas não possui comparação na história. Se analisarmos uma linha temporal de evolução veremos que a escrita surgiu apenas há 3.000 anos, porém a disseminação da informação foi precária até o final do século XX, e que muito do conhecimento humano foi perdido ao longo do tempo. Por exemplo, no século XV, bem antes dos navegantes ibéricos, alguns dos navios chineses eram quase cinco vezes maiores que as caravelas portuguesas, entretanto o conhecimento de fabricação desses navios se perdeu com o fim da armada chinesa. Nos últimos dois séculos, o tempo para o surgimento de novas tecnologias vem diminuindo; a televisão apareceu em 1926 e apenas cinquenta anos após tivemos o computador portátil (PC), mas bastaram 15 anos para surgirem os smartphones. Isso demonstra uma velocidade evolutiva acelerada da tecnologia no último século. Haja vista que o fogo passou a ser usado há 300 mil anos, que o motor a vapor foi inventado há aproximadamente 300 anos e a bomba atômica, há 80 anos (HARARI, 2019).
E o cérebro humano? Sua estrutura demandou milhares de anos de evolução. Suas principais funções cognitivas foram moldadas ao longo de 300 milhões de anos (TIEPPO, 2019).
Como nosso cérebro reagirá às novas tecnologias? Teremos uma evolução acelerada no desenvolvimento cerebral? Quais serão as consequências da introdução desses avanços tecnológicos, principalmente para os cérebros em desenvolvimento das crianças? Charles Darwin, na sua obra A Origem das Espécies, de 1859, usa a palavra evolução
não como ideia de melhoria, e sim como sinônimo de mudança
.
Toda mudança implica em consequências para melhor ou para pior. A era atômica nos permitiu salvar vidas e matar outras tantas.
Como podemos observar, a cada dia, as crianças passaram a utilizar as telas com idade cada vez menor. Seu uso, incentivado por pais e cuidadores, vem crescendo de forma incessante. Luis Felipe Pondé escreveu, em 2018, no seu Twitter: Pais babam quando bebês colocam os dedinhos na tela do Iphone e sorriem. Como são inteligentes esses pequenos
. Demonstram-se orgulho e exibicionismo, sem, entretanto, discernir sobre os benefícios ou malefícios que as telas podem estar causando.
Em pesquisa realizada em outubro de