Morte no Salão: OS Mistérios de Mirtes Clover
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Sobre este e-book
Alguns segredos de beleza são mais perigosos que outros...
Quando descobrem o corpo da cabeleireira, Tammy Smith, com uma tesoura cravada nas costas, há suspeitos em abundância em sua pequena cidade Sulista.
A octogenária Mirtes Clover entediada com bingo e bridge está intrigada pelo crime...e pelos segredos de seus vizinhos. Mas descobrir segredos e fofocar sobre eles havia matado Tammy e logo Mirtes descobre que sua investigação não é somente perigosa...é mortífera.
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Morte no Salão - Elizabeth Spann Craig
Capítulo Um
— Me parabenize Red! Junte-se a mim em um brinde. Á direção! — Mirtes tomou um gole de sua taça de vinho.
Seu filho, Red, revirou os olhos para sua esposa que abria a porta dos fundos com um chute enquanto segurava o filho no quadril e uma sacola de compras na mão. Ele resistiu à vontade de bater o telefone na cara da mãe.
— Brindar a que, mamãe? Você finalmente venceu a Sra. Meyers no Scrabble?
— Você sabe que eu sempre deixo aquela coitada ganhar. Não foi isso, acabei de voltar do Departamento Veículos Motorizados. Eles renovaram minha carteira de motorista por mais dez anos!
Red que estava pegando a sacola de compras das mãos de Elaine deixou o telefone cair. Pegando de volta, ele disse.
— Mas mamãe, você não dirigiu nenhum carro nos últimos cinco anos!
— Isso não pareceu um problema para o DVM. E, além disso, eu pratico de vez em quando. Miles me levou até lá essa manhã. Tiraram uma foto maravilhosa de mim.
— Por todos os céus, por que você precisa dirigir? Eu fico feliz em te levar a qualquer lugar que você precise ir. Você não tem um carro. Droga mamãe, o centro é só há algumas quadras.
— Eu vou dirigir o carro da Caroline Wilson. Ela me disse, outro dia, que precisa esquentar o motor dele de vez em quando.
Red lutou com uma crescente onda de pânico. Como Chefe de polícia de Bradley, Carolina do Norte, ele levava seu dever de zelar pela segurança pública a sério. A ideia de ver a sua mãe octogenária aterrorizando os cidadãos com um Cadillac Fleet wood 1978 emprestado, não cabia em sua cabeça.
Elaine observou o rosto de seu marido ficar mais vermelho conforme sua pressão subia. Elaine, dez anos mais nova do que o marido de quarenta e cinco Red, a considerava Mirtes mais uma avó substituta do que sogra. Este fato fazia com que Elaine não se irritasse com Mirtes. Preocupado com a segurança de sua mãe (dizia ele), Red havia feito uma nova tentativa de manobrá-la para a Casa de Repouso Pastos Verdes no ano passado. Após uma batalha de Titãs, Mirtes ganhou. Naturalmente.
— O que você acha de eu te levar almoço? Para... para celebrar. Elaine acabou de voltar do mercado, ela comprou alguns... — Ele mirou Elaine com um olhar urgente enquanto ela retirava as compras do fundo das sacolas.
— ...Pão de centeio fresco e bife ao molho de cajun. Eee...também uma salda de frutas. Se você tiver batatas chips, eu aposto que tem, nó temos o almoço.
Fechando o trato, Red desligou e fez uma careta para o telefone.
— Tenho que descobrir o que está acontecendo com Mamãe. Hoje são carros. Qual vai ser a próxima? Você sabe como ela cria essas obsessões. — Red checou o relógio de parede. — Mamãe deve ter ido ao DVM quando abriu, não é nem a hora do almoço. Ela até abriu uma garrafa de vinho.
Elaine franziu o rosto e enrugou a testa.
— Ela devia estar entediada para passar a manhã inteira no DVM.
Red imaginou sua mãe com um chapéu de montaria, apertando a buzina e dando oi
para todos os pedestres que ela conhecia. Ele suspirou e agarrou um pouco das compras. Deu um beijo rápido em Elaine e se apressou para a porta, alinhando o seu uniforme enquanto pisava com força em direção a uma casa pequena do outro lado da rua.
Mirtes espiava na janela, enquanto Red, segurando com força uma sacola de compras, caminhava bruscamente para fora de casa. Ela sorriu. Era um recorde para ela – uma conversa ao telefone de dois minutos uniu um almoço grátis e a visita de seu filho.
Observou ele caminhar com o olho crítico. Ela era um garoto bonito, mesmo com a aquela careta que estragava suas feições. Ele ainda era um garoto para ela, mesmo que o cabelo vermelho, que incentivou o apelido, estivesse agora salpicado com cabelos grisalhos.
Red entrou sem bater, caminhou até a cozinha e abriu a sacola de compras. O ronco no estômago de Mirtes a lembrou que não havia comido o dia inteiro.
— O que você tem planejado para o trabalho hoje? — Perguntou Mirtes, pegando o pão.
Red revirou os olhos.
— A Sra. Peterson quer que eu passe lá novamente depois do almoço.
— Mais crianças da vizinhança cortando caminho pela grama dela?
— Isso ou um suposto ladrão espreitando atrás de suas hortênsias. Ou deve estar reclamando que seu vizinho surdo, Sr. Smith, novamente ligou a Tv muito alto. Pode ser qualquer coisa. Ela gosta de que eu confira todos os dias.
Mirtes fungou.
— Ela deve estar entediada e quer companhia.
— Não seja presunçosa, mamãe, você é que parece entediada. Mas o motivo eu não sei. Pensei que você ainda estava ocupada derrotando a cidade inteira no bridge.
Mirtes balançou a cabeça.
— A animação acabou, Red. Ninguém jogará contra mim. Eles acham que eu sou uma predadora das cartas. É a lamentável queda de um tremendo sucesso.
— Você poderia tentar um jogo novo — disse Red. Ao ver olhar questionador dela, inocentemente perguntou— Poker?
Mirtes se aprumou e olho para Red por cima do nariz. O ar afetado de dama sulista lutava com seus ossos grandes e figura sólida.
— Vou fingir que você não chegou neste nível.
— Bunco, oito maluco ou mico. Só fique longe de problemas, por favor. Não fique entediada. Você se lembra da última vez que se entediou. Você se enrolou com política... e lembre-se como esse rolo terminou.
— Para sua informação, Red, protesto sentado, pacífico, é um jeito excelente de chamar atenção para uma causa.
— Mas, não são ideais para senhoras idosas com artrite, mamãe. A Sra. Hannover está sentada na mesma posição até hoje.
— Da próxima vez, levaremos cadeiras — Mirtes franziu o cenho. —Ficar velho é uma coisa terrível.
— É a melhor alternativa.
— Não tenho tanta certeza disso. O que você acha de Envelheça comigo, o melhor está por vir?
Red parecia contente por ter se lembrado da letra. Ele conhecia muitas citações já que sua mãe era professora de inglês. Ela esperava que ele tivesse decorado algumas.
— Robert Browning era só uma criança. Disse Mirtes com uma fungada. O que ele sabia da sobre a vida? Anne Bradstreet compreendia melhor:
Minha memória é curta,
E meu cérebro está seco
Meus cabelos brancos
Não florescem agora
E as minhas costas que
eram eretas, começam a
Curvar-se apressadamente.
Red a observou
— Na minha opinião suas costas parecem bem eretas. O cérebro e o cabelo branco são outra história. Você tem usado muitas frases ultimamente. Qual o problema?
— Citações. Só estou tentando evitar que o meu cérebro murche. O que é difícil se considerarmos a tremenda falta de estímulo intelectual aqui em Bradley.
— E o seu clube do livro? — Red parecia tentar esconder um sorriso.
— Por favor! Não mencione aquele horrível clube do livro.
— Alguma vez o nome mudou de superclube para clube do livro? Eu perdi a linha de raciocínio das diferentes definições.
— Sim, mudou. Eu suponho que deveríamos estar lendo algum livro pavoroso este mês. Os livros são sempre O amor perdido de Heather
ou algo do gênero. — Mirtes deu um suspiro exasperado.
— Você poderia tentar arte.
— Arte é alguma coisa que você tenta? Não é um tipo de chamado? — Mirtes perguntou.
— Não faço ideia. De qualquer forma, Elaine sentiu o chamado. Ela está ocupada pintando á alguns dias.
Mirtes franziu o rosto
— Ela está pintando telas? Não quartos? Eu não tinha percebido que ela sabia pintar.
Red disse delicadamente
— Ainda temos que ver isso. O que estou dizendo é que ela está pintando. E pelo que eu pude ver da tela, acho que você é o tema de uma das obras-primas.
Ele checou o relógio.
— Desculpa por interromper a nossa discussão de almoço fascinante, mas tenho que passar na Sra. Peterson. Aproveite a tarde. — Ele deu um beijinho na bochecha de sua mãe. — Por que você não visita a Elaine? Você poderia brincar um pouco com o Jack. Ou dar uma olhada nas pinturas da Elaine.
— Talvez depois de Promessas do Amanhã, perdi o episódio de ontem e ainda não assisti à gravação. Acho que mais tarde também vou ao mercado comprar vegetais. Elaine vai fazer algo mais tarde?
— Acho que não. Mais tarde é melhor, já está quase na hora do cochilo do Jack. Ele abriu a dispensa e pegou alguns cookies de chocolate.
— Fico feliz que você ainda mantém a dispensa abastecida para mim — ele disse piscando o olho enquanto saia.
Mirtes sorriu e pegou um cookie e o controle remoto, estatelou-se no sofá e ligou a televisão. A vida, relacionamentos e a rotina mudariam, mas a sua novela era para sempre.
Depois de uma hora acompanhando os roteiros emaranhados de Promessas do Amanhã, ela desligou a TV, pegou sua bengala e caminhou a curta distância de três ruas até a feira dos produtores. Ela suspirou. As mesmas lojas velhas de tijolos. As mesmas pessoas velhas. Algumas coisas nunca mudam. E as vezes ela desejava que elas mudassem.
Ela caminhou nas pequenas áreas comuns de City Hall, onde os fazendeiros vendiam seus produtos nos sábados de verão. Caramba. Ela havia esquecido a sacola. E o milho estava com um aspecto extremamente bom. E havia pêssego também! De onde elas vieram? Ali na cidade não havia mais pêssegos.
Agnes Walker, usando um chapéu grande para proteger seus traços refinados, segurava uma cesta de cheia de vegetais enquanto analisava alguns feijões. Ela examinava aquelas vagens de feijão com a mesma consideração cuidadosa que aplicava a tudo na vida.
— Você está parecendo muito azeda, esta manhã — observou Agnes, dando uma olhada em sua amiga.
Mirtes franziu o cenho.
— Esqueci minha sacola de feira.
— Só isso? — Agnes levantou as sobrancelhas — Esta é a sua única queixa?
— E eu estou... um pouco entediada.
Agnes jogou as vagens de feijão dentro de uma sacola.
— É claro que isto não é permitido. Achei que o tédio só era permitido as crianças.
Ela enfaticamente olhou para Mirtes de cima a baixo, de seu cabelo fino cuidadosamente penteado aos seus sapatos confortáveis. Mirtes certamente não se qualificava como uma criança.
— Eu ganhei o direito de me entediar — disse Mirtes — Eu testei todas as distrações para idosos nesta cidade. Bingo e Bridge. Chás do chapeleiro maluco e jantares para os madrugadores. Clubes de livro e sociedade histórica. Estou por aqui há muito, muito tempo. Já fiz tudo, vi tudo e agora estou entediada com tudo. Bem-vindo á Bradley, — disse resmungando — talvez eu vá trabalhar com turismo.
Agnes ponderava sobre o problema enquanto o feirante pesava os feijões.
— Sempre haverá viagens — ela sugestionou.
— Quem iria comigo? Red e Elaine estão ocupados com o Jack. E todos os meus amigos anciãos estão morrendo como moscas— Ela se iluminou. — Agnes e se você e eu...
— Me permita te interromper bem aí. Meus dias de viagens acabaram. Já fiz de tudo. Ficar sentada imóvel em um carro por longas distâncias me faz ficar rígida.
— Existem aviões — explicou Mirtes, no caso de Agnes não ouvir as notícias.
— Estou ciente disso. — Agnes disse com dignidade. — Eu não me importo com os banheiros pequenos. Não, Mirtes, já parei com as viagens. Não há nada que eu queira muito ver. Qualquer família que quiser me visitar pode vir.
Mirtes suspirou.
— Tudo bem, se você não viaja, então talvez você e eu pudéssemos visitar o Pastos Verdes, amanhã. O jantar de domingo deles é decente.
— Isso é um gesto terrivelmente altruísta da sua parte. — Havia um brilho suspeito nos olhos de Agnes. — Tem certeza que não quer ir ao Pastos Verdes para pavonear e exibir o sua energia e vigor?
— É definitivamente a comida que me atrai. — Mirtes levantou o queixo.
— Semana passada eu ouvi você reclamar da comida deles! Eu simplesmente não te entendo, Mirtes. Na verdade, é adorável que Bradley seja quieta e serena como é. E você faz coisas como tropeçar no meio fio enquanto espera o carteiro.
Mirtes corou.
— E semana passada você me ligou para ponderar sobre a inconsistência do serviço de coleta de lixo. Você tem muito tempo livre — disse Agnes
— Você está se encontrando com meu filho? Não há motivo para que um cidadão não possa racionalmente esperar que o correio e o lixo sejam retirados no mesmo horário diariamente ou semanalmente.
Agnes sorriu.
— Continua avaliando a previsão do tempo e enviando e-mails com relatórios dos erros cometidos por eles?
— E são totalmente loucos inclinados ao erro.
— Mesmo assim, não há razão para você se sentir entediada. Temos intrigas locais suficiente.
As orelhas de Mirtes levantaram.
— Continue — ela encorajou.
A discrição natural de Agnes pareceu lutar contra a vontade de fofocar. Mas a discrição ganhou. Droga. Agnes grampeou os lábios em uma linha fina para evitar que a fofoca saísse.
— Você vai descobrir amanhã no salão — ela disse misteriosamente
— Tammy perdeu a cabeça novamente? — Tammy era a cabeleireira e ex-confidente das senhoras que frequentavam o salão Beauty Box. Mas a bebida fez com que os lábios de Tammy não ficassem selados e segredos estavam sendo compartilhados regularmente há algumas semanas.
— Você verá.
— É triste ver Tammy se afundar assim. Ela...e Connor ainda estão saindo? — Ela se esforçou para demonstrar somente uma expressão amigável. Connor, filho único de Agnes era seu orgulho e felicidade, estava entrando e saindo de um relacionamento com Tammy. Agnes não a escutou ou fingiu não escutar.
— Até amanhã — ela disse enquanto caminhava para longe.
Elaine e o pequeno Jack sorriram para Mirtes quando abriram a porta. Jack correu para pegar o caminhão de brinquedo e mostrar a sua avó. Mirtes se sentou no braço do sofá; ela havia aprendido a lição uma semana atrás quando não conseguia levantar do chão depois de brincar com Jack. Ficar lá embaixo não era ruim, mas levantar trinta minutos depois era outra história.
Elaine se juntou a eles na sala de estar, admirando Mirtes com todo o entusiasmo de uma dona de casa/mãe ilhada.
— Então, alguma novidade?
— Você e eu estamos no mesmo barco, não estamos? Logo, logo, terei algumas fofocas, no entanto, serão cortesias do Beauty Box. Aparentemente toda a ação se encontra lá.
Elaine fez um gesto protetor em direção ao seu cabelo.
— Vou deixar você se aprofundar então. Da última vez Tammy picotou o meu cabelo e ele ainda não voltou ao normal. Jack teria feito um trabalho melhor. Você se lembra? Foi por isso que acabei cortando chanel. Red gosta mais do meu cabelo longo, ele ainda está irado com a Tammy.
Talvez, mas o corte de cabelo combinava com o rosto em forma de coração e iluminava as suas maçãs altas de seu rosto. Red era um homem sortudo.
— Eu gosto do seu cabelo — disse Mirtes. — Mas você está certa em se manter longe do Beauty Box. Não dá mais para confiar na Tammy.
— Isso é muito ruim. Tammy faz a melhor massagem no couro cabelo. Eu me sentia tão relaxada quando saía de lá. — Elaine deu um suspiro pensativo. — Que tipo de problema está acontecendo no salão?
— Agnes infelizmente não me passou detalhes. Mas pelo que pude ver, Tammy está enchendo a cara.
Elaine observou Jack golpear a ambulância com o caminhão.
— Hmm. Tammy bebendo? Isso pode ter consequências perigosas. Ela sabe todos os segredos de cada mulher na cidade. É como um bartender despejando segredos.
Mirtes anuiu.
— Ou um padre. Tammy conhece os podres de todo mundo. Mesmo que eles não contem seus segredos, ela tem uma intuição por eles. O que era bom quando era profissional o suficiente para guardar segredos. Mas adicionar álcool a essa mistura?
Mirtes deu com os ombros.
— Enfim, essas são as notícias. Eu te passo o resumo amanhã.
— Tammy pode fazer você ficar parecendo a noiva do Frankeinstein, você não está preocupada?
Mirtes atenciosamente passou os dedos nos cabelos, que sempre estavam para cima como o de Einstein.
— Na verdade, não. Meu cabelo tem vida própria.
— Tammy tem uma nova menina no salão, não tem? Kat- é sobrinha dela, certo? Eu imagino se ela trabalha melhor.
O cabelo de Kat