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Caminho para o mar...
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E-book77 páginas1 hora

Caminho para o mar...

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Sobre este e-book

Ao longo de nossas vidas, deparamo-nos constantemente com diversas oportunidades de aprendizado e de crescimento. Na maior parte das vezes estas oportunidades nos passam desapercebidas. Outras só são assimiladas muito tempo depois, quando adquirimos maturidade suficiente para compreendê-las. E poucas, muito poucas conseguem imediatamente atingir nossas almas. Assim é a mensagem de "Caminho para o mar...".

Escrito com extrema docilidade, "Caminho para o mar..." é uma história de amor - condição primordial para se completar qualquer caminhada.

É também a história de um rio evoluindo ao longo do seu próprio caminho. Um entre tantos outros rios, mas único na sua essência. Um entre tantos outros caminhos, mas que só esse rio poderia percorrer. É uma história que não pretende ditar regras ou estabelecer verdades. Ao contrário, quer mostrar que cada rio cria seu próprio leito, tem suas próprias margens e irriga seus próprios vales. Mas conta, acima de tudo, a história de uma busca latente em cada átomo do Universo: a união da parte com o Todo, a fusão da energia com o Cosmos, o encontro do rio com o mar...

IdiomaPortuguês
Data de lançamento3 de mai. de 2016
ISBN9781311482136
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    Caminho para o mar... - Fernando Viegas Marinho

    © Fernando Viegas Marinho e Filhos

    Coordenação Editorial: Márcia Soares

    Revisão: Gilberto Scheid

    Projeto gráfico e editoração eletrônica: A 4 Mãos Comunicação e Design Ltda.

    Conversão e adaptação para formato digital: Paulo Morin

    Proibida a reprodução parcial ou total sem permissão expressa dos detentores de direitos autorais desta obra. Todos os direitos reservados.

    ***

    Caminho para o mar...

    FERNANDO VIEGAS MARINHO

    A uma mulher de fibra, raiz e tronco da árvore da vida, que jamais se vergou diante das intempéries do mundo – NILDA.

    A quatro bênçãos, frutos de um amor sublime, que ao tempo de iniciarem sua formação como homens já sabiam ensinar e construir – FERNANDO, SÍLVIO, FLÁVIO e CRIS.

    A esses e outros RIOS – cuja declinação de nomes seria excessiva – que formaram o caudal de experiências que, adiante, se relata.

    Agradecimento especial a dois anjos da guarda:

    MÁRCIA SOARES – poder místico que realiza sonhos;

    IASID BEDRAN JÚNIOR – poder fraterno que sustenta conquistas.

    A WILSON TRÓPIA,

    Mão que me abriu janela para ser instrumento desta singela mensagem.

    ***

    Prólogo

    Conta-se que ele havia alcançado a iluminação. E o seu conceito de homem que vencera o mundo extrapolou os limites da sua pequena e pobre aldeia.

    Em pouco tempo, tanto alguns habitantes locais, quanto outros chegados de algures, foram rodeando o Mestre, buscando encontrar orientação em suas palavras e atingir a verdade que liberta.

    E o Mestre deixou-se possuir por natural entusiasmo: em sua voz e em suas mãos se encontravam os meios que poderiam conduzir aquele povo sofrido a uma melhoria de vida. Por isso, a seus discípulos falava do caminho... e do amor maior que a ele conduz; gratificava-se com o que conseguia revelar; relembrava e comentava a sua própria experiência, dando-a como exemplo a ser observado; citava atos e palavras de outros consagrados mestres; ditava práticas ascéticas. Tentava, enfim, estender aos que dele se aproximavam as mesmas bênçãos que recebera do Pai.

    Sua humildade em apenas servir, no entanto, não o impediu de ouvir os conselhos de alguns fiéis que o cercavam e que, a pretexto de auxiliá-lo no desempenho de tantos e tamanhos compromissos, induziram-no a organizar sua nova vida: tempo de meditação; tempo de pregação; tempo de atendimento aos necessitados; tempo de descanso; tempo de cura; tempo de reunião com a cúpula coordenadora, etc., etc. Para tanto, os que lhe eram mais chegados tramaram, propuseram e obtiveram delegação de poderes e de responsabilidades. O Mestre cuidaria do principal: a iniciação esotérica daqueles de boa vontade. A equipe cuidaria do secundário: administraria a nova comunidade religiosa; disciplinaria os atos; distribuiria tarefas; arrecadaria fundos de manutenção; limitaria e controlaria o comércio; reservaria os melhores setores para o comércio próprio dos objetos sagrados pelo Mestre: suas relíquias, fotos, objetos de uso pessoal, água benta, amuletos, etc; interferiria junto ao poder temporal, para obtenção de melhoramentos da infra-estrutura urbana setorial -ainda que a custo de comprometimento eleitoral; faria a triagem dos fiéis e dos pretendentes a discípulos, e coordenaria tudo o mais que merecesse a especial atenção da organização.

    A aldeia ganhou corpo. Estendeu seu perímetro. Cresceu. Em pouco tempo era Vila. Mais algum tempo já assumia ares de cidade... pequena, porém, cidade.

    O comércio ia de vento em popa. A população tinha febril atividade. A riqueza circulava e aumentava... especialmente para alguns.

    O Mestre, embora à margem da quase totalidade dos acontecimentos; embora sem conhecimento pleno de tudo quanto à sua volta sucedia, se frustrava. De seus discípulos, grande maioria envolvida na administração do hasram, poucos, muito poucos apreendiam o conhecimento transmitido... raros o acolhiam no coração... somente no intelecto. O conhecimento não era saboreado... poucos, muito poucos, raros alcançavam o íntimo saber. Dentre seus seguidores apresentavam-se repetidores de suas palavras; mas raros os discípulos com respostas para o esconhecido. A superficialidade do compreender e do intelectualizar sufocava a profundidade do conhecer e do saborear. Tudo o que pretendera deixar para a posteridade achava-se achatado na limitação humana. Tudo o que pretendera transmitir a todos os integrantes daquela comunidade não encontrava ressonância, a não ser no íntimo de alguns poucos discípulos: nos corações daquela maioria de seguidores tudo não passava de estudada retórica e de requintadas palavras..., porém, vazias, sem sabor, sem substância, sem profundidade – tudo não passava de absoluta artificialidade, resultante da ausência da experiência viva. Poucos seguidores, apenas aqueles raros abnegados, estavam dispostos ao crescimento vertical - do ser. A grande maioria achava-se envolvida com o crescimento horizontal - do ter.

    A revolução social a que se submetera a aldeia – e que todos rotulavam de progresso – se tornara uma guerra entre mascates, uma disputa de poder, tudo manipulado pela organização político-religiosa, sempre em nome da ordem e da disciplina.

    Tal situação, aos poucos, parcialmente, chegou ao conhecimento do Mestre. A tristeza, gradativamente, corroeu e, afinal, abateu o seu ânimo. Não que algo de fora pudesse perturbar-lhe a serenidade de espírito, a paz interna. Mas, tristeza ao perceber e constatar que a

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