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Morte no Jantar: OS Mistérios de Mirtes Clover
Morte no Jantar: OS Mistérios de Mirtes Clover
Morte no Jantar: OS Mistérios de Mirtes Clover
E-book241 páginas4 horas

Morte no Jantar: OS Mistérios de Mirtes Clover

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Sobre este e-book

Quem quer petiscos quando se pode ter Dickens e Twain?

Para os residentes da sonolenta cidade de Bradley, na Carolina do Norte, Jill Caulfield parecia além de reprovações. Era voluntária no abrigo das mulheres, trabalhava na pré-escola da igreja, limpava casas para ganhar dinheiro extra e, na verdade, apreciava o trabalho duro. Não era nada menos do que uma santa se comparada a seu marido bêbado e desempregado.

Quando a investigadora intrépida, Mirtes Clover, apanha Jill, sua nova diarista, espiando em seu armário de remédios ela deveria ter ficado chateada. Mas a descoberta de que Jill não era certinha e imaculada a fez parecer muito interessante aos olhos de Mirtes.

Mirtes continuaria a descobrir, alegremente, o que movia Jill. Se ela não tivesse sido assassinada de maneira ridícula. 

IdiomaPortuguês
Data de lançamento14 de mai. de 2019
ISBN9781547579839
Morte no Jantar: OS Mistérios de Mirtes Clover

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    Pré-visualização do livro

    Morte no Jantar - Elizabeth Spann Craig

    Sumário

    Capítulo Um

    Capítulo Dois

    Capítulo Três

    Capítulo Quatro

    Capítulo Cinco

    Capítulo Seis

    Capítulo Sete

    Capítulo Oito

    Capítulo Nove

    Capítulo Dez

    Capítulo Onze

    Capítulo Doze

    Capítulo Treze

    Capítulo Quatorze

    Capítulo Quinze

    Capítulo Dezesseis

    Capítulo Dezessete

    Capítulo Dezoito

    Capítulo Um

    — O primeiro passo — disse Mirtes para seu amigo Miles — é organizarmos um golpe.

    Miles retirou os seus óculos de armação de metal e esfregou os olhos. 

    — Um golpe?

    Mirtes sorriu para ele como se ele fosse um aluno ganhador de prêmios.

    — Isso, o clube do livro – como nós conhecemos – deve ser abolido.

    — Você está dizendo... me interrompa se eu entendi errado...que você e eu – os novos membros desse clube de livro de décadas de idade – iremos de alguma forma toma-lo de sua liderança atual, força-lo a se reestruturar e os membros a lerem a literatura que nós julgamos ser digna ao invés de lerem livros de praia. 

    — Isso — disse Mirtes batendo, triunfantemente, na obra completa de William Butler Yeats — é exatamente o que estou dizendo.

    Miles olhou para sua amiga. Ela estava realmente enrolada dessa vez – ela havia passado a mão pelo seu cabelo branco armado até que ele ficou espetado para cima como o de Einstein. Ela tinha um metro e oitenta, em nada curvada pelos seus anos consideráveis.

    — E como você está sugerindo que façamos isso?

    — É um princípio simples de marketing. Você é um homem de negócios aposentado, deve entender sobre isso. Marketing, você sabe. Entregar o que as pessoas necessitam.

    — Mirtes, eu era engenheiro, não um vendedor. — Mirtes deu com os ombros. Miles suspirou. — E nós estamos fazendo isso por quê?

    Mirtes revirou os olhos.

    — Você não estava ouvindo de novo. Nós estamos fazendo isso por que um clube do livro deveria celebrar a boa literatura. Literatura, compartilhar uma história maravilhosa é o que faz o mundo se unir. Trixie vai à praia não alcança esse objetivo.

    Miles se inclinou para frente em sua cadeira.

    — Você está dizendo que o clube do livro realmente escolheu um livro chamado...

    — Não, não. Eu estou dizendo que este é o tipo de bobagem que você deve encontrar na lista de leitura deles. E já que estamos indo por esse caminho. — Ela respirou fundo.

    Não escuta o falcão ao falcoeiro;

    As coisas vão abaixo; o centro cede;

    Mera anarquia é solta sobre o mundo,

    Miles deu uma olhada na coleção de Yeats.

    — Entendi. — Ele endireitou os seus óculos. — Você acredita que se nós oferecermos ao clube do livro algumas alternativas de leituras sérias eles vão nos seguir aos bandos. Que nós vamos ter controle sobre eles. Eu só não tenho certeza se vai funcionar. Parece muito fácil.

    Mirtes estalou os dedos.

    — Boa observação. E eu tive uma ótima ideia.

    Miles gemeu.

    — Se as coisas não forem muito bem, eu preciso de um plano B. Eu antecipei que as coisas aconteceriam exatamente como o plano, mas se não acontecer, então eu vou sair e ir ao banheiro. E você vai dizer: Eu acho que a Mirtes tem uma ótima ideia

    — E por que — perguntou Miles, empurrando os seus óculos de armação de metal para cima do nariz. — eles se importariam com o que eu acho?

    — A metade daquelas patetas dá bola para você Miles; Você é o novo viúvo do quarteirão, você sabe. Tudo o que você disser será palavra divina.

    Miles parecia em dúvida sobre a atração de que seu cabelo grisalho, óculos com armação de metal e seus setenta anos, tinham sobre a as viúvas de Bradley.

    — Pense nisso Miles — você ainda pode dirigir! Você é uma comodidade quente para as senhoras de idade, eu te prometo. Aqui está o nosso plano. Eu vou escutar do corredor e quando elas tiverem decidido que é uma boa ideia eu vou voltar e organizar tudo! —  Mirtes estava praticamente esfregando as mãos em deleite.

    — Não conte com ovo no fiofó da galinha, — disse Miles — você nunca sabe como as coisas podem acabar.

    — Bobagem. Eu prevejo que nós faremos uma transição suave para um clube com discussões literárias honestas.

    — Sabe — disse Miles — ninguém mais parece infeliz com o clube do livro. Você - uma professora de inglês aposentada - é a única necessitando de discussões literárias honestas.

    Mirtes sacudiu a cabeça impacientemente.

    — Por que eles não sabem o que estão perdendo.

    — Você contou para Red que está planejando um golpe literário?

    Mirtes só olhou furiosamente para ele.

    — Você não contou porque sabe que ele vai pensar que você está instigando problemas. Lembra do lema de Red? Antes só do que mal acompanhado.

    — Isso é só por que meu filho é chefe da polícia e quer que eu viva em uma miséria estagnante, então não posso causar nenhum problema à ele. Eu quero acordar a cidade de Bradley! Tirar a venda deles e mostrar as possibilidades! E Red está obcecado em não deixar eu irritá-lo. Você sabia que ele me inscreveu em um trabalho voluntário essa semana? Descarado.

    — Eu presumo que esse é o porquê de o exército de gnomos residirem no seu jardim?

    Mirtes colocava a sua coleção extensa de gnomos de cerâmica em demonstração, para o desprazer de Red, sempre que ele tentava manipulá-la. Ultimamente, os gnomos estavam ficando mais no jardim do que guardados.

    — É exatamente por isso que os gnomos estão lá. Então ele já está ciente de que estou insatisfeita com ele. Eu não acho que ele vai ter algum problema no mundo com um pouco de reorganização da minha parte.

    — Eu não sei Mirtes. Eu não consigo me livrar da sensação ruim de que a nossa reorganização do clube do livro pode ter consequências inesperadas.

    ––––––––

    Mirtes estreitou os olhos para o seu relógio de parede em formato de galo. Onde estava aquela maldita Puddin? Ela deveria estar tirando o pó das bugigangas de Mirtes à horas. Isso exigia uma ligação. Mirtes se preparou. Puddin nunca atendia as suas ligações – sempre era o seu marido ancião, Dusty, o jardineiro de Mirtes. Sempre supondo que Mirtes estava ligando para ele, ele atendia e sua saudação era com algumas variações de:

    Está muito quente para cortar a grama! Não era exatamente encantador conversar com Puddin, mas era melhor que Dusty uivar para ela como um basset.

    Mirtes discou o número deles. O telefone tocou cinco ou seis vezes então:

    — Alô? —  perguntou uma voz rouca.

    Mirtes suspirou.

    — Dusty? É a sra. Clover. — Houve um grande uivo do outro lado da linha.

    — Está muito molhado para cortar a grama, dona Clover!

    — Pelo amor de Deus! Não chove à dias, Dusty. E aquela colherzinha de chá que gotejou, evaporou antes de atingir o barro.

    — Minhas lâminas vão ficar entupidas. Vai espalhar torrões de grama fedida por todo o seu jardim, dona Clover. Eu vi os gnomos no seu jardim quando passei por lá. É difícil como um inferno cortar as a grama em volta deles.

    — Deixa para lá. De qualquer forma, eu não estava ligando para você. Suas bobagens me fizeram perder o foco. Posso falar com a Puddin? Ela deveria estar limpando a minha casa, agora.

    Dusty berrou por Puddin e depois de alguns minutos, nos quais Mirtes achou que tivesse desligado, Puddin taciturnamente respondeu. Mirtes podia imaginar a expressão sorumbática no rosto dela.

    Antes que Mirtes pudesse invocar uma voz agradável o suficiente para descobrir porque Puddin estava passando tempo com Dusty ao invés de fazer o seu trabalho medíocre de limpar a casa de Mirtes, Puddin murmurou:

    — Estou com dor nas costas, dona Mirtes.

    Mirtes mordeu a língua. Ela não precisava que a sua ajuda desistisse antes que ela tivesse colocado outra na fila. Mas como era conveniente. As costas de Puddin sempre doíam quando ela não queria polir a prata, esfregar os pratos ou fazer qualquer tipo de trabalho.

    — Eu não tenho tempo para as suas bobagens, Puddin. O clube do livro vem aqui amanhã. Você tem certeza que não pode só tomar um ibuprofeno?

    Puddin pensou sobre isso.

    — Hmmm. Não. Estou com dor.

    Aparentemente a conversa tinha acabado porque Puddin disse:

    — Tenha um bom dia com o clube. — E bum. Mirtes ouviu o som de discagem.

    Mirtes bateu o fone no gancho com força fora do normal. Não havia nada que poderia ser feito a não ser chamar reforço. Por mais irritante que a deserção de Puddin fosse, provavelmente era melhor.

    Puddin não ia fazer a limpeza para o grande dia especial do clube. Puddin em seu estado de inutilidade, era inteiramente inapropriada para uma limpeza no dia do clube do livro.

    Tempos extremos pedem medidas extremas. Mirtes precisava de uma diarista nota A. Ela pegou o telefone. Blanche Clarck deveria ter uma recomendação de uma boa diarista. Levando em conta que Blanche vivia em um castelo grande, ela devia ter pelo menos uma pessoa ajudando na limpeza, se não, um pequeno exército.

    Enquanto fazia a ligação, ela notou um gato preto, perecendo esquelético, olhando pela sua janela. Ela já havia visto o gato antes – ele claramente estava perdido. Ele fugiu, mas enquanto digitava o número de Blanche ela jurava que ele tinha um olhar de aprovação em sua cara.

    Jill, refletiu Mirtes uma hora depois, era uma diarista de primeira.

    Foi sorte, pensou Mirtes enquanto ela assistia a limpeza enérgica de Jill Caulfield, que ela tivesse conseguido uma substituta em tão pouco tempo. A ideia de empurrar poeira e passar pano em seu chão havia perdido a atração. Mas Jill estava satisfeita com a oportunidade e estava certamente fazendo um bom trabalho. Membro do clube do livro de Mirtes, ela parecia estar no ano das vacas magras. O que era mais legal é que ela morava na rua de Mirtes, logo depois da esquina.

    — Limpar não é tão ruim — disse Jill enquanto polia habilmente o criado mudo de Mirtes, com óleo de limão, até que ele ficasse brilhante. — Eu sou boa nisso. É um trabalho estável. E um bom exercício.

    — E — ela continuou enquanto lustrava, —é dinheiro no banco. — Por um instante ela parou de polir e olhou diretamente para Mirtes. — Você me entende? Às vezes você só faz o que tem que fazer para sobreviver nesse mundo.

    — Estou adivinhando que ensinar na pré-escola não cobre as suas contas — disse Mirtes cacarejando.

    — Nem um pouco. É claro que ajuda. Mas não é o suficiente para Cullen e eu. E Cullen, com sua deficiência... — ela pausou e procurou no rosto de Mirtes por algum sinal de descrença. — Bem, ele só não consegue trabalhar. E isso faz as coisas ficarem difíceis. Mas eu nunca vou deixá-lo dona Mirtes. Nunca.

    "Eu nunca vou abandonar o sr. Micawber!’’ pensou Mirtes, embora Cullen Caulfield não fosse o sr. Micawber.  A sua deficiência, bem conhecida por todos em Bradley, era o seu desejo insaciável por álcool.

    Agora, Jill já havia terminado com as mesas e muito sensivelmente adotando a limpeza de cima para baixo, estava limpando o chão.

    Mirtes disse:

    — Eu estou encantada que você pôde me ajudar em tão pouco tempo. Eu estou muito velha para limpar minha própria poeira. Eu peguei o seu número com a Blanche Clark. Ela esteve se gabando sobre você durante o último clube do livro- você sabe- o quão bem você limpa.

    De repente Jill focou em esfregar uma mancha teimosa no chão.

    — É verdade?

    — Então — disse Mirtes ronronando, — eu fiquei surpresa em ouvir que você não está mais trabalhando para Blanche. Ela me deu o seu número— (de uma forma descortês) — mas disse que vocês haviam seguido caminhos diferentes. —  Na verdade, Blanche havia ficado tão brava só em falar sobre Jill que a voz dela tremeu no telefone e ela cuspiu fora o nome de Jill como se estivesse tentando livrar sua boca de algo desagradável. Havia sido interessante o suficiente para querer investigar.

    — Nem sempre relacionamentos de negócios dão certo — disse Jill em uma voz descuidada. —  Mas tenho certeza de que o nosso vai dar. Precisa que eu venha semana que vem?

    Mirtes abriu a boca para dizer que Puddin estaria lá na próxima semana. Mas então algo... poderia ser o cheiro fresco de pinho? As mesas brilhantes? A diarista atenciosa na frente dela? A fez mudar de ideia. — Eu acredito que terei você aqui, semana que vem.

    Aquela maldita Puddin nunca havia limpado desse jeito. Ela não tinha paixão pela limpeza. Mirtes aquietou a voz na sua cabeça que a lembrava que Puddin e Dusty eram um pacote – e o que ela faria sem um jardineiro. Mesmo que fosse um jardineiro ruim?

    — Se estiver tudo bem por aqui, Jill, eu vou dar uma passada do outro lado da rua na casa de Elaine e Red para uma visitinha.

    — Eu vou ficar bem. Eu vi a Elaine outro dia, mas não vejo Red há um tempo. Como ele está?

    — Ah. Ele está indo —disse Mirtes com um dar de ombros. A coisa irritante era a insistência de seu filho, chefe da polícia, em mantê-la em paz. Ele se intrometia. —  Eu realmente vou passar um tempo abraçando meu neto, Jack. Ele tem as pernas mais fofinhas... — e ela retirou alguns álbuns para provar isso. 

    Para a sorte dela, Jill parecia animada para babar em cima das fotos do bebê. De fato, Jill era odiosamente perfeita, de todos os modos. A única qualidade recompensadora em Puddin eram as suas peculiaridades. Tudo sobre Puddin era desconhecido: ela estaria com um humor para tagarelar com você na mesa da cozinha ao invés de limpar? Ela daria um piti por cigarros e passaria a manhã inteira fumando furiosamente do lado de fora? Será que ela, pelo menos, apareceria para trabalhar?

    A perfeição de Jill era o suficiente para lamentar pelo terrível Puddin. Quase.

    ––––––––

    Mirtes agarrou sua bengala que estava perto da porta da frente e caminhou o restante do caminho. Havia alguns pássaros empoleirados nos gnomos dispersos, gorjeando, enquanto ela se aproximava. Ela parou por um momento para vistoriar sua obra. As costas de vários Gnomos estavam viradas para ela, já que eles estavam arrumados para maximizar a visão prazerosa de Red... e dos motoristas que passassem. Ela riu, mas a risada se tornou um arquejo, quando uma temida voz, atrás dela, perguntou anasaladamente. 

    — Vejo que está brigando com Red, de novo? 

    Era Erma Sherman... sua vizinha do mal. Geralmente, Mirtes checava para ver se a barra estava limpa antes de se aventurar pela porta da frente. Ter a sua casa restaurada para um estado tão imaculado havia deixado ela zonza. Enquanto ela via Erma rondando, braços abertos para um abraço determinado, Mirtes refletiu o quão rápido o humor de alguém podia despencar. 

    — Só estou tentando mostrar o meu ponto de vista de forma sútil. — Não que Erma soubesse a definição da palavra sútil — Red erroneamente pensou que seria uma boa ideia me voluntariar para o Clube da panqueca no café da manhã Kiwanis. — Red frequentemente demonstrava esses pobres e chocantes julgamentos. Era uma característica assustadora para um chefe de polícia ter. 

    — Como Dusty vai cortar a grama em volta dos gnomos? — Perguntou Erma, olhando enfaticamente para os espirais de grama que tocavam a barriga dos gnomos. — Com um cortador de grama? 

    Como se Dusty tivesse equipamentos sofisticados de jardinagem, como um cortador de grama. 

    — Não, acho que ele só vai cortar o que ele consegue alcançar. 

    — Por quanto tempo você está planejando ficar em contenda com Red? — perguntou Erma, franzindo o rosto para a grama de Mirtes e particularmente para o gnomo animado que parecia estar bebendo alegremente. 

    — Por quanto tempo você está planejando permitir que a suas ervas daninhas infestem o meu jardim? 

    Erma olhou pasma para Mirtes, então irrompeu em ha-has  de risos. — Você não tem quintal, Mirtes? Tem uma safra completa de erva daninha lá, que na verdade, parece que você as fertilizou. 

    Havia, na verdade, um espaço limpo que as ervas de Erma haviam invadido. Ela ia atirar em Dusty! Ela pediu a ele para arear e semear. 

    Mirtes se virou na direção da rua e ouviu um meigo bi-bi de uma buzina de carro. Era sua nora, Elaine, acenando pela janela da minivan e olhando com simpatia para ela. Havia uma razão completamente diferente para estar do lado de fora, para começar. 

    — Eu tenho que entrar. — ela falou entre os dentes cerrados. 

    — Mas você estava saindo por algum motivo, Mirtes. Não consegue se lembrar o que era? Vamos ver... você estava indo naquela direção ali, sem sua bolsa. Você não estava planejando ir muito longe, estava? Vamos retraçar seus passos. — Erma também demonstrava simpatia, mas era uma versão mais lascívia que ela espalharia pela cidade: "Você ouviu? Mirtes Clover ficou completamente gagá! Não conseguia nem se lembrar por que saiu de casa ontem. Que vergonha! 

    Mirtes deu a volta e bateu os pés na direção da passagem. 

    — Tenha um bom dia Mirtes. Te vejo no clube do livro amanhã! — disse Erma por trás dela. 

    Não se eu te ver primeiro, pensou Mirtes. Ela escapou rapidamente pela sua porta da frente e se inclinou sobre ela. Na próxima vez, ela seria mais cuidadosa quando se aventurasse do lado de fora. Ela tentou escutar os sons de Jill na cozinha, mas não escutou nada. Nenhum som de limpeza.

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