O regresso do xeque
De Kristi Gold
4/5
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Sobre este e-book
Após seis anos de ausência, o príncipe herdeiro Zain Mehdi voltou ao trono. Mas com a sua reputação desacreditada. Aí, deparou-se com uma assessora política de olhos azuis chamada Madison Foster, preparada para ajudá-lo a resolver o problema. E Madison não era outro brinquedo para entreter o xeque…
O romance entre membros da realeza e da plebe era proibido, embora Madison não conseguisse resistir às apaixonadas noites na cama de Zain. Amar o príncipe herdeiro já era risco suficiente, mas será que o segredo de Madison arruinaria para sempre o reinado de Zain?
Kristi Gold
Since her first venture into novel writing in the mid-nineties, Kristi Gold has greatly enjoyed weaving stories of love and commitment. She's an avid fan of baseball, beaches and bridal reality shows. During her career, Kristi has been a National Readers Choice winner, Romantic Times award winner, and a three-time Romance Writers of America RITA finalist. She resides in Central Texas and can be reached through her website at http://kristigold.com.
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O regresso do xeque - Kristi Gold
Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2013 Kristi Goldberg
© 2014 Harlequin Ibérica, S.A.
O regresso do xeque, n.º 1196 - Julho 2014
Título original: The Return of the Sheikh
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises
Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-5338-6
Editor responsável: Luis Pugni
Conversão ebook: MT Color & Diseño
www.mtcolor.es
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Epílogo
Volta
Capítulo Um
Assim que Madison Foster saiu da limusina, foi rodeada por um grupo de guarda-costas, prova da importância do seu potencial cliente. Enquanto caminhava pelo estacionamento, a chuva começou a cair com mais intensidade. O guarda-costas à sua direita era muito corpulento, o da esquerda um pouco menos e havia ainda dois impressionantes capangas vestidos com fatos escuros que a seguiam através dos arranha-céus de Los Angeles. A poucos metros da entrada de serviço, ouviu os disparos das câmaras, mas não se deu ao trabalho de olhar. Se cometesse esse terrível erro poderia acabar na capa de algum tabloide sob uma manchete que diria: «A nova amante do príncipe playboy».
Chegaram a um recôndito elevador no final de uma passagem onde um homem inseriu um código no teclado junto à porta. Entraram na cabine e Madison sentiu-se como se estivesse rodeada por um bando de corvos.
O elevador parou uns segundos mais tarde e ao abrir-se a porta apareceu um homem num fato cinzento de seda, com cabelo escasso e óculos largos de armação de massa que lhe davam um ar intelectual. Assim que Madison saiu do elevador, ofereceu-lhe a mão e um sorriso.
– Bem-vinda, menina Foster. Sou o senhor Deeb, assistente pessoal de sua alteza.
– Muito prazer em conhecê-lo, senhor Deeb.
– Igualmente– disse ele, passando para o seu lado. – Venha comigo, por favor.
Com os guarda-costas na cauda do grupo, atravessaram o vestíbulo de mármore negro da cobertura. Como filha de diplomata e assessora política, estava habituada à opulência e aquilo não era o que se esperava encontrar. Tinha imaginado as joias, ouro e estátuas típicas da realeza, não um apartamento de solteiro. Ou melhor dizendo, o apartamento de um solteiro extremamente rico. Xeque Zain ibn Aahil Jamar Mehdi, o príncipe herdeiro de Bajul. De um modo inesperado, acabara de ser anunciado como o próximo rei. Era por isso que ela tinha sido convocada, para limpar em menos de um mês a reputação daquele homem de nome tão comprido.
Após passar sob a escada e virar à direita, Madison olhou para o senhor Deeb.
– Surpreende-me que o príncipe queira ver-me a esta hora da noite.
– O príncipe Rafiq é quem decide a hora– ripostou, sem olhar para ela.
Ela fora contratada por Rafiq Mehdi, irmão do príncipe Zain. O estranho comportamento de Deeb parecia-lhe inquietante. Pararam à frente de uma dupla porta de mogno no final do corredor e Deeb olhou para Madison. Abriu a porta e apontou para uma pequena sala com duas poltronas.
– Se quiser, pode sentar-se. Virei buscá-la quando o emir estiver preparado para recebê-la.
Isso presumindo que o homem a quisesse receber.
Depois do assistente dar meia volta e desaparecer atrás das portas, Madison tomou uma cadeira, passou a mão pela curta saia azul-escura e dispôs-se a esperar. Viu seguranças no corredor, dois deles colocados de ambos os lados da entrada. Estavam armados, o que não era de estranhar. Tendo em conta que se tratava de um futuro rei, decerto teria inimigos.
Madison ouviu de repente alguém levantar a voz, mas não conseguiu distinguir o que dizia. Ainda que tivesse podido, não teria compreendido, porque falavam em árabe. Do que não tinha duvida alguma era de que esse alguém estava chateado.
Zain Mehdi desconhecia o sentido da moderação, a julgar pelo seu comportamento questionável. O conhecido xeque tinha deixado o seu país há sete anos e estabelecera residência nos Estados Unidos. De vez em quando desaparecia durante meses para voltar a reaparecer com uma modelo ou uma atriz pelo braço, o que o fizera ganhar o título de Príncipe Fantasma das Arábias.
Essa maneira de atuar não surpreendia Madison. Tinha-o conhecido numa festa em Milão, muitos anos antes, a que tinha assistido com os seus pais. Nessa altura, ele tornara-se o amor platónico de uma jovenzinha de dezasseis anos. Não era provável que se lembrasse dela, uma desajeitada pré-adolescente insegura.
Quando as portas se abriram, alisou o seu casaco branco de linho e conteve o fôlego.
– E então? – perguntou a Deeb face ao silêncio deste.
– O emir vai recebê-la agora– disse. – Mas não está muito contente.
Desde que tivesse a oportunidade de convencê-lo, era indiferente para Madison o estado de espírito do príncipe.
– Está bem.
Deeb abriu a porta e seguiu-a para dentro do elegante escritório. O homem de um metro e oitenta que estava encostado à enorme secretária, de braços cruzados e com um olhar intenso que contrastava com a sua atitude relaxada, chamou-lhe a atenção. Nem as fotografias nem as suas recordações faziam justiça a Zain Mehdi.
Com os seus rasgos simétricos, a sua pele dourada e os seus profundos olhos castanhos de longas pestanas, parecia um ator de Hollywood a preparar-se para interpretar o papel de um monarca do Médio Oriente. Mas em vez de vestir cafetã, usava uma camisa branca e umas calças escuras. Pela sua expressão era evidente que não lhe agradava a visita dela.
Madison conteve os nervos e fingiu estar calma.
– Boa noite, sua alteza. Sou Madison Foster.
El ficou a olhar para a mão que lhe estendia, mas ignorou o gesto.
– Sei quem é. É filha de Anson Foster, membro do corpo diplomático e um velho amigo do meu pai.
Ao menos lembrava-se do seu pai, embora não a recordasse a ela.
– As minhas mais sinceras condolências pela sua perda, alteza. Imagino que o súbito falecimento do rei tenha sido um grande choque.
– Não tão impactante como só ficar a saber da morte dele duas semanas depois.
– O emir estava em viagem quando o seu pai faleceu– acrescentou Deeb atrás de Madison.
O xeque dirigiu um olhar reprovador ao assistente.
– É tudo por agora, Deeb. Eu a e a menina Foster continuaremos a nossa conversa em privado.
Madison voltou-se para olhar para Deeb.
– Como desejeis, emir– disse, fazendo uma reverência com a cabeça.
Assim que o homem saiu da sala, o xeque rodeou a mesa, sentou-se no seu cadeirão de cabedal e indicou-lhe com a mão que se sentasse.
– Sente-se.
Em vez disso, sentou-se numa cadeira, deixou a mala aos pés e prestou atenção aos seus modos.
– Agora que sabeis quem sou, compreendeis por que estou aqui?
Ele chegou-se para trás e acariciou o rosto.
– Está aqui a pedido do meu irmão, não meu. Segundo Rafiq, você é uma das melhores assessoras políticas do momento no país. Isso se a sua reputação for verdadeira.
Se a reputação dele fosse verdadeira, ia ter muito trabalho a fazer.
– Por que acha que preciso da sua ajuda?
– Para começar, há anos que não estais em Bajul. Em segundo lugar, sei da vossa preocupação em que não vos recebam de braços abertos quando volteis para ser coroado rei. E por último, temos o tema das mulheres.
– Não deveria acreditar em tudo o que se diz, menina Foster– disse, olhando para ela com indiferença.
– É verdade, mas muita gente acredita em tudo o que se diz. Portanto, é necessário transmitir a imagem de um líder eficiente à imagem do vosso pai.
Nesse instante, o sorriso desapareceu do rosto do xeque.
– Então, presumo que gostaria de copiar a imagem do meu pai.
– Não. Quero ajudar-vos a construir uma imagem pessoal melhor.
– E como pretende consegui-lo?
– Fazendo com que os vossos súbditos vos conheçam através de uma série de apresentações públicas e eventos sociais.
Ele inclinou a cabeça e ficou a olhar para ela.
– Pretende convidar todo o país para uma festa?
– Os eventos sociais serão privados. Só incluirei os vossos amigos e familiares, além dos membros do conselho de governo. Possivelmente, também uns quantos dignatários estrangeiros e alguns investidores.
Ele agarrou uma caneta e começou a dar-lhe voltas.
– Continue.
Ao menos parecia interessado.
– Sobre as apresentações públicas, tenho muita experiência em escrever discursos. Será um prazer ajudar-vos.
– Licenciei-me em Económicas pela Universidade de Oxford e falo cinco línguas, menina Foster. Que lhe faz pensar que não posso redigir os meus próprios discursos de maneira apropriada?
– Estou certa de que sois capaz, alteza, e por isso disse que posso ajudar-vos. O que digais e como o digais é muito importante para conquistar as massas.
– Não tenho nenhum interesse em meter-me em manobras políticas. Para o caso de não o saber, a minha posição está assegurada. Fui eleito para ser rei e