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Desde a Ermida
Desde a Ermida
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E-book122 páginas1 hora

Desde a Ermida

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Sobre este e-book

É inesgotável a riqueza que encerra todo o intervalo de oração, mas é mais palpável quando se prolonga por vários dias. Na solidão do solidão e gostando da presença de Deus. Nesse momento o Senhor revela-se de uma maneira clara e profunda que pouco a pouco vai impregnando todos os aspectos da nossa vida.

O irmão Esteban de Emaús aproxima-nos à experiência do seu itinerário espiritual, mediante diálogos, descrições e memórias. Tenta aproximar-nos ao encontro místico com Cristo num caminho atual muito semelhante ao dos padres do deserto. É um convite mas também um guia que nos dá sinais precisos até à Ermida Interior.

O IRMÃO ESTEBAN DE EMAÚS é um eremita católico, que consagrou a sua vida à vida do Nome. Depois do seu livro A Oração de Jesus, volta a transmitir-nos um pouco mais do que significa viver este modo tão especial de rezar, repetindo uma e outra vez o Santo Nome. 

IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de jan. de 2018
ISBN9781547502431
Desde a Ermida

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    Desde a Ermida - Esteban de Emaús

    Desde a Ermida

    Esteban de Emaús

    Traduzido por Bruno Santos 

    Desde a Ermida

    Escrito por Esteban de Emaús

    Copyright © 2017 Esteban de Emaús

    Todos os direitos reservados

    Distribuído por Babelcube, Inc.

    www.babelcube.com

    Traduzido por Bruno Santos

    Babelcube Books e Babelcube são marcas comerciais da Babelcube Inc.

    Desde a Ermida

    Esteban de Emaús

    DEDICATÓRIA

    Esta pequena obra é dedicada a Lorenzo,

    Irmão e amigo do coração,

    Entusiasta companheiro de vigílias.

    AGRADECIMENTOS

    Ao Arquitecto Andrés Peralta e a Sebastián, pelo apoio e companhia durante muitos anos.

    Este livro não teria sido possível sem Sonsoles, que participou na correção do manuscrito, e com o seu alento e estímulo constante.

    Recordamos e saludamos aqui também os leitores do Hesíquia blog pelas suas consultas, sugestões e ajuda.

    APRESENTAÇÃO

      Não me é fácil escrever uma introdução para o manuscrito que tenho entre mãos. Trago um amigo portando a carga do entranhável. Disse-me que podia ser breve, que não me preocupasse, que fosse sincero.

      A minha dificuldade começa perante a natureza do texto. O mesmo combina ensinos espirituais do tipo coloquial no seu contexto monástico com descrições algo minuciosas emparelhadas com o poético. Para satisfazer os males, no final juntam-se dois anexos breves que oscilam entre o ensaio fenomenológico e a reflexão filosófica.

      Mas o problema não acaba aí. Ainda que algumas passagens permitem situar o relatado num tempo preciso, a sensação que tive ao terminar a leitura foi de incerteza. O conteúdo vai revelando um certo processo; em algumas ocasiões o autor fala-nos do passado, noutras se refere ao presente, e há ainda passagens nas quais eu acho que ele imagina, sem compromisso, um certo futuro.

      Não sou uma pessoa que adira a uma religião particular. Também não apoio o ateísmo. Não me sinto relativista ou consumista, nem estou entre aqueles que praticam um hedonismo adormecido. Isso incomoda-me, em algum ponto do texto, mas digo-o amistosamente.

      O optimismo incomodou-me, tal como a esperança que este pequeno volume transpira. Vem a abanar a capa do niilismo com a qual protejo-me das desilusões produzidas pelo mundo. Esta gente acredita em tudo. E parece que acredita e julga tudo. E parece que vivem e gostam e passam a vida melhor que eu, sem dúvida.

      É que não há afetação nem beatice grosseira, nem encapsulamento em arcaísmos que produzem aversão. Não posso negar que me agrada a combinação entre inteligência e emoção com a qual este texto foi tecido. Me deixa deveras interrogante, de mente aberta, as possibilidades do que ainda virá. Esta gente simplesmente interessa-me.

      Este escrito vem consolidar uma conclusão à qual cheguei há algum tempo e da mera observação do movimento social: as religiões não estão a desaparecer.

      A espiritualidade ou a religiosidade no ser humano não está a retroceder face á explosão do tecnológico e do material invasivo e surpreendente, e as religiões não ficam também relegadas a um mero fenómeno quantitativo de piedade popular, como prognosticavam analistas com experiência no foro psicossocial no início da década de 80. A mim custa-me associar o ópio dos povos com a profundidade simples que aqui se transluze.

      Esse amigo de muitos anos que me trouxe o compromisso inevitável de colocar algumas palavras antes do texto em si y que me deu a liberdade e confiança de escrever as que quereria, diz que Deus não está morto, nem lá em cima no céu, nem aqui entre as gentes e que não só não está morto, como dará que falar.

      A sua ingénua frescura irrita-me, esse optimismo inflexível que ele chama a sua fé, choca com o meu racionalismo esquemático. Mas não posso ocultar a mim mesmo que essa característica é o que mais me agrada da sua pessoa. Reconheço que gostaria de crer como ele. Gostava de sentir como sentem aqueles que têm as coisas claras, possuir a força vital que lhes vem dessa unidade interior.

      Vou terminar estas linhas citando não o autor, quem não conheço mais que pelo texto, e que não parece muito interessado em dar-se a conhecer, senão ao meu cordial amigo, que por correio me contava uma caminhada que tinha feito a um monte perto do mosteiro onde se encontrava. A experiência que descreve é-me alheia mas como ele diz só por desejá-la aproximas-te de vivê-la.

      "Enquanto percorro o caminho, sombreado por numerosas árvores, que se vai estreitando á medida que chego ao cimo, respiro profundamente o calor do meio-dia. Vou em busca da Virgem, que está no topo, segundo me disseram.

      Há cantos sombreados por tanta vegetação, tão cheios de vida!

      Não soube que o foi, se a graça, o esforço físico ou o santo Nome que sussurrava de contínuo, o que habilitou a experiência.

      Comecei a perceber os raios de sol que penetravam na folhagem, como se fossem desenhados, muito nítidos e claros. O sagrado evidenciou-se imediatamente, mediante uma calma particular que me inundou o coração e os membros.

      Ausentou-se qualquer rasto de pressa e uma alegria profunda e sem expectativas apoderou-se do ânimo.

      Cruzei-me com o extremo de uma subtil trepadeira, muito verde, frágil e bonita. Nesse preciso momento, um raio de sol veio de encontro a ela e centuplicou-lhe a beleza. Ainda que não pudesse ver com os olhos, aquele jacto de luz

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