Destinos divididos
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Sobre este e-book
Tendo sido raptado, ainda muito bebé, por criminosos do clã Vialli, toda a gente pensava que Alessandro Fierezza morrera.
No entanto, quando o brilhante cirurgião Alex Hunter chegou ao palácio para cuidar do rei, espalhou-se o rumor de que era, na verdade, o príncipe desaparecido.
A enfermeira Amelia Vialli vivera sempre com o estigma de pertencer ao clã Vialli. Sem querer, apaixonou-se por Alex e, ao descobrir a verdade, este viu-se dividido entre o dever e uma mulher que nunca poderia ser rainha.
Melanie Milburne
Melanie Milburne read her first Harlequin at age seventeen in between studying for her final exams. After completing a Masters Degree in Education she decided to write a novel and thus her career as a romance author was born. Melanie is an ambassador for the Australian Childhood Foundation and is a keen dog lover and trainer and enjoys long walks in the Tasmanian bush. In 2015 Melanie won the HOLT Medallion, a prestigous award honouring outstanding literary talent.
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Romance para você
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Destinos divididos - Melanie Milburne
Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2007 Harlequin Books S.A. Todos os direitos reservados.
DESTINOS DIVIDIDOS, Nº 56 - Novembro 2013
Título original: Surgeon Prince, Ordinary Wife
Publicada originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Publicada em português em 2008
Todos os direitos, incluindo os de reprodução total ou parcial, são reservados. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Enterprises II BV.
Todas as personagens deste livro são fictícias. qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é pura coincidência.
™ ® Harlequin y logotipo Harlequin são marcas registadas por Harlequin Enterprises II BV.
® e ™ São marcas registadas pela Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas que têm ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
I.S.B.N.: 978-84-687-3789-8
Editor responsável: Luis Pugni
Conversão ebook: MT Color & Diseño
arbol.jpgRegras da Casa Real de Niroli
1ª regra: O soberano deve ser um líder moral. Se o pretendente ao trono cometer um acto que ponha em causa o bom-nome da Casa Real, será afastado da linha sucessória.
2ª regra: Nenhum membro da Casa Real poderá contrair casamento sem o consentimento do soberano. Se o fizer, ser-lhe-ão retiradas honras e privilégios, e será excluído da família real.
3ª regra: Não se autorizarão os casamentos que vão contra os interesses de Niroli.
4ª regra: O soberano não poderá contrair casamento com uma pessoa divorciada.
5ª regra: É proibido que membros da Casa Real com relação de consanguinidade contraiam casamento entre eles.
6ª regra: O soberano dirigirá a educação de todos os membros da Casa Real, embora o cuidado geral das crianças corresponda aos pais.
7ª regra: Nenhum membro da Casa Real poderá contrair dívidas que superem as suas possibilidades de pagamento sem o conhecimento prévio e aprovação do soberano.
8ª regra: Nenhum membro da Casa Real poderá aceitar doações nem heranças sem o conhecimento prévio e aprovação do soberano.
9ª regra: O soberano deverá dedicar a sua vida ao reino de Niroli. Portanto, não lhe é permitido o exercício de nenhuma profissão.
10ª regra: Os membros da Casa Real deverão residir em Niroli ou num país que o soberano aprove. O monarca tem a obrigação de viver em Niroli.
Um
Se não fosse tão tarde, não teria ido por aquele atalho.
Amelia praguejou e tentou libertar-se da roseira onde ficara presa ao subir pela grade das traseiras. Era a sua última visita do dia.
— Afinal, a lenda é verdadeira — disse uma voz masculina, que vinha de trás. — Há fadas no fundo do jardim.
Amelia virou-se. Um homem alto observava-a de baixo. Mal conseguia disfarçar a gargalhada. Tinha um ar italiano. Pele morena, cabelo preto... E, no entanto, o sotaque parecia norte-americano ou britânico, Amelia não tinha a certeza. Usava uma camisa e umas calças de marca italiana. Os botões superiores da camisa estavam desabotoados e deixavam entrever um peitoral musculado.
— Esta é a sua casa? — perguntou ela, puxando a saia para se libertar.
— Não — disse ele. — Só a arrendei por algumas semanas, mas o proprietário não me falou dos extras do jardim. Devia ter-me cobrado mais. Eu teria pago sem regatear.
Amelia sentiu uma onda de calor nas faces e franziu o sobrolho sem deixar de puxar a saia.
O desconhecido esboçou um sorriso e olhou para ela de cima a baixo.
— Bom, acho que me precipitei. Não é uma fada. Parece mais um duendezinho.
— Bom, na verdade sou enfermeira e já estou atrasada para a minha próxima visita ao domicílio — resmungou ela. — E se você ou o seu caseiro cuidassem melhor do jardim, eu não estaria aqui presa.
Ele cruzou os braços e começou a balançar-se sobre os calcanhares. Os seus olhos brilhavam com malícia.
— E se você não tivesse irrompido na minha propriedade, não teria ficado presa nesse matagal.
Amelia fulminou-o com o olhar e puxou a saia com raiva, mas a única coisa que conseguiu foi rasgar o tecido e deixar a descoberto parte da coxa.
— Se voltar a puxar essa saia, vai fazer-me corar.
— Importa-se de me deixar sozinha? — perguntou, irritada. — Preferia não ter público neste momento.
Ele tapou os olhos com as mãos.
— Prometo não olhar.
Amelia soltou um sopro e continuou a lutar com a saia. Sentia os olhos do desconhecido cravados na pele.
Finalmente, conseguiu libertar um lado da saia e virou-se para um prego no qual também ficara presa.
— Já posso olhar? — perguntou ele.
— Não — disse Amelia e deu outro puxão à saia.
Então, ouviu o tecido rasgar-se e, antes de poder reagir, acabou nos braços daquele homem.
— Oh! — exclamou a jovem, ao cair.
— Meu Deus! — exclamou ele, com um sorriso atrevido. — E eu que pensava que não voltariam a perder as saias por mim!
Amelia tentou tapar-se com o que restava de tecido.
— Por favor, ponha-me no chão! — exclamou, tentando controlar-se.
O rosto dele estava tão perto que podia ver as suas pupilas pretas. Tinha uma barba de dois dias, mas o cheiro frutado do seu aftershave ainda se misturava com uma fragrância embriagadora almiscarada, masculina...
Ele colocou-a, lentamente, no chão.
— Bom, agora vire-se e deixe-me dar uma olhadela.
Amelia ficou petrificada. O ar circulava por onde não devia fazê-lo e, para cúmulo, usava umas cuecas horríveis.
— O que se passa? — perguntou ele. — Ah! — exclamou, ao vê-la olhar para a grade.
Ela reprimiu uma expressão de raiva ao vê-lo ir para a grade. O desconhecido arrancou o que parecia ser a parte de trás da saia do prego. Voltou e entregou-lha com um sorriso brincalhão.
— Receio que vá precisar de alguns pontos.
— Não é assim tão grave — disse ela, recuando.
Com grande dificuldade, enfiou o farrapo por dentro do elástico da cintura da saia.
— Quer que a ajude a subir a grade? — ofereceu-se.
— Não, obrigada. Darei a volta — ela respirou fundo, apanhou a mala e seguiu em frente sem largar a saia.
— Não me disse o seu nome — disse ele. — Deixe-me adivinhar... Sininho?
Ela virou-se e cravou-lhe um último olhar.
— Não precisa de saber o meu nome, não voltará a ver-me por aqui.
— Que pena! Eu gostava da ideia de ter um duendezinho.
Ela seguiu em frente, mas o som das suas gargalhadas acompanhou-a até à casa da senhora Gravano.
— Parece que atravessaste um matagal — disse a idosa, ao abrir a porta.
— Quase — disse Amelia, fazendo uma careta ao olhar para a sua saia maltratada.
— Voltaste a vir pelo atalho?
— Sim, infelizmente! — olhou para a senhora Gravano, com cumplicidade. — Conheci o novo inquilino.
— Ah, o médico! Mudou-se esta manhã.
Amelia levantou a vista.
— Quem?
— O médico australiano — disse a senhora Gravano. — Pensei que sabias. Trouxeram o doutor Alex Hunter para Niroli para cuidar do rei. Ele ofereceu-se para trabalhar com o pessoal do Free Hospital, para criar uma nova unidade de cardiologia.
— Mas só devia vir no fim da semana que vem — disse Amelia.
Virou-se para lavar as mãos e disfarçar o seu transtorno.
— Suponho que antecipou a viagem para desfrutar do bom tempo, antes de começar a trabalhar — disse a idosa, enquanto punha o pé num banco, para que Amelia o examinasse. — É muito curioso, não achas?
— Curioso? — perguntou Amelia, confusa. — O que quer dizer?
— Parece tão italiano, que qualquer um diria que nasceu na ilha.
A jovem voltou a franzir o sobrolho e virou-se para a mala, para tirar as ligaduras que trouxera.
— Pelo seu sotaque, pareceu-me britânico.
— Recebeu uma educação excelente, claro! Acho que deu conferências no mundo inteiro, para dar a conhecer esta nova técnica.
— E, então, porque arrendou aquela casa em ruínas? O lógico seria que ficasse em Santa Fiera, onde estão o casino, os hotéis e os restaurantes.
— Suponho que prefere estar perto do hospital e da parte antiga da ilha. Além disso, só vai estar cá um mês e talvez queira desfrutar de um ambiente mais rural e verdadeiro. A cabana não está assim tão mal. Só é necessário limpar o jardim.
Amelia não foi capaz de imaginar o cardiologista com um ancinho na mão.
— E o que te pareceu? — perguntou a senhora Gravano.
Amelia franziu os lábios, enquanto lhe tirava a ligadura.
— Pareceu-me... Eh...!
A senhora Gravano desatou a rir-se.
— É muito bonito, o suficiente para fazer uma mulher suspirar. Não é assim, Amelia? Ainda bem que é cardiologista. Já deve ter destroçado muitos corações.
— Sim, bom. Não vai destroçar o meu — disse ela, com convencimento.
— Passaste demasiado tempo com as freiras. Eu sempre pensei que a emenda seria pior do que o soneto, quando te enviaram para aquele convento, depois da morte da tua mãe. És demasiado jovem para te consagrar aos outros, sem teres vida própria.
— Eu tenho vida própria.
— Chamas vida a isso? A viveres ao pé da montanha como uma camponesa, a limpares o que o teu pai e os teus irmãos sujam? Devias sair e desfrutar como as pessoas da tua idade. Trabalhas demasiado, Amelia. Demasiado!
— Não será para sempre. Tenho um novo emprego, começo amanhã — Amelia endireitou-se e prosseguiu. — O rei precisa de uma enfermeira durante dois dias por semana e consegui o emprego. Consigo conciliá-lo com o meu trabalho no Free Hospital.
A senhora Gravano arqueou os sobrolhos.
— E o que pensa o teu pai de trabalhares para o rei Giorgio?
— Não lhe disse... ainda.
— Ainda bem. Como bom republicano, não acho que goste de te ver a servir no palácio de Niroli.
— Tenho trinta anos, signora Gravano — disse Amelia. — Tenho idade suficiente para trabalhar onde quiser sem o consentimento do meu pai e dos meus irmãos... Além disso, não acho que o meu pai viva muito mais tempo.
— Como está?
Amelia suspirou.
— A piorar, embora ele se recuse a admiti-lo. Não quer ir ao hospital e não deixa que ninguém vá visitá-lo. E que médico se incomodaria em ir vê-lo para nada? Eu faço o que posso, mas receio que não lhe reste muito tempo.
— E não consegues convencer os teus irmãos a ajudarem-te?
— Eles ajudam-me quando podem, mas têm os seus próprios problemas. Não é fácil ser um Vialli na ilha de Niroli. As pessoas não esquecem.
— Então, as coisas não podiam estar piores — disse a senhora e os seus olhos entristeceram-se. — Felizmente, ainda não tinhas nascido. Havia muita violência, ódio...