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Experimentos: Teoria Social na Literatura de José de Alencar e Machado de Assis
Experimentos: Teoria Social na Literatura de José de Alencar e Machado de Assis
Experimentos: Teoria Social na Literatura de José de Alencar e Machado de Assis
E-book265 páginas3 horas

Experimentos: Teoria Social na Literatura de José de Alencar e Machado de Assis

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Sobre este e-book

O livro que leitor tem em mãos refere-se a trabalhos de dois gigantes da literatura brasileira: José de Alencar e Machado de Assis. Todavia, não procura interpretar os autores realizando algum tipo de hermenêutica, muito menos busca perseguir qualquer tipo de essência literária ou verdade textual relacionada à história de suas vidas, nem intenta encontrar qualquer significante oculto; mas o contrário: visa instrumentalizar os textos destacando o que os mesmos oferecem para a potencialização da vida de quem os lê. Quais afetos podem ser mobilizados, aumentados ou diminuídos no leitor, levando-o à alegria ou não. Destaca-se aqui, portanto, uma teoria social das afecções que não esquece de tratar a relação das mesmas com a conservação ou transformação da sociedade. Nesta direção o trabalho ressalta o paradigma estético-político, o qual denomino esquema esquizo, para a percepção das dinâmicas sociais e das formações das subjetividades.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento24 de jan. de 2024
ISBN9786525050768
Experimentos: Teoria Social na Literatura de José de Alencar e Machado de Assis

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    Experimentos - César Sabino

    INTRODUÇÃO

    Busco associar neste trabalho elementos que contribuam para o esboço de uma analítica das afecções, destacando de que maneira partes constitutivas das relações de poder impactam os agentes sociais, ou seja, produzem afetos em indivíduos e grupos, subjetividades, fazendo-os reproduzirem as estruturas ou mobilizando-os para a mudança ou transformação de si mesmos, suas práticas e seu contexto. Neste aspecto, me aproximo em parte da antropologia das emoções e das teorias dos afetos. Todavia, busco detectar mecanismos mobilizadores de pessoas e grupos destacando a importância do desejo. O objetivo principal é muito simples: compreender de que maneira afetos são agenciados por instituições, organizações, cultura e sociedade constituindo racionalidades e apresentando-se como importante elemento de mobilização ou não; ou ainda, perceber de que maneira afecções diversas advindas de todos os tipos de contatos socioculturais aumentam ou não a capacidade de ação coletiva ou individual, transformando a estrutura social ou mudando-a para permanecer formalmente a mesma. Vejo como sugestivas para a teoria social abordagens tais como a deleuzo-guattarianas que descrevem a sociedade capitalista contemporânea como um sistema não apenas de aparelhos repressores, - problema que seria mais fácil de resolver se fosse o caso -, mas, como sistema de captura que coopta desejos construindo e controlando subjetividades, constituindo-as para anelarem valores, crenças e fluxos econômicos referidos ao próprio sistema. Processo que torna possível a circulação ilimitada do desejo administrando-o via flexibilização e adaptação de normas. As ideias sobre tomada do poder, conquistas identitárias, conscientização e emancipação de classe, acabam, não raro, absorvidas pelos fluxos do capital,tradicionalizando-se sob o processo de conquistas de direitos. Lutas que ao serem cooptadas acabam guiadas para a reprodução das estruturas sociais reelaboradas pelas relações de dominação as quais colonizam subjetividades rebeldes, redirecionando-as para novas e readaptadas funções de lucro. Com frequência amenizando e absorvendo demandas a ponto de dissipá-las. Essa dinâmica expressa em geral uma desterritorialização relativa de subjetividades coletivas ou não (DELEUZE; GUATTARI,

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