O coração do milionário
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Sobre este e-book
A notícia de que o romance com Jenna Baker tinha desembocado no nascimento de duas belíssimas crianças foi muito difícil de digerir para Nick Falco. O magnata nunca se considerara parte do clube dos que assentavam a cabeça, mas agora que sabia que era pai tinha a intenção de dar o seu apelido aos filhos.
Mas Jenna não estava disposta a deixá-lo regressar à vida dela… a menos que proferisse aquela palavra que Nick jamais tinha pronunciado.
Maureen Child
Maureen Child is the author of more than 130 romance novels and novellas that routinely appear on bestseller lists and have won numerous awards, including the National Reader's Choice Award. A seven-time nominee for the prestigous RITA award from Romance Writers of America, one of her books was made into a CBS-TV movie called THE SOUL COLLECTER. Maureen recently moved from California to the mountains of Utah and is trying to get used to snow.
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O coração do milionário - Maureen Child
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2008 Maureen Child
© 2016 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
O coração do milionário, n.º 2166 - dezembro 2016
Título original: Baby Bonanza
Publicada originalmente por Silhouette® Books
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Harlequin Desejo e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited.
Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-687-9220-0
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
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Capítulo Um
– Ah!
Jenna Baker saltou sobre o seu pé direito e agarrou-se aos doridos dedos do pé esquerdo. Lançou um olhar furioso à mesa que estava aparafusada ao chão do seu minúsculo camarote e amaldiçoou em silêncio o homem responsável por ela estar a fazer aquele cruzeiro infernal.
Nick Falco.
Surgiu-lhe a imagem dele na cabeça e, durante um segundo, gozou a onda de calor que a invadiu. Mas esse calor desapareceu um minuto depois, sendo logo substituído por uma raiva gelada.
Melhor seria que se concentrasse nessa última emoção. Até porque, ao contrário dos outros passageiros do Falcon’s Pride, ela não estava no barco para divertir-se. Estava ali por outra razão. Por uma boa razão.
Com o pé ainda dorido, deu passo e meio até chegar a um pequeníssimo guarda-vestidos. Já tinha arrumado a roupa e as poucas coisas que levara. Tirou uma blusa amarela do cabide e levou-a para a casa de banho, onde se chegava com apenas mais um passo.
A casa de banho era do tamanho das dos aviões e nela havia um polibã desenhado para um anão. De facto, a abertura da porta de correr era tão estreita que quando saía cobria sempre o peito com um braço, com receio de magoar os mamilos.
– É evidente, Nick – murmurou, – que quando decidiste transformar este velho barco no teu navio principal deverias ter pensado um pouco mais nas pessoas que não vivem na coberta superior.
Disse para si própria que aquilo era típico nele. Ela sabia como Nick era, antes de conhecê-lo pessoalmente naquela sufocante noite de Verão, há pouco mais de um ano. Era um homem que se dedicava a transformar a sua linha de cruzeiros na mais importante do mundo. Fazia o que fosse preciso para alcançar esse objectivo. E não se desculpava por isso.
Ela trabalhava para a empresa dele quando o conheceu. Era assistente do director de um dos seus outros transatlânticos. Adorava o trabalho e a ideia de viajar. E cometera a estupidez de apaixonar-se pelo chefe. Tudo por culpa de um romântico encontro ao luar e do inegável encanto de Nick.
Já nessa altura sabia que o chefe nunca teria uma relação com uma das suas empregadas. Por isso, quando o sexy e atraente Nick Falco tropeçara nela e achara que era uma passageira, não o elucidara. Devia tê-lo feito, e sabia-o, mas que mulher não se teria deixado levar por aquele rosto tão bem esculpido, com uns olhos azuis e um cabelo castanho e espesso onde dava vontade de mergulhar os dedos?
Suspirou um pouco, apoiou as mãos em ambos os lados do pequeno lavatório e lembrou-se de como se sentira da primeira vez que ele lhe tocara. Tinha sido mágico. Nem mais nem menos. Sentira um formigueiro na pele e o coração começara a bater tão rapidamente que até lhe custava a respirar. Nick dançara com ela ali, sob as estrelas, com a brisa do mar a acariciá-los e a música a flutuar no ar como um suspiro.
E depois da primeira dança tinha havido outra e, ao sentir os braços de Nick à volta do seu corpo, não tinha conseguido parar de mentir-lhe, erro que acabou por pagar alguns dias depois. Tiveram um caso. Um encontro sexual ardente que abalara a sua alma e destroçara o seu coração.
E depois, uma semana mais tarde, Nick tinha descoberto por outra pessoa que Jenna trabalhava para ele. Rompera de imediato com ela, recusando-se a ouvi-la e despedira-a à chegada ao porto.
Aquela despedida… continuava a doer-lhe tanto como no dia em que aquilo acontecera.
– Meu Deus, que estou eu a fazer aqui? – suspirou. Doía-lhe o estômago por causa dos nervos que andavam a roê-la por dentro há já muito tempo.
Se houvesse outra maneira de fazer aquilo, tê-lo-ia feito. Depois do que acontecera, não tinha vontade alguma de voltar a ver Nick.
Cerrou os dentes, levantou o queixo, voltou-se bruscamente e bateu com o cotovelo na porta. Fez uma expressão de dor e olhou-se ao espelho.
– Estás aqui porque tens de estar – disse para si mesma. – Além disso, ele não te deixou nenhuma outra opção.
Tinha que falar com Nick, o que se revelou uma tarefa nada simples. Visto que ele vivia no navio principal da sua frota de transatlânticos, não podia enfrentá-lo em terra firme. E, nas poucas vezes em que o navio estava no porto de São Pedro, na Califórnia, Nick encerrava-se num deck com mais segurança que a Casa Branca. Como não conseguira falar com ele pessoalmente, tentara fazê-lo por telefone. E quando esse método também fracassara, tinha começado a escrever-lhe e-mails. Dois por semana, pelo menos, durante os últimos seis meses mas, aparentemente, ele devia tê-los apagado sem sequer os abrir. Por fim, tinha-se visto obrigada a fazer uma reserva no Falcon’s Pride e a embarcar num cruzeiro que não lhe apetecia fazer e ao qual nem podia permitir-se.
Há mais de um ano que não subia a bordo de um navio e até o mais leve movimento daquele enorme transatlântico lhe fazia tremer os joelhos. Tinha havido uma época em que adorava andar de navio. Desfrutara da aventura de um trabalho em que não se estava dois dias seguidos no mesmo lugar e onde, em cada manhã, via uma paisagem diferente pela clarabóia do seu camarote.
– Isso quando tinha clarabóia – admitiu, ironicamente.
Desta vez, viajava no camarote mais barato disponível, sem janela, parecendo que estava hospedada na cave do navio.
Uma sensação estranha e inquietante.
Talvez se sentisse de outra forma se tivesse conseguido dormir um pouco. Mas na noite anterior sobressaltara-se ao ouvir o ruído da corrente da âncora enquanto a subiam. Parecia que navio se estava a partir em dois e, depois de ter imaginado aquilo, não fora capaz de voltar a conciliar o sono.
– Tudo por culpa de Nick – disse ao seu próprio reflexo, e ficou contente por este ter dito que sim com a cabeça, dando-lhe razão. – O senhor multimilionário, que está demasiado ocupado e é demasiado importante para responder ao teu e-mail.
Lembrar-se-ia dela? Teria visto o seu nome nas mensagens e ter-se-ia perguntado quem raio era aquela pessoa? Jenna franziu o sobrolho sem deixar de olhar-se ao espelho. «Claro que sabe quem sou. Não lê as minhas mensagens porque não quer, para me enlouquecer. Não pode ter esquecido aquela semana».
Apesar do fim abrupto, essa semana com Nick Falco levara a que toda a sua vida sofresse uma reviravolta. Era impossível que o caso só a tivesse afectado a ela.
– De certeza que continua a ser um conquistador – disse. – É provável que tenha continuado a ter relações com outras mulheres tão tolas como eu, que também não se darão conta, até que seja tarde demais, que ele não é o homem perfeito.
Bom… Isso era mentira.
Na verdade, era mesmo perfeito. Era alto, bonito, tinha o cabelo escuro e espesso, os olhos azuis-claros e um sorriso encantador e malicioso. Nick Falco era capaz de deixar qualquer mulher arrepiada, mesmo antes de provar-lhe como era bom amante.
Jenna encostou a testa ao espelho.
– Talvez isto não tenha sido boa ideia – sussurrou, ao aperceber-se dos calafrios na barriga, e dos calores noutras partes do corpo, só de se pensar naquela semana com ele.
Fechou os olhos e não conseguiu deixar de lembrar-se das noites que passara com Nick, a dançar na coberta, sob a luz das estrelas. O piquenique nocturno a dois na proa do navio. O jantar no seu varandim, a beber champanhe e a deixar cair umas gotas sobre o seu decote para que ele as lambesse. Deitada na sua cama, entre os seus braços, ouvindo-o sussurrar promessas de prazer ao ouvido.
Como era possível que a simples recordação daquele homem pudesse continuar a fazê-la tremer de desejo? Jenna não queria encontrar uma resposta àquela pergunta. Não estava naquele navio por luxúria, nem por causa do que tinham partilhado no passado. Desta vez, o sexo não fazia parte da equação e ela ia ter de encontrar uma forma de resolver o passado enquanto lutava pelo futuro. Por conseguinte, obrigou-se a afastar aquelas imagens da sua mente e a voltar à realidade. Abriu os olhos, olhou-se no espelho e fez-se forte para perseguir o seu objectivo.
O passado levara-a ali, mas não pretendia despertar velhas paixões.
Naquele momento, a sua vida era diferente. Já não procurava nenhuma aventura. Tinha um objectivo e Nick teria que ouvi-la, quisesse ou não.
– Portanto, está demasiado ocupado para responder às minhas mensagens? – murmurou. – Pensa que acabarei por desaparecer? Pois