Do tempo em que eu não era feliz
De Sheila Ramos
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Do tempo em que eu não era feliz - Sheila Ramos
Agradecimentos
Aos que nunca desistiram de mim
Aos que sempre me amaram
Aos que sempre me deram as mãos
A vocês toda minha gratidão e este livro
Poema 1
A janela branca aberta ouvia o bater suave da cortina amarela esvoaçante ao sabor do vento frio que soprava naquela manhã.
A luz entrava e o cheiro de remédio saía por entre os raios luminosos.
Maria Teresa estava doente, mas sentia uma imensa alegria em seu peito.
O céu que ela via era azul, assim como o mundo interno que ela enxergava.
A dor consumia seu corpo, mas a alma gritava alto que a vida era bela como a flor do campo que um dia colocaram em seus cabelos negros e hoje escassos. Suave como aquele canto mágico do pássaro preto, naquele instante.
Não chorava, mas seus olhos esverdeavam assim mesmo.
Veio ao mundo e pensava ser isso demasiado bom e, por isso, não lamentava estar ali.
Mulher boa, a Maria Teresa.
Mãe de 5 filhos.
Mulher de apenas dois homens.
Sabia muito da vida e pouco de si mesma.
Morreu logo depois.
Desvarios
Dez da manhã
e quarenta minutos
Em dias variados.
Onze da manhã
E trinta e três minutos
Nos dias seguintes.
Eu engulo e prendo você
Dentro da gaiola do peito.
Angústia
Dor
Sofrimento
Ele bate
Descompassa
Finge de morto
E eu aguento.
Essa contagem de tempo
Todo dia
No mesmo sol dourado alto
Cercada das mesmas bestas
Que invadem meus pensamentos
Todo dia volta
Todo dia passa.
Eu te detesto irônica agonia
Te detesto!
Poema 2
Eram poucas folhas e um caderno velho e rasgado. Mas era tudo.
A bela moça que envelhecia se sentou no banco rude e tosco, e segurou seu tesouro.
De tudo que fizera na vida, de tudo que tinha que valesse algo, nada valia tanto como aquele monte de palavras escritas e borradas pelo choro.
Maria, a Joana, sabia disso embora o tempo todo alguém lhe dissesse pra não valorizar tanto assim algo que parecia ser ela mesma.
Ninguém sabe, mas foi duro começar.
Olhar e ver o valor.
Aceitar o tesouro guardado no peito.
As frases escritas em pensamentos nas madrugadas frias e solitárias.
Batendo no peito, disse em voz alta silenciosa, na cabeça borbulhante de ideias, que alguém que se chamava Maria, mas também poderia se chamar Ana ou Sofia, ali começou a morrer.
Estava feliz!
A morte de quem se encontra.
A importância de não