Sombras Entrelaçadas

De Luiz Brandão

Sombras Entrelaçadas: Narrado por Seraphine desvela as camadas mais sombrias e intrigantes da imortalidade, levando os leitores a uma jornada obscura onde a luz se encontra escassa. Nesta narrativa macabra, Seraphine, a Rainha Zumbi, emerge das trevas para revelar sua versão dos eventos que entrelaçaram destinos e mergulharam sua existência em um abismo eterno. Ao explorar as entranhas de sua vida imortal, Seraphine compartilha os momentos que a conduziram até Rasmed, o mago da floresta, desvendando os desafios enfrentados no confronto com Narog, o demônio implacável. A coleta de almas para a Árvore Devoradora de Almas torna-se um fio condutor nessa narrativa sombria, revelando os horrores e as complexidades dessa jornada eterna. A dualidade de Seraphine, oscilando entre a escuridão que a consome e a humanidade que ainda reside nela, é meticulosamente explorada a cada página. Sua busca por redenção e as sombras que pairam sobre seu passado criam uma teia de emoções complexas que ressoam através dos séculos, oferecendo aos leitores uma imersão profunda no tumulto de sua existência. Ao narrar sua perspectiva singular, Seraphine não apenas expõe os horrores da imortalidade, mas também revela o preço pago por desafiar as forças sombrias que moldaram seu destino. Sombras Entrelaçadas: Narrado por Seraphine não se limita a uma narrativa convencional; é uma experiência dualística fascinante. Da mesma forma que uma fotografia revela seu lado negativo, a obra apresenta duas perspectivas intrínsecas da mesma trama. Os leitores são desafiados a explorar os matizes entre luz e trevas, optando pela visão de Rasmed, de Seraphine ou de ambos. A pergunta que permeia é: Qual perspectiva você escolherá para desvendar as sombras entrelaçadas? Prepare-se para uma imersão única, envolvente e intrigante em um reino onde as sombras não apenas revelam verdades perturbadoras, mas também resguardam a busca eterna por redenção.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 20 de dez. de 2023

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Índice

1 | Renascimento nas Sombras

2 | Eco Ancestral

3 | Sombras do Renascimento

4 | Revelações em RavenShadow

5 | Memórias Profundas

6 | Confrontos e Mistérios

7 | Teias do Destino

8 | Sinfonia de Sombras

9 | O Amor que Desafia o Tempo

10 | Sob a Lua Crescente

11 | Revelações à Luz da Lua

12 | Metamorfose Lunar

13 | Sinfonia das Trevas

14 | Aliança Sombria

15 | Doce, doce lábios

16 | Clareira Macabra

17 | Semente da Vingança

18 | A Lâmina Celestial

19 | A Dança entre Vida e Morte

20 | Sinfonia do Amor Eterno

21 | Amor Além das Sombras

"Dedico esta obra aos corajosos leitores que se aventuraram nas páginas de ’Sombras Entrelaçadas: Narrado por Seraphine’. Que a ousadia de vocês seja recompensada com a descoberta de um universo sombrio e encantado, onde os fios do destino se entrelaçam em tramas misteriosas.

Que cada palavra, como um feitiço sussurrado, os envolva em um véu de mistério e os transporte para os recantos ocultos da imaginação. Que Seraphine, a narradora de sombras, os guie por caminhos intrincados, revelando segredos ocultos e desvendando mistérios que aguardam na penumbra."

Com carinho, Luiz Brandão

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Entre as sombras, onde a luz se encontra com o mistério, dançamos na fronteira entre o conhecido e o desconhecido. Cada passo, um sussurro; cada suspiro, uma confissão. Nas entrelinhas da escuridão, desvendamos os segredos que a luz teme revelar. Em cada sombra, um conto, e em cada conto, uma verdade entrelaçada.

Rainha Seraphine Solaris de Marvilha

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1 | Renascimento nas Sombras

Ogaroto misterioso permanecia diante de mim, sua presença imponente fazendo meu coração morto palpitar com uma intensidade que há séculos eu não experimentava. Seu cabelo curto e loiro reluzia como os raios de sol derramando-se sobre ele, enquanto seus olhos azuis cintilavam como gemas preciosas, sondando as profundezas da minha alma sombria. Cada passo que ele dava ecoava como um trovão retumbante no meu mundo silencioso e vazio.

O cenário ao nosso redor era uma extensão misteriosa e majestosa dos tempos áureos de Arcádia. Um reino onde as árvores, com galhos retorcidos, eram testemunhas silenciosas de Eras passadas, e as flores que resistiam às sombras exalavam um aroma melancólico e enigmático. O solo, coberto por uma fina camada de folhas mortas, parecia conter os segredos enterrados de incontáveis histórias.

Ao avançar determinada em direção ao garoto, a espada Draconiana pendurada à sua cintura irradiava um poder ancestral, uma força que reverberava em minha essência sombria. O calor da minha ira, alimentado pelos séculos de escuridão, fervia em minhas entranhas.

Contudo, quando finalmente me aproximei dele, uma metamorfose extraordinária e inacreditável tomou conta do ambiente. Foi como um raio, uma explosão de vida que fez meu corpo desgastado ressurgir das cinzas. Minha pele, há Eras privada do calor do sol, ganhou um tom saudável, como se estivesse sendo acariciada pela luz dourada. Meus cabelos, antes emaranhados e sem vida, transformaram-se em madeixas brancas que reluziam como a neve pura.

E, então, meus olhos, antes vazios e sem brilho, se encheram de vida, irradiando uma intensidade que há muito tempo se perdera. A essência aprisionada nas sombras rompeu as correntes que me prendiam à forma da Rainha Zumbi. Eu, eterna guardiã das almas, renascia na pele de Seraphine, jovem e bela, como se a própria vida me concedesse uma segunda chance.

Foi um momento de renovação, um instante de esperança em meio à escuridão que havia me consumido por séculos. Enquanto eu me encontrava diante daquele garoto misterioso de olhos azuis, percebi que algo grandioso e transformador estava ocorrendo, algo que mudaria o rumo da minha história de uma maneira que mal podia conceber.

Seu olhar encontrou o meu, e pude perceber a sabedoria nos olhos daquele jovem. Ele me explicou que, coletando almas em excesso, eu perturbava o equilíbrio natural de nascer, viver, morrer e renascer. As almas destinadas ao ciclo eterno estavam sendo retidas pela sinistra Árvore das Almas que eu havia alimentado por tanto tempo.

Foi então que Ptah, o novo Deus de Arcádia, revelou-me a possibilidade de quebrar a maldição que me transformara na Rainha Zumbi. A chave para meu regresso como Seraphine residia em me reconciliar com Tristan, quando ele renascesse. Contudo, não deveria mudar minha forma para que Tristan pudesse me reconhecer, pois o ciclo de reencarnação dele era imprevisível. Tristan não retornaria necessariamente com o nome de Tristan, assim como Ptah revelou sobre sua amada, Belarosa, que renascera diversas vezes com diferentes nomes, identidades e funções ao longo das Eras, na medida em que ia e voltava de Amenti.

A sede insaciável da Rainha Zumbi por mais almas representava um perigo eminente. O risco de coletar a alma de Tristan e impedir sua reencarnação tornava o pacto entre mim e Ptah impossível de ser realizado. Suas palavras de alerta sobre essa terrível possibilidade ecoaram em meu ser como um eco do destino que eu tanto desejava mudar. Mais tarde, Ptah confidenciou-me que herdara o trono de Mondor, tornando-se o novo Deus de Arcádia e de outros Mundos, um conhecimento que eu desconhecia até então.

Diante desse encontro marcante com o novo Deus de Arcádia, um caminho se desenhava à minha frente. A busca por redenção e a esperança de retornar como Seraphine, ao lado de Tristan, eram meu propósito. No entanto, a sede de almas da Rainha Zumbi e