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Vingança imerecida
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Vingança imerecida
E-book163 páginas2 horas

Vingança imerecida

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Sobre este e-book

Cometera um erro enorme, porque aquela mulher era completamente inocente e não merecia que se vingasse dela!
Naquele castelo construído nas falésias, contra as quais as ondas rebentavam, Marcos Ramírez planeara cuidadosamente a sua vingança contra a família Winter. Agora chegara o momento de pôr o seu plano em prática.
Tamsin Winter estava noiva de outro homem, porém Marcos iria para a cama com ela e destruiria a sua família.
Todavia Tamsin, afinal, não era a rapariga rica e mimada que Marcos esperava. Era uma jovem bonita e corajosa que seria um prazer seduzir.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de ago. de 2017
ISBN9788491702504
Vingança imerecida
Autor

Jennie Lucas

Jennie Lucas's parents owned a bookstore and she grew up surrounded by books, dreaming about faraway lands. At twenty-two she met her future husband and after their marriage, she graduated from university with a degree in English. She started writing books a year later. Jennie won the Romance Writers of America’s Golden Heart contest in 2005 and hasn’t looked back since. Visit Jennie’s website at: www.jennielucas.com

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    Vingança imerecida - Jennie Lucas

    Editado por Harlequin Ibérica.

    Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Núñez de Balboa, 56

    28001 Madrid

    © 2007 Jennie Lucas

    © 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.

    Vingança imerecida, n.º 1100 - agosto 2017

    Título original: The Spaniard’s Defiant Virgin

    Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.

    Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.

    Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.

    ® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.

    ® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.

    Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.

    I.S.B.N.: 978-84-9170-250-4

    Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.

    Sumário

    Página de título

    Créditos

    Sumário

    Capítulo 1

    Capítulo 2

    Capítulo 3

    Capítulo 4

    Capítulo 5

    Capítulo 6

    Capítulo 7

    Capítulo 8

    Capítulo 1

    Tarfaya. Marrocos

    Marcos Ramírez levantou os seus binóculos e olhou para a limusina coberta de flores a sair da vila pesqueira no meio de um redemoinho de pétalas de rosas. De onde estava, a vedação robusta, que protegia a vila das tempestades de areia por um lado e o mar pelo outro, estava cheia de buracos de balas vermelhas.

    Tamsin Winter. Nunca deixara de pensar naquela mulher apesar dos dez anos que passara em colégios internos até ter regressado a Londres há um ano. Naquela altura, a jovem herdeira aparecia frequentemente na imprensa cor-de-rosa, sempre com um homem diferente.

    – O carro está a chegar à posição, chefe – disse Reyes, o seu chefe de segurança.

    – Sim – Marcos desceu os binóculos.

    Sabia que os seus homens conseguiam raptar a jovem Winter sem a sua supervisão e evitar que chegasse ao seu casamento com o xeque. Marcos podia estar calmamente em Madrid, a beber café e a dar uma olhadela aos valores da bolsa de Londres e de Nova Iorque em vez de estar a comer areia do deserto.

    No entanto, há vinte anos que sonhava com aquela vingança e, finalmente, ia consegui-la. Assim que tivesse a rapariga, tanto ela como a sua família seriam destruídas. Como mereciam.

    Marcos sorriu. Só lamentava não poder ver o rosto do seu noivo quando soubesse da notícia, o maldito canalha.

    A limusina saiu da vila, percorreu a estrada coberta de areia que afastava o Sahara do Oceano Atlântico. Pôs o passa-montanhas e disse a Reyes.

    – Vamos.

    Tamsin Winter acabara de vender a sua virgindade ao melhor licitador.

    Enquanto olhava pela janela, sentia como se o caftan de noiva, branco e bordado com prata, fosse uma sauna. Quase sentiu inveja de uma mulher enrugada que estava a vender laranjas na rua. Vender fruta parecia-lhe muito mais agradável do que casar-se com um homem que já matara uma esposa.

    Respirou fundo e fechou os olhos. Não importava, disse para si. Deixaria que Aziz al-Maghrib lhe tocasse com os seus dedos carnudos, a beijasse com o seu bafo asqueroso e roubasse a sua inocência com o seu corpo rude e enrugado. Seria um pequeno preço a pagar para salvar a sua irmã mais nova de uma vida de miséria.

    Contudo, até há um mês, pensara que se apaixonaria e se casaria com um homem de quem gostasse. Sonhara ter uma carreira profissional e, algum dia, filhos. Tinham passado vinte e três anos durante os quais sonhara com o dia em que a sua vida começaria.

    Era estranho pensar que já tinha acabado.

    Salvar a sua irmã fora a melhor escolha que alguma vez fizera. Porém, mesmo sabendo isso, uma parte dela sofria por todo o tempo que perdera, pelos romances que nunca teria, pelas oportunidades que não aproveitaria. Se tivesse adivinhado que a sua vida seria tão curta…

    – Tamsin! Pára quieta. Vais amarrotar o vestido. Estás a fazer de propósito, estúpida.

    Tamsin abriu devagar os olhos, pintados com Kohl, e olhou para o rosto odioso da esposa do seu meio-irmão. Camila Winter tinha mais vinte anos do que Tamsin e a sua pele esticada, graças à cirurgia plástica, deixava ver a forma do crânio.

    – Pagaste as operações plásticas com o dinheiro de Nicole, Camila? – perguntou Tamsin com curiosidade. – É por isso que estás a deixar uma menina de dez anos morrer de fome? Para poderes parecer uma boneca?

    Camila suspirou.

    – Não te preocupes. O meu irmão vai dominar esse espírito rebelde – disse Hatima, a sua futura cunhada, num tom confidente.

    Hatima e Camila constituíam a sua negaffa, os dois parentes mais velhos que, segundo a tradição marroquina, tinham de ajudar a noiva, dar-lhe conselhos, acalmar quaisquer medos que o casamento despertasse.

    Bela ajuda, pensou Tamsin com amargura. Desviou o olhar, olhou para as suas mãos pintadas com hena e cruzou-as com cuidado no seu colo. No entanto, Hatima tinha razão, o seu marido bater-lhe-ia antes ou depois de lhe tirar a sua virgindade. Se calhar, antes e depois.

    Olhou pela janela quando atravessaram o portão da vedação que rodeava a vila. Não devia ter mantido a sua inocência por amor, pensou. Devia ter ido para a cama com o primeiro rapaz que a tivesse beijado numa festa da universidade. Se calhar não sofreria tanto como naquele momento.

    – O quê? Nenhuma resposta engenhosa? – Camila gozou. – Já não és tão valente, pois não?

    Pestanejou para conter as lágrimas, preferia morrer a chorar à frente de Camila, e olhou para os barcos de pesca que se mexiam na margem e para o voo livre das gaivotas sobre o oceano. Aparentemente decepcionadas pela sua falta de ânimo, as outras duas mulheres começaram a falar sobre alguns acontecimentos recentes em Laayoune.

    – A mulher de wali foi raptada – sussurrou Hatima. – Em plena luz do dia.

    – Em que está o mundo a transformar-se? – respondeu Camila. – O que lhe aconteceu?

    O trânsito diminuiu enquanto viajavam para norte pela costa, contudo, o carro mexia-se ora depressa, ora devagar. Tamsin olhou para o condutor com o sobrolho franzido. Apesar do ar condicionado, estava a transpirar.

    – O wali teve de vender tudo o que tinha para pagar o resgate. A família está arruinada, é claro, mas pelo menos a mulher voltou para casa.

    – Não lhe fizeram nada? – perguntou Camila, decepcionada.

    – Não, só queriam dinheiro. Era…

    A voz de Hatima transformou-se num grito quando o motorista deu uma guinada para a direita e travou. A limusina deu duas voltas sobre si antes de ir contra uma duna.

    O condutor abriu a sua porta e saiu a correr em direcção a Tarfaya.

    – Para onde vai? – gritou Camila, cravando as unhas na porta enquanto procurava o trinco.

    A porta foi bruscamente aberta do exterior. Três homens com passa-montanhas pretos e roupa camuflada espreitaram para o interior do carro, gritando algumas ordens num idioma que Tamsin não compreendeu.

    A porta do seu lado abriu-se e virou-se para olhar, dando um grito.

    Um homem, mais alto do que os outros, inclinou-se sobre ela. Apesar do passa-montanhas, conseguiu ver uma boca cruel e uns olhos cinzentos que se cravaram nela, frios e sérios.

    – Tamsin Winter – disse em inglês. – É finalmente minha.

    Sabia o seu nome. Um bandido estranho, pensou, enquanto as outras duas mulheres continuavam a gritar. Como é que um bandido do deserto sabia o seu nome?

    Teriam sido ouvidas as suas preces e estaria ali para a salvar?

    «Não», pensou, desesperada, «ninguém pode salvar-me». Tamsin tinha de se casar com Aziz ou a sua irmã pagaria um preço elevado.

    O que dissera Hatima que os salteadores queriam? Dinheiro?

    Humedecendo os lábios, endireitou-se no assento e disse:

    – Sou a noiva de Aziz ibn Mohamed al-Maghrib – disse. – Toque-me num cabelo e ele matá-lo-á. Devolva-me intacta e recompensá-lo-á.

    – Ah – surgiu um sorriso na boca do homem. – E como me recompensará?

    Tinha uma pronúncia estranha, as vogais abertas de um americano, mas com um toque exótico… como um espanhol. Quem era aquele homem? Era mais do que um simples bandido. A ideia assustou-a.

    – Um milhão de euros – disse Tamsin, imprudente.

    – Uma bela quantia.

    – Será rico – disse com esperança de que o tio de Aziz, o parente rico da família do seu futuro marido, concordasse em pagar.

    – Uma oferta generosa – disse o bandido, – mas, infelizmente, não quero dinheiro.

    Agarrou-a por um ombro. Tamsin gritou, deu pontapés e tentou arranhar-lhe a cara.

    – Não resista – gritou.

    Continuou a gritar e deu pontapés com mais força. Um dos seus sapatos caiu e bateu-lhe na barriga. Praguejando, agarrou-a pelos dois pulsos com uma mão, tirou um lenço de um dos bolsos e cobriu-lhe a boca com ele.

    Estava a drogá-la! Tamsin tentou não respirar, porém, um minuto depois, não conseguiu evitar fazê-lo. Sentiu um cheiro adocicado, tentou afastar a cara, no entanto, o homem não deixou. Voltou a respirar e o horizonte e o deserto começaram a girar até se tornarem negros.

    Tamsin acordou numa cama macia. Abriu os olhos devagar. O seu coração estava acelerado. Ouvia o som de água, o rangido de madeira e os gritos das gaivotas.

    De repente percebeu que estava nua.

    Sentou-se na cama e afastou os lençóis luxuosos de algodão. Apenas tinha o sutiã e as cuecas, a sua lingerie de noite de núpcias. Mais nada.

    – Calculo que tenha dormido bem – disse um bonito estranho da soleira da porta.

    Era alto, com ombros largos, pele bronzeada e cabelo preto e curto. Levava uma camisa branca e umas calças escuras que marcavam o seu corpo musculado.

    Nunca o vira antes, contudo, reconheceu a sua voz. Aquela boca cruel e sensual e os olhos escuros e frios.

    – Onde estou? – tinha uma memória imprecisa de um helicóptero e depois das ruas de Tânger. – O que fizeram a Camila e a Hatima?

    Entrou no quarto e olhou para ela com olhos malvados.

    – Devia estar preocupada com o que possa fazer-lhe.

    Era exactamente no que estava a tentar não pensar. Se o fizesse, começaria a gritar de terror. Não só por ela mas também por Nicole, que continuava em Tarfaya e que dependia dela.

    Tinha de manter a calma para conseguir pensar numa forma de fugir.

    – Também as raptou? – perguntou, tentando disfarçar o tremor da sua voz. – Para onde me trouxeram? Mandaram algum bilhete a pedir um resgate ao xeque?

    – Não haverá nenhum resgate – disse o homem cruzando os braços.

    – O quê?

    Aproximou-se mais da cama.

    – Deixei as outras em Tarfaya. Era você que eu queria.

    – Eu? Porquê?

    Limitou-se a olhar para ela, o seu rosto era uma máscara lindíssima.

    – Onde estamos? – voltou a perguntar.

    – No meu iate – disse com um gesto de triunfo no rosto.

    Bom, sim, isso já tinha percebido. Olhou pela janela. O sol estava a começar a pôr-se, tingindo a água de cor-de-laranja e carmesim. Não se via terra. Estavam em alto mar, pensou, ninguém conseguiria ouvir os seus gritos.

    Se não a raptara para pedir um resgate, então porque o fizera? Era-lhe indiferente o que a imprensa cor-de-rosa dizia dela pois não tinha nada de especial. A sua família não tinha nada que aquele homem pudesse querer. A empresa

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