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A Força Do Amor
A Força Do Amor
A Força Do Amor
E-book218 páginas2 horas

A Força Do Amor

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Sobre este e-book

Tudo o que Luke quer é se tornar uma pessoa melhor, buscando apenas a sua evolução pessoal. Com o sonho de um dia se tornar um fisiculturista, ele passa a maior parte dos dias na academia de seu melhor amigo, Daniel. E toda semana aluga livros de romance para ler no tempo livre, mesmo sem acreditar no amor. Pelo menos, Luke dizia não acreditar no amor até conhecer Katie, uma doce moça que faz com que o atleta entre em conflito consigo mesmo. Afinal, o amor é real ou não? Enquanto isso, eles precisam lidar com Damond, o ex-namorado obsessivo de Katie, que fará de tudo para que os dois não fiquem juntos. Será que o amor é capaz de superar os obstáculos que podem aparecer no meio do caminho? Mergulhe fundo nessa história e descubra como Luke fará para vencer cada um desses desafios e descobrir a verdadeira força do amor.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de dez. de 2023
A Força Do Amor

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    Pré-visualização do livro

    A Força Do Amor - Pedro Enrique Coutinho

    NENHUM SENTIMENTO É MAIS FORTE QUE O

    AMOR VERDADEIRO

    A FORÇA

    DO AMOR

    Pedro Enrique Coutinho

    Para todas as pessoas

    que acreditam no amor…

    2

    PRÓLOGO

    Imagine só: um cara alto e musculoso, correndo feito louco pelas ruas da cidade, durante uma chuva muito forte, em um dia que parece noite por tantas nuvens negras no céu. Se consegue imaginar isso, consegue me imaginar, um homem desesperado correndo contra o tempo.

    Você já se sentiu vazio, como se houvesse no peito um buraco que não pode ser preenchido? Pois é assim que me sinto nos últimos dias. Sinto como se tivesse perdido o controle sobre as minhas próprias emoções. Me sinto triste, como se houvesse um corte em mim, um corte que dói constantemente e quando penso sobre isso parece doer ainda mais. A cada dia que passa me sinto mais destruído.

    Mas, mesmo cansado, isso não é o suficiente para me fazer desistir de lutar.

    Algumas pessoas diriam que apenas o tempo é capaz de consertar isso, mas eu aprendi que nem tudo depende só do tempo, certas situações em nossas vidas dependem apenas de uma atitude.

    No meu caso, uma atitude de amor…

    3

    CAPÍTULO 1

    UM ANO ANTES…

    O despertador tocou marcando quatro e meia da madrugada, eu apenas levantei o braço e tateei na mesinha ao lado para desligá-lo. Me levantei e fui para o banheiro, onde lavei meu rosto e escovei os dentes.

    — Certo bonitão, hora de arrasar! — falei dando um sorriso e uma piscadinha para o espelho.

    Me arrumei e saí na varanda da minha casa, fiz um alongamento rápido e inspirei com força o ar puro da manhã; feito isso, comecei a minha corrida, enquanto o heavy metal agitava os meus fones de ouvido.

    Depois de correr, tomei um bom banho, um café da manhã reforçado e passei algum tempo lendo um livro. Quando resolvi descansar os olhos, preparei minha mochila e saí de novo, desta vez rumo à academia.

    Eu mal havia desligado o motor da minha Harley Davidson quando Daniel, meu melhor amigo, estacionou a dele bem do meu lado.

    — Ei, Luke, bom dia! — disse ele tirando suas luvas de couro preto (daquelas que deixam as pontas dos dedos à mostra) que só usava para pilotar sua querida moto, que aliás, ela tinha o desenho de um crânio em chamas no tanque de gasolina com a frase: My life is the metal1 logo embaixo.

    Daniel desceu da moto e foi até mim. Ele usava botas pretas, jeans (também de cor preta), duas correntes penduradas na perna esquerda, uma camiseta do Metal ica, uma jaqueta de couro preto e óculos escuros.

    — Bom dia, Big Dan! — respondi.

    Trocamos um aperto de mãos e batemos um ombro no outro, coisa que fazemos desde que nos conhecemos. Então, ele deu dois tapinhas leves no meu ombro direito e disse:

    — Preciso falar com você!

    — Agora?

    — Agorinha, parceiro — ele guardou seus óculos no bolso interno da jaqueta

    — Venha comigo.

    Daniel, além de ser meu irmão, mas filho de outra mãe, também é dono de uma rede de academias um tanto famosa, a IMPÉRIO FITNESS. Ele também ganha dinheiro com suas lojas de suplementos atléticos, artigos esportivos da mais alta qualidade e fazendo parceria com marcas internacionais famosas.

    Olhei para o enorme desenho dourado de um crânio com cara de mau usando uma coroa um pouco de lado na cabeça, que ficava ao lado do nome da academia, 1 MY LIFE IS THE METAL - Tradução: Minha vida é o metal.

    4

    soltei um suspiro enquanto sentia mais um pouco a luz do sol batendo em meu rosto e fui atrás dele.

    E assim, lá estava eu sentado em seu escritório (com troféus de pequenas competições de fisiculturismo e quadros decorativos de bandas de rock e metal por todo lado) enquanto ele girava uma caneta entre os dedos, com os pés apoiados na mesa.

    — Certo, sobre o quê quer falar? — perguntei.

    — Duas coisinhas, meu caro gafanhoto — Daniel respondeu com um sorriso maroto no rosto — Primeiramente: no próximo mês vai vir uma equipe bem aqui para gravar um comercial de televisão e, eu gostaria de saber se você topa.

    — Eu?! — franzi a testa e dei uma risadinha — Gravar um comercial para a tevê? Está brincando, não é?

    — Lógico que não.

    — Ah, não sei se é uma boa ideia…

    — Ora, pare com isso. Você vai se encaixar perfeitamente, Luke, é um cara bonito, carismático, fala bem e é musculoso; simplesmente tudo o que é preciso para um bom comercial de academia — Daniel começou a passar a caneta em seu cavanhaque, como se quisesse penteá-lo — E sinceramente, eu acho que isso pode ser bom para a sua pessoa, afinal, vai passar no país todo!

    — Nossa! Essa última parte foi realmente motivadora — ironizei.

    Daniel revirou os olhos.

    — Luke! Não me diga que está com vergonha, por favor. Vai ser um comercial de televisão simples, não um teatrinho de escola — disse ele gesticulando e fazendo caretas — Pense bem: você só vai anunciar uma academia, não se declarar para uma Julieta baranga na frente de uma multidão.

    Soltei uma risada.

    — Tudo bem, tudo bem, você venceu. Eu tô dentro!

    — Esse é o meu garoto! — Daniel deu um soco no ar como gesto de vitória.

    — E em segundo lugar…?

    — Ah, sim — ele se endireitou em sua cadeira — É que eu tenho uma vaga aberta. Preciso de um personal trainer e, eu queria lhe oferecer esta oportunidade.

    — Eu já tenho emprego, lembra?

    — Não me leve a mal, mas aquele trabalho é uma desgraça total. E você sabe disso melhor do que ninguém. O que eu tenho a te oferecer é bem mais tranquilo em todos os sentidos e, posso te pagar muito mais do que ganha agora. O que acha?

    — Bem, eu posso pensar a respeito?

    — É claro que pode. Mas, infelizmente não posso esperar por muito tempo cara; te dou uma semana.

    — Tudo bem.

    — Maravilha! — ele jogou a caneta sobre a mesa e ficou de pé — Agora, está na hora de inchar alguns músculos!

    Ele tirou a jaqueta e a camiseta, exibindo todas as suas tatuagens. Nos dois braços havia fogo desenhado, que começava nos pulsos e ia até metade do 5

    antebraço. No ombro direito havia a frase No Pain No Gain2 com um crânio preto sem o osso da mandíbula e com cara de mau debaixo. No lado esquerdo do peito havia o símbolo de sua academia. E nas costas havia o símbolo de sua banda predileta: o crânio de um bode com um furo bem no meio da testa. Daniel colocou uma camisa regata, pediu um tempinho para trocar de calça e, logo em seguida, fomos treinar.

    Algum tempo depois, eu estava sentado em um banco, com dois halteres, fazendo rosca direta*3, levantando um de cada vez. Eu já havia feito tantas repetições que estava com dificuldade para levantar os braços.

    — …cinquenta e oito,não pare,cinquenta e nove, não pare! — Daniel andava ao meu redor dando socos no ar, parecendo até que estava me treinando para uma luta de boxe — Você consegue a última, vai Luke! E… sessenta!

    Soltei os halteres no chão e fiquei de pé; agitando os braços para me aliviar da dor intensa.

    — Mandou bem, cara — disse Daniel me dando tapinhas nas costas — Três impressionantes séries de sessenta! Isso sem contar o que fez com a barra.

    — É, obrigado — falei ainda ofegante — Agora é a sua vez.

    Daniel se sentou, pegou os pesos do chão e começou a fazer o mesmo exercício, mas de repente, ele abriu um largo sorriso e diminuiu o ritmo.

    — O que foi? — perguntei.

    — Ela…

    Olhei para onde ele se referia e vi uma mulher ruiva parada perto da barra de agachamentos, parecia procurar uma música no celular para ouvir durante o exercício. Até que ela era bem bonita. E Daniel estava completamente caidinho.

    — Por que não vai lá falar com ela? — falei — Já faz quase dois meses que você está só babando.

    — Porque sou como um tigre, meu amigo, eu vou chegando com calma e devagar, para só na hora certa dar o bote. Sacou?

    — Você não tem jeito mesmo — dei risada — Sabe que não parece que você está fazendo isso, não é?

    — Calado! Eu sou frio e calculista, rapaz.

    — Tá bom — respondi sarcasticamente, ainda rindo.

    Então, meu relógio apitou, olhei para ele e, para minha a infelicidade, vi que estava na hora de trabalhar.

    — Saco! — falei.

    — Algum problema?

    — Foi mal cara, mas agora eu preciso ir. Trabalho…

    — Boa sorte pra você então. Te vejo mais tarde.

    — Obrigado. Até mais tarde.

    Fui até o vestiário tomar uma ducha para me livrar do suor, me troquei e fui embora para enfrentar o grande desafio do dia…

    2 NO PAIN NO GAIN - Tradução: Sem dor, sem ganho.

    3 ROSCA DIRETA - Exercício para fortalecer os braços 6

    CAPÍTULO 2

    Para ser sincero, eu me pergunto o porquê que eu aceitei esse emprego todo santo dia. Para ele, é preciso muita paciência (muita mesmo); se você for do tipo

    pavio curto está na rua mais rápido do que pode dizer a palavra estresse.

    Eu fiquei pensando no que Daniel havia me dito poucos minutos antes e acabei nem prestando atenção ao que meu chefe dizia. Só voltei para a realidade quando ele estalou os dedos na frente do meu rosto, dizendo que eu já podia ir.

    Pouco tempo depois, eu estava estacionando uma van branca em frente à uma casa; desci e peguei na parte traseira do veículo uma bolsa enorme com uma fantasia ridícula dentro. Acredite, quando eu disse que é ridícula, é porque é ridícula DE

    VERDADE! E não, você não pensou errado; trabalho como animador de festas e buffets infantis. Entendeu o porquê da paciência?

    Toquei a campainha e esperei por alguns segundos, ainda pensando na oferta de Daniel, até que uma mulher japonesa muito baixinha abriu a porta.

    — Oi, bom dia, eu sou o… — comecei a falar.

    — … o animador? — ela completou por mim. Quando fiz que sim com a cabeça, ela continuou: — Que ótimo que chegou, entre, entre, por favor, troque-se e vá para o quintal dos fundos depressa.

    Dito isso, ela simplesmente saiu e me deixou sozinho na sala.

    A fantasia que eu tinha que usar era de um vilão tosco de um desenho animado chato de dar dor nos olhos. Era um ser verde de três olhos com dois chifrinhos pontudos, dentes afiados e amarelados com uma língua roxa que nunca parava dentro da boca. Ah! E ele também usava uma roupa que parecia ser feita de pele de animal, com um ossinho pendurado no pescoço e ficava segurando um grande martelo feito de pedra.

    Acredite, não é nada legal ter que vestir uma fantasia ridícula (como essa), agir como um idiota alegre e aturar alguns diabinhos mal educados. Mas, o que torna esse trabalho ainda pior é o fato de que as fantasias são muito quentes; já perdi as contas de quantas vezes fiquei com assaduras nas axilas depois de passar muito tempo dentro de uma porcaria dessas.

    Enfim, coloquei a fantasia, peguei o bendito martelo de plástico e fui para o quintal dos fundos, rezando para que dessa vez não houvesse nenhuma assadura.

    Era uma típica festa de aniversário que geralmente vemos nos filmes: enfeites coloridos para todos os cantos, mesas com bebidas, docinhos e salgadinhos e, é claro, dezenas de crianças correndo e gritando por todo lado.

    Assim que cheguei, Joey (meu colega de trabalho) veio até mim, usando a fantasia do mocinho do desenho (um cowboy com cara de pateta).

    — Luke, o que houve? — quis saber ele — Está quase quinze minutos atrasado, você nunca se atrasa.

    — Desculpe, é que o chefe queria falar comigo — a minha voz saía abafada como se estivesse com o rosto em um travesseiro.

    7

    — Puxa! E o que ele disse?

    — Não sei, não prestei atenção.

    Ficamos quietos por alguns segundos, observando todas aquelas crianças escandalosas, então Joey disse:

    — Certo, na hora do parabéns temos que encenar uma luta e depois brincar com as crianças, ok?

    — OK.

    — Então vamos fazer alguma coisa, antes que reclamem da gente.

    Ele deu um soquinho no meu braço e saiu dando pulinhos e sendo legal com as crianças, enquanto isso, respirei fundo, me preparando para ser mau. Foi nesse momento

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