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É sobre as pessoas: planejamento da felicidade empresarial
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É sobre as pessoas: planejamento da felicidade empresarial
E-book210 páginas2 horas

É sobre as pessoas: planejamento da felicidade empresarial

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Sobre este e-book

A busca pela felicidade no ambiente de trabalho pode ser o meio de se obter um alto desempenho dos profissionais. As empresas dependem disso, e gestores ligados às realidades das diversas gerações que habitam o ambiente laboral vêm se dedicando a ter colaboradores cada vez mais felizes, trazendo benefícios para o próprio indivíduo, para a empresa, para o mercado e para a sociedade de modo geral. Todos ganham quando existe felicidade coletiva, e isso torna o mundo melhor.

Prof. Dr. Emerson Wagner Mainardes
Diretor Acadêmico, Professor e
Pesquisador Fucape Business School
IdiomaPortuguês
Data de lançamento8 de jan. de 2024
ISBN9786585705028
É sobre as pessoas: planejamento da felicidade empresarial

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    É sobre as pessoas - Edson J Borgo

    Pode-se arriscar muitas explicações sobre a evolução humana, principalmente aquelas derivadas dos riscos e dos perigos da vida quando o mundo ainda era uma fenda selvagem. Não havia o tempo marcado além da escuridão e da claridade. O ser humano era minúsculo diante da grandeza dos outros animais e nem sempre era o caçador. Também não existiam tantas tocas isoladas para sua proteção. Mas ele era persistente para sobreviver vagueando no ambiente por mais que este fosse inóspito à vida.

    É provável que esse fator tenha feito diferença no desenvolvimento do raciocínio humano. O homem pôde sair do ponto da curva em relação a outros animais conseguindo, dessa forma, controlar a força da natureza.

    Não é difícil imaginar um cenário com vapores, trovões, torrentes infinitas, altos penhascos e vales encharcados. Além das ameaças constantes de animais ferozes, insetos, serpentes e outros répteis perigosos que ameaçavam a sobrevivência dos mais fracos.

    O homem não era o mais forte e mesmo assim desafiou a natureza e impôs sua sobrevivência diante dos demais. Apesar de sua incômoda situação, se adaptou ao terreno e desenvolveu hábitos que lhe deram vantagens relativamente aos demais animais.

    Decerto, essa superação demarcou o caminho do homem entre os demais animais, transformando-o definitivamente no ser que começou a usar a consciência para moldar o destino da raça.

    Em tempos muito remotos, aquele nosso ancestral já vagava sem rumo e sem direção à procura de alimento. Imagina-se uma dieta de folhas, sementes e ovos de aves existentes nas adjacências, porque, devido a sua estrutura frágil, o medo imperava. Grandes deslocamentos foram se tornando difíceis, sendo necessário buscar abrigos em ocos de pedras e cavernas.

    A propósito, geralmente, as cavernas são úmidas, frias e habitadas por outros seres. Naquela época, o humano descobriu o fogo e começou a controlá-lo para ter segurança e aquecer-se do frio. Depois, passou a assar seu alimento, começando com pequenos animais.

    Julga-se que a família foi crescendo à medida que o humano deixou de ser nômade. Os ocos de pedra ficaram superpovoados, e a comida cada vez mais distante. Dessa forma, ele correu riscos e passou a ir mais longe à procura de alimentos, deixando sua família homiziada e, até certo ponto, segura.

    1.1 SAÍMOS DA CAVERNA?

    Quando saiu da caverna em busca de alimento, o humano precisou se organizar em grupos e distribuir tarefas aos membros mais fortes da família. Até então sem quaisquer meios ferramentais, só conseguia colher frutos. Porém, logo percebeu que necessitava fabricar lanças, amolar guias e aprimorar os lançamentos.

    O homem passou a ir cada vez mais longe em busca de alimentos, os quais tornaram-se escassos à medida que as coletas avançaram. Do mesmo jeito, os pequenos animais que foram abatidos até a extinção nas regiões circunvizinhas. A partir disso, a roda e a alavanca foram inventadas, constituindo um diferencial para nossos ancestrais. O peso e a distância puderam ser vencidos, propiciando o início de uma trajetória de acumulação de alimentos que ajudavam a tribo a sobreviver.

    Assim se formou a ideia de equipes, a qual já havia surgido quando saíram para caçar deixando membros na segurança da caverna. Sem perceber, o trabalho já estava sendo desenvolvido.

    Dos frutos que traziam para as cavernas sobravam as sementes, que eram lançadas nas adjacências, cresciam e formavam plantações. Logo o ser humano passou a observar o tempo.

    O humano começou a incluir rotinas em sua vida, e o trabalho passou a ser o sustentáculo das tribos, mas não podiam amolecer, pois ameaças infinitas rodeavam o destino de todos.

    Presume-se que não somente existiam ameaças externas, mas, principalmente, subversões internas pela busca de posição nas tribos e conflitos entre tribais, como tentativas de invasão em busca de alimento. Os dominados eram transformados em escravos e serviçais para a tribo vencedora.

    Dessa forma, solucionadas as questões ligadas à alimentação, a segurança passou a ser o grande desafio das tribos. Certamente, havia algum método de premiação para quem trabalhava. Logo o humano saiu das cavernas e buscou terras férteis próximas de planícies fáceis de dominar, o que favorecia o plantio.

    Acredita-se que não tenha sido fácil a decisão de sair das cavernas e se aventurar ao desconhecido. Alinhar-se às mudanças, identificar o roteiro, planejar os pontos de parada e a forma de deslocamento não foram decisões consensuais. Certamente, a imposição era um contorno de forças do clima tribal que determinava o espírito de exploração de um novo capítulo da história humana. E assim foi feito o começo da construção do destino dos povos que nos antecederam nos acontecimentos da civilização.

    1.2 APRENDEMOS A ESCREVER NOSSO DESTINO

    A escrita não demorou muito a surgir para narrar as aventuras desses parentes distantes. Eles logo formaram reinos e começaram a debandar no mundo desconhecido as conquistas que marcaram o desenvolvimento até o mundo que conhecemos.

    O humano só passou a conquistar seu espaço quando criou meios para dominar suas ameaças. Não era o maior em tamanho, mas era o maior em inteligência para vencer as batalhas, principalmente da fome, do frio e da segurança. Para isso, ele precisou trabalhar e inventar ferramentas que o colocaram no topo da lista dos sobreviventes.

    Nesse primeiro momento, para se apegar aos fatos da evolução humana, se utilizou a descritiva da obra de Hendrik Van Loon (2004) quando escreveu A História da Humanidade.

    Nos primórdios, o ser humano e o trabalho estavam intimamente ligados à sobrevivência. As primeiras formas de trabalho humano estavam relacionadas à obtenção de alimento, abrigo e proteção contra predadores. Os primeiros seres humanos eram caçadores-coletores, o que significava que eles dependiam da caça de animais e da coleta de plantas para suprir suas necessidades básicas.

    O trabalho era realizado coletivamente dentro das aldeias primitivas e era essencial para garantir a subsistência do grupo e a sobrevivência da espécie.

    No começo, os seres humanos desenvolveram ferramentas rudimentares importantes que lhes permitiram obter mais recursos com menos esforço, o que eventualmente levou a uma mudança significativa na forma como o trabalho e a sociedade foram organizados.

    Tudo começou com o estabelecimento de comunidades agrícolas através do cultivo de plantas e da criação de animais domesticados, o que permitiu acumular ao longo do ano. À medida que as sociedades foram evoluindo, surgiram diferentes formas de trabalho e desenvolveram-se habilidades em áreas como artesanato, construção, comércio e governança. Surgiram divisões de trabalho mais complexas, nas quais diferentes pessoas desempenhavam diferentes funções dentro da sociedade.

    No princípio, o trabalho, muitas vezes, estava intrinsecamente ligado à vida cotidiana e à identidade das pessoas, sendo realizado em aldeias e estando diretamente relacionado à vida pessoal dos moradores.

    1.3 O TRABALHO É A SOBREVIVÊNCIA

    O trabalho sempre foi fundamental para garantir a sobrevivência e o bem-estar das pessoas, e, à medida que as sociedades humanas foram progredindo em torno do trabalho, os grupos passaram a se organizar de maneira mais complexa até chegar à sociedade atual.

    Conjectura-se que o trabalho permitiu ao homem sobreviver às mais duras realidades impostas pela natureza da vida, o que ocorreu em vantagem relativamente aos demais seres existentes, os quais não se condicionaram à vida de trabalho.

    O ser humano sempre trabalhou, e muitos autores descrevem a ação do homem em relação ao trabalho. Nesse sentido, podemos citar Drucker (2001), que afirma que o trabalho é tão antigo quanto o homem. Mesmo que o ser humano não nascesse para o trabalho, mas o trabalho surgiu para garantir sobrevivência ao homem.

    Desde os primórdios, os seres humanos têm utilizado o trabalho para moldar o mundo ao seu redor. Essa é uma atividade essencial para garantir a sobrevivência, atender às necessidades básicas, promover o progresso, alcançar realização pessoal e sustentar a economia. Embora a natureza e as formas de trabalho possam ter evoluído ao longo do tempo, sua importância para a vida humana permanece inalterada.

    O desejo de usufruir uma qualidade de vida melhor sempre fez do ser humano um personagem trabalhador. Existem várias razões pelas quais os seres humanos vêm trabalhando ao longo da história.

    A principal foi a sobrevivência garantida por alimentos, abrigo e proteção contra predadores, que exigia esforço físico e habilidades específicas. Mas ocorreu progresso à medida que a evolução seguiu seu curso e mesmo assim o ser humano não deixou de ter necessidades básicas e continuou a trabalhar para supri-las.

    No contexto da evolução, surgiram novos desejos pontuais que foram marcados pelo progresso e pelo desenvolvimento. Então, foi preciso reconstruir habilidades, conhecimentos e tecnologias por meio do trabalho. Essas conquistas impulsionaram avanços em diversas áreas, como agricultura, comércio, indústria, ciência e arte. O trabalho permitiu a evolução das sociedades humanas e a melhoria das condições de vida.

    Sem falar na questão da realização pessoal, na qual o trabalho desempenha um papel significativo no sentido de propósito. Muitas pessoas encontram satisfação e identidade no trabalho que realizam. O trabalho pode proporcionar sensação de conquista, autodesenvolvimento, criatividade e conexão com os outros.

    Na mesma direção, vão os aspectos fundamentais que o trabalho exerce na economia e na sustentabilidade de uma sociedade. É através do trabalho das pessoas que os bens e serviços são produzidos, trocados e consumidos. O trabalho gera riqueza, impulsiona o crescimento econômico e contribui para a sustentabilidade social.

    1.4 O TRABALHO É A FERRAMENTA DOS SONHOS

    O trabalho pode ser entendido como uma ferramenta de ação que auxilia o homem a realizar seus sonhos. Após o surgimento do trabalho, o ser humano passou ter novas formas de se alimentar, coletando, caçando e transformando os alimentos. Sincronicamente, o ser humano passou a ser mais feliz e mais atuante no seu destino de evolução.

    Se, no início da história da humanidade, o trabalho teve um significado tamanho, certamente agora, diante de tantos desafios modernos, ele se torna uma parte fundamental da vida das pessoas, pois representa um papel central na construção de uma sociedade próspera e saudável, a qual tem o indivíduo como parte de um sistema com desejos únicos, coletivos e sociais.

    São necessidades modernas que devem ser satisfeitas pela ação do trabalho. Sem trabalho, as pessoas não realizam seus sonhos e ficam à margem da sociedade, excluídas e dependentes da coletividade.

    Quando se pensa em uma sociedade formada por desejos, como esta que estamos avançando, o trabalho deve ser visto como uma ferramenta para buscar e alcançar essas aspirações, como um componente importante de uma vida plena e significativa. Mesmo assim, sempre será importante encontrar um equilíbrio saudável entre o trabalho e outras dimensões da vida, como relacionamentos, saúde, bem-estar emocional e cultivo de valores não materiais para propor qualidade de vida ao

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