O sabor do pecado
De MAGGIE COX
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Sobre este e-book
A reputação do sedutor e implacável empresário Gene Bonnaire precedia-o. Mas Rose já conhecera outros como ele e estava decidida a não se deixar enganar de maneira nenhuma.
MAGGIE COX
The day Maggie Cox saw the film version of Wuthering Heights, was the day she became hooked on romance. From that day onwards she spent a lot of time dreaming up her own romances,hoping that one day she might become published. Now that her dream is being realised, she wakes up every morning and counts her blessings. She is married to a gorgeous man, and is the mother of two wonderful sons. Her other passions in life – besides her family and reading/writing – are music and films.
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O sabor do pecado - MAGGIE COX
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2015 Maggie Cox
© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
O sabor do pecado, n.º 1667 - Março 2016
Título original: A Taste of Sin
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Reservados todosos direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-7715-3
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S. L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Epílogo
Se gostou deste livro…
Capítulo 1
Rose estava parada à frente da janela, hipnotizada pela chuva que não parara de cair durante a manhã, quando um Mercedes preto e reluzente se deteve à frente da loja de antiguidades.
Parecia uma cena de um filme, pensou, com o coração acelerado, enquanto esperava que o visitante, Eugene Bonnaire, saísse do veículo.
Até o nome lhe dava calafrios. Era um dos empresários mais ricos do país e era precedido pela sua fama de homem sem escrúpulos. Quando o patrão de Rose, Philip, pusera à venda a loja de antiguidades situada à frente do Tamisa, o senhor Bonnaire demonstrara o seu interesse imediatamente.
Novamente, Rose desejou que o patrão estivesse ali, mas, infelizmente, Philip estava internado no hospital. Na sua ausência, pedira-lhe para tomar conta da venda em seu nome.
Era um momento agridoce para Rose. Depois de ter passado anos a trabalhar para Philip, chegara a albergar a esperança de poder gerir o seu negócio algum dia. Além disso, estava apaixonada por aquele lugar. Por isso, a sua predisposição para o potencial comprador não era muito positiva.
Pela janela, viu como o motorista abria a porta do passageiro e saía um homem com um fato de corte italiano impecável. Assim que pousou o olhar no queixo forte e nos olhos azuis cristalinos, susteve a respiração. De forma inexplicável, teve a sensação de que estava prestes a enfrentar o seu maior medo e, ao mesmo tempo, o seu maior desejo.
Obrigando-se a sair do transe em que caíra a observar o recém-chegado através da janela, alisou o vestido e aproximou-se da porta. Quando abriu, apercebeu-se de que a altura do seu visitante a fazia parecer quase diminuta.
– Eugene Bonnaire? – perguntou, levantando o olhar para ele. – Entre. Sou a assistente do senhor Houghton, Rose Heathcote. Pediu-me para o receber em nome dele.
O francês atraente entrou. Apertou a mão de Rose com uma inclinação elegante de cabeça.
– É um prazer conhecê-la, menina Heathcote. Embora lamente que o seu patrão esteja doente. Posso perguntar como está? – inquiriu o recém-chegado, com cortesia.
Antes de responder, Rose fechou a porta e pôs o cartaz de «fechado» para que não os incomodassem. Enquanto isso, aproveitou para tentar recuperar a calma. O contacto da mão e o som grave e aveludado da voz dele tinham-na deixado com pele de galinha. Esperava não ter corado muito ou, pelo menos, que ele não se tivesse apercebido.
– Gostaria de poder dizer que está melhor, mas o médico comunicou-me que ainda se encontra em estado crítico.
– C´est la vie. As coisas são assim. Mas desejo que melhore.
– Obrigada. Dir-lho-ei. Bom, agora, quer acompanhar-me ao escritório para começar a reunião?
– Antes de começar, gostaria que me mostrasse o edifício, menina Heathcote. Afinal de contas, vim por isso.
Embora tivesse acompanhado as palavras com um sorriso encantador, era óbvio que estava diante de um homem que não se deixava distrair do seu objetivo, por muito educado que fosse, pensou ela. E o seu objetivo naquele momento era decidir se queria comprar a loja de antiguidades ou não.
– Claro. Será um prazer.
Rose levou-o para o andar de cima, para as três grandes salas que estavam cheias de obras de arte e antiguidades. Estava um pouco mais de frio ali em cima. Esfregando os braços que o vestido sem mangas deixava a descoberto, arrependeu-se de não ter ido buscar o casaco ao escritório.
– São salas muito espaçosas, tendo em conta que o edifício é tão velho – indicou ela. – Espero que goste do que vê, senhor Bonnaire.
Com um ligeiro sorriso, o seu interlocutor levantou o olhar para ela.
Então, quando os seus olhares se encontraram, Rose passou os segundos mais excitantes da sua vida. Desejou ter feito uma escolha mais afortunada de palavras. Por nada do mundo quisera convidar um homem como aquele a olhar para ela. Pensava que o dissera com segundas intenções? Segundo a imprensa cor-de-rosa, Eugene Bonnaire tinha uma fraqueza pelas mulheres extremamente belas e ela sabia que não se encontrava, nem de longe, dentro dessa categoria.
– Por enquanto, gosto muito do que vejo, menina Heathcote – declarou, sem desviar o olhar.
– Fico feliz – afirmou ela, enquanto a sua temperatura subia imediatamente. – Pode demorar o tempo que quiser a observar tudo.
– Fá-lo-ei, asseguro-lho.
– Ainda bem.
Baixando o olhar, Rose cruzou os braços, tentando passar o mais despercebida possível. Minutos depois, surpreendeu-se a observá-lo enquanto ele examinava a sala com atenção. De vez em quando, baixava-se para verificar em que estado estavam as paredes ou tocava nas vigas de madeira da sala. Era fascinante ver como passava as mãos fortes e grandes pela madeira e dava pancadas ocasionais na parede com os nódulos.
Por um lado, compreendia que quisesse verificar em que estado se encontrava o edifício em que queria investir. No entanto, era preocupante que não mostrasse interesse algum pelo conteúdo da sala. Philip dissera-lhe que tinha urgência por vender a empresa, pois a sua saúde fraca ia obrigá-lo a reformar-se e a pagar contas médicas intermináveis. Embora o patrão também esperasse trespassar o negócio das antiguidades ao mesmo comprador.
Sumida naquelas reflexões, o peso da responsabilidade que assumira ao aceitar tomar conta da venda foi ainda maior.
– Desculpe-me, mas vi-a tiritar algumas vezes – comentou o visitante, de repente. – Tem frio? Talvez queira ir buscar o seu casaco, Rose…
Quando a percorreu outro calafrio, não foi por causa da temperatura da sala, mas porque o seu nome parecera muito íntimo nos lábios de Eugene Bonnaire.
Na noite anterior, para se preparar para a entrevista, procurara informação sobre ele na Internet. Segundo parecia, era um homem implacável e com um apetite insaciável de êxito. Pensou que ia sempre atrás do melhor, sem importar quanto custasse. Além disso, tinha fama de mulherengo e era conhecido por sair com as mulheres mais impressionantes.
Não podia baixar a guarda, pensou Rose. Não deixaria que o encanto daquele homem a influenciasse na hora de fechar o acordo de negócios.
– Penso que vou fazer isso – declarou, sem hesitar. – Se quiser ver as outras salas que há neste andar, pode fazê-lo. Volto já.
Com uma inclinação cortês de cabeça, Eugene Bonnaire assentiu e, depois, concentrou a atenção ao edifício.
Pouco depois, quando Rose regressou, ele estava na sala mais afastada, onde se guardavam os artigos de mais valor. Surpreendeu-a encontrá-lo a admirar uma das vitrinas onde se guardavam as joias e questionou-se se o teria julgado mal. Talvez, para além do edifício, estivesse interessado em continuar com o negócio de antiguidades.
Sem conseguir evitar sorrir, aproximou-se com curiosidade por saber o que despertara o interesse dele. Tratava-se de um anel de pérolas e diamantes do século XIX, a peça mais valiosa da coleção.
– É bonito, não é?
– É, sim. Parece-se muito com o anel que o meu pai ofereceu à minha mãe quando o seu negócio começou a descolar – comentou ele, com ar ausente, e suspirou. – Mas as pérolas e os diamantes não eram verdadeiros, não podia pagá-los naqueles tempos.
Rose sentiu-se enternecida com o tom nostálgico dele. De repente, pareceu-lhe um homem triste e vulnerável.
– Tenho a certeza de que a sua mãe gostou tanto do anel como se fosse verdadeiro. O importante era o que representava, não o que custava – indicou e, diante do silêncio dele, que continuava a observar a joia absorto, acrescentou: – Talvez lhe interessa saber que este anel foi oferecido pela família de um soldado a uma enfermeira que ajudou os feridos da Guerra da Crimeia.
Eugene observou-a, cheio de interesse. Rose ficou com a boca seca e tremeu sem conseguir evitá-lo.
– Dizem que cada fotografia tem a sua história – comentou ele. – Sem dúvida, acontece o mesmo com as joias. Mas deixe-me perguntar-lhe uma coisa. Acha que a enfermeira em questão era muito bonita e que o soldado ferido era um oficial charmoso?
A pergunta dele, acompanhada por um brilho atrevido nos olhos, apanhou Rose de surpresa. Cheia de calor, respirou fundo para recuperar a calma e não corar, enquanto o observava.
– Mesmo que