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Selados Pelo Coração
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E-book256 páginas3 horas

Selados Pelo Coração

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Sobre este e-book

Kalebe e Alícia se conheceram ainda na adolescência e, desde então, deram início a um relacionamento interpessoal baseado na sinceridade e na lealdade. Todos os dias, juntos, caminhavam para o colégio. Nesse percurso, além de admirar e comentar o que viam ao seu redor, aos poucos, passaram a nutrir um sentimento novo um em relação ao outro, a ponto de gerar mudanças no rumo de suas vidas. Seria possível uma amizade entre adolescentes, comprometidos com as escolhas que fizeram, culminar em uma história de amor extraordinária, enfrentando as pressões de viver em um mundo secularizado? Neste livro, é possível encontrar uma resposta a essa questão. A história de Kalebe e Alícia, entre outras histórias contadas na trama, aquecerão o coração do leitor e da leitora, à medida que cada página deste romance seja degustada. A narrativa do amor entre essas personagens tão cativantes e únicas, ainda que pareça ser bem comum, convida a uma reflexão sobre a coragem singular desses adolescentes quando assumiram que "colocar o outro como selo sobre o coração é ousar namorar com comprometimento, sabendo que sempre terão a presença de uma terceira pessoa em suas vidas: Deus!".
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento19 de jan. de 2024
ISBN9786525466033
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    Selados Pelo Coração - Vera Lins

    Parte 1

    O desabrochar do amor

    Alícia nasceu em uma cidade bem movimentada e com muitos habitantes, logo, havia muitas atrações. Quando criança, ela desfrutara de muitos momentos maravilhosos com seus pais e seus primos. A família de seu pai era grande e de sua mãe um pouco menor, mas quando se reuniam todos ficavam felizes e brincavam muito enquanto os adultos conversavam, mas sempre de olho nos filhos.

    Sua família era de classe média, tinham tudo que precisavam para viver bem. Seus pais estudaram muito para alcançarem um futuro em que pudessem usufruir de uma vida ajustada e feliz. Seu pai, que se chamava Paulo, trabalhava em uma empresa multinacional, sua mãe Michelle era advogada, mas estudava para fazer concursos públicos.

    Depois de alguns anos de trabalho, Alícia já estava com quatorze anos quando seus pais resolveram mudar para uma cidade um pouco menor, com uma melhor qualidade de vida. Sua mãe havia passado em um concurso para Defensoria Pública e foi chamada. Conseguiram então fazer os ajustes em seus trabalhos e mudaram-se para essa nova cidade.

    Alícia teria que se adaptar as novas amizades e a nova escola. Ela estava achando muito difícil essa adaptação. Os primeiros dias na escola foram bem difíceis para ela, que até então era muito risonha e brincalhona, mas agora, sentia-se tímida e com medo desse novo ambiente. Suas novas colegas de sala já tinham suas amigas preferidas, ela só sorria para elas e ficava mais quieta.

    Aos poucos, Alícia, começou a se entrosar com algumas colegas de sua sala. Eram bem divertidas, porém, ela só encontrava com elas quando tinha trabalhos em grupo ou algo parecido. Ela precisava ser mais sociável, mas como fazer isso acontecer? Sempre estudara na mesma escola desde a Educação Infantil até aos quatorze. Nessa nova cidade não conhecia ninguém, só mantinha contato esporádico com suas amigas de longe. Ficava pensativa sobre isso e já tinha pedido a Deus para ajudá-la. Seus pais eram cristãos, mas não eram praticantes, porém, procuraram ensiná-la a temer a Deus e ter seus princípios bem fundamentados.

    Alícia, era filha única, o que pode ser maravilhoso e, ao mesmo tempo, sufocante, pois não tinha pessoas de sua idade em casa para conversar. Seus pais eram ótimos, ela os amava muito, mas sentia falta de uma irmã, contudo procurava preencher essa lacuna com amigas que se identificava e sabia que podia conversar e contar com elas para compartilhar seus pensamentos, mas agora, morando longe.

    Era como se ela pensasse, que por ser adolescente, só eles podiam compreender o que ela sentia vibrar em seu coração, como se só eles pudessem ter direito de entender a adrenalina que corre nas suas veias, pois ser adolescente é acordar todos os dias o mais tarde possível e se ver no direito de achar que dormiu pouco; é ficar horas com seus amigos ao celular e ficar irritados quando os pais reclamam. Ainda têm aqueles que deixam seus quartos bagunçados e ainda têm a cara dura de dizer que não arrumaram por pura falta de tempo. Eles têm direitos que precisam ser atendidos, mas também, tem o fato de por serem adolescentes, pensarem que podem resolver os problemas de todos, principalmente de seus amigos; que precisam estar rodeados deles para terem sentimento de pertencimento. E aqueles que não se ajustam a esse perfil, provavelmente precisarão colocar os pés no chão e amadurecerem o suficiente para não ficarem frustrados, mas um dia, mais à frente se ajustarão. Faz parte da vida!

    Alícia estava preocupada esses dias, pois estava morando há quase um ano nessa nova cidade e não podia ver sempre seus avós que moravam em outra região. Seu avô materno, Eli, estava doente e sua mãe estava muito triste com isso. Por isso, sugeriu que mudassem para onde estavam, assim poderia dar mais atenção e cuidado a eles. Sua mãe tinha apenas um irmão que era muito ocupado em seu trabalho e fazia muitas viagens a negócio. Sua avó estava resistente, uma vez que os médicos já haviam informado que não tinha nada mais que pudessem fazer por ele. Sua mãe, pediu licença por uns dias, foi até sua cidade Natal e conseguiu convencer sua mãe e seu pai a se mudarem. O irmão concordou, pois não podia dar atenção a eles como a doença exigia.

    Os avós compraram uma casa na nova cidade, arrumaram tudo com adaptações ao Dr. Eli, era assim que ele era conhecido por todos. Possuía especialização em Ortopedia e fizera muitos trabalhos voluntários em sua região. Agora, com quase setenta anos, estava sem exercer sua profissão desde que ficara doente.

    A D. Michelle dava muita assistência aos seus pais. Contrataram um cuidador para ajudá-los e faziam de tudo para eles sentirem-se acolhidos e amados. Alícia sempre ia à casa deles, às vezes até dormia lá em alguns finais de semana. Eles a amavam muito e a opção dela em fazer Medicina era mais por causa do seu avô, mas a dúvida chegava quando lembrava-se de suas idas ao sítio que eles tinham quando criança, próximo à cidade. Amava cuidar dos animais, por isso, uma tendência para Medicina Veterinária.

    Alícia estava mais feliz com seus avós morando perto dela e até se esquecera um pouco da saudade grande que sentira de suas amizades anteriores. Elas ficariam em seu coração, pois foram muito significativas para ela.

    Em uma manhã, Alícia acordou e viu o sol forte e seus raios chegavam até a janela do seu quarto. Observou os pássaros cantarolando e voando, anunciando que a primavera logo chegaria com suas flores coloridas que iluminavam os ambientes, mostrando a alegria da estação mais vistosa e primaveril.

    Era sob árvores esverdeadas que Alícia caminhava, vestindo seu uniforme que considerava bonito. Ela preferiria que não houvesse, mas como era obrigatório, o dela era um dos mais bonitos da sua cidade. O colégio era grande, tinha uma infraestrutura muito boa, quadras de esportes, salas de aulas ótimas e um auditório muito grande para reuniões e eventos. Como era uma escola privada, quem estudava lá precisaria ter um bom rendimento mensal, mas também havia alunos que possuíam bolsas de estudos.

    Certa vez, Alícia estava a caminho da escola e viu um menino andando ao seu lado, ela tímida, desviou o olhar, porém, ele se aproximou e perguntou:

    — Você é nova na escola, né?

    — Sou sim, mas já tem um tempinho que me mudei.

    — Vejo você sempre sozinha.

    — Meu nome é Kalebe, e o seu?

    — Me chamo Alícia!

    — Muito prazer! — disse Kalebe. — Há uns dias venho acompanhando-a, pois como estudo na mesma escola, pude perceber esse detalhe. Sempre venho com a minha irmã, mas há uns três dias ela não vem, pois está com uma gripe muito forte.

    — Entendi. — Disse Alícia. — Você está em que ano, perguntou?

    — Estou no primeiro ano do ensino Médio. E você?

    — No nono ano do Ensino Fundamental.

    — Ano que vem, você estudará em meu prédio, que fica do outro lado do seu.

    — Podemos ser amigos? — Perguntou Kalebe.

    — Você quer ser meu amigo? Geralmente só tenho amigas.

    — Tem problemas para você ser minha amiga? Moramos no mesmo bairro.

    — Não vejo problemas, nisso. — disse Alícia.

    — Então, nossa amizade começa agora.

    Alícia, sorriu para ele e foram andando em direção à escola.

    Alícia já estava no Ensino Médio e estava mais próxima de Kalebe. Até se encontravam fora da escola para estudarem e se divertirem juntos em uma Cafeteria ou até na própria praça do lugar que moravam. Ficavam conversando por um bom tempo. Alícia, havia feito algumas amizades na escola e já estava mais adaptada a nova moradia, porém, seu querido avô Eli, falecera. Sua família estava muito triste, sua avó estava desolada, pois era casada há muitas décadas e se amavam muito. A família de Alícia fizera uma viagem com ela nas férias, procurando distraí-la, mas só ajudou um pouco, porém, qualquer ajuda já somava.

    Kalebe estava sendo muito amigo de Alícia e nesse período de luto, foi muito prestativo e fazia tudo que podia para alegrar Alícia a caminho da escola e em suas saídas como amigos. Muitas vezes, ele orou com ela e o fato de conversarem muito ajudou-a a minimizar esse período de luto de seu avô.

    Kalebe e Alícia fixaram seus olhos nesta manhã luminosa, onde atravessavam o portão da escola que possuía um belo jardim e algumas plantas ornamentais alegrando o ambiente. A relva dos canteiros do jardim ainda estava úmida e reluzente do sereno da noite, mas o raio de sol já mostrava um vislumbre do dia quente e ensolarado. Tinha muitos tipos de flores plantadas, mas as que se destacavam eram as rosas vermelhas, que ainda estavam brotando. Kalebe e Alícia já estavam se aproximando das salas de aulas, quando ouviram uma voz chamando:

    — Alícia!

    Era a Mísia que já estava debruçada à janela da sala de aula.

    — Vem rápido, quero contar uma novidade para você.

    Logo, Mísia e suas amigas vêm descendo as escadas com seus sorrisos joviais, lindos e com muita vivacidade. Todas entravam para a sala de aula e ficavam conversando até a chegada do professor. Davam muitas risadas das conversas entre elas e contavam muitos casos do fim de semana.

    Os pais da Alícia queriam que ela fizesse uma festa de dezesseis anos, pois em seus quinze anos, ela não quis festa. Sua família estava em um período difícil por causa da doença do seu avô, mas como ele falecera havia uns meses, acharam pertinente fazer uma festa em seus dezesseis anos.

    — Papai e mamãe, prefiro que façamos uma viagem para o exterior.

    — Mas já fomos nas férias — disse sua mãe.

    — Sim, mas agora quero ir para a região que o vovô sempre mostrava as fotos dele com a vovó, lembram?

    — Por que esse local? Perguntou seu pai.

    — Sempre quis conhecer, e sei que a vovó ficará feliz.

    — Se sua avó quiser, iremos.

    — Podemos fazer uma festa em um local menor para seus amigos?

    — Eu quero uma festa quando fizer dezoito anos, sempre achei mais importante essa data.

    — Então, está bem. — disseram seus pais.

    Alícia e sua família viajaram nas férias com a sua avó. Foi um tempo muito feliz, pois andaram por caminhos desconhecidos para ela e seus pais, mas de muitas memórias já vivenciadas pela sua avó. Tiraram muitas fotos e enviou algumas para Kalebe que fazia comentários e sempre colocava ao final:

    — Estou com saudade da minha melhor amiga.

    Ela também comentava:

    — Eu também, meu amigo.

    As aulas voltaram, Alícia estava a caminho do Colégio, sorria e seguia andando a passos bem lentos até parar por um instante e contemplar Kalebe esperando-a. Ele já havia combinado com sua irmã desde que conhecera Alícia, que na ida para escola ela fosse com sua melhor amiga, Hanna, que morava na mesma rua e ele faria companhia a Alícia. Ultimamente, ele vinha tendo um sentimento mais que amigo por Alícia, mas não queria falar nada até que sentisse a paz que vem de Deus, em seu coração. Em sua mente, eram apenas amigos, mas era seu último ano no Colégio e precisaria pensar em como continuaria essa amizade tão intensa com Alícia.

    Alícia, por sua vez, nem queria pensar em algo além da amizade, pois era muito nova e queria se dedicar só ao estudo, porém, ela sabia que foi em Kalebe que ela encontrou aconchego; em meio as mudanças que aconteceram em sua vida; calor, empatia e uma amizade que admirava muito.

    Kalebe reconhecia a figura que caminhava sobre a calçada e vislumbrava os cabelos esvoaçantes de Alícia ao longe. Essa amizade só crescia com o tempo, ambos já não se imaginavam longe um do outro. Aquela caminhada todas as manhãs tornara-se o melhor momento para eles. No fundo do coração, talvez eles pensassem que já era algo maior que só serem amigos.

    A caminho do Colégio, Alícia refletia e deslumbrava-se em como estava sendo abençoada nessa manhã tão linda! Ela imaginava como seria os próximos anos, pois, iria para a faculdade e começaria um novo tempo em sua vida. Todos os dias Kalebe e Alícia faziam o mesmo percurso há três anos e meio. Um dia, porém, Kalebe disse:

    — Alícia, já nos conhecemos há três anos! Penso que estamos sentindo algo que não é tão fácil descrever. Eu já venho orando há algum tempo sobre você. Pedi a Deus que se fosse da vontade d’Ele que eu a namorasse, esse sentimento que sentia por você, aumentasse. Eu não tenho dúvida sobre o que sinto por você, e, acredito, que esse sentimento é recíproco, mas se você precisa de tempo para pensar, vamos esperar mais um pouco, tudo bem assim?

    — Kalebe, — disse Alícia — como nunca namorei, fiquei surpresa com a sua fala.

    — Sério? — disse Kalebe.

    — Sim, pois nossa amizade tem crescido a cada ano, gosto de estar com você, mas será que nós não estamos confundindo?

    — Eu? Não mesmo, mas você pode pensar sobre isso até o final de semana com muito carinho?

    — Vou pensar, e muito — afirmou.

    Alícia passou o final de semana com uma sensação enorme de gratidão por tudo que vivenciara até esse dia, mesmo diante de muitos acontecimentos que, ao relembrar, deixavam seu coração apertado, ela sabia discernir o que a amizade com Kalebe significava para ela. Ele foi como um raio de sol intenso, que surgiu e iluminou a sua vida e continuava a brilhar a cada dia. Será que ele estava certo? Eram mais que amigos? Ela ficava ansiosa para vê-lo, mas como saber se isso era amor?

    Logo relembrou de como caminhavam juntos, dando gargalhadas de tudo que viam ou falavam, aqueles momentos tornaram-se únicos para os dois, pois a cumplicidade sempre perpassava suas vidas. Se conheceram desde que ela estava na nona série e tornaram-se amigos verdadeiros. Se o que sentiam era mais que amizade, ela tinha que ter essa convicção.

    Durante a semana continuaram indo normalmente ao colégio, porém, na quarta-feira, Kalebe disse:

    — Alícia, podemos ir ao parque sábado à tarde?

    — Parque? Nunca fomos, não é?

    — Alícia, até hoje, não havia perguntado, mas como você vê a nossa amizade? É só como amigos, mesmo?

    — Kalebe, eu gosto muito de você, porém, não sei se é como namorado. Você tem certeza de que gosta de mim? Você tem dezessete anos e eu dezesseis, somos muito novos ainda.

    — Sim Alícia, mas nossa amizade já tem três anos e meio. Tanto eu, quanto você, nunca estivemos apaixonados antes, então tenho valorizado muito esse tempo juntos. No começo, quando a vi, fiquei encantado com você, tudo que falava e fazia eu achava incrível. Com o passar do tempo, eu queria me tornar uma pessoa melhor, para que você ficasse feliz, assim como eu estava. Das atividades mais simples até as mais complexas, percebi que as situações ficavam melhor quando eu estava com você. Eu descobri o que era gostar de alguém, quando eu vi o que era capaz de fazer por você e para você.

    — Kalebe, eu senti um frio na barriga só em pensar sobre isso. Você é o meu melhor amigo, mas ainda assim, não estávamos conversando sobre algo como namoro, que é um assunto delicado para mim. Nosso percurso todos os dias até à escola, sempre foi cheio de ternura e muitas aventuras. Há um tempo, percebi que sentia algo diferente por você, mas nem queria imaginar, pois temia perder sua amizade, porém, não sei o que é exatamente, entende?

    — Claro que entendo, disse Kalebe. Encontrar alguém que amamos e sermos amados é um sentimento único e é maravilhoso, por isso, teremos que nos empenhar a cada dia em nosso namoro, mas quero muito fazer isso porque o que sinto por você é muito forte. Saiba que estou dando um passo de fé com isso, pois, jamais namoraria com você se não sentisse a paz que vem de Deus em meu coração.

    — Kalebe, nos livros de romance que li e foram muitos, aprendi que amor a gente não aprende nos livros, nem em escolas, nem com teorias estudadas, pois, amar alguém, aprende-se amando e às vezes leva um bom tempo.

    — Concordo, disse Kalebe. Nós somos exemplo dessa sua fala, não acha?

    — Preciso sentir essa paz no coração que você sente. Ainda estou meio inquieta.

    — Então, vamos a um encontro no sábado?

    — Como amigos, perguntou rindo.

    — Não, como namorados.

    — Posso pensar mais um pouco?

    — Até amanhã! — disse Kalebe.

    Em casa, Alícia fez uma autoavaliação do que sentia por Kalebe, e pensou: Se eu não aceitar namorá-lo, como vou continuar sua amiga? E se ele não quiser ser mais meu amigo? Será que gosto dele como namorado? Fez algumas pesquisas online e concluiu:

    — Não quero perder o Kalebe e ficaria triste se o visse namorando outra pessoa, logo, devo gostar muito dele.

    Na ida para o Colégio, os dois foram conversando e de repente, Kalebe perguntou:

    — Pensou no que conversamos ontem? E qual a sua resposta?

    Alícia disse sim e riu para ele, que a levantou pela cintura e gritou:

    — Agora, você é minha namorada!

    — Kalebe, as pessoas vão ver. Me coloca no chão agora.

    Os dois foram sorrindo para suas salas de aula e decidiram manter segredo sobre o namoro.

    Chegou o sábado e conforme combinado, foram ao parque para se divertirem. Andaram em alguns brinquedos típicos de adolescentes. Kalebe, passou as mãos em seus cabelos pretos e bem lisos, deu um beijo em sua cabeça e disse:

    — Você está mais linda hoje!

    — Por quê? — Perguntou Alícia.

    — Porque agora é minha namorada.

    Ela sorriu. Decidiram então, explorar os diversos brinquedos do parque.

    E foi na roda gigante, que ambos se olharam pela primeira vez com um sentimento diferente. Já houvera outras situações em que sentiram esse sentimento, mas não tiveram coragem para assumir, pois tinham medo de perder essa amizade tão forte e especial. Porém, nesse dia, não puderam se segurar, olharam-se fixamente nos olhos, que já mostravam o que sentiam um pelo outro. De repente, Kalebe a puxou para perto dele, fez carinho em seus cabelos longos e a beijou na testa. Deu um abraço nela, olhou-a de novo em seus lindos olhos e a beijou levemente na boca. O coração de ambos acelerou e logo se perguntaram:

    O que era isso? Por que de repente Kalebe já não via Alícia apenas como uma amiga? Alícia, de igual forma, entendeu o que de fato sentia por ele. Ela

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