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O vlog de Carolina e o feriado antecipado no calçadão, parte 2
O vlog de Carolina e o feriado antecipado no calçadão, parte 2
O vlog de Carolina e o feriado antecipado no calçadão, parte 2
E-book78 páginas54 minutos

O vlog de Carolina e o feriado antecipado no calçadão, parte 2

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Sobre este e-book

Quando Carolina se tornou vlogueira, ela ainda acreditava no poder da honestidade. Achava que isto sempre falaria mais alto, independente da situação.

Porém, ela acabou subestimando o maior vilão deste país: a agressividade da opinião pública brasileira.

Agora Carolina precisa medir as consequências de suas palavras honestas. Pois esta qualidade, no Brasil, tornou-se adubo para a discórdia.

* * * *

Compilação dos capítulos 17 a 33 do ebook seriado O Vlog de Carolina, uma sátira social ambientada em Londrina e temperada com naturalismo de causa e efeito.

Escrita pelo estúdio de literatura Teatro Caricato em Prosa, tendo Gumpa BK como escritor chefe. Sua técnica narrativa oferece diálogos fluídos, narrador conciso e capítulos enxutos, proporcionando uma leitura rápida, rica em detalhes e fácil de ser assimilada.

IdiomaPortuguês
EditoraGumpa BK
Data de lançamento14 de jul. de 2014
ISBN9781311293893
O vlog de Carolina e o feriado antecipado no calçadão, parte 2
Autor

Gumpa BK

Fundador, ilustrador e escritor chefe no estúdio de literatura Teatro Caricato em Prosa. Quieto, atencioso, mas difícil de domar. Favor manejá-lo com cuidado.

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    O vlog de Carolina e o feriado antecipado no calçadão, parte 2 - Gumpa BK

    O vlog de Carolina

    e o feriado antecipado no calçadão

    Parte 2

    Por Gumpa BK

    index-1_1

    Copyright 2014 Gumpa BK

    Smashwords Edition

    Licenciamento:

    Obrigado por baixar o ebook. Sinta-se à vontade para compartilhá-lo com seus amigos. O ebook pode ser reproduzido, copiado e distribuído para fíns não comerciais, desde que mantenha o texto original. Se desejar, deixe seu elogio, sugestão ou crítica no site em que o baixou. Todos os comentários serão bem-vindos.

    Índice

    Nota do autor

    17 - É bem intencionado, mas não é bem-vindo

    18 - Resgatando a criança problemática interior

    19 - Sua tragédia é minha alegria de viver

    20 - Bromance não solicitado

    21 - Paletó e gravata no corpo, autoridade imerecida na língua

    22 - Terceirizando problemas para a área alimentícia

    23 - A lógica de um sangue tropical

    24 - Um legado de penúria isento de dignidade, por favor

    25 - Amizade que não se quebra, ciúme que não se desfaz

    26 - A desculpa e o sorriso felino

    27 - O 2° andar

    28 - A poupança e o projeto

    29 - Lobo em pele de redator

    30 - Ucraniano abrasileirado

    31 - A trindade dos tolos

    32 - Miguxês gerenciado

    33 - A redação

    Perfil dos membros

    Nota do autor

    Eu, Gumpa, declaro que:

    Esta obra não é uma retratação fiel da sociedade londrinense. Na verdade, é uma representação caricata do comportamento médio brasileiro. A TV aberta, a internet, as mídias impressas e minhas experiências pessoais foram usadas como referência.

    Qualquer semelhança com pessoas, estabelecimentos comerciais, empresas de grande porte, organizações civis e instituições públicas reais não é mera coincidência. Contudo, é uma semelhança que não se limita a um único indivíduo ou grupo específico, pois ela está presente em vários indivíduos e grupos reconhecíveis.

    17

    É bem intencionado, mas não é bem-vindo

    Daniel, vendo Seu Paulo sumir no elevador dos clientes, quis pegar emprestado o cassetete de Marcelo e quebrá-lo na cabeça daquele senhor. Se fugisse do flagrante e se entregasse à polícia dali 24 horas, responderia em liberdade. Afinal, era um dos bônus especiais oferecidos pela ficha limpa: o primeiro delito era por conta da casa.

    Porém, como tinha sangue de caingangue moderado, e não de italiano psicopata, resolveu descontar tudo em Marcelo, à base de resmungos. E embora não tivesse terminado de ditar a mensagem de texto ao seu celular, ainda assim se prontificou a ralhar com o segurança, dizendo:

    — A política da imobiliária é celebrar a falta de respeito?

    — Como é?

    — Ou talvez a legislação te obrigue a lamber os pés de todos os brasileiros sem etiqueta, como sinal de respeito as nossas lideranças, donos do mesmo comportamento?

    — Na verdade, me obriga sim. Por exemplo: se você relar um dedo num bandido, mesmo que seja em legítima defesa, o pessoal dos direitos humanos te comerá vivo.

    — E você aceita isso calado, dizendo coisas como você é um exemplo pra mim para o cretino daquele senhor?

    — E o que mais você esperava? Que eu ofendesse nosso melhor cliente de marketing e o expulsasse do prédio? Holerite, carteira assinada e fundo de garantia não se mantém puxando orelha, e sim puxando saco!

    — Mas esse puxa-saquismo é pura servidão! Não tem nenhuma dignidade!

    — Bem, então pode me chamar de cachorro manso, porque prefiro receber salário como um mascote dócil do que dormir na rua feito um vira-lata orgulhoso! Obrigado e bom dia, Daniel!

    Deste ponto em diante, Marcelo começou a ignorá-lo, preocupando-se apenas em avisar o escritório sobre a chegada de Seu Paulo. Vestiu seu microfone headset e tentou se comunicar com Fernanda, a promotora de publicidade.

    Não era idealista. Não tinha fome de reforma social. Não estava afim de confrontar ou reparar injustiças. Só queria garantir a costela e a cerveja do final de semana.

    Já Carolina, ainda digerindo as palavras usadas por Seu Paulo, e até então só escutando a conversa de Daniel e Marcelo, percebeu a antipatia entre os dois. E não apenas isso: também notou a vontade de Daniel em levar a discussão adiante, como se quisesse converter Marcelo a uma nova religião. Não era Testemunha de Jeová, mas tinha uma teimosia equivalente a dos seus missionários.

    Sentindo a necessidade de quebrar o gelo, e também ciente de que já era hora de trabalhar, puxou Daniel pela manga e o arrastou para longe do balcão. Seguiu até o elevador de funcionários, impedindo-o de recomeçar com seus resmungos.

    Próxima à porta, soltou sua manga e começou a rir de sua

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