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A Janela
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E-book162 páginas2 horas

A Janela

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Sobre este e-book

Tamara não é mais uma menina, ela cresceu, sem a presença dos seus amados pais que tragicamente morreram em um acidente de carro misterioso e sem explicação. Quando consegue seguir em frente na sua carreira tão sonhada, descobre que o mundo não era como imaginava, e que podemos ter em nossa volta as piores pessoas do mundo. Tamara se depara com um assassino em série, retirando a vida cruelmente de jovens mulheres solitárias.
E os sonhos de Tamara serão influenciadores em todo esses casos.
Poderá ser uma maldição ou uma bênção? A resposta é mais profunda do que todos imaginam.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de mar. de 2018
ISBN9781370957835
A Janela
Autor

Priscila Gomes

Priscila M. S. Gomes amante de histórias de terror trash, nasceu no dia 16 de setembro de 1989, mora do RJ, Bióloga, Especialista em Análises Clínicas, Mãe do pequeno Eddie, casada com Lucas Gomes seu maior fã, filha de Veronica e Wilson. Atualmente trabalha como Editora Assistente na Revista SUSTINERE da UERJ e em 2015 lançou a sua primeira obra A JANELA e dai por diante não parou mais.

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    Pré-visualização do livro

    A Janela - Priscila Gomes

    Dedico a obra ao Lucas, meu querido marido, companheiro e amigo, à Wilson e Verônica meus amados pais, que estiveram comigo em todos os momentos, sempre com muita compreensão e incondicional apoio dispensados a mim durante toda a minha trajetória. Agradeço a Edir minha sogra, ao Carlos meu sogro e a Norma minha segunda sogra por acreditarem que poderia ser possível mais uma conquista em minha vida.

    Prólogo

    Tamara não é mais uma menina, ela cresceu, sem a presença dos seus amados pais que tragicamente morreram em um acidente de carro misterioso e sem explicação. Quando consegue seguir em frente na sua carreira tão sonhada, descobre que o mundo não era como imaginava, e que podemos ter em nossa volta as piores pessoas do mundo. Tamara se depara com um assassino em série, retirando a vida cruelmente de jovens mulheres solitárias.

    E os sonhos de Tamara serão influenciadores em todo esses casos.

    Poderá ser uma maldição ou uma bênção? A resposta é mais profunda do que todos imaginam.

    Dormindo

    Noite passada eu consegui me divertir como nunca me divertia a tempos, todos os meus amigos juntos em um único local é realmente uma raridade; além de outras pessoas que eu acabei conhecendo junto aquela grande confusão organizada, muita conversa, boa música e ótimas companhias. Estávamos há algum tempo tentando marcar essa reunião de confraternização, mas com a correria do dia acabava dificultando o encontro do grupo, porem com a véspera do feriado tudo ficou muito mais fácil e conseguimos concretizar o planejado, depois de um dia de trabalho complicado cada um chamou quem queria, igual a uma corrente e por não trabalharem no dia seguinte, deixaram de lado as amarras e se libertaram dos problemas mergulhando na ideia da reunião, foi a melhor noite depois de muito tempo. O bar estava lotado, eram amigos dos amigos dos amigos, tanta gente que acabou fechando o local apenas para o nosso pessoal, confesso que noventa por cento eu nem conhecia, eram tão animados e comunicativos, que acabei ignorando tal detalhe.

    Cheguei por volta das oito da noite, acabei chegando cedo porque simplesmente eu não quis voltar em casa para trocar de roupa. Decidi ir vestida como estava, não estava de uniforme, mas também não estava com uma roupa muito formal. Vestida casualmente, retoquei apenas o batom no banheiro e aumentei pouco a maquiagem para melhorar a aparência de cansada e esconder a olheira enorme que ostentava por semana por causa do cansaço. Vi no mínimo umas cinco mulheres entrando no banheiro fazendo a mesma coisa, porém nenhuma era conhecida, fiz tudo o que eu precisava, voltei para a minha mesa onde todos os amigos se sentavam próximo a um janelão, com vista para a vegetação que era realmente deslumbrante. Ao sentar identifico uma dose de tequila intacta para cada um, eles esperavam o meu retorno para que o brinde pudesse ser feito por todos, levantamos os copos, brindamos a nossa felicidade e claro ao amor. Bebemos em um único gole, ficamos bem animados e novamente mais uma rodada é colocada, havia muita conversa, muita música, mais conversas, mais bebida, mais e mais comidas e tudo junto com muito barulho. Já percebo uma tonteira difícil de ser controlada, acho que nunca tinha enchido tanto a cara como nesse dia.

    A imagem dos meus amigos estava totalmente distorcida, nada percebem e eu nem ao menos sei o que estava fazendo, quando um deles chega próximo e me fala que estava na hora de voltar, fico agradecida, já estava exausta de tanto álcool, por esse motivo a minha memória não consegue dizer em certo como cheguei em casa. Tudo girava, sentia como se o chão não estive firme e que o teto fosse desabar em cima da minha cabeça, um enjoo forte corroendo o meu estômago, a ponto de conseguir sentir uma queimação acima do esterno borbulhando e se aproximando do esôfago, sentia um gosto azedo subindo pela minha garganta desejando sair como um vômito podre totalmente imerso pela bile.

    Queria dormir para relaxar por causa de todo aquele álcool, vejo que alguém abre a porta da minha casa, fazendo com que eu me apoie e consiga caminhar até o meu quarto tão desejado naquele instante. Sou colocada no colchão com o máximo de cuidado possível, mas ao tentar olhar o rosto da pessoa mau consigo ver, por conta da minha maquiagem borrada que sujava todo o meu olho. Cuidaram de mim, cobriram-me com todo o cuidado possível, tiraram o meu sapato e fecharam a porta guardando as chaves em baixo do tapetinho onde sempre tenho o costume.

    – Será que foi um anjo lindo que cuida de mim nessas horas complicadas? Acho que não.

    Mesmo preocupada pela situação e totalmente embriagada, acaba tendo a sua lógica conflitada pelos pensamentos do porquê e de como essa pessoa sabia sobre as chaves, onde era o meu quarto e que de alguma forma ele tinha gravado os cômodos da casa.

    As confusões dos meus pensamentos poderiam estar manipulando a minha imaginação, eu mesma posso ter ido para casa, aberto a minha porta e me arrumado para dormir sem a ajuda de ninguém. Acho que o mero desejo de ter alguém próximo cuidando dos meus problemas podem ter se manifestado diante daquela grande bebedeira, e assim conseguem aumentar o meu enjoo e antes que eu pudesse me libertar na cama e relaxar, fico com uma leve lembrança de um carinho em minha cabeça. Uma mão quente, áspera, desliza sobre mim com leves movimentos circulares, sinto um forte calor em minha testa incapaz de me relaxar e potencializa a minha vontade de dormir.

    Leve como seu o meu corpo conseguisse voar faz com que eu sinta algo realmente fora do comum, começo a receber uma enxurrada de pétalas brancas que tocam o meu corpo suavizando minha pele. Transportada em um campo totalmente coberto por rosas brancas se movimentando quase como uma dança, todas com leves balanços sincronizados.

    – Tamara você não consegue perceber?

    – Mãe é a senhora? Por favor, diga que é. Todas as noites antes de dormir lembram-me dos nossos bons momentos, sinto tanto a sua falta.

    – Filha calma, a sua mãe não pode estar com você por tanto tempo, a minha luta é outra, confio na sua força.

    – Porque eu preciso ter tanto cuidado?

    Tento pensar sobre o assunto, mas acordo com um susto sem tempo para qualquer resposta, me sufoco como se alguém pressionasse a minha traqueia fazendo com que nenhum ar se direcione até a glote, bloqueando totalmente a entrada do oxigênio respirado até os meus pulmões. Sinto os dedos apertarem o meu pescoço com tanta vontade que por alguns segundos acredito naquela situação.

    Provavelmente a ressaca ressaltou qualquer pesadelo que eu poderia presenciar, o álcool destruiu visivelmente o meu sono.

    Sinto meu corpo gelado e todo desprotegido, com suor escorrendo pela minha pele molhando todo meu colchão antigo. Difícil de entender porque suei tanto, se estava descoberta e com a janela aberta, todo o meu quarto estava gelado pelo frio que fazia do lado de fora, já totalmente acordada sentia que a transpiração não parava, continuava intenso, molhando ainda mais a minha cama.

    Essa situação em momento algum me fez pensar em levantar e tentar trocar a roupas ou até mesmo fechar a janela para que o frio parasse de adentrar o meu quarto. Estava paralisada em cima da cama, não sei se o álcool acabou me fazendo delirar e prejudicar as minhas ações, mas o que eu queria era sair dali de alguma forma, tentando me mover mas em vão nada acontece e meu corpo ainda molhado pelo suor fica preso pelo medo desconhecido, junto com a agonia de não estar entendendo simplesmente nada, a falta de ar aparece novamente me sufocando, forçando incansavelmente em vão a inspiração até o momento que lentamente adentra uma luz negra no local da minha permanência, sem muita direção definida não sei se a força que estou fazendo está prejudicando o meu psicológico, e por algum motivo desconhecido abro um enorme sorriso.

    – Tamara acorda você precisa acordar, acorda, acorda vamos!

    – Nossa eu estava dormindo?

    Acordei novamente.

    – Ou será que ainda estou dormindo?

    – Meu Deus do céu.

    Todo pijama estava ensopado de suor, o meu cabelo está todo encharcado por conta da transpiração.

    – Estou cansada.

    Os olhos estão pesados e mesmo dormindo parece que nada no meu corpo se desligou.

    – Acho que eu não devia ter bebido tanto ontem.

    Acabei tendo um pesadelo louco, todo o álcool que eu consumi deve ter sido eliminado pela pele, porque puta que pariu como estou suada, e a única lembrança que tenho desse sonho louco é a imagem de pétalas brancas vagando.

    – O que eu fiz na noite passada?

    Quase não tenho costume de sair e quando resolvo sair é essa loucura, até sonhos bizarros acabo tendo. Fiquei pensando sobre ontem, em como cheguei em casa, quem entrou, quem me trouxe ou pior se era uma pessoa conhecida. No dia seguinte não tive muitas preocupações, acabei esquecendo rápido todo o pesadelo, e para eu tentar lembrar precisaria de muito esforço.

    No momento eu preciso comer devido ao desgaste da noite passada, porem será necessário ir ao supermercado fazer compras para o almoço e jantar. Tenho dificuldades de controlar a minha despensa, preciso repor o estoque de comida se eu quiser sobreviver por mais um mês aqui em casa, e com cuidado preciso observar cada produto que vou comprar, vendo as validades ou se algumas embalagens estão comprometidas. Mesmo precisando ser rápida acabo demorando no supermercado, pelo meu excesso de preocupação, quando verifico o relógio, já se passou uma hora, após as compras finalizaria os meus relatórios solicitados pelo meu chefe impaciente, satisfeita porque no final das contas as coisas se resolveram, comprei tudo e nada foi esquecido.

    Cozinhar sempre me ajudou a pensar e acabei preparando o meu refogado com tanta vontade, que parecia uma grávida cheia de desejos por conta daquela comida. Minha mãe sempre fazia e há tempos não sentia o sabor desse prato, não tenho muito costume de cozinhar em casa, mesmo sabendo fazer de tudo na cozinha. Foi muito prazeroso, por poder matar as

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