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Sarau: sonetos para viver
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Sarau: sonetos para viver
E-book69 páginas15 minutos

Sarau: sonetos para viver

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Sobre este e-book

Cantigas para viver poderia ser o outro nome desta obra, da autora Amanda Prado, que se diz uma sobrevivente dos tempos modernos, alguém que, desafiada, contrariou as "ordens" e se lançou, ancorada em suas próprias ilusões e verdades. É um livro sem final, mas que esboça com sutileza os meandros do ser humano, em busca de uma finalidade para a vida, amar e acreditar. Apaixonada pela imaginação de um herói que poderia ser o descanso para suas aflições, deparou-se com a normalidade da vida, sem frustrações perenes, sempre pronta para reinícios e novos embates. Ao fim de cada poema, é possível encontrar uma alusão à grandiosidade da experiência humana e seus desdobramentos, especialmente, os sentimentais e simbólicos. É uma leitura para momentos de catarse interior. Esteja pronto para surpreender-se com o lado romântico de uma escritora que se construiu com objetividade, e que há pouco se deixou perder em entrelinhas. Boa leitura!
IdiomaPortuguês
Data de lançamento6 de out. de 2023
ISBN9786527007296
Sarau: sonetos para viver

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    Pré-visualização do livro

    Sarau - Amanda Cristina Costa Prado

    HARMÔNICA

    Intoxicada de divertimento,

    acordada pelas abençoadas pancadas das vicissitudes,

    decisivamente convertida

    Tornei-me aspirante ao eterno...

    Despertada,

    Vi a impermanência e a falência dos valores humanos.

    Não pode a Lua aquecer e fertilizar como o sol.

    Não tem o sol a grácil maciez da Lua.

    Ao solo é negado fazer carícias nas estrelas.

    Não pode o solo ser a morada dos sonhos.

    Não pode o céu germinar sementes,

    Amadurecer os frutos.

    Não pode ser um o que o outro é.

    Só ao homem é permitido

    Em si mesmo,

    Harmonizar opostos,

    Sintetizar tese e antítese

    Conjugar o feminino do Sol

    E o masculino da Lua

    ELEFANTES DE VAPOR

    Tenho em mim

    esse desejo de desertar,

    como os elefantes

    que fogem para morrerem sós.

    E lá me acabo,

    e lá me refaço.

    Me transmuto em vapores mornos,

    em luz transcendental.

    Do meu umbigo,

    crescem flores,

    que no chão repousam

    quando despareço.

    Depois de findo

    o sonho se materializa

    no aqui agora,

    e sigo renovada.

    FILHAS DE LUZIA

    Meninas faceiras,

    sem dores de parto.

    Calos da colheita,

    doce de ambrosia.

    Mãos quentes de afago!

    Eu inteira,

    minha mãe guerreira,

    liberdade e desobediência,

    aprendo e me calo.

    A fruta madura que alguém colheu.

    Seus odores meus,

    minha pele clara.

    Gero em meu colo a vontade de ser como

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