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Até Que Nos Vejamos de Novo
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Até Que Nos Vejamos de Novo
E-book129 páginas1 hora

Até Que Nos Vejamos de Novo

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Sobre este e-book

Este romance nasceu das inúmeras noites de insônia em que meu irmão (o mais novo dos homens) e eu tivemos.
Ele, filósofo de mão cheia, bebia conhecimento que durante séculos inteligências da Terra foram deixando àqueles que viessem logo após, como se morto de sede.
Antes dele, primogênito da família, inquieto diante do mundo em ambiente hostil que geralmente o rodeia, saí de casa aos 17 anos e fui para São Paulo e depois ao Rio de Janeiro, onde, aqui, deixei que meus olhos de juventude ávida pousassem em reflexões de mentes essênicas, templárias, confucianas, budistas, maçônicas, cristãs, apócrifas, rosacrucianas, enfim, toda sorte de pensamento conexo, cuja credibilidade avança ao longo dos tempos.
E sempre quando voltava para casa, em férias, devido afinidade recíproca de meu irmão mais novo, iniciávamos troca de informações sobre como a Vida, maiúscula mesmo, procedia em seu propósito inafastável de permitir perfeição na criatura humana e no mundo em que vive.
Começávamos nosso diálogo, a princípio, tímido e sem obter respostas adequadas ao que se queria saber. Mas aquela timidez foi decisiva para que se tivesse base sólida ao momento seguinte, a leis imutáveis que a Vida se apoia.
E uma das perguntas que fazíamos era por que algumas pessoas são mais do que outras, possuem mais, são mais felizes e parece que o andar da carruagem contribui satisfatoriamente para isto.
Deve existir algo que ainda está longe de nossa primitiva e fantástica compreensão, capaz de revelar o verdadeiro mistério da Vida. Era esta a resposta duvidosa que se esboçava.
E quanto mais se aprofundava em questões de respostas emblemáticas, mais distantes ficávamos do ponto de confluência desejado.
Mesmo assim, se era teimosia pura. Até que o tempo em sua santa sabedoria e paciência admirável concedeu-nos dádiva de saber e viver conforme entendimento revelado. De sorte que chegamos além do que a existência física foi suscetível de acontecer.
Daí por que toda estrutura de ideias desenvolvida durante a concepção deste romance, advém da soma de conhecimento esplêndido adquirido. Que não pertence a ninguém. Que pertence a todo mundo. E que não para por aqui.

IdiomaPortuguês
EditoraMel Braxx
Data de lançamento20 de jan. de 2024
ISBN9798224992775
Até Que Nos Vejamos de Novo
Autor

Mel Braxx

Mel Braxx (Clovis de Jesus Savalla Correa Carvalho - nome civil) é um escritor, cantor, compositor, músico, produtor musical, arranjador, advogado e político brasileiro. Natural de São Luís (MA). Graduado em Direito pela Universidade Estácio de Sá (UNESA), Rio de Janeiro. Secretário de Estado de Planejamento, Coordenação, Ciência e Tecnologia do Estado do Maranhão no Governo Fiquene (1994), e candidato a Prefeito de sua cidade natal (São Luís/MA) (2000). Deputado Federal Suplente (PMDB-MA/2006 | PR-RJ/ 2010). Hoje em dia, Mel Braxx se concentra em escrever romances e em sua carreira de artista (indicado ao Grammy Americano e Latino). Mel Braxx (Clovis de Jesus Savalla Correa Carvalho  -  civil name) is a Brazilian writer, singer, songwriter, musician, music producer, arranger, lawyer, and politician. Natural from São Luís (MA). Graduated in Law from Estácio de Sá University (UNESA), Rio de Janeiro. Secretary of State for Planning, Coordination, Science and Technology of the State of Maranhão in the Fiquene Government (1994), and candidate for Mayor of his hometown (São Luís/MA) (2000). Substitute Federal Deputy (PMDB-MA/2006 | PR-RJ/ 2010). Nowadays, Mel Braxx focuses on writing novels and his career as an artist (nominated for the American & Latin Grammys).

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    Até Que Nos Vejamos de Novo - Mel Braxx

    ATÉ QUE

    NOS VEJAMOS DE NOVO

    romance

    Copyright by

    Clovis de Jesus Savalla Correa Carvalho

    Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei Autoral e legislações aplicáveis à espécie.

    É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, sem autorização expressa do Autor.

    Mel Braxx, 1951 –

    Até que nos vejamos de novo / Mel Braxx

    1. Romance.  II. Título.

    In memoriam de meu nobre e amado irmão, Cleomar - que viveu na Terra como se estivesse no Céu.

    Este romance nasceu das inúmeras noites de insônia em que meu irmão (o mais novo dos homens) e eu tivemos.

    Ele, filósofo de mão cheia, bebia conhecimento que durante séculos inteligências da Terra foram deixando àqueles que viessem logo após, como se morto de sede.

    Antes dele, primogênito da família, inquieto diante do mundo em ambiente hostil que geralmente o rodeia, saí de casa aos 17 anos e fui para São Paulo e depois ao Rio de Janeiro, onde, aqui, deixei que meus olhos de juventude ávida pousassem em reflexões de mentes essênicas, templárias, confucianas, budistas, maçônicas, cristãs, apócrifas, rosacrucianas, enfim, toda sorte de pensamento conexo, cuja credibilidade avança ao longo dos tempos.

    E sempre quando voltava para casa, em férias, devido afinidade recíproca de meu irmão mais novo, iniciávamos troca de informações sobre como a Vida, maiúscula mesmo, procedia em seu propósito inafastável de permitir perfeição na criatura humana e no mundo em que vive. 

    Começávamos nosso diálogo, a princípio, tímido e sem obter respostas adequadas ao que se queria saber. Mas aquela timidez foi decisiva para que se tivesse base sólida ao momento seguinte, a leis imutáveis que a Vida se apoia.

    E uma das perguntas que fazíamos era por que algumas pessoas são mais do que outras, possuem mais, são mais felizes e parece que o andar da carruagem contribui satisfatoriamente para isto.

    Deve existir algo que ainda está longe de nossa primitiva e fantástica compreensão, capaz de revelar o verdadeiro mistério da Vida. Era esta a resposta duvidosa que se esboçava. 

    E quanto mais se aprofundava em questões de respostas emblemáticas, mais distantes ficávamos do ponto de confluência desejado. 

    Mesmo assim, se era teimosia pura. Até que o tempo em sua santa sabedoria e paciência admirável concedeu-nos dádiva de saber e viver conforme entendimento revelado. De sorte que chegamos além do que a existência física foi suscetível de acontecer.

    Daí por que toda estrutura de ideias desenvolvida durante a concepção deste romance, advém da soma de conhecimento esplêndido adquirido. Que não pertence a ninguém. Que pertence a todo mundo. E que não para por aqui. 

    Ninguém foge do tempo. Ainda mais quem se comprometeu com ele.

    Até que

    nos vejamos de novo

    ______

    Tinha de estudar para exames bimestrais e, para isto, minha mãe havia colocado pequena mesa e cadeira no jardim à sombra de um velho cajueiro na fazenda onde morávamos.

    Meu irmão mais novo, Kovic, brincava com suas bolas-de-gude um pouco distante de mim.

    ‘Vê se estudas! E fica de olho no teu irmão, de vez em quando!’ - dissera-me, então, minha mãe, antes de ajeitar minha mesa de estudos.

    Meu pai, que era advogado, mas vivia metido em política com seus velhos amigos, falara-me algo parecido antes de ir à cidade.

    O céu estava claro e azul; uma brisa gostosa soprava-me o rosto.

    Lá distante, no azul do céu, águias e urubus ensaiavam seus voos.

    Abri o livro de Biologia e folheei suas páginas. Uma dezena, pelo menos, tinha de saber. Contudo, nenhum interesse em estudá-las. Matemática, nem pensar! Física, Química, coisas complicadas...

    História, que era matéria de minha predileção, notas foram boas. Entretanto, outras... Só muito esforço! E minha mãe sabia disto. Não podia relaxar.

    Caroline, minha doce amiga de colégio, bem que se dispusera ajudar, aclarando minhas dúvidas em matérias que andava mal.

    Qual nada! Um pontinho muito forreca foi o que conseguira nelas!

    E as provas bimestrais eram minha chance em recuperar o tempo perdido!

    Magos, capataz de nossa fazenda, botava o gado para pastar. E seu filho, Carlito, o auxiliava nessa tarefa de engorda aos bois.

    No galinheiro, galinhas de angola esbanjavam beleza de ovos!

    Peixes começavam a pular no açude.

    O tempo iniciava fartura!

    Folheei, de novo, os pontos das provas.

    ‘Quanta preguiça numa só pessoa!’ - pensei. ‘Acorda, menino!’ - busquei dar-me ânimo.

    De crucifixo no cordão de ouro, pedi que Deus me desse coragem. Disciplina. Tinha de estudar a sério.

    Todavia, quedei-me: mãos no queixo a ver águias, urubus, galinhas e peixes. Magos. Carlito. A imagem de Caroline. Meu pai, minha mãe, Kovic...

    Fui-me deixando nessa contemplação. O olhar como que no vazio. Porém, não estava. Eu estava pensando... Com a cabeça nas nuvens!

    ______

    ...

    Desde que veio ao Mundo , Kovic possui desejos de extravasar sentimentos em forma de imaginações. Para isso, foi se coligando à sensível maneira de se expressar - o amor!

    Seus pais lhe disseram que nascera através de ato de amor, muito embora estivesse propenso a crer que viera mesmo ao mundo numa conjunção carnal, quase que por descuido.

    Com ele, chegaram seis mais. E do mesmo modo que ele - foram-lhes dito. Alguns se convenceram. Outros, nem tanto!

    Kovic cresceu no meio daqueles que cresceram com ele, não obstante cada um viesse ter seu próprio e singular destino.

    Naquele ambiente de classe média suburbana, o menino Kovic foi tomando consciência de quem era. Das travessuras memoráveis, uma merece vir à tona.

    Acontece que, naquela época, quando o menino Kovic se aproximava de sete anos de idade, era costume senhoras donas de casa receber litro de leite habitual de vendedor doméstico que numa determinada hora do entardecer lhes oferecia.

    O leiteiro colocava o canjirão na esquina da quadra de casas e, caminhando lentamente em direção a elas, deste modo fazia seu trabalho.

    Kovic, sentado no outro lado da esquina, observava.

    Todo dia era a mesmice: quando o leiteiro cobria a entrega, pulava uma casa. E aquela casa não recebia nunca seu litro de leite!

    ‘Por que acontece isso?’ – Kovic se investigava.

    Uma vez estando em casa, sua curiosidade trafegava nas respostas que sua mente não lhe conseguia responder.

    ‘Seria falta de dinheiro?’ - Kovic já ouvira falar sobre isto. Adultos gostam de se referir ao dinheiro com entusiasmo! Ora, numa conversa de vizinhos, um e outro contam histórias de grandeza e desespero por sua causa.

    Ainda longe de compreender o sentido, o significado que o dinheiro tem, Kovic supunha o quanto deve ser importante a pessoas adultas!

    Algum dia, no seu futuro, esperava manifestar-se sobre aquela coisa chamada dinheiro. Agora, neste exato momento, não.

    A única coisa que fora capaz de pensar com clareza, estava no leiteiro e na casa que nunca recebia leite.

    Alguma força desconhecida tomava-lhe conta. Tinha de fazer alguma coisa. E isto não podia ser revelado para mais ninguém. Esta descoberta seria

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