Romance em londres
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Sobre este e-book
Molly Cooper vivia numa ilha do Pacífico e queria trocar a sua casa por um apartamento exclusivo num bairro de Chelsea, para um período de férias. O seu sonho era explorar a Grã-Bretanha… e conhecer o perfeito cavalheiro inglês.
Patrick Knight achava as mensagens de correio electrónico de Molly absolutamente fascinantes e pensava que trocar a sua casa de Londres pela idílica casinha de Molly o ajudaria a escrever o seu primeiro romance, mas as coisas não estavam a correr como planeara…
O que fazer quando se apercebe de que a pessoa que ama está no outro extremo do mundo, a viver em sua casa e a dormir na sua cama?
Barbara Hannay
Barbara Hannay lives in North Queensland where she and her writer husband have raised four children. Barbara loves life in the north where the dangers of cyclones, crocodiles and sea stingers are offset by a relaxed lifestyle, glorious winters, World Heritage rainforests and the Great Barrier Reef. Besides writing, Barbara enjoys reading, gardening and planning extensions to accommodate her friends and her extended family.
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Romance em londres - Barbara Hannay
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2011 Barbara Hannay
© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Romance em Londres, n.º 1296 - Setembro 2016
Título original: Molly Cooper’s Dream Date
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Publicado em português em 2011
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Bianca e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença. As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-8559-2
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Epílogo
Se gostou deste livro…
Capítulo 1
– Esta é a minha parte favorita – disse Molly, quando o casal no ecrã da televisão se afastou e caminhou em direcções opostas da ponte de Westminster, em Londres. – Ele virou-se para ela a seguir.
Molly estava aninhada no sofá. Karli, na outra ponta, agarrou um punhado de pipocas.
– Não percas o que vem a seguir, Karli. Eu choro cada vez que o vejo. Ele ouve o Big Ben, pára e… – disse Molly e, desatando a chorar, acrescentou: – vira-se. Olha para a cara de tristeza dele!
– Vê-se que a ama tanto… – disse Karli, também emocionada.
– É uma cena linda! – Molly pegou num lenço de papel, enquanto o herói continuava a olhar para a mulher que, vestida com um casaco de peles, se afastava dele.
Karli abraçou-se a uma almofada.
– Vai atrás dela.
– Não. Ele pensa que, se o amar, olhará para trás.
No ecrã, um autocarro vermelho de dois andares parou e a heroína entrou nele.
– Não! – protestou Karli quando a câmara focou o herói, cujo rosto reflectia desespero. – Não me digas que acaba mal!
Molly apertou os lábios. A câmara mudou para um ângulo do qual se via o rio Tamisa e o Parlamento, a figura solitária do herói e o autocarro a afastar-se.
Karli franziu o sobrolho, enquanto Molly abraçava os joelhos, concentrada.
A câmara continuou a afastar-se, até que o autocarro quase desapareceu. O ruído do trânsito foi substituído pelo som emotivo de violinos. Embora Molly já tivesse visto aquele filme uma dúzia de vezes, não conseguia deixar de chorar.
E, por fim… o autocarro parou e a figura minúscula da heroína saiu dele. A câmara fez um zoom lento até focar os dois amantes que, aproximando-se, se fundiram num abraço.
Começaram a passar os créditos no ecrã e Karli franziu o nariz.
– Não é mau.
– Não é mau? – Molly sorveu as lágrimas. – Reconhece que é maravilhoso. A cara de Christian quando pensa que perdeu Vanessa é o momento mais emocionante da história do cinema! – Molly deu um suspiro. – E Londres é a cidade mais romântica do mundo!
– Que ideia! É Paris. O que se passa é que tens um fraco por homens ingleses.
Molly ignorou o sarcasmo da sua amiga, porque havia muito de verdade nele. Apagou a televisão e foi até à janela. A lua iluminava as copas dos pinheiros e reflectia-se nas águas do Mar de Coral.
– O que tenho claro é que nesta ilha nunca me acontecerá nada romântico.
– Não tenho assim tanta certeza. Talvez não tenhamos o Big Ben, mas a lua cheia sobre a baía Picnic é espectacular. Foi o cenário perfeito para a declaração de Jimbo.
Molly virou-se a sorrir.
– Mas são um casal à parte. Todos sabiam que acabariam juntos desde que se conheceram na creche.
– Não sei o que tem de romântico que Jimbo passe metade do tempo num barco de pesca.
– Sempre que vejo este filme quero ir a Londres – disse Molly, indo para a cozinha preparar um chocolate quente.
– E porque não a Sidney ou a Brisbane?
Molly revirou os olhos. Nenhuma cidade da Austrália podia comparar-se a Londres, à sua história, à sua arquitectura e ao seu cosmopolitismo. O nome das ruas ecoava nos seus ouvidos como poesia.
– Eu preferia ir à América. Jimbo prometeu-me levar-me a Las Vegas – disse Karli.
– Quando?
– Um dia. Se conseguirmos um emprego mais bem pago.
– Eu tenho o mesmo problema. Gasto quase todo o salário na hipoteca da casa e, pelo que vi, as rendas em Londres são muito caras.
– Podias tentar arrendar esta casa.
Molly tremeu. A ideia de que houvesse estranhos na casa que tinha pertencido à sua avó durante cinquenta anos incomodava-a.
– Ou porque não propões uma troca? – insistiu Karli. – Poderias escolher a pessoa certa por um determinado prazo. O meu primo fê-lo com uma rapariga da Dinamarca e correu muito bem.
Molly sentiu um aperto no estômago.
– Uma troca? Como funciona?
Patrick Knight olhou com animosidade para a pilha de documentos que tinha sobre a secretária e, depois, para o relógio. Eram oito horas e ainda tinha horas de trabalho pela frente.
Tirou o telefone do bolso e escreveu precipitadamente uma mensagem a Angela: Desculpa, Ange. Tenho imenso trabalho. Tenho de cancelar esta noite. Podes ser na sexta-feira? P.
Fechou a tampa do telefone e pegou bruscamente na pasta seguinte. Sentia uma mistura de cansaço físico e frustração mental.
Os últimos anos de crise económica tinham transformado o seu trabalho interessante nos bancos numa fonte de constante stresse. Era como trabalhar na frente de guerra. Muitos dos seus colegas tinham sido despedidos ou tinham-se demitido, e outros tinham sofrido colapsos nervosos. Às vezes, tinha a sensação de ser um sobrevivente.
Era verdade que tinha salvado algumas contas importantes, mas para isso tivera de trabalhar por três pessoas e os louvores do seu chefe já não compensavam. Tinha chegado a um ponto em que não compreendia porque continuava a fazer aquele trabalho, que tornara a sua vida privada… inexistente. Nem sequer tinha tempo para desfrutar da linda casa de Chelsea que acabava de comprar, nem para sair com a sua namorada.
Inclusive, era um milagre que tivesse conseguido conhecer Angela e duvidava muito que fosse continuar ao seu lado em vez de o deixar, tal como tinham feito as predecessoras.
Quanto à outra promessa absurda que fizera de escrever um livro no seu tempo livre… Parecia uma piada. Excepto que deixara de ter graça. Tratava-se da sua vida e estava a deixar que lhe escapasse entre os dedos. Qualquer dia, acordaria e teria cinquenta anos, e, tal como o seu chefe, estaria pálido e chato, e só seria capaz de falar de trabalho.
Chegou-lhe uma mensagem de Angela: Desculpa. Nem na sexta-feira, nem em nenhum outro dia. Demasiados cancelamentos. Adeus, querido P. Ange.
Patrick deixou escapar um palavrão. No dia seguinte enviar-lhe-ia duas dúzias de rosas, embora duvidasse que servisse de alguma coisa. Por outro lado, também não se sentia particularmente abatido e isso era mais uma prova de como a sua vida privada era patética.
Com raiva, afastou a cadeira da secretária e começou a andar de um lado para o outro do escritório, até que o seu olhar se fixou num globo terrestre na prateleira e para o qual costumava olhar quando sonhava partir de Londres. Aproximou-se dele e, fazendo-o girar, ficou a olhar para os borrões em que se transformavam os continentes. Pôs-lhe um dedo em cima e esperou que parasse.
«Se fosse livre, iria para o lugar que o dedo assinalar quando parar completamente», pensou.
Quando viu que em vez de um lugar exótico como o Taiti ou o Rio do Janeiro se tratava de uma pequena ilha a este da Austrália, soltou uma gargalhada. Aproximou-se para ler o nome: ilha Magnetic.
Nunca tinha ouvido falar.
Estava prestes a voltar para a sua secretária quando pensou: «Disse que iria para qualquer sítio. Pelo menos, devia descobrir alguma coisa sobre essa ilha».
Mas para que iria incomodar-se se não podia ir a lado nenhum?
«Mas e se fizer com que seja possível?»
Procurou a ilha na Internet e arqueou os sobrolhos ao ver os primeiros resultados da busca. Tratava-se de um destino turístico conhecido, com palmeiras, praias de areia branca e um mar tropical.
De repente, um dos resultados da busca chamou-lhe a atenção: Troca de casa. Abriu-o.
Troca de casa: Ilha Magnetic, Queensland, Austrália.
Casa de campo com