Fragmentos: Laurénio

De João Dias Martins

Um grupo de indivíduos vê-se envolvido numa perigosa caça através do tempo e do espaço por misteriosos artefactos capazes de realizar qualquer desejo ou, se mal utilizados, provocar a destruição do Universo.

***

Neste episódio:

Quando a única forma de fazer justiça é acreditar no impossível, quão justo pode ser um céptico?

Laurénio Oliveira, vice-coordenador da Divisão Criminal, do Departamento de Processos Públicos, analisa com o inspector Ascânio Simões as circunstâncias quase sobrenaturais de um caso de aparente suicídio.

Antes que cheguem a uma conclusão, são interrompidos por uma chamada da Polícia Urbana a dar conta que o irmão de Laurénio esteve envolvido numa acção policial e acaba de dar entrada no hospital com um ferimento de bala.

Simões tenta convencer Laurénio a ir até ao hospital para saber o que aconteceu, antes de começar a julgar o irmão. Laurénio acaba por ceder, convencido de que já sabe o que irá ouvir. Porém, a história que têm para lhe contar é algo que ele não está à espera.

• Idioma: Português
• Editora: João Dias Martins
• Data de lançamento: 5 de dez. de 2017
• ISBN: 9781370164639

João Dias Martins

O meu nome é João Dias Martins e só existo porque fui criado. Participo em histórias e às vezes também as escrevo.Neste momento estou concentrado na escrita da série literária INTERSECÇÕES, um projecto ambicioso sobre um grupo de indivíduos envolvidos numa busca através do tempo e do espaço por misteriosos artefactos capazes de realizar qualquer desejo ou provocar a destruição do Universo.No entanto, sempre que a inspiração assim o obrigue, outras histórias serão escritas.Para saber mais detalhes sobre os meus vários projectos visite https://joaodiasmartins.wordpress.com/.

Pré-visualização do livro

OBRAS PUBLICADAS

- INTERSECÇÕES TEMPORADA 0: FRAGMENTOS

EPISÓDIO 7 - O HOMEM DE FATO

EPISÓDIO 6 - MANUEL

EPISÓDIO 5- DÉRCIO

EPISÓDIO 4 - LAURÉNIO

EPISÓDIO 3 - VÍTOR E HELENA

EPISÓDIO 2 - FERNANDO E SOFIA

EPISÓDIO 1 - IRINA

BREVEMENTE:

EPISÓDIO 0 - O ARTEFACTO

- CONTOS

IGUARIA

QUERIDO, ESTÁS MORTO

A FONTE

O ACTO DE PASSAR A FERRO

Esta é uma história de ficção.

A não ser em relação ao que aconteceu mesmo.

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Lisboa, Departamento de Processos Públicos, Divisão Criminal

22 de Setembro de 2008, fim de tarde

Havia alturas em que a rua estava demasiado próxima. Laurénio até era daqueles que apreciavam o contacto com as pessoas — afinal era por elas (e para elas) que trabalhava — só que estar a apenas um andar de distância da rua, às vezes, perturbava a sua concentração. E isso podia causar sérios problemas. Naquele fim de tarde, só por mero acaso, a rua até estava muito calma. Demasiado calma, diria ele. Tão calma que quase conseguia ouvir os seus pensamentos. O que também não era bom. Sobretudo quando eram pensamentos que ele preferia não ter.

Olhou para o relógio, mal reparando nos ponteiros. Não era normal aquela rua estar tão sossegada, fossem que horas fossem. Aquela era uma zona de passagem constante, de movimentos e ajuntamentos, de falatórios. Por momentos considerou a hipótese de algum dos seus colegas ter chamado a polícia para montar um cordão policial (alguns faziam isso; ele não), mas depois lembrou-se que àquela hora, além dele, já só devia estar lá a equipa de