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A Ligação do Farol
A Ligação do Farol
A Ligação do Farol
E-book275 páginas3 horas

A Ligação do Farol

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Sobre este e-book

"Uma trama que tem que ser desmascarada…"
"Um feitiço que tem que ser desfeito…"

Elisa e Samuel não faziam ideia de que um simples encontro na escada rolante de uma das principais estações de metrô de São Paulo mudaria drasticamente o rumo de suas vidas. Ela, uma jovem afro-americana, compartilha sua vida com a inseparável amiga Suzan, juntas são proprietárias de uma encantadora cafeteria. Elisa mantém uma amizade intrigante com Lucian, um homem misterioso. Enquanto isso, Samuel, um anjo de alta casta, ocupa a posição de braço direito de um arcanjo temível, vê-se inesperadamente ligado à Terra por um feitiço misterioso que o conecta a Elisa.
À medida que uma realidade paralela é revelada, Elisa e Samuel, acompanhados por seus amigos e aliados, embarcam em uma perigosa e reveladora jornada que os levará a explorar o mundo em busca de uma maneira de romper essa conexão mágica. No entanto, o casal se vê diante de um amor proibido e das consequências inquietantes desse feitiço de ligação.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento3 de mai. de 2024
ISBN9786525476124
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    A Ligação do Farol - Viviane Vicente

    O café

    Que bom… Atrasada!

    — Bom dia, Elisabete! — falou Caio alegremente.

    — Bom dia, Caio! Me perdoa pelo atraso?

    — Sem problemas… Você me parece um pouco pálida, Elisa. Tudo bem?

    — Tudo. Só essa correria do metrô que me deixa agitada, mas nada que um bom café não resolva.

    — É para já! Pelo jeito a Suzan foi em mais um de seus rituais de beleza.

    — Ela acabou com meus dias com mais essa ideia louca em cima da hora, ela deveria aprender a programar as coisas!

    — Você deveria ter aproveitado e ido com ela para se distrair um pouco. Eu ficaria aqui no café sem problema.

    — Caio! Olha para mim, eu tenho lá paciência… Outra coisa, meus cabelos são de estilo afro, isso quer dizer que eles são rebeldes e têm vida própria. — Risos.

    — O Lucian não apareceu ainda?

    — Não. Mas logo, logo aparece. Ele tinha um daqueles compromissos misteriosos.

    — Hum… Esse é outro, parece que sabe quando a Suzan não está aqui, até parece que combinam.

    — Vamos ficar de olho nesses dois, viu, Caio?

    — Ok! Olha, acabaram os muffins, você sabe que eles são os mais pedidos pelos clientes.

    — Já vou fazer, mas só vai sair depois do almoço, já vai avisando aos clientes. Ei, Caio?

    — Oi! — Caio logo apareceu diante da porta da cozinha.

    — Você acredita em premonição? — Realmente estou louca, pensei.

    — Depende, muita coisa inexplicável acontece no mundo. Por quê?

    — Estou com o pressentimento de que alguma coisa está para acontecer — falei pensativa.

    — Boa ou ruim?

    — Não sei dizer! Deve ser o estresse do metrô, eu realmente não gosto daquele lugar, sempre cheio, eu me sinto sufocada lá…

    — Pode ser, aquele lugar é uma loucura. Mas você está bem mesmo? Está com um ar diferente.

    — Estou! Esquece, vamos aos muffins.

    O Coffee Angel está localizado em um conjunto de prédios comerciais da cidade, posso dizer que servimos um dos melhores cafés da região, nosso ambiente é agradável e familiar, as pessoas vêm aqui buscar um pouco de tranquilidade no meio desse corre-corre da rotina diária do trabalho. O café era um sonho que eu e Suzan partilhávamos há um tempo, até que depois de muito esforço conseguimos montá-lo. E vou dizer… ele ficou perfeito!

    — Estou sentindo cheiro de café fresco?

    — Oi! Lucian, tenho certeza de que veio guiado por ele. — Risos.

    — Pode-se dizer que sim. Como está tudo por aqui? E a Suzan?

    — Aqui está tudo bem! E no que se refere a Suzan…

    — Isso é cheiro de muffin?

    — Isso responde a sua pergunta? Chegou bem na hora, hein, Suzan?! Acabaram de sair do forno.

    — Ei! Vocês estavam juntos? — perguntou Caio descaradamente.

    — Não! — responderam os dois juntos.

    — Claro que não, né, Caio! Cada pergunta que você faz, eu estava no salão e a Elisa sabe disso.

    — Ele também sabe… está brincando com você — falei olhando feio para o Caio. Ele adorava provocar a Suzan, e quando começava, não sabia parar, e a Suzan, por sua vez, caía na dele e o clima acabava realmente tenso. Eu realmente não sei por que ele gostava tanto de provocá-la, cheguei a pensar uma vez que ele poderia estar interessado, mas como se lesse minha mente, ele logo apareceu no café com uma ruiva lindíssima de parar o trânsito e nos apresentando como sua noiva.

    — Por um momento pensei, Suzan… pois vocês chegaram um na cola do outro.

    — Pensou errado, Caio. Oi… Lucian! — prosseguiu Suzan. — Esses muffins parecem estar deliciosos.

    — Sempre estão. Aliás, você está linda! — sussurrou Lucian.

    — Obrigada! — respondeu Suzan animada. — Como foi tudo por aqui? — perguntou ela, tentando disfarçar as batidas fortes de seu coração diante do elogio inesperado de Lucian.

    — Sobrevivemos bem sem você, Susan! — gritou Caio. Ele realmente não sabia a hora de parar.

    — Que bom! Fico feliz em saber que ninguém sentiu minha falta…

    — Pronto, lá vamos para o drama.

    — Ele continua brincando com você, Suzan.

    — Esse cara é muito atrevido — ela falou em meu ouvido.

    — Não precisa falar assim, Elisa. E você, Caio, está muito cheio de graça hoje, tem sorte que a Elisa é uma pessoa boa e criou um certo apego por você, se dependesse de mim, já estaria no olho da rua… E não estou brincando.

    — Agora magoou! — ele falou fazendo beicinho.

    — Caio, pelo amor de Deus, vai procurar uma coisa mais produtiva para fazer — falei já empurrando ele para a cozinha.

    — Suzan… não precisa falar assim, todos nós sentimos sua falta — disse Lucian deixando seu muffin de lado para tentar apaziguar a situação como sempre, ele sempre estava pronto para acalmar os ânimos, como se fosse um anjo da paz!

    Assim que tudo se acalmou, decidi contar a Lucian e Suzan o acontecido no metrô:

    — Agora que tudo parece mais calmo… Posso contar um fato estranho que me aconteceu no metrô na vinda para cá?

    — Elisa, não vai dizer que aconteceu um ataque zumbi no metrô? — disse Caio colocando a cara na porta da cozinha.

    — Caio, por favor…

    — Está bem, já vou voltar para os meus afazeres.

    Realmente eu tinha que concordar com a Suzan, hoje ele estava cheio de graça, mais que o normal, resolvi tirá-lo do café por um tempo.

    — Claro que não, Caio, calado! Por que você não aproveita para ir ao banco pagar aquelas contas que pedi desde ontem e você está enrolando?

    — Esperta, me tirando de cena. — Ele sorriu para mim.

    Aguardei que ele tirasse o avental e pegasse as contas para ir ao banco para poder falar sem ter que enfrentar suas piadinhas.

    — Fala logo, Elisa, o que aconteceu? — perguntou Suzan toda impaciente, a paciência não é uma de suas virtudes.

    Já que eu tinha conseguido a atenção de todos, até de Lucian, que tinha deixado de saborear o seu segundo muffin, resolvi ir em frente:

    — E aí, o que aconteceu no metrô? — perguntou Lucian.

    — Está bem, vamos lá… Estava eu lá naquele lugar cheio como sempre, descendo as escadas rolantes… Sabe, como sempre.

    — Vai logo! — gritaram os dois.

    — Vocês podem achar que estou louca, mas…

    — A louca aqui sempre fui eu. Não deve ser boa coisa, pois você está enrolando para contar e está apreensiva.

    — Louca eu não sei se você é… mas paciência te falta, viu, Suzan?!

    — Pronto! A coisa não vai rolar… acho que vou voltar a me concentrar em meu muffin.

    — Está bem, está bem ! Eu estava naquela loucura pensando em como as pessoas são vazias e sem um pingo de educação, principalmente quando se trata das escadarias do metrô em horário de pico… Quando olhei para a escada que vinha no sentido contrário da minha… me deparei com os olhos mais azuis deste mundo.

    — Fala sério! — Lucian falou voltando a dar atenção para seu muffin.

    — Você está de brincadeira? Eu aqui pensando que era uma coisa, sei lá… o começo de um apocalipse zumbi, e você me vem com: os olhos mais azuis deste mundo? — Risos.

    — Muito engraçadinha, Suzan! Vai me deixar terminar ou não?

    — Elisa, você anda lendo muito, eu acho que ouvi um comentário seu, de um certo personagem, que tinha lindos olhos azuis. Não foi uma coisa assim, Lucian? — perguntou Suzan.

    — Lindos olhos azuis-cobalto! — completou Lucian.

    — Não, não é nada disso, ele era real, claro que os olhos eram azuis-cobalto. — Talvez uma coincidência, pensei! Fui arrancada de meus pensamentos por mais um ataque de risos. — Mas o fato é… — Falei já irritada. — Foi tudo muito estranho, pois, por um momento, tive a impressão de que o tempo tinha parado, quando nossos olhares se cruzaram, percebi que ele pareceu estranhar eu estar olhando para ele.

    — Claro, você deve ter assustado o gato, encarando-o, e a baba escorrendo do canto da boca, no mínimo ele deve ter pensado que você fugiu de um manicômio — me repreendeu Suzan.

    — O que você disse, Elisa? — perguntou Lucian, parece ter acordado de um de seus momentos de transe, ele tinha dessas coisas, vira e mexe ficava perdido em seus pensamentos, como se estivesse em transe. Já tinha pedido várias vezes para ele procurar um médico para fazer uma avaliação, isso não me parecia normal.

    — Que nossos olhares se cruzaram…

    — Não, sobre o tempo ter parado.

    — Que tive a sensação de que o tempo tinha parado, ou entrado em um estado de câmera lenta.

    — Tem certeza disso? — perguntou Lucian, que de repente me pareceu um pouco apreensivo.

    — O que foi, Lucian? Você parece estar passando mal.

    — Nada, Suzan. Preciso ir… Lembrei que tenho uma coisa para resolver ainda hoje.

    — O quê? Você acabou de chegar e nem acabou seu segundo café.

    — Me lembrei de um compromisso. Nos vemos mais tarde.

    — Mas, Lucian… — sussurrou Suzan desapontada.

    — Que estranho! Notou a cara dele? — falei.

    — É o Lucian, ele sempre foi assim… estranho! — Suzan falou por fim.

    Continuei relatando o acontecido para Suzan, que achou que eu estava exagerando no acontecido, resolvi então voltar a trabalhar sem falar mais sobre o assunto. Não vimos Lucian mais naquele dia, ele nem apareceu para filar a janta, como era de costume.

    No dia seguinte eu e Suzan decidimos não ligar para ele. Suzan estava bem chateada pelo fato de ele sair daquele jeito do café no dia anterior, e nem ter aparecido para jantar, e muito menos ligado, ela chegou a descer até seu apartamento, tocou várias vezes a campainha, mas nada.

    Enquanto limpávamos a cozinha, após o café da manhã, ela, por fim, falou:

    — O que você acha que aconteceu com ele?

    — Nada! É o Lucian, são momentos Lucian. Você sabe que ele tem esses sumiços inusitados. Quantas vezes viu ele aqui mesmo nessa cozinha, com os olhos perdidos, parecendo estar em outro lugar, e depois sair pela porta, sem explicação?

    — Muitas vezes — disse Suzan.

    — Então por que está aflita agora? Quanto tempo faz, uns dez anos, desde quando ele entrou pela nossa porta, vindo tipo, sei lá de onde… Fala sério, subir cinco lances de escada em busca de um pouco de açúcar é mais que estranho — falei sorrindo. — Ele entrou nas nossas vidas assim do nada, e logo foi nos conquistando com aquele jeito meigo, protetor e misterioso… Foi tudo isso que fez a gente se apaixonar por ele.

    — Eu não sou apaixonada por ele! — protestou Suzan.

    — Somos! De jeitos diferentes, eu o amo como o amigo que é… Agora você… está na sua cara que o que sente passou de amizade faz é tempo, não consegue nem mais disfarçar.

    — Tá tão na cara assim?

    — Está, amiga, até o Caio já percebeu.

    — Era só o que me faltava, aquele bisbilhoteiro. Por que contratamos ele mesmo?

    — Porque ele se mostrou um ótimo profissional, de confiança, e agora se tornou um amigo. Você nunca foi muito com a cara dele, né?

    — Tem alguma coisa nele, Elisa, sei lá, pode ser só impressão minha, mas não confio nele.

    — Cisma sua. Mas voltando ao assunto Lucian, tenho medo de que esse sentimento que você nutre por ele te faça sofrer, Suzan. Nada me faria mais feliz se esse sentimento fosse recíproco, ver vocês juntos seria realmente maravilhoso! No entanto, Lucian é arredio, misterioso e desligado. Pelo amor de Deus! Até agora ele não notou o que você sente por ele.

    — Na verdade, olhando as coisas por esse ângulo… Mas aqueles lábios me deixam louca!

    — Você não ouviu nada do que eu disse. Desisto! Vamos acabar logo aqui e ir trabalhar.

    Continuamos sem notícias de Lucian no decorrer do dia, nem uma mensagem sequer, realmente, mesmo se tratando do Lucian, já estava ficando preocupada. Então, antes de fecharmos o café, ele apareceu com aquele jeitinho calmo de ser, como se nada tivesse acontecido.

    — Oi, meninas!

    — Oi? É só isso que tem a nos dizer? — falou Suzan indignada. — Você sumiu há quase 24 horas, já íamos fazer um boletim de ocorrência de seu provável desaparecimento à polícia. Não é, Elisa?

    — Com certeza! Até já estava pensando em mandar imprimir aqueles cartazes de: Procura-se desesperadamente. — Não me contive e sorri para ele.

    — Suzan, eu não sumi, fui resolver umas coisas. — Lucian sorriu para ela.

    Diante daquele sorriso, ela perdeu todos os argumentos que tinha preparado para jogar em cima dele. Essa cena é realmente hilária! O que não faz um belo sorriso?, pensei.

    — Ah! Me contento em você estar bem — disse Suzan, por fim.

    — Lucian, não faz isso com ela — disse dando um tapa no ombro dele.

    — O que eu fiz? — perguntou ele em um tom inocente.

    — O sorriso, Lucian, o sorriso! Você está usando seu sorriso para hipnotizar ela.

    — Elisa! — gritou Suzan indignada com meu comentário.

    — Desculpa, Suzan, não foi minha intenção — falou Lucian preocupado.

    — Não foi nada, só estávamos preocupadas com você. E esquece o que a Elisa disse… Ela é uma louca!

    Agora a louca sou eu. Era só o que me faltava! Isso é que dá tentar ajudar, pensei.

    — Deixa eu compensá-las por ter causado tanta preocupação. Que tal karaokê? Eu pago a conta.

    — Eu topo! Realmente estou precisando relaxar, nada melhor que cantar.

    — Verdade! — Sorriu ele.

    — Você diz isso porque tem uma voz maravilhosa, Lucian — disse Suzan revirando os olhos para ele, pois o homem tinha uma voz encantadora. — Vamos lá, afinal, você está pagando. — Risos.

    — Onde está o Caio? Ele poderia nos acompanhar.

    — Está louco? Ainda bem que ele saiu mais cedo. De onde você tira essas ideias, Elisa? Quer acabar com a nossa noite?

    — Não fala assim, Suzan. Vamos fechar o café e ir relaxar um pouco, pois merecemos.

    Capítulo 2

    Karaokê

    O Karaokê do Nicolau — Nico, como ele prefere que o chame — é um lugar aconchegante e familiar, a maioria dos frequentadores são da vizinhança ou conhecidos, para nós se tornou um dos lugares preferidos para passarmos o tempo, já que estamos aqui sempre que possível, ele passou a fazer parte de nossos fins de semanas, e gostamos muito de estar aqui, jogando conversa fora, cantando e dançando, tudo para relaxar do corre-corre do dia a dia.

    — Boa noite, meninas! Boa noite, Lucian!

    — Boa noite, Nico! — falamos eu e Suzan juntas. Risos.

    — Vão beber o de sempre? — perguntou Nico com um sorriso.

    — O mesmo para mim — falou Suzan alegremente, já indo para a nossa mesa de costume.

    — Para mim também, pode trazer aquela porção de petisco que só você sabe fazer. Estou faminta!

    — Claro, Elisa! Lucian, o mesmo para você, amigo?

    — Sim, obrigado!

    Nico era muito gentil, por isso tinha uma clientela fiel, era um homem bem bonito, com cabelos louros escuros e olhos esverdeados, chamava bastante a atenção da sua clientela feminina, mas ele fazia o tipo solteirão feliz. Um dia, em uma conversa, ele disse que não havia nada que prezasse mais do que sua liberdade. Achei bem inteligente da parte dele.

    — Vamos, Elisa! — Lucian me despertou de meus pensamentos e me conduziu em direção a nossa mesa.

    — Aquilo já é o catálogo de música na mão dela? — Olhei para Lucian.

    — É… Ela parece mais animada que de costume. Ou ansiosa! Ela está bem, Elisa? Estou sentindo um certo sofrimento nela.

    Simplesmente não acreditei no que estava ouvindo, ele notara que ela estava em algum tipo de sofrimento, mas não tinha a mínima ideia de que ele fosse a causa daquilo. Me peguei olhando para ele com um ar de pena. Como podia ser tão desligado?

    — Nós somos mulheres, Lucian, está em nosso DNA todo o tipo de sofrimento, carregamos o fardo do mundo nas costas — falei por fim.

    — Estou falando sério… Não sinto esse tipo de sentimento em você, aliás, só senti isso em você quando estava se relacionando… com Marcel. E pare de ser dramática, vocês, mulheres, não carregam o fardo do mundo.

    — Você é que pensa, e pode parar. Não vamos voltar a esse assunto, Lucian. Marcel está no passado, você foi bem convincente a me convencer de que ele não servia para mim, mesmo antes de ele partir sem me dizer nada.

    — Intervi pelo seu próprio bem, para te proteger, Elisa. Só quero o seu bem e o da Suzan.

    — Tudo bem, Lucian. Eu sei disso! Você é um bom amigo, não se preocupe.

    — Espera aí… Analisando a situação por esse ângulo… — Ele olhou diretamente para Suzan como se estivesse avaliando-a interiormente. — Ela está apaixonada! Por quem? — A pergunta foi feita diretamente para mim.

    Aquilo tudo me pegou de surpresa.

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