Unidos para sempre
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Sobre este e-book
Talvez fosse uma funcionária magnífica, mas com aqueles fatos recatados que usava, Gianluca Palladio nunca parara para olhar para Aisling. Uma festa permitiu-lhe vislumbrar a mulher que se escondia sob o aspecto sério e eficiente de Aisling: uma mulher apaixonada com a qual acabou por ir para a cama. Porém, uma noite não era o suficiente. Gianluca precisava de, pelo menos, outra noite para acabar o que tinham começado…
Sharon Kendrick
Fast ihr ganzes Leben lang hat sich Sharon Kendrick Geschichten ausgedacht. Ihr erstes Buch, das von eineiigen Zwillingen handelte, die böse Mächte in ihrem Internat bekämpften, schrieb sie mit elf Jahren! Allerdings wurde der Roman nie veröffentlicht, und das Manuskript existiert leider nicht mehr. Sharon träumte davon, Journalistin zu werden, doch leider kam immer irgendetwas dazwischen, und sie musste sich mit verschiedenen Jobs über Wasser halten. Sie arbeitete als Kellnerin, Köchin, Tänzerin und Fotografin – und hat sogar in Bars gesungen. Schließlich wurde sie Krankenschwester und war mit dem Rettungswagen in der australischen Wüste im Einsatz. Ihr eigenes Happy End fand sie, als sie einen attraktiven Arzt heiratete. Noch immer verspürte sie den Wunsch zu schreiben – nicht einfach für eine Mutter mit einem lebhaften Kleinkind und einem sechs Monate alten Baby. Aber sie zog es durch, und schon bald wurde ihr erster Roman veröffentlicht. Bis heute folgten viele weitere Liebesromane, die inzwischen weltweit Fans gefunden haben. Sharon ist eine begeisterte Romance-Autorin und sehr glücklich darüber, den, wie sie sagt, "besten Job der Welt" zu haben.
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Unidos para sempre - Sharon Kendrick
Editado por Harlequin Ibérica.
Uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2007 Sharon Kendrick
© 2017 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Unidos para sempre, n.º 1118 - setembro 2017
Título original: Accidentally Pregnant, Conveniently Wed
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
® Harlequin, Sabrina e logótipo Harlequin são marcas registadas propriedades de Harlequin Enterprises Limited.
® e ™ são marcas registadas por Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas em que aparece ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
Imagem de portada utilizada com a permissão de Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos estão reservados.
I.S.B.N.: 978-84-9170-267-2
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Página de título
Créditos
Sumário
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Epílogo
Se gostou deste livro…
Capítulo 1
Não queria estar ali. Apesar do ar condicionado, Aisling sentia que uma gota de suor corria entre os seus seios. Mas esse era o efeito que exercia sobre ela. O efeito que exercia em todas as mulheres. Alguns chamavam-lhe encanto, outros, manipulação. Fosse o que fosse, era algo muito potente.
– Aisling?
O sotaque italiano de Gianluca Palladio penetrou nos seus pensamentos e Aisling tentou recompor-se, enquanto se afastava da janela e da panorâmica espectacular do centro de Roma, para olhar para o homem moreno sentado à frente da sua secretária. O homem a quem chamavam Il Tigre, porque era feroz e poderoso, e porque caçava sozinho…
Naquele dia, as suas garras lendárias estavam escondidas. Gianluca parecia um tigre urbano, com o seu fato cinzento-escuro que destacava a largura impressionante dos seus ombros. A camisa era azul-clara e a gravata era dourada, como se alguém a tivesse esculpido com aquele metal e depois pendurado ao seu pescoço, onde quase parecia aborrecida, comparada com a cor morena da sua pele.
Era indiferente quantas vezes o seu trabalho a pusesse em contacto com ele, isso nunca parecia diminuir a emoção que a embargava cada vez que o via. Mas era uma atracção perigosa e Aisling aprendera a contê-la e a apresentar o rosto imparcial que exigia o seu trabalho. E, fazendo exactamente isso, sorriu.
– Sim, Gianluca?
– Estavas perdida nos teus pensamentos – observou ele, em voz baixa.
– Estava… a admirar a paisagem.
Gianluca também tinha estado a admirar a paisagem… porque as costas de Aisling Armstrong eram mais convidativas do que a sua expressão rígida. Quando se inclinou para a frente para olhar pela janela, a curva do seu rabo demarcou-se por baixo da saia, oferecendo-lhe uma panorâmica do corpo que havia por baixo.
Por uma vez, tinha um aspecto feminino, suave… Uma imagem que desapareceu quando se virou. Mas ele não a contratava pelas suas qualidades decorativas, pois não?
– É uma vista maravilhosa, não é? A melhor do mundo – Gianluca estava a olhar para a construção elaborada de mármore que se erguia atrás dela, com as suas estátuas e as suas colunas brancas. – Gostas do monumento de Vittorio Emanuele? O monumento que os romanos odeiam e ao qual chamam «o bolo de noiva».
Os seus lábios, tão sensuais, acariciavam as palavras como se estivessem a morder uma fatia daquele bolo… Ou estaria ela particularmente sensível ao assunto do casamento depois de ter ido ao casamento de três amigas suas? Algo que a deixara praticamente emocionada, como se tivesse perdido um autocarro que não sabia que estava à espera.
Olhou para ele directamente nos olhos, perguntando-se como podiam ser ao mesmo tempo duros e suaves, e depois repreendeu-se.
«Pára de fazer isso!», pensou, com algo parecido a desespero. «Pára de fantasiar com ele!»
Claro que tinha os olhos lindos. E a cara e o corpo. E aquele sorriso estranho e interessante… Tudo nele, inclusive a arrogância, era incrivelmente atraente.
«Mas Gianluca Palladio é um Don Juan milionário que não está ao teu alcance, portanto, deixa-te de tolices, Aisling!»
– Pensei que a maioria dos romanos o comparava com uma dentadura postiça.
Gianluca riu-se, assinalando a cadeira que havia à frente dele. Admirava a sua competência profissional e, embora lhe custasse admiti-lo, também a sua ironia britânica.
Não esperara contratar uma mulher para o prestigiado cargo de caçadora de talentos no ramo hoteleiro da sua vasta organização, mas ela era a melhor. No entanto, Aisling Armstrong era a antítese de tudo o que gostava numa mulher.
Com os seus olhos azuis gelados, era tão severa… Era verdade que as suas pestanas eram compridas e escuras, mas não sabia que um bocadinho de maquilhagem melhorava inclusive as mulheres mais bonitas? Embora ele nunca pusesse a gélida menina Armstrong nessa categoria. Com frequência, perguntava-se porque insistia em fazer um coque tão apertado.
Como poderia fazer com que uma mulher assim agisse como uma mulher?, perguntou-se.
– Comparas este grande monumento com uma dentadura postiça? – riu-se, fingindo-se indignado. – Ah, mas eu sou italiano e prefiro a versão mais romântica. Tu não?
«A versão mais romântica.» Sabendo o que sabia do senhor Palladio, Aisling suspeitava que estava a seduzi-la.
– Na verdade, não tinha pensado muito nisso.
– Não? As mulheres não imaginam sempre o seu bolo e vestido de noivas? Não é esse o sonho que têm desde a infância?
Certamente sonhariam com isso se ele estivesse envolvido, pensou Aisling. Era lógico que fosse tão arrogante sendo tão arrebatador. E não era por isso que se sentia tão incómoda com ele? Ela, a precavida Aisling Armstrong, apaixonara-se por um homem que todas as mulheres perseguiam.
– Neste século, não creio – respondeu. – De facto, muitas mulheres sentir-se-iam insultadas por essa afirmação de que só pensam no seu casamento, quando há tantas coisas em que pensar.
– Ah, tu és uma dessas mulheres, suponho. Ofendi-te, Aisling?
Ela abanou a cabeça.
– Não, absolutamente! Podes expressar qualquer opinião… Por muito antiquada que seja. Eu sou muito tolerante com o comportamento dos outros, já deverias sabê-lo.
Apesar da sua resposta séria, ou talvez devido à mesma, Gianluca riu-se novamente. Na verdade, estava aborrecido e a ideia de argumentar com aquela mulher que se esforçava para parecer uma bibliotecária era o suficiente para o animar.
Assinalou então a bandeja de café que uma das suas assistentes trouxera.
– Senta-te, vamos beber um café.
– Obrigada – disse Aisling, desejando não ter dado à sua assistente o resto do dia livre. Mas o senhor Palladio queria beber café com ela e ela devia assentir.
– Sem leite e sem açúcar, não é?
Aisling arqueou um sobrolho.
– Espanta-me que te lembres.
– Eu lembro-me de quase tudo – murmurou Gianluca. – Especialmente, com as mulheres que têm tantos segredos como tu.
– Garanto-te que não tenho segredos. E não vejo porque seja tão relevante.
– Não sabes que as mulheres enigmáticas deixam os homens loucos?
– Não, não sabia – respondeu ela, rezando para que não lhe tremesse a mão enquanto levantava a chávena.
Aquela era a parte do trabalho que fazia pior. O resto conseguia fazê-lo perfeitamente. A procura de possíveis candidatos para cada cargo, as entrevistas para separar os prováveis dos não interessantes, tudo isso era muito fácil. Mas beber café com um homem com o qual noutras circunstâncias jamais teria uma relação, um homem que considerava tão incrivelmente atraente… Isso era muito mais difícil.
Na noite anterior, durante a festa que Gianluca Palladio organizara para comemorar o fim das reformas do seu novo e sumptuoso hotel em Roma, fora-lhe fácil evitá-lo, porque estava rodeado de personalidades e políticos que lutavam para falar com o milionário italiano. Como se esperassem que algum do seu encanto passasse para eles. E, no meio, a inevitável corte de mulheres bonitas procurando a sua atenção.
Aisling concentrara o seu interesse nos que tinham trabalhado horas a fio para que aquilo corresse como era previsto, pessoas a quem toda a gente se esquecia de agradecer. Tendo ela mesma começado dessa forma, identificava-se com aqueles trabalhadores. Além disso, era uma questão de relações públicas. Se algum deles fosse para Inglaterra à procura de emprego, o seu nome seria o primeiro que recordariam…
Mas naquele dia não podia fugir. Só conseguia olhar para aquele rosto e para os olhos pretos brilhantes que pareciam estar a rir-se dela. Bebendo um gole de café, recordou o dia em que conseguira o contrato com Gianluca Palladio, quase dois anos antes…
Naquele dia, fazia vinte e oito anos e